Capitulo 4



Depois de planejarem todos os detalhes de uma vingança mirabolante, aí sim eles se deixaram dominar pelo cansaço e foram dormir.

Os próximos dias seriam interessantes. Muito interessantes.





Capítulo 4

O dia seguinte amanheceu tranqüilo. Muito mais calmo do que esperavam Ron, Ginny, Hermione e Harry.

Quando Harry e Ron acordaram, as camas de Ted, Albus, Scorpius e James estavam vazias. Desarrumadas, mas vazias.

Ao descerem para o salão comunal acompanhados de Neville, encontraram Mione e Ginny sentadas em frente à lareira, conversando.

- Bom dia! – disseram os garotos.

- Bom dia. – responderam elas.

- Onde estão os outros? – perguntou Mione.

- Não faço idéia! – respondeu Ron – Quando acordamos, eles não estavam mais no quarto.

- Estranho... – comentou Ginny – Lily também já tinha saído quando levantei.

- Bom... – disse Neville – Eles já devem estar no salão principal tomando café.

- É... Provavelmente. – concordou Harry, mas sem convicção.



* * *


Longe do salão comunal, o grupo composto por Lily, James, Albus, Scorpius e Ted andava sorrateiro em direção ao salão principal, vindos da cozinha.

- A barra tá limpa. – disse Jay para os outros depois de olhar o mapa do maroto – Nossos alvos já estão no salão e não tem ninguém pelo caminho.

- Ótimo! – disse Ted – Temos que estar sentados e inocentes antes deles serem atingidos.

- E não esqueçam do Peeves (Pirraça)! – lembrou Lily – A ajuda dele é indispensável.

- Ele já concordou em nos ajudar... – disse Scorpius – Só temos de dar o sinal e ele entra em ação!

- Tudo pronto? – perguntou Albus uma última vez, e recebeu um aceno dos outros – Então temos que ir. O Snape tem que nos ver pelo menos entrando no salão.

E dito isso eles saíram do lugar onde estavam escondidos e foram para o salão principal. No caminho encontraram Peeves, e depois de uma rápida troca de acenos eles entraram no salão principal onde a maior parte dos alunos e todos os professores já estavam tranqüilamente tomando café da manhã.

Assim que o grupo se sentou próximos a Harry, Ginny e Mione, e a uma distância segura de onde Ron e Lavender estavam, os cinco foram bombardeados com perguntas.

- Onde estavam? – perguntou Ginny.

- Porque levantaram tão cedo? – questionou Harry.

- O que vocês vão aprontar? – perguntou Mione completando o round de questões.

- Ei, ei, ei, ei, ei! – disse Lil – Uma pergunta de cada vez!

- É! – concordou Ted – Até parece que vocês não confiam na gente!

- Eu acho que não confiam... – disse Albus para Jay e Lil como quem conta um segredo, mas alto o suficiente para todos escutarem, e recebe entusiasmados acenos de concordância dos dois.

- Não é nada disso! – defendeu-se Hermione.

- Nós só estávamos preocupados com vocês! – continuou Harry.

- E curiosíssimos pra saber o que vocês vão aprontar com o seboso. – completou Ginny com um sorriso digno de Fred e George.

Os viajantes, porém, foram salvos de responder, já que o correio-coruja escolheu essa hora para entrar no salão.

Harry viu com curiosidade sua coruja branca, Hedwig, sair do meio das outras corujas e pousar à sua frente, antes de esticar a pata onde estava presa uma carta à ruiva sentada na frente dele.

- Hedwig?! – espantou-se o moreno.

- Er... – fez Ginny – Eu sei que deveria ter pedido, mas você não se importa de eu ter pegado Hedwig emprestada para mandar uma carta pra minha mãe, não é? – perguntou a garota fazendo uma carinha inocente.

- Claro que não, Ginny! – respondeu Harry – Sempre que precisar! Hedwig precisa mesmo fazer exercícios de vez em quando... – Harry se arrependeu do que disse no segundo seguinte, pois a coruja bicou dolorosamente seu dedo.

- Acho que você a ofendeu, papai. – disse Lil rindo da cena – Hedwig é uma coruja linda! Não precisa de exercícios pra se manter em forma, não é garota?

E para a imensa surpresa e descontentamento do moreno, a coruja piou alegremente e foi para o lado de Lil, que lhe oferecia um pedaço de torrada.

-Ei! Você está tentando roubar minha coruja? – perguntou Harry indignado.

- O que a mamãe diz na carta? – perguntou Ron se intrometendo na conversa – Ela diz alguma coisa sobre as férias de natal?

- Eles querem a gente em casa... – respondeu Ginny – E também está convidando TODOS vocês para passarem o Natal na Toca.

- Quando você diz todos, quer dizer incluindo Ted, Albus, James, Lil e o Malfoy? – perguntou o ruivo – E como ela espera ter lugar pra todos? Aliás, COMO ela sabe que eles estão aqui?

- É, Ron... – respondeu Ginny – Ela está chamando todo mundo. E ela sabe que eles estão aqui porque eu contei... Aparentemente a curiosidade dela para conhecer os futuros netos é maior que o medo de descobrir o que não deve...

- Peraí! – disse Scorpius – Eu não sou um Weasley! Não sou neto dela!

- Mas está namorando a única neta que ela sabe da existência, é o suficiente! – respondeu Lil – Teddy também não é um Weasley e nem por isso reclama de ser tratado como um.

- É diferente! – tentou argumentar o loiro – Ele cresceu acostumado a isso, e depois, ele vai se casar com uma Weasley, não é mesmo?

- Ou! Deixem Victoire fora da discussão de vocês! – reclamou o metamorfomago – E depois, vocês não acham que estão...

Mas o que eles estavam ou não fazendo eles nunca souberam, já que um barulho vindo das portas do salão, chamou a atenção de Ted, que começou a rir descontroladamente, sendo logo seguido por Al, Jay, Lil e Scorpius.

Harry, Ginny, Ron e Mione olharam deles para o caminho entre a porta e a mesa dos professores. A visão de cabelos multicoloridos, pintados de vermelho e dourado com algumas mechas escondidas de verde e prata, além de um vestidinho curto e cor-de-rosa-choque e mais um cartaz onde se lia “preciso lavar os cabelos” foi o suficiente para que os quatro também começassem a rir, junto com a grande maioria dos alunos.

Severus Snape ignorou o coro de risadas e, tentando parecer ameaçador, – tarefa muito difícil tendo em conta a aparência dele - foi até a mesa da Grifinória e parou em frente a Albus, sentado em frente a Ginny.

- Os cinco, na minha sala. AGORA!

- Por quê? – perguntou Lil – Se foi porque rimos, o senhor deveria por Hogwarts inteira em detenção!

- Ela está certa, Severus. – disse Minerva McGonagall, que acabara de chegar próximo a eles.

- Foram eles, Minerva! – afirmou Snape – Foram eles que fizeram isso comigo!

- Como eles poderiam ter feito isso se estavam sentados aqui no salão o tempo todo? Eles não podem estar em dois lugares ao mesmo tempo.

- Eu sei que foram vocês. – reclamou Snape – E eu vou conseguir provar isso. E quando eu provar, vocês vão pagar por isso, Potter’s.

- Ele vive esquecendo que aqui não tem SÓ Potter’s... – reclamou Ted – Não que tenhamos alguma coisa a ver com isso, professora. – acrescentou rapidamente.

- Assim espero, Sr. Lupin. Assim espero.

- Lupin? – perguntaram Lavender e Parvati – Você não tinha dito que seu sobrenome é Black?

- Eu disse apenas que sou relacionado à família Black. – tentou consertar ele – E obrigado por espalhar, professora...

- O Sr. não se orgulha do sobrenome que tem? – estranhou Minerva.

- Claro que me orgulho! – defendeu-se Ted – Era só uma forma de atormentar ainda mais o ranhoso...

- Não creio que seu pai aprovasse uma atitude dessas. – disse a professora.

- Ele não precisa saber, não é mesmo? – perguntou Ted com um sorriso inocente.

- Que seja... – disse Minerva dando-se por vencida – Agora andem depressa e não se atrasem pra aula!

E dito isso, a professora saiu do salão, sendo logo seguida pela maior parte dos alunos.

Os dias seguiram-se num mesmo ritmo. Os viajantes do tempo tentavam continuar guardando seus segredos sobre o futuro enquanto Ginny, Ron e Harry continuavam tentando pegá-los desprevenidos.

Foi nesse período sem muitas novidades que Harry se viu, novamente, cercado por várias garotas, todas tentando lhe chamar a atenção para acompanhá-lo na festa de Slughorn. Incrivelmente, ao menos na visão de Teddy e Scorpius, o professor de poções também convida os viajantes do tempo para participarem da festa, fazendo com que Ted, Albus e James se vissem na mesma situação de Harry.

Scorpius e Lily não tiveram esse problema, já que, como namorados, todos assumiam que iriam juntos a festa. Entretanto, os outros demoraram a conseguir se livrar das garotas curiosas. Como disse Hermione a Harry, a única maneira de se livrarem de todas aquelas garotas era convidando uma delas ao baile, o que eles rapidamente fizeram.

James convenceu Cho Chang a deixar de lado a tristeza de um namoro recém terminado para ir com ele. Ted se sentiu um pouco culpado por não ter Victoire a seu lado, mas rapidamente aceitou o convite que uma tímida Susan Bones lhe fez. Albus não foi tão rápido, mas esperto como sempre foi, logo percebeu o desespero de Hermione e, na tentativa de ajudar a ela e a si mesmo, quebrou o voto de silêncio e contou a ela sobre um acontecimento futuro.

- É sério, Mione! Ir com McLaggen vai ser pior do que ir sozinha! Porque simplesmente não vamos juntos e nos divertimos vendo meu pai fugir do Slughorn?

- Harry ainda não convidou ninguém... – comentou ela sem responder a pergunta dele – Você não sabe com quem ele vai, sabe?

- Luna Lovegood. – contou ele sussurrando no ouvido dela – E te garanto que ele nunca descobriu se isso foi ou não uma boa idéia!

Hermione riu do comentário e aceitou ir com ele na festa, isso depois de acidentalmente contar a Lavender e Parvati que iria para a festa com um dos bruxos mais cobiçados no castelo, ao menos no momento.



* * *



Quando Harry, Ted e James chegaram ao corredor de entrada às oito horas da noite, eles acharam um número anormal de meninas que espreitavam, todas olhando para eles com visível ressentimento quando se aproximaram de Luna, Susan e Cho. Luna estava usando vestes prateadas com estrelas, atraindo risinhos das outras, mas, fora isso, estava bem bonita. Harry estava contente que ela não estava usando seus brincos de rabanete, nem seu colar de rolhas de cerveja amanteigada, nem os espectros. Susan usava vestes simples, de um amarelo pálido e tinha os cabelos presos num coque no alto da cabeça e tinha um sorriso contageante no rosto. Cho, por sua vez, usava vestes azul-bebê, de frente única e tinha os longos cabelos soltos.

- Oi – disse Harry a Luna - Vamos?

- Oh sim - ela disse feliz - Onde será a festa?

- No escritório de Slughorn. - respondeu Harry, enquanto a conduzia pela escadaria marmórea longe de todos o fitando e murmurando. - Você ouviu, é provável que um vampiro esteja vindo?

- Rufus Scrimgeour? - Luna perguntou.

- Eu - O quê? - disse Harry, desconcertado. - Você quer dizer o Ministro da Magia?

- Sim, ele é um vampiro - disse Luna inteirada do assunto - Papai escreveu um artigo muito longo sobre isto, quando Scrimgeour assumiu o lugar de Cornelius Fudge, mas ele foi forçado a não publicar por alguém do Ministério. Obviamente, eles não quiseram que a verdade vazasse!

Harry pensou que fosse improvável Rufus Scrimgeour ser vampiro, mas acostumado com as visões estranhas do pai de Luna acerca dos fatos, não respondeu; eles já estavam se aproximando do escritório de Slughorn, e os sons de risada, música e conversação alta estavam crescendo mais a cada passo que eles davam.

Ted e James rapidamente se aproximaram de suas acompanhantes, e logo estavam seguindo Harry e Luna, todos se dirigindo para o local da festa.

Fosse porque tinha sido construído assim, fosse porque ele tivesse usado magia para deixá-lo assim, o escritório de Slughorn era muito maior que os escritórios dos demais professores. O teto e paredes tinham sido forrados com panos esmeralda, carmim e dourado, de forma parecida a uma vasta tenda. O quarto estava abarrotado e sufocante, uma luz vermelha fixa a um abajur dourado fazia parte do elenco, ornado, oscilando no centro do teto no qual fadas de verdade estavam tremulando, como pontos brilhantes de luz. Um som alto, acompanhado pelo que pareciam bandolins soando em um canto distante; uma neblina de fumaça, vinda de um tubo pendurado em cima de vários feiticeiros anciãos que conversavam ao fundo, e numerosos elfos domésticos se deslocavam entre uma floresta de joelhos, obscurecidos pelas travessas prateadas pesadas de comida que estavam carregando, de forma que pareciam pequenas mesas perambulando.

- Harry, meu garoto! - Slughorn disse, quase assim que Harry e Luna apareceram pela porta. – Entre, entre. Há tantas pessoas que eu gostaria que você conhecesse!

Slughorn estava usando um chapéu aveludado ornado com bolas para combinar com sua jaqueta. Agarrando o braço de Harry tão firmemente que poderia ter desaparatado com ele, Slughorn o conduziu decidido para a festa; Harry agarrou a mão de Luna e a arrastou junto com ele. Depois de uma troca de olhares, Ted e James resolveram seguir o professor, não querendo perder nem um segundo da agonia do outro moreno.

- Harry, eu gostaria que você conhecesse Eldred Worple, um antigo aluno meu, o autor de Os Irmãos Consangüíneos: Minha Vida Entre os Vampiros - e, claro, o amigo dele Sanguini.

Worple, que era um homem pequeno, de óculos, agarrou a mão de Harry e a sacudiu entusiasticamente; o vampiro Sanguini era alto e emagrecia com as sombras escuras debaixo dos olhos, somente acenou com a cabeça. Ele parecia bastante enfadado. Um grupo de meninas estava se levantando perto dele, parecendo curioso e entusiasmado.

- Harry Potter, eu simplesmente estou encantado! - disse Worple, enquanto investigava discretamente a testa de Harry - Eu estava dizendo a Professor Slughorn outro dia, onde está a biografia de Harry Potter que todos nos estamos esperando?

- Er, - disse o Harry - você disse?

- Modesto da mesma maneira que Horace descreveu! - disse Worple.

- Mas seriamente, – a maneira dele de falar mudou; ficou repentinamente em um tom de negócios - me seria um prazer escrever isto, as pessoas almejam saber mais sobre você, querido, almejam! Se você estiver preparado para me conceder algumas entrevistas, digo sessões de quatro ou cinco horas, nós poderíamos ter um livro pronto dentro de meses. E tudo com muito pouco esforço de sua parte, eu o asseguro, pergunte para Sanguini se não for totalmente... Sanguini, fique aqui! - Worple disse, repentinamente duro, para o vampiro que estava dirigindo-se para perto do grupo de meninas, com um olhar bastante faminto. - Aqui, distraia-se com isto. - disse Worple, enquanto agarrava um duende que passava e deu na mão de Sanguini antes de voltar a dar atenção para Harry - Meu querido, o ouro que poderíamos fazer, você não tem idéia...

- Eu definitivamente não estou interessado. - disse Harry firmemente - Vi há pouco uma amiga minha, com licença. - E puxou Luna depois dele na multidão; ele realmente tinha só visto uma longa juba de cabelo marrom desaparecer entre o que se parecia dois membros dos Irmãos Estranhos. Tentando inutilmente segurar as risadas, Jay, Cho, Teddy e Susan seguiram os outros dois. Cho e Susan não sabiam se brigavam com eles, ou se juntavam-se a eles nas risadas.

- Hermione! Albus! – Chamou Harry.

- Harry! – disse a castanha - Oi, Luna! Olá, Teddy, Jay, Susan, Cho. Tudo bem?

- O que aconteceu? - Harry perguntou, para Hermione que parecia distintamente desordenada, como se tivesse acabado de lutar com uma moita de visgo do Diabo.

- Nada demais, estávamos apenas dançando. – respondeu Albus – Você deveria ver o estado da Lil!

- E onde está ela? – perguntou James.

- Dançando. – respondeu Hermione apontando para o meio da pista, onde Lily e Scorpius dançavam animadamente.

- Essa menina não tem juízo mesmo! – reclamou James enquanto o grupo se dirigia para o outro lado do salão, pegando taças de hidromel no caminho, percebendo tarde demais que a Professora Trelawney estava por lá sozinha.

- Oi. - disse Luna educadamente a Professora Trelawney.

- Boa noite, minha querida. – disse a Professora Trelawney, enquanto focalizava Luna com alguma dificuldade. Harry podia sentir o cheiro de licor novamente - Eu não a vi ultimamente em minhas aulas...

- Não, eu estou com Firenze este ano - disse Luna.

- Oh, claro - disse a Professor Trelawney brava, rindo como bêbada - Ou Dobbin, como prefiro pensar nele. Você poderia ter pensado, ou não, que agora que eu voltei à escola Professor Dumbledore se livraria deste cavalo? Mas não... nós compartilhamos aulas. . . . É um insulto, francamente, um insulto. Você sabe... – a Professora Trelawney parecia bastante alterada para reconhecer Harry.

Aproveitando que a professora parecia não ter percebido a presença deles, os rapazes começaram uma animada conversa sobre o próximo jogo de quadribol, Cho juntou-se a eles, mas nem Hermione nem Susan pareciam gostar muito do assunto.

- Quadribol! - disse Hermione furiosamente. - É só nisso que vocês garotos pensam?

Com essa exclamação de Hermione, Trelawney pareceu perceber a presença das demais pessoas.

- Harry Potter! - disse Professora Trelawney em tons fundos e vibrantes, notando-o pela primeira vez.

- Ah, oi - disse Harry sem entusiasmo.

- Meu querido! - Ela disse em um sussurro. - Os rumores! As histórias! 'O Escolhido!' Claro que eu já sabia há tempos.... Os presságios nunca eram bons, Harry. . . Mas por que você não se inscreveu em Adivinhação? Para você, entre todas as pessoas, o assunto é da extrema importância!

Antes que Harry, ou qualquer um dos outros pudesse falar qualquer coisa, no entanto, eles foram interrompidos:

- Ah, Sibila, todos nós pensamos que nosso assunto é o mais importante! - disse uma voz alta, e Slughorn apareceu a Professora Trelawney pelo outro lado, a face dele muito vermelha, o chapéu aveludado um pouco obliquo, um copo de mead em uma mão e um enorme pedaço de torta na outra. - Mas eu não acho que haja algo tão natural quanto Poções! - disse Slughorn, dirigindo a Harry um aficionado olhar. - Instintivo, você sabe, como a mãe dele! Eu só ensinei alguns tipos de habilidade, e eu já posso lhe falar, Sibila... — quando apareceu Severus, para o horror de Harry. Slughorn lhe passou o braço e parecia puxar o magro Snape pelo ar para perto deles. - Deixe de se esconder e venha, Severus! - dizia Slughorn alegremente. - Eu estava falando sobre capacidade excepcional de Harry em fabricar poções! Algum crédito você tem que ter, claro, você o ensinou durante cinco anos!

Acanhado, com os braços de Slughorn ao redor de seus ombros, Snape olhou para baixo de seu nariz curvo para Harry, os olhos pretos estreitando-se.

- Engraçado, eu sempre tive a impressão que nunca consegui ensinar qualquer coisa para Potter.

- Bem, então, é habilidade natural! - Slughorn gritou - Você deveria ter visto, primeira lição, Esboço de Morte Viva — nunca vi um resultado melhor de estudante em uma primeira tentativa, acho que nem você, Severus.

- Sério? - disse Snape, os olhos dele ainda grudados em Harry que sentia uma certa inquietação, calado. A última coisa que ele queria era Snape começando a investigar a fonte do brilho recém descoberto dele em Poções.

- Que outras matérias você está cursando, Harry? - Slughorn perguntou.

- Defesa Contra as Artes das Trevas, Feitiços, Transfiguração, Herbologia...

- Em resumo, todos os assuntos requeridos para um Auror - disse Snape zombando languidamente.

- Bem, sim, é isso o que eu gostaria de ser. - disse Harry desafiadoramente.

- E um grande você será! - trovejou Slughorn.

- Eu não penso que você deveria ser um Auror, Harry - disse Luna inesperadamente. Todo mundo olhou para ela. - O Aurores fazem parte da Conspiração de Rotfang, eu pensei que todo mundo soubesse disso. Eles estão planejando derrubar o Ministério de Magia usando combinação de Magia Negra e outras armas.

Harry inalou metade de seu hidromel pelo nariz quando começou a rir. Ted, Albus e James, por sua vez, não agüentaram e tiveram que sair um pouco dali, levando Susan, Hermione e Cho para a pista de dança. Sem dúvida, para Harry, valera a pena trazer Luna só por aquilo.

Tirando a taça do rosto, tossindo e molhado, mas ainda rindo, ele viu algo que era certo elevar sua animação às alturas. Argus Filch vinha na direção do grupo arrastando Draco Malfoy pela orelha.

- Professor Slughorn, - ofegou Filch, o ar de queixas e a luz maníaca da descoberta em seus olhos inchados - eu peguei este menino espreitando um corredor do andar superior. Ele diz ter sido convidado a sua festa e ter partido atrasado. Você realmente o convidou?

Malfoy se livrou das garras de Filch, parecendo furioso.

- Não, eu não fui convidado! - ele disse furiosamente - Eu estava tentando entrar, feliz agora?

- Não, não estou! - disse Filch, numa declaração de extrema vantagem estampada em sua face - Você está em apuros, isso sim! As ordens superiores mandam não rondar por ai, a menos que você tenha permissão, não é?

- Certo, Argus, está certo. - disse Slughorn – Mas é Natal, e não é um crime querer vir a uma festa. Então, nós esqueceremos qualquer castigo; você pode ficar, Draco.

A expressão de furiosa decepção de Filch era perfeitamente compreensível; mas por que, Harry queria saber, observando Malfoy, ele parecia quase igualmente infeliz? E por que Snape olhava Malfoy como se estivesse bravo e... Seria possível?... Levemente amedrontado?

Mas antes de Harry registrar o que ele tinha visto, Filch tinha se virado e saído, resmungando ruidosamente; Malfoy recompôs o rosto com um sorriso e estava agradecendo a Slughorn por sua generosidade e o rosto de Snape exibia novamente uma calma inescrutável.

- Não é nada, nada. - Slughorn disse, renunciando aos agradecimentos de Malfoy - Eu conheci seu avô, afinal de contas...

- Ele sempre falou muito bem sobre você, senhor. - Malfoy disse depressa - Disse que você era o melhor para fazer poções que ele havia conhecido... - Harry encarou Malfoy. Não era vê-lo puxando saco que o intrigava; ele tinha visto Malfoy fazer isso por muito tempo com Snape. Era o fato de Malfoy ter, afinal de contas, um olhar um pouco doente.

Era a primeira vez em que ele tinha visto Malfoy agir como um idoso; agora ele reparou que Malfoy tinha sombras escuras debaixo dos olhos e uma cor distintamente cinzenta de pele.

- Eu gostaria de ter uma palavra com você, Draco - Snape disse de repente.

- Agora, Severus. - Slughorn disse soluçando novamente - Por Cristo, não seja muito duro.

- Eu sou o Diretor da Casa dele e eu decidirei quão duro, ou caso contrário, gentil, devo ser. - Snape disse - Siga-me, Draco - Eles partiram, Snape à frente com Malfoy parecendo ressentido. Harry esperou um momento, então disse:

- Eu voltarei daqui a pouco, Luna... Vou ao banheiro.

- Certo - ela disse distraída e ele pensou tê-la ouvido, quando se apressou para longe da multidão, retomar o assunto da Conspiração de Rotfang com a Professora Trelawney que parecia extremamente interessada. Era fácil, uma vez fora da festa, retirar a Capa da Invisibilidade do bolso e colocá-la por cima, no corredor completamente vazio. O mais difícil era achar Snape e Malfoy.

Harry correu pelo corredor, o ruído dos pés disfarçados pela música e pela conversa alta que ainda saía do escritório de Slughorn atrás dele. Talvez Snape tivesse levado Malfoy ao escritório dele nos calabouços... Ou talvez ele o estivesse escoltando para o Salão Comunal da Sonserina... Harry encostava a orelha de porta em porta pelo corredor até que, com um grande sobressalto de excitação, ele se abaixou para o buraco da fechadura da última sala de aula no corredor e ouviu vozes...

- ...não pode cometer erros, porque se você for expulso-

- Eu não tive nada a ver com isto, certo?

- Eu espero que você esteja contando a verdade, porque isso foi tolo e desajeitado. Você já é suspeito de ter uma mão nisto.

- Quem suspeita de mim? - disse Malfoy furiosamente. - Pela última vez, eu não fiz nada, certo? Aquela garota, Bell, deve ter algum inimigo e não sabe - não me olhe como se eu gostasse disso! Eu sei o que você está fazendo, eu não sou estúpido, mas não vai funcionar - eu posso parar você! - Houve uma pausa e, então, Snape disse baixo:

- Ah... Tia Bellatrix tem lhe ensinado Oclumência, eu vejo. Que pensamentos você estará tentando esconder do seu mestre, Draco?

- Eu não estou tentando esconder nada dele, eu só não o quero se intrometendo!

Harry apertou ainda mais a orelha contra a fechadura... O que teria acontecido para fazer Malfoy falar com Snape assim - Snape, para quem ele tinha sempre mostrado respeito e tinha até mesmo gostado?

- Então, é por isso que você tem me evitado? Você temeu minha interferência? Você percebeu isso, tendo faltado e não veio a meu escritório quando eu tinha lhe dito repetidamente para ir lá, Draco-

- Então, me ponha em detenção! Informe para Dumbledore! - zombou Malfoy. Houve outra pausa. Então Snape disse:

- Você sabe perfeitamente que eu não posso ou desejo fazer qualquer uma dessas coisas.

- Você agiria melhor parando de me dizer para ir ao seu escritório!

- Escute-me. - Snape disse, a voz dele tão baixa agora que Harry teve que encostar a orelha dele bem forte contra a fechadura para ouvir. - Eu estou tentando ajudar. Eu jurei à sua mãe que eu o protegeria. Eu fiz o Voto Inquebrável, Draco-

- Vocês terão que quebrar isto, então, porque eu não preciso da sua proteção! É meu trabalho, ele deu isto para mim e eu estou fazendo, eu tenho um plano e vou cumprir, só está levando um pouco mais de tempo que eu pensei que iria!

- Qual é seu plano?

- Não é da sua conta!

- Se você me contar o que você está tentando fazer, eu posso ajudar...

- Eu tenho toda a ajuda de que preciso. Obrigado, eu não estou só!

- Você estava sozinho, certamente, esta noite, na qual foi tolo ao extremo, vagando pelos corredores sem vigia ou auxílio, estes são erros elementares –

- Eu teria Crabbe e Goyle comigo se você não os tivesse posto em detenção!

- Controle sua voz! - Snape gritou para Malfoy que tinha subido sua voz excitadamente.

- Se seus amigos Crabbe e Goyle pretendem passar a pelo N.O.M. de Defesa Contra as Artes das Trevas, eles precisarão trabalhar melhor do que eles estão fazendo-

- O que importa? - disse Malfoy. - Defesa Contra as Artes das trevas parece piada, não é, um ato? Como se algum de nós precisasse dessa Defesa.

- Este passo é crucial para nosso sucesso, Draco! - disse Snape. - Onde você acha que eu teria chegado em todos estes anos se eu não soubesse agir? Agora me escute! Você está sendo descuidado, vagando à noite, se for pego, e se você está colocando sua confiança em assistentes como Crabbe e Goyle...

- Eles não são os únicos, tenho outras pessoas a meu lado, pessoas melhores!

- Então por que não confia em mim, e eu posso...

- Eu sei como você é! Você quer roubar minha glória! - Houve outra pausa, então Snape disse friamente:

- Você está falando como uma criança. Eu entendo totalmente que a prisão de seus pais o transtornou, mas - Harry teve um segundo apenas para alertar-se; ele ouviu os passos de Malfoy no outro lado da porta e se arremessou para fora no momento em que a porta estourou abrindo. Malfoy estava descendo o corredor, para além da porta aberta do escritório de Slughorn, e sumiu por um canto distante, longe da vista.

Quase não ousando respirar, Harry permaneceu abaixado até Snape deixar lentamente a sala de aula. Com uma expressão desconcertada, ele voltou à festa. Harry ficou no chão, escondeu-se perto de uma armadura, com a mente em uma grande corrida. Quando conseguiu se mover novamente, Harry percebeu que não era o único escondido naquele corredor. Aparentemente Lily, Scorpius, Ted, Albus e James também queriam saber o que Snape iria dizer ao Malfoy. E pela cara de Scorpius, eles sabiam exatamente o que Draco Malfoy estava tentando fazer.


* * *


Nem Harry, nem Lily, nem Scorpius, nem Ted, nem Albus e nem James falaram sobre o que ouviram da conversa entre os dois sonserinos. Pelo menos nenhum deles disse nenhuma palavra sobre o assunto naquela noite, nem no dia seguinte, durante a viagem de trem que os levaria para passar o natal na Toca.

Molly Weasley mal avistou seus filhos e correu para abraçá-los. Abraçou a cada um deles com todo o amor de mãe e de vó como só ela sabia fazer. Para a matriarca dos Weasley’s não fazia diferença se aqueles garotos pertenciam ou não ao tempo presente. Tudo o que importava era que todos eles faziam parte da sua família.

Acomodar todos eles na Toca não foi fácil. Quase todos os ruivos passariam o Natal em casa, excluindo apenas Percy e Charles, além do fato de que Fleur e Remus iriam dormir por lá não ajudar em nada na falta de espaço.

Sem opções, a Sra. Weasley foi obrigada a aceitar a sugestão de James e deixar que seus futuros netos dormissem em colchões espalhados pelo chão da sala enquanto Harry e Ron dividiam o quarto do ruivo e Ginny se conformava em ter Fleur como companheira de quarto.

Os gêmeos, como sempre, dividiriam um quarto, e teriam seu irmão mais velho, Bill, como companhia, já que o quarto deste foi destinado ao uso do licantropo.

Assim que teve uma chance, Harry, com a ajuda de Albus, contou a Ron sobre a conversa que ouvira entre Snape e Draco.

- Então, Snape estava se oferecendo para ajudá-lo? Ele estava definitivamente se oferecendo para ajudá-lo? – perguntou Ron pelo que parecia ser a centésima vez.

- Se você me perguntar isso mais uma vez. - disse Harry - Eu vou enfiar esse talo de couve...

- Eu só estou checando. - disse Rony. Eles estavam sentados sozinhos na pia da cozinha d'A Toca, limpando um monte de couve-de-bruxelas para a Sra. Weasley. A neve caía através da janela aberta.

- Sim, Snape estava se oferecendo para ajudá-lo. - disse Harry - Ele disse que fez uma promessa para a mãe do Malfoy de protegê-lo, que ele havia feito um Voto Perpétuo ou algo assim.

- Um Voto Perpétuo? - disse Rony, parecendo espantado - Não, ele não poderia . . . Você tem certeza?

- Claro que temos! – exclamou Albus que já estava cansado desse assunto.

- O que acontece se você quebrá-lo? – perguntou Harry com certo receio da resposta.

- Você morre. - disse Rony simplesmente - Fred e George tentaram me pegar para fazer um com eles quando eu tinha mais ou menos cinco anos. Eu estava quase fazendo, eu estava de mãos dadas com Fred e tudo mais quando papai nos encontrou. Ele ficou furioso - disse Rony, com um olhar amedrontado nos olhos – Foi a única vez que vi papai tão bravo quanto a mamãe... Fred diz que o lado esquerdo do seu traseiro nunca mais foi o mesmo.

- Sim, bem, deixando de lado o traseiro de Fred...

- Perdão - disse a voz de Fred assim que os gêmeos entraram na cozinha acompanhados de Ted e James - Aaah, George, olha isso. Eles estão usando faca e tudo. Deus os abençoe.

- Eu terei dezessete em pouco mais de dois meses, - disse Rony irritado - e então eu poderei fazer isso com mágica!

- Mas, enquanto isso - disse George sentando na mesa da cozinha e colocando seus pés sobre ela - nós podemos assistir a demonstração do uso correto de uma... epa!

A conversa mudou rapidamente de rumo, indo parar num questionamento sobre a sanidade mental de Lavender, namorada de Ron, o que gerou muitas risadas, menos, obviamente, do ruivo mais novo. E mesmo com a saída dos gêmeos, que convidaram Ted, James e Albus para uma partida de quadribol, Harry ainda assim não conseguiu convencer Ron, ao menos não completamente, de suas teorias sobre Malfoy e Snape.

Harry desejava apenas ter tido tempo de contar a Hermione. Ela estava dançando animadamente quando eles voltaram para a festa, e quando eles saíram cedo para A Toca no dia seguinte, ele mal teve tempo de desejar um Feliz Natal e contar a ela que ele tinha notícias muito importantes para quando voltassem do feriado. Ele não tinha certeza que ela o ouviria se ele contasse naquele momento, é o que pensava; Rony e Lilá estavam se despedindo romanticamente um do outro justamente perto de onde estavam.

Mesmo assim, nem Hermione poderia negar uma coisa: Malfoy estava definitivamente planejando algo, e Snape sabia o que era, então Harry se achava com todo o direito de dizer “eu bem que falei”, como já havia dito várias vezes a Ron.

Harry não teve a chance de falar com o Sr.Weasley, que estava trabalhando muito no Ministério, até a noite da Véspera do Natal. Os Weasleys e seus convidados estavam sentados na sala de estar, que Ginny decorou de forma bastante exagerada. Era como sentar num local onde ocorreu uma explosão de papel-decorativo. Fred, Jorge, Harry, Rony, Ted, Jay, Al, Lil e Scorpius eram os únicos que sabiam que o anjo no topo da árvore era até pouco tempo um gnomo de jardim que mordeu Fred no tornozelo enquanto ele apanhava cenouras para a noite de Natal. Estufado, pintado de ouro, vestido com um tutu minúsculo e com pequenas asas colocadas atrás, ele olhava com raiva para todos eles, o anjo mais feio que Harry já viu, com uma grande cabeça careca como uma batata e pés cabeludos.

Depois da “sessão tortura” como os nossos viajantes do tempo carinhosamente chamavam o momento em que a Sra. Weasley obrigava todos eles a escutar por uma transmissão de Natal a cantora favorita da matriarca, Harry, que estava próximo ao Sr. Weasley conseguiu conversar com ele.

- Desculpe-me por isso - ele disse, apontando com a cabeça a direção do rádio, enquanto Celestina voltava ao refrão - Já está acabando.

- Sem problemas - disse Harry, sorrindo - Tem estado ocupado no Ministério?

- Muito. - disse Sr. Weasley - Eu não consideraria assim se nós estivéssemos pegando alguma coisa, mas das três apreensões que fizemos nos últimos dois meses, eu duvido que ao menos um deles é um Comensal da Morte de verdade. Mas não conte isso a ninguém - ele disse rápido, parecendo muito mais acordado.

- Eles ainda não estão mantendo Stan Shunpike preso, estão? - perguntou Harry.

- Eu receio que sim. – disse o Sr. Weasley - Eu sei que Dumbledore tentou apelar diretamente para Scrimgeour sobre Stan. ... Eu digo, qualquer um que tenha conversado com ele ultimamente dirá que ele é tão Comensal da Morte quanto esta poltrona... Mas os superiores preferem ver como se ele tivesse fazendo algum progresso, e 'três prisões' soa melhor que 'três prisões erradas e libertação'... Mas de novo, isso é realmente secreto...

Harry concordou em manter segredo e aproveitou o momento para contar ao Sr. Weasley sobre a conversa ouvida entre Snape e Draco. A resposta dele e de Lupin, que estava sentado próximo e escutara tudo atentamente, foi a mesma. “você já pensou na possibilidade de ele estar fingindo oferecer ajuda pra descobrir o que ele o garoto Malfoy está fazendo?” no que Harry respondeu que era de Snape que estavam falando e que ele não é confiável.

Antes, porém que os três entrassem em uma discussão sobre a lealdade de Severus Snape, o programa de Natal havia terminado.

- Vamos tomar mais uma pra encerrar? - perguntou Sr. Weasley em voz alta, ficando de pé - Quem quer gemada?

- Como tem passado ultimamente? - Harry pergunto a Lupin, enquanto Sr.Weasley apressava-se para buscar gemada e todos se distraíam com uma conversa.

- Oh, eu tenho estado escondido - disse Lupin - Quase literalmente. É por isso que não pude lhe escrever, Harry, enviando cartas para você eu teria me denunciado.

- O que isso significa?

Antes, porém, que Remus pudesse responder, uma figura de cabelos azuis se intrometeu na conversa.

- Então nos encontramos de novo, papai.

- Papai? – perguntou Remus confuso olhando pela primeira vez para um dos viajantes – Esse cabelo... Eu já vi isso antes... Mas não foi um sonho?

- Sonho? – perguntou Ted antes de rir – Padrinho! Você não tinha me contado que apagou a memória deles! – disse o metamorfomago de braços cruzados e uma expressão de repreensão no rosto ao falar com Harry.

- Apagar memória? – questionou o moreno – Do que é que você está falando Teddy?

- TEDDY REMUS LUPIN! – gritou Lil do outro lado da sala – VOCÊ NÃO DEVERIA ESTAR FALANDO COM SEU FUTURO PAI E SABE MUITO BEM DISSO!

- Desculpa te contradizer, ruiva, – falou Teddy piscando um olho para ela – mas você ACABOU de dizer tudo o que eu não deveria dizer...

Como resposta, Lil mostrou a língua pra ele.

- Vai dizer que não era exatamente isso que você queria fazer? – perguntou ela, um sorriso maroto nos lábios – Agora o papai não pode brigar com você por ter contado.

- É! – concordou Albus que estava ao lado da irmã – Ele vai brigar com VOCÊ!

- Er... – fez a ruiva corando levemente – Não tinha pensado nisso... Vovó! Não deixa a mamãe me por de castigo!? Por favor! Ela vai querer tirar minha vassoura!

E depois dessa frase todos os presentes caíram na risada. Ou melhor. Quase todos.

Remus John Lupin ainda se encontrava num estranho transe. Memórias que ele não sabia que tinha haviam surgido em sua mente, e o fato gritante de que aquele garoto era seu filho ainda ecoava em sua mente.

- Ah não... De novo não! – disse Ted ao perceber o estado que seu pai se encontrava – Remus John Lupin! Você não tem mais quinze anos pra ficar estático pelo simples fato de conhecer seu futuro filho!

- Do que é que você tá falando, Ted? – perguntou Harry curioso.

- Desculpa padrinho, mas eu não posso contar. – respondeu o metamorfomago antes de arrastar Remus Lupin para fora do campo de visão e de audição de todos.

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N/A: Olá! tudo bem com todos voces?
eu realmente espero que sim! aproveitaram as férias? eu estava mesmooo precisando de férias! então agradeçam a viagem que eu fiz, porque foi ela que me reinspirou pra voltar a escrever essa fic!
desculpem a demora do cap... mas o fim so ultimo semestre não foi nada facil...
mas falando de coisas melhores... GOTARAM??? eu particularmente gostei desse cap! como voces puderam ver, eu inclui algumas cenas do livro... não estão identicas pq eu, com preguiça de copia do livro, peguei uma versão da internet... mas... o proximo cap vem logo! prometo! e ele vai trazer muiiitas mudanças! mas pro cap vir mais rapido, COMENTEM BASTANTE!!!

AHH! UMA ENQUETE! voce querem que eu mude os acontecimentos do passado ou mantenho o cannon? pq, o trailer jah diz, os marotos vão aparecer logo! eu deixo ou não a memória deles intacta???

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