Os Valentiny
A cada da tia Maggie era bem grande. Era branca, e tinha um grande jardim. No jardim, não tinha flores, mas tinha árvores e em uma dessas árvores tinha um balanço. Era um lugar muito agradável. Fiquei com o quarto de hóspedes no segundo andar, que tinha um banheiro também. O quarto era um pouco frio e só tinha uma cama e uma cômoda, porém tinha uma vista linda pela janela.
Quando chegamos, não havia ninguém em casa. Arrumei minhas coisas na quarto e fui descansar um pouco. Cochilei e quando acordei resolvi tomar um banho. A água quente do chuveiro, me relaxou, pois eu estava tensa para reconhecer o resto de sua “família”.
-Luna, o jantar está servido! Desça para jantar e conhecer seus parentes. - disse tia Maggie do lado de fora do quarto.
-Já vou tia!
Me enxugei, vesti minha calça jeans e uma blusa blusa azul com um casaquinho rosa, penteei meus longos cabelos loiros, calçei seu tênis all-star e pensei: “Bom... é agora ou nunca!”
Desci as escadas lentamente e ouvi várias vozes. Quando cheguei a sala-de-jantar, vi quatro pessoas sentadas na mesa. Uma era minha tia, tinha um homem que devia ser o marido dela, uma menina que parecia ser da minha idade e um menino mais novo.
-Luna, que bom que você já desceu querida.- disse tia Maggie. Fiquei me sentindo um pouco estranha com aqueles olhares para mim, mas mostrei indiferença. Titia me apresentou ao resto da família.- Essa é minha querida sobrinha Luna Lovegood.
-Que menina encantadora Maggie. -disse o homem.- Sou Robert Valentiny, marido de sua tia.
-Um prazer conhecer o senhor. -cumprimentei cordialmente.
-Não precisa dessa formalidade toda não. Pode me chamar de tio Robert.
-Tudo bem então, tio.-sorri.
-Bom, você já conhecesse meu marido. Essa menina aqui é minha filha Liza. Tem 16 anos como você.
-Oi Luna.
-Oi Liza.
-Senta aqui do meu lado.
-Obrigada.
-E o menino é meu filho, James.-continuou as apresentações tia Maggie.- Ele tem 10 anos.
-Oi James.
-Oi Luna.
-Bom, agora que todos já se conhecessem, vamos jantar. -disse tia Maggie.
Todos comeram em silência. A refeição estava gostosa, mas senti falta da sopa do papai. Titia serviu carne com batatas assadas, arroz branco e uma salada. Quando tia Maggie foi pegar a sobremesa, que por incrível que pareça, era pudim, Liza puxou conversa comigo.
-Você é bruxa?
-Sou sim. Você também é?
-Não. Não puxei a mamãe nisso. O papai não é bruxo, puxei ele.
-Não sabia que isso podia acontecer.
-É...eu gostaria de estudar magia, parece ser muito interessante.
-Muito interessante. O James puxou a mamãe. Ele vai para a escola de bruxos.
-Vai mesmo?
-Vou sim.- disse James- Dizem que lá as carruagens são puxadas por bichos invisíveis.
-Não, não. Quem puxa as carruagens são os testrálios, mas poucas pessoas os veem.
-Por quê?
-Porque só quem já viu a morte de perto pode ver.
-E você já viu?-perguntou Liza.
-Já sim.- respondi, abaixando a cabeça e me lembrando do passado.
-Quando?-quis saber James.
-Meninos, isso não é uma coisa boa de ficar se lembrando. -disse o tio Robert.
-Dizem, que na escola de vocês, vocês aprendem a voar em vassouras. É verdade?- indagou Liza.
-É sim. Vassouras voadoras. São diferentes das que se costumam usar para limpar as casas.
-Que legal!-exclamou James, com os olhos brilhando.
-Você sabe que fazer muitas magias?
-Algumas. Ainda falta muitas para eu aprender.
-Mostra pra gente?
-Não posso.
-Por quê?
-Porque não se pode usar magia antes de completar 17 anos em Hogwarts.
-Não? Que saco!- comentou James.
-Além de voar e estudar, o que mais você faz nessa tal escola?
-Bom, eu gosto de alimentar os trestálios. São realmente criaturas adoráveis.
-Mas a gente só fica trancado na escola?-perguntou James.
-Não. A partir do terceiro ano, os alunos podem visitar o povoado de Hogsmead.
-Só a partir do terceiro ano?
-Só.
-Que chato isso.-reclamou James.
A conversa foi fluindo até acabarmos as refeições e eu fui me deitar. O dia seguinte prometia trazer novas surpresas.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!