De repente, outra vida!





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Capítulo 2 - De repente, outra vida!




Mas Hermione notou que não tinha nenhuma roupa sua no chão, olhou para o guarda roupa que devia ser da mulher de Ron.

- "Se eu pegar uma bem simples, ela nem vai perceber"

E quando abriu o guarda roupa notou que as roupas que estavam lá eram muito parecidas com a suas, algumas eram mais refinadas, mas o estilo era o mesmo. Procurou a mais simples que encontrou, vestiu e saiu o mais silenciosamente possível, se Ron a tinha confundido com sua mulher, ela poderia chegar a qualquer momento.

Como Ron morava num bairro bruxo, Hermione pode aparatar até seu Flat. O lugar estava do jeito de sempre, o que a deixou mais aliviada. Procurou pelas chaves, mas se lembrou que saiu da casa de Ron tão rápido, que nem lembrou de pegar a bolsa "Quando a mulher dele ver", ela pensou. Mas isso não era importante agora, tinha que arrumar um jeito de entrar em casa.

Quando já estava se descabelando, olhou para a portaria e se lembrou que o porteiro daria um jeito nisso. Então correu até lá.

- Sr. Jonh!! Sr. Jonh!!

Ele olhou pela janelinha da guarida meio desconfiado e decidiu sair para atende-la.

- Posso ajudar, moça? - ele perguntou analisando-a.

- Graças a Deus Sr. Jonh! Eu esqueci a minha chave na casa de um amigo e agora estou sem ter como entrar em casa. Você pode abri-la para mim, não pode?

- Sinto muito, mas eu só posso fazer o feitiço de abrir sem chave dos apartamentos do prédio em que trabalho...

- Como assim, Sr. Jonh? Eu morro nesse prédio a 5 anos!

- Eu trabalho aqui a 10 e nunca vi a Srta. ...

- Isso é algum tipo de brincadeira?

- Não, eu não a conheço e sinto muito, não posso fazer nada a respeito da sua chave, mas se ainda quiser, posso chamar um chaveiro que irá fazer o feitiço...

-Eu não quero chaveiro nenhum! - Hermione gritou a plenos pulmões - Olha Sr. - disse tentando se acalmar - Eu não estou com humor para isso hoje, OK?

- Srta., Você não mora aqui. Eu não posso fazer nada.

- Abre esse treco. Agora! - gritou mais uma vez.

- Srta. eu já disse que...

- Tudo bem. Você não quer abrir? OK! Eu vou sentar aqui - disse indo em direção de um degrau da portaria - e esperar alguém consciente me ver, e me deixar entrar.

- Espera aí! Eu conheço você!

- Finalmente o Sr. desistiu dessa brincadeira de mal gosto. - disse se levantando - Eu já estava achando...

- Você é a esposa daquele goleiro dos Cannons... Como é o nome dele mesmo?

Hermione olhou, por alguns minutos, confusa para o porteiro, e saiu correndo de lá.

- "Com certeza isso é uma pegadinha de Natal!O Ron me mandou aquele recado para ver se eu estava ocupada, veio aqui ontem, me levou para a casa dele, e convenceu o porteiro do meu prédio a entrar no joguinho dele... Com certeza é isso! Não preciso me preocupar, é só o tempo do Ron vim aqui desfazer essa brincadeira de mal gosto" - pensou ela.



***



Já estava caminhando sem rumo à algum tempo, quando decidiu sentar num banco de uma praça. De repente ouviu uma voz familiar.

- Oi moça!

- Oi... - disse desanimada sem dar muita atenção para quem a cumprimentava.

- Tudo bem?

- Tudo.

- Tá gostando dessa vida?

E decidiu olhar para a pessoa com quem estava conversando, e a reconheceu. Era a garotinha com quem conversou no dia anterior.

- Você também está na brincadeira, não é? Era obvio, você não parecia uma menina de rua, sumiu de repente... Eu não estou achando graça, tá legal, diz aonde o Ron está que eu quero voltar para casa. - disse levantado o tom de voz

- Que brincadeira? Ontem eu perguntei se você gostaria mudaria alguma coisa, pelo jeito sim! Mas não se acostume, é só uma amostra.

Hermione levou as mãos ao rosto, e quando ia se dirigir novamente a menina, ela havia sumido.

- Eles acham que estão me enganando... Vou para um lugar que não tem espaço para brincadeiras, trabalhar nessa horas é o melhor remédio.



***



Ao chegar no ministério, Hermione foi direito para a sua sala, e na porta do departamento estava uma moça que parecia estar a sua espera. Como não a conhecia apenas acenou e entrou no lugar.

- Olha Sra. o Sr. Hall pediu... - a moça disse tentando seguir Hermione.

- O Josh está aqui? Eu não mandei ele passar o Natal em casa?

Quando Hermione chegou a porta de sua sala, lá estava Josh, sentando em sua mesa. E ele quando ele levantou os olhos e a viu, fez um expressão de cansaço.

- Sra. Weasley, por favor, nós estamos fazendo o possível...

- Josh, eu não deixei você passar o Natal em casa?- disse tentando entender o motivo dele estar lá, com certeza era algum trabalho de úlima hora. "Espera, como foi que ele me chamou?".

- Sra. Weasley, não faça cerimônias... Eu não durmo a 3 dias por sua causa. - disse enquanto levantava para pegar um café. - Nós já não liberamos seus benditos elfos, para que você ainda quer o teto salarial? A maioria dos bruxos só aceitou libertar seus elfos se eles pudessem negociar o salário, aí chega você com essa história de salário mínimo para os elfos domésticos - chega uma coruja que deixa um envelope vermelho em cima da mesa - Olha aí, é o centésimo berrador só essa semana... Acho que ainda poderemos chegar a uma acordo, mas por favor, peça para os seus elfos esperarem até o fim dos feriados. É que as donas de casa estão desesperadas que não vão ter ninguém para ajuda-las no ano novo e - chega mais uma coruja com outro envelope vermelho - esse é o resultado.

Hermione olhava atônita para seu subalterno, olhou para a porta e lá estava "Josh Hall, Chefe do Departamento de Controle das Criaturas Magicas", será que a garotinha estava certa, algo tinha realmente mudado?

- Sra. Weasley? - perguntou Josh percebendo que Hermione não estava bem.

- Oi? - ela disse uma pouco desnorteada, voltando a olhar o rapaz.

- Você aceita o acordo?

Para dizer a verdade, ela tinha assimilado pouco das palavras de Josh, o que ele estava falando sobre elfos? Eles tinham tão poucos direitos, que em todos esses anos que trabalhou naquele departamento e nunca chegou qualquer caso sobre elfos. Mas como ele a olhava ansioso, achou melhor apenas concordar.

- OK, eu falo com eles, eu acho...

- Ah, Graças a Deus, eu nem acredito! Você pode falar com eles hoje mesmo?

- Sim - e saiu um pouco zonza de sua sala, que por algum motivo era a sala de Josh.

Ela pegou o elevador e nem soube direito apertar os botões e desceu no andar onde o elevador parou, e lá encontrou um amigo que não via a muitos anos.

- Harry?

- Sim? - ele disse sem tirar os olhos da revista de quadribol que segurava e os pés de cima da mesa.

- O que você está fazendo aqui?

- Trabalhando, ué! Não na forma literal, já que parece que ninguém usa a arte das trevas... Não que devessem usar, é que... - Hermione ranca a revista da mão dele - Hermione! O que você está fazendo aqui?

- Isso não vem ao caso agora... Harry, você não era Auror na Irlanda? Você foi para lá junto com o Ron, e como ele, nunca mais voltou...

-Eu só fiquei lá com vocês alguns meses, lembra? Depois que vocês casaram ia ficar meio chato eu lá empatando vocês...

Quando ia falar que Harry também estava no jogo de Ron, percebeu que quase todos naquele departamento, que parecia o de Aurores, a cumprimentavam, e a chamavam de Sra. Weasley.

- Mas Mione, o que você está fazendo aqui? Hoje é Natal, e você e o Ron sempre passam a manhã inteira estragando a Elizabeth enchendo-a de presentes, ou melhor, o Ron estraga, você só dá livros... - e deixou escapar uma risadinha - Espero que a minha afilhada tenha gostado do meu presente. E como é o primeiro Natal do Christopher, você é a última pessoa do mundo que eu esperava fora de casa.

- "Quem é Elizabeth? E esse outro, o Christopher? E por que eu e o Ron encheríamos esses dois de presentes? Para tudo! Ele falou que eu o Ron somos casados?"- ela pensou tentando assimilar as palavras de Harry.

Vendo a hesitação da amiga, Harry decidiu continuar a conversa.

- Já sei! Você veio aqui reclamar pelo presente que eu dei para o Chris, não é? Larga a mão de ser uma mãe super protetora, eu sei que ele nem tem um ano ainda, mas ele não precisa usa-la ainda, e o Ron é um pai cuidadoso, o Chris não vai se machucar...

- Não, eu não vim falar do presente.

- Então você não se importa?

- Não, não me importo.

- Então eu posso levar a ruivinha numa missão? Não uma missão perigosa, é que ela pediu...

- Calma! Vamos começar do começo! O que o Ron faz na Inglaterra? Ele não foi para o centro de treinamento dos Cannos, que mudou para a Irlanda?

- Mione, você está bem?

- Harry, só responde, OK? - disse num tom impaciente.

- O centro de treinamento era mais para juniores, depois que ele se firmou na equipe ele pode escolher entre morar na Irlanda, ou ir para lá apenas nos horários de treinamentos. Faz tempo que vocês voltaram para a Inglaterra... A Elizabeth até nasceu aqui...

- E por que você não é mais Auror na Irlanda?

- Você tem certeza que você está bem? - vendo a expressão que ela fez, ele achou melhor não contrariar - Eu nunca fui Auror lá, eu voltei para a Inglaterra logo depois que você e o Ron casaram...

Hermione meio que se desequilibrou e derrubou algumas coisas na mesa de Harry.

- Alguém pode me trazer uma água. - ela disse enquanto tentava, com dificuldade, sentar numa cadeira que estava na frente da mesa.

- Eu levo - disse um rapaz perto do bebedouro.

- Obrigado - e pegou o copo da mão do rapaz e começou a beber.

- Que isso! Para a mulher do cara que salvou o me time, tudo!

Hermione se engasgou e cuspiu metade da água que estava na boca. O rapaz que trouxe a água olhou assustado de Hermione para Harry, este que fez sinal para o rapaz se distanciar.

- Como assim eu casei com o Ron? Quando isso? Eu não vejo vocês a anos. - disse tentado se secar.

- Uns 6 meses depois que fomos para a Irlanda... Mas Mione, o que está acontecendo? Você me fazendo esse monte de perguntas estranhas e logo aqui, no Ministério...

- O que tem o Ministério?

- Você sabe!

- Não, eu não sei!

- A dor de cabeça que você dá para o pessoal daqui por causa do F.A.L.E.!

- OK, é muita coisa para a minha cabeça, eu preciso ir Harry. - disse indo em direção ao elevador.

- A gente se vê na Toca?

A resposta que sim, parecia tão obvia para ele, que Hermione não teve o que fazer.

- Até a toca. - e entrou no elevador.



***



Se aquilo não era mesmo uma brincadeira, tinha que voltar para casa, a casa dela com Ron. E lá estava, mas sem coragem de bater na porta. O que será que a aquela garotinha tinha feito? Sentou no degrau a frente da porta, e colocou as mãos no rosto.

- Meu Deus! O que está acontecendo? - disse para sim mesma - Que mundo é esse? Está tudo igual, mas ao mesmo tempo... diferente...

Quando tirou as mão do rosto e olhou para frente, viu um rosto conhecido.

- Você é a responsável por isso, não é?

- Eu não. Você é que queria mudar a sua vida - respondeu a garotinha.

- Já é a terceira vez que você me aparece com respostas vagas. Eu não acredito em nada do que você diz, e em nada que ninguém diz. Eu cansei da brincadeira, manda todo mundo parar com isso. - disse desanimada.

- Você não acredita? Entre e veja por você mesma!

Hermione respirou fundo e tocou a campainha, quando olhou para trás, como era de se esperar, a garotinha não estava mas lá e pode escutou alguém vindo correndo atender. Ron abriu a porta, ela apenas sorriu, e ele a olhou com um expressão de aliviou.

- Amor, o que aconteceu? Eu fiquei tão preocupado... - disse a puxando para dentro - As crianças perguntaram por vocês e eu não sabia onde você estava. - agora a abraçando - Eu fui até a sede do fale e não te encontrei...

- Foi até a sede da onde?

- Do fale... Ta bom, do F.AL.E. - disse num tom de deboche - Logo você tão organizada e as lareiras de lá estão muito sujas, não reclame que quando eu voltei eu sujei a sala, foi só um pouquinho... - disse como se esperasse que ela fosse repreende-lo.

- "O F.A.L.E tem sede...?" - ela pensou, enquanto ele falava. - "Será que é tudo verdade? Por algum motivo eu fui com o Ron para a Irlanda, e essa escolha mudou tudo! E não só na minha vida..." - estava um pouco zonza e sentou no sofá da sala.

Estava com uma expressão assustada e pálida.

- Amor, está tudo bem? - ele disse sentando do lado dela.

Hermione abaixou e colocou a cabeça entre os joelhos.

- Mi, fala comigo! O que está acontecendo?

- Ron, isso é algum tipo de brincadeira? - disse voltando a posição normal.

- Isso o que?

- Essa histórias de sermos casados... O F.A.L.E....

- Por que? Hoje, na manhã de Natal, você percebeu que não queria casar comigo? - se afastando um pouco dela, com a face um pouco assustada.

- Não! É que... Deixa para lá... Não é nada...

- Tudo bem mesmo? - disse se aproximando novamente.

Ela apenas afirmou com a cabeça

- Mas você ainda não me respondeu, onde você estava?

- Eu fui no Ministério...

- No Ministério? Eles não te odeiam lá?

Quando ia responder foi interrompida por uns estrondo vindo do andar de cima, e achou melhor assim, já que não saberia responder com certeza por que era odiada.

- Depois a gente conversa melhor. Mione, vê o que está acontecendo lá. A nossa ruivinha já não se agüenta para abrir os presentes. Já que você chegou, eu vou busca-los para ela matar a curiosidade logo. - ele deu um selinho em Hermione e saiu para outro cômodo da casa.

Ela ficou com a mão nos lábios, fazia um tempo que Ron não a beijava. Só que Hermione se lembrou do que ele pediu para ela fazer e se levantou. Falar era fácil, mas o que era para ela olhar lá em cima? Aquela poderia ser sua casa, mas não a conhecia. Decidiu subir, encontrou uma porta aberta e, um pouco assustada e nervosa, entrou. Haviam duas crianças lá, uma menina com cabelos vermelhos, como os de Ron, que aparentava uns 5 anos e num berço um bebê, ainda de colo, que apesar da pouca idade, ela pode ver que tinha cabelos e os olhos, parecidos com os dela. Deviam ser as crianças que Harry mencionara.

O quarto era bem grande e tinha tantos brinquedos que mais parecia uma loja. A menina, parou o que estava fazendo, correu até Hermione e agarrou as perna da moça.

- A Sra. chegou!

- O que foi aquele estrondo, hein - ela pensou no nome que Harry dissera a pouco - Elizabeth?

A menina largou Hermione e começou a passar a manginha, do vestido de manga longa que usava, nos olhos.

- Elizabeth - perguntou com a voz calma - o que foi que aconteceu? Eu não vou ficar brava...

- A senhora já está brava. - disse começando a ficar com uma voz de choro.

- Não estou...

- Então por que a senhora tá me chamando assim? Você só me chama de Elizabeth quando está brava comigo...

Ron chega no quarto, resmungando.

- Por que vocês estão demorando? O que foi aquele estrondo... - e quando viu a garotinha chorando, foi correndo pega-la no colo - Liz, minha princesinha, você se machucou?

- Não papai, eu deixei o livro cair - ela apontou para uma livro no canto do quarto - e a mamãe ficou brava comigo... É que eu não consegue colocar no lugar de novo... Você me perdoa, mamãe? Eu não quis derrubar... Eu juro! Eu não quis - disse já aos soluços.

- Não... Liz "Pelo menos foi assim que o Ron a chamou". Eu não fiquei brava não, desculpa se eu fiz você pensar que estava - disse sorrindo, ainda um pouco nervosa, e se inclinando para a garotinha, que ainda estava no colo de Ron.

A garotinha parou de chorar e sorriu de volta para Hermione.

- E agora - disse Ron - Vamos abrir os presentes?

- Ehhhhhhh.

Hermione observou os dois saírem do quarto, e depois sentou numa poltrona ao lado do berço.

- De repente eu sou casada e tenho dois filhos... E como é que eu vou agir com eles daqui para frente?

***



N/A: Espero que tenham gostado desse capítulo! Comentem por favor. E quem já comentou, continue comentando, hein? Rsss

Bjs



Agradecimentos:

Arty Black: Valeu pelo comentário, espero que tenha gostado da fic! Bjs

laura: Muito obrigado pelo comentário, laura! Espero que continue acompanhando





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