Dirty Little Secret



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Capítulo III
Dirty Little Secret




Qualquer um que entrasse pelas grandes portas do salão principal de Hogwarts, logo de cara poderia sentir toda a magia que emanava do local. Em todas essas seis vezes em que participei de uma dessas aberturas de ano letivo, eu nunca deixei de sentir o mesmo arrepio que senti no meu primeiro ano.

Talvez seja por causa do teto mágico, que fazia parecer que estávamos ao ar livre. Talvez pelos sorrisos e pela agitação dos alunos que contavam as novidades das férias para seus amigos, talvez pelos fantasmas que voavam alegremente por todo o salão, provocando certo espanto nos mais novos. Mas aquilo tudo me envolvia de um jeito que eu sentia até certa nostalgia por saber que depois daquela só haveria mais uma vez em que sentiria isso novamente.
Nada que acabasse com a magia do momento.

- Hey, Is! – Anne cutucava meu ombro, como que para me despertar.

- Oi? – fui um pouco ríspida, sem querer. Só um pouco.

- Viu, falei que ela não tava nem ouvindo – ela disse para Violet e Meg, rindo.

- Ouvindo o que?

- Deixa pra lá! Vamos nos sentar... Os meninos guardaram lugar pra gente...

Andamos ate a mesa da Corvinal devagar, quase parando parando toda hora, para que cada uma pudesse cumprimentar os amigos que iam encontrando.
Não preciso nem comentar como eu estava impaciente...

- E ai, gatas! Sent’aí!

Quando elas diziam “os meninos”, se referiam aos meninos do nosso mesmo ano e casa, entre eles meu coleguinha de monitoria Zac Allen. Não que eu não gostasse dele, mas os amiguinhos deles tinham umas conversas meio estranhas (leia-se totalmente retardados).

Como eu imaginei, eles só haviam guardado três lugares, já que não esperavam pela intrusa aqui, mas Zac chegou o máximo que pode para o lado para que eu pudesse me sentar.
Que gracinha.

- Mas que surpresa agradável! Isabel McCoy... – começou um garoto meio loiro, que eu não fazia idéia do nome, que estava sentado ao lado de Meg. – Não sabia que um dia seriamos prestigiados com a sua companhia nessa mesa...

HÁ-HÁ-HÁ. Boa a piadinha, hein!

Nem me dei ao trabalho de responder. Limitei-me a dar o sorriso mais cínico que podia.

- Aquela sua amiguinha da Grifinória que tava sempre com você se mudou né? – perguntou um outro. Se eu não me engano o nome dele era McGure.. McGode... Algo assim...
Eu afirmei com a cabeça – O Zac ficou arrasado

- Hey! Cala a boa, McGold! – disse Zac dando um empurrão no amigo

aaah! McGold... cheguei perto! :x

- Tadinho! – brinquei – olha como ele tá ficando vermeeeelho!

Todos riram, enquanto ele ia ficando cada vez mais escarlate.

- Que bonitinho... O Allen ta apaixonaaado! – cantarolou Violet. Ela estava sentada bem à frente de Zac, do outro lado da mesa e se levantou, debruçando para apertar suas bochechas.

Ele se esquivava, tentando fazer cara de quem não gostava desse tipo de brincadeira, mas, por fim, se rendeu e começou a rir também.

- É, V.! Mas não precisa ficar triste não... Já que ela se mudou, quem sabe um dia você não pode ter alguma chance comigo?

- Acho bom mesmo, se não eu vou morrer de ciúmes! Como eu poderia viver se não tivesse esperança de um dia ter chance com alguém tão gostoso como você?

- Hey! – gritou Anne, que estava sentada do outro lado dele, fingindo indignação – E eu? Olha que eu armo um barraco aqui hein!

- Calma meninas!– respondeu, dando um beijo na bochecha dela - Façam fila que tem Zac para todo mundo!

- Tá bom – eu disse, o abraçando – então eu não conto pra ninguém que eu não preciso entrar na fila, já que no fundo sua grande paixão sou EU... E o resto é só diversão!

- Po, Is... Não era pra explanar! Podia ser um segredinho só entre nós dois...

- Aééé?! – disse Anne se afastando de Zac, com a boca aberta de uma forma hilária – então pode me esquecer! Fica com essazinha aí!

Eu tinha que admitir: ter um novo e maior grupo de amigos era mais divertido do que eu imaginava.
A um ano atrás eu estaria sentada sozinha, já que Sarah estaria na mesa da Grifinória. Folhearia o meu novo livro de feitiços, esperando o jantar começar, enquanto amaldiçoaria todo aquele barulho que tirava a minha concentração.

É, era definitivamente muito mais legal estar no meio de gente que ria feliz, como se não houvesse nenhum problema no mundo que acabasse com a graça de uma piada e como se realmente fosse legal que as férias tivessem acabado.

Isso tudo me lembra as férias que eu costumava passar com Sarah e Al.
Era sempre a mesma coisa:
Depois do almoço a gente ia pra casa da Sarah e ficava conversando sobre tudo e rindo de tudo. As tardes passavam super rápido sem que a gente tivesse feito nada além de ficar na companhia um do outro.
Era o mesmo clima de “felicidade sem fim e sem por que” em que eu estava agora.

Lembrar de Al me fez instintivamente olhar para a mesa da Grifinória a procura dele.
Lá estava.
Como sempre, com o lindo sorriso de dentes muito brancos e iguais.
Como sempre, cercado de lindos e sorridentes amigos, um mais gostoso que o outro.
Como sempre, cheio de ninfetinhas disputando a sua atenção, uma com mais cara de putinha que a outra.

Ele notou que eu estava olhando e acenou discretamente.
Eu fiz uma careta, revirei os olhos e voltei a minha atenção aos meus novos velhos amigos.

Ainda estavam todos rindo e fazendo brincadeirinhas bobas. Eu podia sentir olhares invejosos de outras pessoas da mesa sobre o mais barulhento e alegre grupo dali.

A única que estava séria era Meg.
Sentada quieta e encolhida, folheava um livro que parecia de feitiços e murmurava coisas que pareciam uma grande lista de palavrões.
Porque será que isso me parecia tão familiar?

Ela levantou o rosto ao perceber que eu estava olhando e me olhou com a carinha clássica de desprezo dela.
Eu sorri o meu melhor sorriso de pena e ela abaixou o livro, me encarando.

Nós ficamos assim por horas seguidas.
Tá exagerei, mas deve ter sido por pelo menos alguns minutos. Ou pelo menos até a conhecida voz do nosso professor de herbologia, Neville Longbottom, anunciando o começo da seleção dos alunos do primeiro ano.

Geralmente eu não prestaria atenção nessa formalidade e simplesmente ignoraria. Mas esse ano era o primeiro da minha irmã em Hogwarts e eu não perderia isso por nada.
Não que eu morresse de amores por ela e fossemos inseparáveis. Mas a gente tinha uma relação bem amigável desde que eu fui pra Hogwarts e ela começou a sentir tanta falta de mim que quase parou com as implicâncias durante todas as férias que eu passei em casa.

Me arrumei na cadeira, me esquecendo totalmente de Meg e seu olhar de desprezo, e olhei para o grande grupo de crianças de 11 ou 12 anos (crianças? Nessa idade eu já beijava na boca. (6)) que se amontoavam à frente da mesa dos professores, perto de um banquinho com um grande e muito velho chapéu pontudo.
Não era nada difícil de achar Evie. Acho que já comentei que ela é ainda mais alta do que eu. Não que seja realmente vantagem ser mais alta que alguém de 1,60m, mas ela só tem onze anos, enquanto eu tenho dezesseis. Obviamente isso fazia com que ela se destacasse entre mini-pessoas que não deviam ter mais de 1,40m.
Coitada da Evie. Ela é meio complexada com isso.

Quando todos finalmente se silenciaram, o chapéu abriu o rasgo perto da aba como se fosse uma boca num sorriso. Pouco depois começou a cantar.
Era um canto alegre sobre as quatro casas de Hogwarts e sobre sua responsabilidade pela paz no mundo bruxo.
Totalmente dispensável

Depois que o chapéu falante fechou a boca o rasgo, o Prof. Longbottom começou a chamada com “Adams, Richard”. Um garoto meio gordinho, com um cabelo muito loiro e ralo foi meio receoso até o banquinho e se sentou. Mal o professor colocou o chapéu em sua cabeça, este gritou: GRIFINÓRIA.
Gritos e aplausos vieram da mesa. Ele foi sorridente até lá, onde foi recebido por ninguém menos que Al, com tapinhas amigáveis nas costas.

Na verdade a seleção foi basicamente toda do mesmo jeito. A cada escolha, aplausos da mesa e recepção amigável para o calouro. Era meio chato até.
Bom, pelo menos eu podia me divertir vendo a cara de desespero da minha irmã.
Talvez porque eu tenha feito questão de dizer a ela que se continuasse a ser chata do jeito que era ela podia ser escolhida pra Sonserina, onde só existem filhos e aprendizes de Comensais da Morte.
Lógico que isso era absurdo. Eu conhecia pessoas muito legais da Sonserina, como Scorpius.
Mas Evie não sabia disso. MUAHUAHUAHUA (6)

Falando em Evie, já estava chegando à vez dela. A chamada estava em “McGold, Jennifer”. Hey! Eu conheço esse sobrenome!

- Sua irmã? – Perguntei para o menino que tinha começado a brincadeirinha com Zac. Afinal, qual era o primeiro nome dele?

- Não. Minha prima.

- Ammm

A menina, que tinha longos cabelos castanhos presos em marias-chiquinhas, sentou trêmula no banquinho. O chapéu não demorou nada em gritar: CORVINAL

Ela se levantou e veio quase que saltitando em nossa direção. Chegando, recebeu um abraço do primo antes de se sentar.

- McCoy, Evanna. – A voz do professor fez com que eu olhasse instintivamente para minha irmã.

Ela parecia bem pálida e tentava ao máximo se encolher para parecer um pouco menos alta. Quase caiu ao se sentar no banquinho. Longbottom colocou o chapéu em sua cabeça.

Difícil não lembrar de quando eu estava na mesma situação.

Flashback

Eu não estava gostando nada daquilo. Primeiro porque eu estava morrendo de calor com aquelas vestes pretas e no meio daquele empurra-empurra dos meus futuros colegas de classe. Segundo porque todos os alunos mais velhos pareciam olhar pra mim. Pra como eu parecia esquisita com o cabelo armado e os dentes tortos, enfiada numa roupa que fazia com que eu parecesse um balão.
Para piorar a situação, parecia que o meu nome não chegava nunca. E olha que começava com M, então eu não chegava a ser uma das últimas.

- McCoy, Isabel.

Gelei. Meu coração começou a bater tão rápido que eu cheguei a pensar que eu fosse ter um ataque e morrer ali mesmo. Tremendo igual vara verde, fui meio cambaleante, empurrando todos a minha frente, para chegar até o banquinho onde deveria me sentar para ser escolhida por aquele chapéu esquisito.

Quase caí quando me sentei. Senti meu rosto arder, mas pelo silêncio em que todos permaneciam ninguém pareceu perceber.
O professor colocou o chapéu cuidadosamente sobre a minha cabeça.

- Hum... Interessante – levei um susto ao ouvir aquela voz monótona e rouca. Não parecia vir de fora. Parecia estar dentro de mim. – Uma mente perspicaz. Ambiciosa, séria e até mesmo um pouco rabugenta - OI? - Mas no fundo tem um grande coração. Inteligente. Muito inteligente. – a voz se calou por alguns instantes. Era horrível como a atenção de todos naquele imenso salão recaia sobre mim. – Bom, é uma escolha realmente difícil.
Porque aquele chapéu idiota não se decidia logo?
Um arrepio percorreu toda minha espinha.
E se ele não se decidisse? E se ele achasse que eu não serviria para nenhuma casa e me expulsasse de Hogwarts pra sempre?
- Mas acho que o melhor será.... CORVINAL

Corvinal?” “pensei”, “mas essa não é a casa de S.”.

Olhei para a mesa da grifinória e Sarah me acenou com um sorriso meio decepcionado.
Eu fiz exatamente a mesma coisa, antes da caminhar até a mesa da minha nova casa.

Fim do flashback

-CORVINAL – a voz do velho chapéu me tirou dos meus devaneios.

Olhei para Evie. Ela caminhava sorridente na minha direção.
Houveram mais aplausos antes da seleção continuar.

- É Evie... Talvez você seja mais parecida comigo do que eu pensei... – me levantei sorrindo e a abracei

Ela me deu um beijo na bochecha e procurou um lugar para se sentar.
Acabou se sentando perto da prima do McGold, com quem logo começou a conversar animadamente.
Ótimo. Pelo menos com uma amiguinha ela não ficaria no meu pé.

- Isabel McCoy? – senti uma cutucada no ombro e me virei pra trás. Um menino que devia estar no segundo ano, com o uniforme da Lufa-Lufa me olhava, meio incerto.

- Sim?

- Me pediram para te entregar... – ele estendeu um pequeno pedaço de pergaminho cuidadosamente enrolado.

- Obrigada... - mal peguei e ele já deu um jeito de sair bem rápido dali.

Me sentei lentamente enquanto abria o pergaminho.

Ao bater o olho nos garranchos feitos apressadamente eu já sabia de quem se tratava. Reconheceria aquela letra a quilômetros de distância.

************
Saudades de mim? Sabe, eu pensei bastante em você durante o verão.
Quando eu te vi na cabine do monitores então, eu achei que não iria agüentar muito tempo sem a gente se encontrar.
Que tal amanhã? A Mary deve passar o dia com as amigas e eu vou ficar livre.
Bom, espero sua resposta.

J.

************

Balancei a cabeça, não contendo uma risada discreta.
Ele não tinha mesmo jeito.

- Recebendo bilhetinhos, Is? – Zac se inclinava para tentar ler. Percebi e logo amassei o bilhete, guardando rapidamente no bolso da minha veste. – de quem é?

O encarei por alguns segundos e me inclinei até alcançar o seu ouvido e sussurrar:

- Segredo.

*

Um fio de luz atingiu meus olhos.
Maldito seja.
Me tirou de um sonho tão... bom.

Fechei os olhos com força tentando capturar as imagens desfocadas que pareciam cada vez mais longe.
Já era.
Eu nunca mais saberia o que tinha me deixado com uma sensação tão boa.

Bom, agora só me restava aproveitar esse bem-estar para ter um ótimo dia. Afinal, não era sempre que o meu humor ficava tão bom.
Me sentei na cama, levei meu braços acima da cabeça e estiquei todos os músculos possíveis. Larguei os braços frouxamente ao lado do corpo e olhei no relógio da mesa de cabeceira.
Era meio-dia.
Não me incomodei por ter acordado tão tarde. Hoje era domingo e não teríamos aulas.

Levantei preguiçosamente da cama e olhei para minhas colegas de quarto: todas dormiam como bebês.
Ontem a gente tinha ficado até tarde no salão comunal com os meninos. Depois que subimos ainda ficamos um bom tempo conversando.
Deu pra saber bastante sobre a vida de cada uma e para elas saberem tudo sobre a minha.
Não que eu tivesse muita coisa de interessante para contar.

Fui até o banheiro e tomei um banho bem gelado pra acabar de acordar. Ao sair, coloquei uma calça jeans clara apertada, uma camiseta branca e tênis. Passei uma maquiagem leve, ajeitei o cabelo e saí do quarto fazendo o mínimo de barulho possível.

Desci cantarolando uma música do Jason Mraz que tava na minha cabeça.
Imaginei, o salão comunal estava vazio. Provavelmente, os que não estavam dormindo, estavam dando um jeito de aproveitar o dia.
Então, disse “Bom dia” para a bela e imponente estátua de Rowena Ravenclaw e saí ainda cantarolando em direção ao salão principal, onde deveria estar sendo servido o almoço.
Saco vazio não para em pé.

- Alguém viu um passarinho verde hoje? – Al me surpreendeu no caminho, me deu um beijo no rosto e passou a caminhar a meu lado.

- Talvez – sorri misteriosa – e ai, como foi seu primeiro dia em Hogwarts?

- Legal... A gente ficou até tarde fazendo uns jogos idiotas de beber... O John conseguiu contrabandear uma garrafa de Whisky de fogo a gente acabou com ela bem rápido.

Revirei os olhos, rindo. Al e cia. estavam naquela fase de pagar de quem que bebe.
Garotos.

- E você? Aposto que ficou acordada até tarde devorando todos os livros do ano e xingando os primeiranistas, como sempre.

- há-há-há. Engraçadinho você, ein? – olhei pra ele com cara de desprezo, mas acabei rindo – pra sua informação eu fiquei sim acordada até tarde, mas foi conversando com meus novos amigos.

- Novos amigos? Quem?

- Minhas colegas de quarto... Spencer, Córner, Richards... Você me viu com elas ontem na cerimônia de abertura.

- Acho que vi sim... Peraí! Córner? Violet Córner? Do Hugo?

- Exatamente.

- Você não ta amiga dela pra...

- Chantagiar ele? Não. A propósito, muito obrigada por me lembrar disso. – sorri maliciosa. – Ele tá me devendo um favor.

Ele revirou os olhos e se manteu em silencio por algum tempo.

- Você não muda. – disse, por fim, antes de tomar o rumo para fora do castelo, me deixando sozinha no salão principal.

*
 Black Eyed Peas - My Humps




- Is? – O sorvete que deveria ir para a minha boca se espalhou por toda minha cara, tamanho susto que levei.
Também, estava eu, sozinha nesse salão enorme, terminando minha sobremesa e pensando na vida e me aparece uma criatura por trás sussurrando no meu ouvido. Eu podia morrer do coração se tivesse algum problema cardíaco ou algo do tipo.

Me limpei com as costas da mão e virei para trás, pronta pra enfiar a colher com que eu tomava o sorvete no olho do infeliz que me assustou.

- Hey! Calma aí, esquentadinha!– Justin Macmillan se sentava ao meu lado, com aquele sorriso safado que só ele tinha.
Revirei os olhos, mas sorri em seguida. Hoje meu humor esta realmente impressionante.

- Justin... Como vai?

- Bem... Você não recebeu meu bilhete ontem?

- Recebi.

- Então porque não respondeu? Não estava com saudade de mim?

- Não tive tempo. Na verdade eu esqueci totalmente. – continuei a tomar displicentemente meu sorvete de creme. Pra mim não havia coisa melhor no mundo todo.
Bom, talvez um bom Petit Gateau, com uma bola bem grande de sorvete de creme e muita, muita calda de chocolate :9

- Poxa... Então você não sentiu mesmo saudades... –ele fez carinha de cachorro sem dono.

Bom, cachorro ele realmente era.
Mas com dona.

- Deveria? Pensei que essa fosse função da sua namorada.

Ele ficou sem graça, mas não por muito tempo.

- Ah! Mas eu estava morrendo de saudades mesmo assim... Até mesmo dessa sua carinha irritada... Eu sei que no fundo você sentiu minha falta.

Mereço.

Tomei minha ultima colherada de sorvete, suspirei e me voltei pra ele.

- Não, eu não senti – disse erguendo as sobrancelhas.

- Nem um pouquinho? – ele foi se aproximando e envolvendo aos poucos minha cintura com seus braços, enquanto eu balançava a cabeça insistentemente que não – tem certeza? – ele sussurrou no meu ouvido, dando um beijo de leve no lóbulo da minha orelha passando para meu pescoço, para o meu rosto, fazendo um caminho até o canto da minha boca.

- Absoluta.

- Nem disso? – ele me beijou por fim. Eu me deixei beijar por uns poucos segundos, mas o afastei em seguida.


- Justin – falei calmamente, olhando nos olhos dele – pode não ter ninguém aqui, mas você sabe muito bem que nesse lugar as paredes têm ouvidos olhos e bocas.

- Por quê? Do que você tem medo? Da Mary?

Eu ri com gosto. Aquela loira oxigenada magrela conseguia ser menor do que eu. Alem de ser burra demais pra fazer algum feitiço decente.

- Medo? Eu? Por que eu teria? Eu não devo nada a ninguém, Justin. Você deve.

- Mas não precisava. A única pessoa a quem eu deveria alguma coisa poderia ser você. É só querer.

- Justin... Não vamos discutir isso de novo tá bom? Tá enchendo o saco já.

Deixa eu explicar melhor:
A uns dois anos atrás eu e Justin quase namoramos.
Quase. Porque no dia que ele ia me pedir em namoro eu tinha decidido que não ia ficar mais com ele.
Por quê? Não sei... Acho que já tava de saco cheio.

Lógico que ele não gostou nada disso e ficou com bastante raiva de mim. Ficou sem falar comigo por quase um ano.
Mas depois ele sentiu falta e veio todo cheio de conversinha pro meu lado.
Acontece que isso foi num momento de grande carência meu e eu até dei idéia pra ele...
Nós até íamos voltar...
Mas aí eu conheci o Gary e, bom, um mês depois eu estava namorando com ele.
Mais uma vez o Justin ficou putinho e pediu em namoro a primeira vagabunda que deu mole. E foi Mary Smith, uma Lufa-lufa loira oxigenada com cara de buldogue, burra e meio putinha que grudou nele que nem chiclete.

Até então tudo bem. Só que aí o Gary foi embora e eu fiquei realmente carente.
E adivinha quem veio suprir minha carência?
É ele até pensou em terminar com a Mary pra ficar comigo, mas eu deixei bem claro que não ia querer nada sério com ele.
Quer dizer, se ele estava traindo ela comigo, ele poderia me trair com qualquer outra não é mesmo?
Homens!

- Tá bom. Mas será que pelo menos por hoje a gente pode ficar um tempinho juntos? Eu não sei quando a gente vai ter uma oportunidade como essa... A Mary anda muito grudenta.

- hahahahah. Só agora você percebeu?

- Ah, Is! To falando sério... Vamos?

Hmmm... Vamos analisar...

Prós: Eu não tenho mais nada pra fazer. As meninas não vão acordar tão cedo. Eu estou sozinha e por enquanto sem mais nenhum pretendente.

Contras: Ele tem uma namorada chata e ciumenta que mataria os dois se descobrisse. Sem contras!

- Tudo bem – disse como quem é vencido pela insistência. – Mas sem demorar muito, ok?

Ele sorriu e me deu mais um selinho.
Nós levantamos e saímos cuidadosamente de lá.
Como que por milagre, os corredores e as escadas estavam totalmente desertos, a não ser pelos quadros, que nos olhavam desconfiados.
Subimos até o terceiro andar e entramos na primeira sala vazia que encontramos pela frente.

Ele não esperou nada e nem disse nada.
Mal bateu a porta e já me encostou na parede e começou a me beijar desesperadamente.
Eu tinha me esquecido de como ele era sempre apressadinho assim... Era bom eu ficar bem esperta.

Eu tentava fazer com que o beijo fosse mais devagar e afastá-lo um pouco, para manter uma distância segura.
Inútil.

Bom, então só me resta acompanhar.

Eu desviei minha boca da dele e comecei a beijar seu pescoço. Pude sentir a pele dele arrepiada. Ele me afastou para olhar dentro dos meus olhos. Eu sorri maliciosamente.
Ele me beijou ainda mais ferozmente e me apertou com mais força contra ele. As suas mãos percorriam minhas costas como se quisessem decorar cada pedaço de mim. E das costas foram descendo cada vez mais.
Eu não deixaria se fosse qualquer um. Mas eu e Justin tínhamos um caso de anos. E ele era tão gostoso.
Alem disso, ele despertava o meu pior melhor lado.
Um lado meio bitch.

Eu aranhava as costas dele onde podia alcançar. A boca dele passava da boca para o pescoço, do pescoço para a orelha, onde ele mordiscava de leve. Eu afundava as mãos nos seus cabelos e depois puxava com força. Ele fazia o mesmo.
Ah! Como eu amava isso.

Mas eu só amava até certo ponto: até onde eu mantinha o controle.

Esse era o problema do Justin. Ele queria estar por cima de qualquer jeito. Eu até gostava de caras que assumiam o controle. Mas não ele. Eu o conhecia: ele queria sempre mais. Daí ele começava a me tratar como se eu fosse um objeto.
E eu não gostava nada disso.

As mãos deles chegaram ao cós da minha calça e ameaçaram entrar.
Ah tá. Vai nessa.

- Justin... Chega tá? – eu o empurrei meio que bruscamente e ele fez cara de quem não tava entendendo nada – Você sabe muito bem que comigo não funciona assim.

- Como assim? Funciona como então? – ele veio tentando retomar de onde paramos.

- Pense um pouco e descubra baby – disse, já abrindo a porta da sala e dando o fora dali – só uma dica: - me virei para ele - eu não sou a vadia da sua namorada que te tudo o que você quer, se é que me entende. – saí, batendo a porta na cara dele.

Eu já devia saber: ele não era de desistir tão fácil.

Eu já estava no meio do corredor quando senti um puxão no braço.

- Peraí, Is! Qual é! Vai ficar pagando de puritana comigo agora?

- Eu não estou pagando de porra nenhuma. Mas se você quer mesmo saber eu continuo tão “pura” quanto quando você m conheceu.

- Duvido

- Acredite no que quiser. E se quiser. – continuei andando, mas ele me parou de novo. E dessa vez não me soltou.

- Calma! Tá, eu acredito em você. Mas, fala sério! Você já tem 16 anos. Algum dia você vai fazer isso, pode ter certeza. Na verdade acho que até já passou da hora.

Eu não acredito que eu to ouvindo isso.

- Olha Macmillan, eu vou ser bem clara com você. Eu NUNCA perderia aquilo com você. Então, se algum dia rolar alguma coisa entre nós, você pode ter certeza que já rolou com outra pessoa. Agora, faz o favor de me soltar? Você ta me machucando.

Nem esperei. Eu mesma puxei meu braço e saí dali o mais rápido o possível.

- Posso saber por quê? – ele gritou de onde estava

Porque alem de ter namorada, você me trata como um objeto e não tem nem noção do que significa a palavra “carinho”?

- Pensa meu bem, não precisa se esforçar muito não. – foi a ultima coisa que disse, antes de virar em um outro corredor e perdê-lo de vista.
*

N/b: adoreei o cápitulo . principalmente a última parte (6) . A Is é minha ídola.
boom eu nunca beetei . então se tiver algo errado me desculpem; eu tentei consertar tudo que eu achei :D
beeeijos e até o proxiimo cápitulo :}

.tataah cullen


N/A hahahah eu nãi disse que nesse capitulo as coisas iam esquentar? (6)
Assim, eu ia colocar a mesm musica que eu coloquei na prévia, qu é até o nome do capítulo, mas eu achei que não era sexy o suficiente. :x
Tá que essa e meio velha, mas e que eu tava ouvindo quando escrvi o cap e gostei do efeito :x hahaha

Tataah Cullen. Mais uma vez, obrigada por betar a fic *---* ficou ótimo, sério! tava cheeeio de erros antes :x :*

Bi Granger Bom, eu nao atualizei TAO rapido, mas fiz o possivel! é como eu e falei né... volta as aulas, as coisas ficam meio tensas... mas o quatro vo tentar ser mais rapida. :x esperoq eu goste desse :*

dany. brigaaada *.* e essa nova qeu a tay fez? nao ficou uma delicia? *.*

- Julie Padfoot agarramentos são o qu não faltara por aqui (6) ahahhaha a Is e bem... saidinha :x é , a Meg é meio dificil de lidar, porque na verdade ela é muito parecida ocm a Is, só que com uma necessidade enorme de chamar atençao, daí as ideias se chocam, sem falar que a Meg tem um tanto de invja ciumes dela... vai vir muita coisa por ai ainda, mas se eu falar mais perde a graaça :x ah! o importante e que até mesmo por ter um mesmo grupo de amigos, elas vao ter que aprender a se dar bem :)
A S. era mesmo legal , mas não a partida dela vai fazer a is aprender muita coisa! hahahah mas ela ainda nao morreu :x entao veremos mais algumas vezes *-*
enfim,obg pelo comentarios! beeeijos :*

Julinha Potter aaaain obrrigada *---* sua fic tambem é TDB :D esperoq eu goste desse tb :*

Tay McKinnon Bom, e o qu eu falei pra Julie sobre a Meg né... um dia elas duas se entendem! Mas a Violet e a Anne são supelegais *--* gsotou da prévia mesmo? é, foi mesmo pra deixar o povo curioso mas que fique só entre nos :x hahahhaha beeeijos querida :*

Lyla Garbo ah obrigaa MESMO! me sinto ate honrada! É aquilo que eu te flei aquele dia :x
ah essas duplas personalidades! (só pra quem manja hahaha (6))
Ela é uma graaça ne? hahah
Tambem adoro essa atriz! E foi justamnt por causa de Georgie que eu escolhi ela *--* gosto do jeito que as vezes ela parece superfofa e outras meio bitch *--*
:*



Então, é isso :)
comente cada vez mais, meus bens *---* a-mo!

XOXO
I.M

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