Capitulo 11



N/A: Cap não betado... perdoem os erros!


Capitulo 11


Hogwarts, pela primeira vez desde que começara a guerra, amanheceu em completo e absoluto silêncio. Nenhum alma, viva ou morta, se mexia naquele começo de dia. O sol, afinal de contas, ainda começava a mostrar seus preguiçosos raios, e o vento ainda dormia, fazendo com nem mesmo o barulho das árvores da floresta proibida acontecessem.


Este estado de paz, entretanto, só realmente começou a existir a pouco tempo, tendo em vista que até altas horas da madrugada dois grupos de grifinórios se mantiveram acordados, planejando e preparando o que se provaria ser um dos dias mais agitados do colégio por muitos e muitos anos. Mas esse dia não seria o hoje. Hoje o silêncio e a paz ainda iriam reinar, como a calmaria antes da tempestade.


Depois de mais alguns momentos de preparação, ambos os grupos engajados na Guerra de bagunceiros perceberam que uma noite não seria o suficiente para preparar A Brincadeira, por isso concordaram em selar um tratado de paz que duraria dois dias, tempo suficiente para que tudo fosse preparado e arquitetado com calma. Nesses dois dias, absolutamente nenhuma brincadeira e/ou peça poderia ser pregada por nenhum integrante dos dois grupos.


Acontece que, nem entre os Viajante, nem entre os Marotos (o que depois de tantos dias planejando e brincando, já incluía as M.A.L...), a paz e o silêncio eram bem-vindos. Por isso, apesar de o dia ter começado calmo e tranquilo, ele não permaneceria assim por muito tempo.


Quando os alunos começaram a acordar e se preparar para o dia, todos já se preparavam também para se defenderem da mais nova peça que um dos grupos com certeza iria pregar. Toda Hogwarts estava em alerta, esperando um barulho de explosão, um grito, qualquer coisa que indicasse que a primeira vitima já havia sofrido. Nada disso aconteceu.


O salão principal estava lotado, quando os Marotos entraram no salão, procurando logo onde estavam os Viajantes. Os outros alunos já os olhavam receosos, mas eles não se importaram com isso. Agora que as mentes deles não estavam se preocupando em atacar e se defender, perguntas sobre o mundo de onde os Viajantes vieram voltaram a surgir, e eles estavam certos de que dessa vez eles conseguiriam respostas satisfatórias.


-Muito bem... nós temos a tarde livre hoje... - disse Sirius como quem não quer nada – o que vocês pretendem fazer com o tempo livre?


-Planejar? - disse Scorpius, uma sobrancelha levantada.


-Porque nós não nos reunimos perto do lago? Aproveitar a tarde... - perguntou Prongs.


-Na neve? - questionou Teddy.


-Nós sempre podemos usar a sala precisa... - comentou Remus – fingir que é um belo dia de sol à beira do lago.. o que acham?


-O que vocês esperam conseguir com isso? - perguntou Lil – nós não vamos contar os nossos planos.


-Eu acho uma ótima ideia! - intrometeu-se Lily – um picnic!


-É! - concordou Marlene – talvez uma partidinha de quadribol?


-Vocês não me enganam. - disse Albus – nós não vamos contar o futuro pra vocês.


-Como...? - perguntou Alice – por que você acha que nós queremos saber sobre o futuro?


-Porque vocês são curiosos? - respondeu ele – e porque você não desistiram nem mudaram de tática quando a Lil disse que não vamos contar nossos planos.


-Que mal há em fazer uma ou outra perguntinha? - perguntou Sirius.


-Tá... - aceitou Teddy – que tipo de pergunta?


-Porque não veio nenhum descendente meu com vocês? - perguntou Padfoot.


-Porque não tem nenhum Black em idade escolar em nenhum dos nossos tempos. - respondeu Scorpius.


-São todos mais velhos ou mais novos que vocês? - perguntou ele.


-Por ai... - respondeu evasivamente Lil – proxima pergunta?


-Porque é que nós fomos para o futuro? - perguntou Lily.


-Acidente... com vira-tempo. - respondeu Albus – nada de tão extraordinário.


-Quando eu caso com a minha ruivinha? - perguntou Prongs.


-Nada de datas... - respondeu Hermione – isso só estragaria a surpresa.


-Quem é a sua mãe? - perguntou Remus olhando para Teddy.


-Er... não acho que seja uma boa ideia responder a isso. Ainda mais se você não lembra da resposta. - respondeu o metamorfomago.


-Já que vocês estão respondendo sobre o futuro... - perguntou Ron – o Chudley Cannons ganha algum dia?


-Sinto muito, tio Ron... - respondeu Jay – eles continuam tão ruins no nosso tempo quanto no seu...


-E agora... - disse Albus – está na hora de ir pra aula! Afinal, é a TARDE que temos livre, não a manhã.


Assim todos se levantaram e começaram a se dirigir a suas respectivas salas de aula. No caminho, antes de o grupo se separar, Lily ainda perguntou:


-Mas... e o picnic? Está de pé, né?


-Humm... - Lil pesou a resposta por alguns segundos – ok... nos encontramos na sala precisa na hora do almoço.


*****


As aulas ocorreram sem nenhuma perturbação, para a grande alegria de Minerva McGonagal, que agradecia a Dumbledore pelo silencio, sem saber que esse era apenas temporário.


Quando as aulas da manhã terminaram, todos, Viajantes e Marotos, se encontraram em frente à sala precisa.


Jay andou as três vezes de um lado para o outro, imaginando a beira do lago, como seria no seu tempo. O que talvez não tenha sido a melhor das ideias.


-Aqui estamos. - disse Jay ao abrir a porta – um dia de sol à beira do lago.


À distancia o castelo podia ser visto, como uma pintura na parede. A cabana de Hagrid era apenas uma cabana abandonada, algumas paredes ainda mostravam as marcas de um incêndio que ocorrera ali a vários anos. E três estruturas de mármore branco podiam ser vistas próximas à cabana: a lápide de Dumbledore; um obelisco como memorial à derrota de Voldemort; e uma segunda lápide, obra de Harry para guardar o corpo de Snape.


À principio ninguém percebeu essas diferenças, e eles se sentaram sobre uma imensa toalha xadrez que estava esticada sobre o solo. Marlene e Alice traziam duas cestas, providas pelos elfos, cheias de comida, que logo foi espalhada pela toalha.


-Que lindo dia para um picnic! - disse Lily sorrindo.


-Realmente! - concordou Prongs – um dia perfeito para um passeio... um encontro... não é Lily?


-Quem sabe... - respondeu a ruiva – agora... o que eu realmente queria entender, é: o que vocês vieram fazer aqui?


Essa era a pergunta que estava na mente de quase todos eles. Os Marotos, as M.A.L., Harry, Ron, Ginny e Hermione olharam para os outros, esperando a resposta.


-Bom... - começou Albus – nós fomos parar no tempo do papai meio que por acidente.


-Acidente? - perguntou Hermione – como pode ser acidente se tem todo um ritual, um encantamento que tem que ser feito pra funcionar?


-Acho que não podemos responder isso. - disse Lil – só... aceitem o fato de que FOI um acidente.


-Mas não foi acidente a gente vir parar nesse tempo. - constatou Ginny – nós estávamos lá, vocês deliberadamente trouxeram a gente e o Snape pra cá.


-Ah... isso foi coisa do Teddy. - disse Jay.


-Vai! Joga toda a culpa em cima de mim! - protestou Teddy – esquece que a ideia foi SUA!


-Mas eu só queria fazer o SNAPE viajar pra um tempo diferente, não todos nós! - defendeu-se Jay.


-E como ele iria voltar? - perguntou Albus – se ele devolveu todas pro Teddy?


-Ah... ele não disse que tinha descoberto como funcionavam? Deveria ter descoberto como fazer também! - explicou Jay.


-Tá... isso não vem ao caso agora. - disse Lil – e vocês estão falando muito mais do que deveriam.


-Porque você fez eles pararem! - protestou Sirius – nós estávamos quase descobrindo tudo!


-É exatamente por isso, Sirius. - respondeu Al – vocês NÃO deveriam descobrir tanto.


-Certo... certo... - Sirius deu-se por vencido – mas podemos então, pelo menos voltar a fazer perguntas?


-Tá... - concedeu Teddy – perguntem. Só não nos cobrem respostas que não pudermos dar.


-O que são aquilo? - perguntou Ron – não estão lá no nosso tempo.


-Aquilo? Aquilo o que? - perguntou Scorpius.


-Aquilo! - apontou para as três estruturas de mármore.


-Oh. - fez Teddy – o que aquilo está fazendo aqui?


-Er... acho que imaginei tudo por aqui como é no nosso tempo... desculpem! - disse Jay, pedindo a sala que mudasse a casa de Hagrid e apagasse as lápides e o obelisco.


-O que era aquilo? - perguntou Alice curiosa.


-Memórias. - respondeu Albus – apenas, memórias.


-Sua mãe... - perguntou Remus – eu acho que eu lembro quem ela é. Mas... eu devo ter lembrado errado! Eu não posso ter me casado com ela!


-Porque não? - perguntou Teddy.


-Ei! Porque o Remus pode saber sobre o casamento dele e eu não? - perguntou Prongs chateado.


-Não pode. - disse Lil – nós não vamos responder nada pessoal. Aliás, eu acho que não vamos responder sobre mais nada! Se querem perguntar alguma coisa, perguntem aos outros! Eles também são do futuro!


-Como é Hogwarts no tempo de vocês? - perguntou Marlene – tão barulhenta quanto hoje em dia? Vocês com certeza aprontam muito, não é? Tendo marotos como modelos...


-Na verdade... - respondeu Harry – nós tínhamos até ano passado um par de marotos. Os irmãos gemeos de Ron e Ginny, Fred e George.


-Mas e você? Você também deve fazer muita bagunça, certo? - perguntou Prongs.


-Eu? Er... eu acho que não tive muito tempo pra armar brincadeiras... - respondeu ele.


-Estudando? - perguntou Lily esperançosa.


-Er... mais... tentando sobreviver.


-Como assim?! - perguntaram James e Lily juntos.


-Não acho que seja uma boa pergunta! - interrompeu Teddy – não é bom saber em que tipo de encrenca Harry se meteu nos anos de escola.


-Mas ele é meu filho! Eu tenho que saber! - disseram os dois novamente ao mesmo tempo.


-Teddy está certo, sabe. - disse Hermione – acho que essa ideia de falar sobre o futuro não é muito boa. Tem muitas coisas que não podemos contar a vocês.


-Exatamente! - concordou Lil – é melhor irmos embora. Afinal, ainda temos A Brincadeira para fazer acontecer.


Assim, todos saíram da sala, se reunindo em grupos para terminar de planejar o que aconteceria no outro dia.


*****


Hogwarts conheceu mais um dia de paz. O que todos estranharam muito. Professores e alunos não entendiam como e porque nada acontecia. O que, por si só, já podia ser considerado uma brincadeira, pois todos esperavam que alguma coisa acontecesse. Todos os alunos, independentemente de a que casa pertenciam, olhavam por sobre os ombros, cuidavam ao virar uma esquina, em suma, olhavam todo e qualquer canto de onde pudesse surgir uma brincadeira.


O dia da grande brincadeira também começou assim, calmo e tranquilo. Mas não continuaria assim por muito tempo.


Os alunos todos se reuniram, como sempre, no salão principal para o café da manhã. Nesse dia, os Viajantes foram os primeiros a se sentarem na mesa da grifinória, e só não foram os primeiros porque haviam dois ou três lufa-lufa e um corvinal já sentados nas mesas de suas casas. Esses, ao verem quem eram os primeiros grifinórios acordados, já se prepararam mentalmente para uma brincadeira.


Eles estavam certos. Afinal, aquela manhã era o tempo que os Viajantes tinham para realizar A Brincadeira.


O salão se encheu. Todos começaram a tomar o café da manhã. Os Marotos e as M.A.L.'s olhavam de soslaio para os Viajantes, esperando que alguma coisa acontecesse a cada mordida que davam ou gole que tomavam. Mas nada acontecia ali.


E nada continuou a acontecer, quando os primeiros alunos se levantaram e começaram a se dirigir para suas salas. Os Viajantes também se levantaram, fazendo com que os Marotos olhassem para eles com estranhamento.


-Eles estão indo pra aula? - perguntou Peter – mas... eles ainda não fizeram nada!


-É... - disse Alice – realmente estranho.


-Bom... acho que vamos ter que esperar até o intervalo. - disse Lily se levantando e se dirigindo para a aula .


Mas eles não teriam que esperar até o intervalo. Em todas as salas, os alunos se sentaram. Os professores entraram, fecharam as portas e então esperaram o sinal para poderem começar suas aulas.


Quando, porém, o sinal indicando o começo das aulas soou, o caos voltou a reinar em Hogwarts.


Ao soar do sinal, um horrível e inteligível barulho foi ouvido em todo o castelo. O professor Flintwink, como quase todos os outros professores, abriu a porta de sua sala, tentando descobrir o que acontecia. A visão do lado de fora era inesperada. As armaduras, que normalmente ficariam paradas no corredor estavam todas juntas, formando um semicirculo e eram as responsáveis pelo barulho. De seus corpos metálicos ressoava sons que, separadamente poderiam ser bonitos, mas que ao soarem todos juntos, cada armadura cantando uma musica diferente, eram simplesmente horríveis.


E para piorar, quando as armaduras viram a porta da sala aberta, se encaminharam para lá a uma velocidade incrível. O professor não foi rápido o suficiente, e cinco delas conseguiram entrar na sala.


À porta da professora McGonagal, duas armaduras levaram a pior. A professora se irritou com a cantoria e tentou encerar o encantamento. Ao em vez da reação esperada, a armadura se dissolveu em uma gosma verde, que foi se espalhando e espalhando até formar um pântano que cobriu todo o corredor.


O pântano se espalhou por todo o castelo. Em todo corredor, toda vez que um aluno ou professor tentava enfeitiçar uma armadura, independentemente do feitiço usado, ela se transformava em pântano. Logo não havia um corredor que não tivesse ao menos um pedaço transformado.


Aqueles que tentavam andar pelo pântano se viam afundados até os joelhos no lodo. Até mesmo flores nasciam, além de imensas folhas em que podiam ser encontrados sapos e lagartixas.


Mas a brincadeira ainda não havia acabado. Quando a maioria dos professores estava com lodo até os joelhos, McGonagal com um sapo em cima do chapéu, algo inesperado aconteceu, novamente.


Explosões foram ouvidas. Algo normal num colégio de magia, certo? Bom... estas explosões foram acompanhadas de explosões de cores. E aqueles que estavam perto de uma janela conseguiam ver que essas luzes se juntavam, se retorciam até formarem imagens. A principio imagens eram apenas explosões de luz, mas logo formavam árvores, e então animais. Todos os tipos de animais. Dos mais normais aos mais estranhos. E então os animais começaram a entrar no castelo. Invadiram tudo, corredores, salas, salões comunais. E os bichos voavam em volta dos alunos.


Peter acabou com uma ratinha planando em volta da cabeça. Lily tinha um cervo e seu filhote. Sirius tinha uma cadelinha, com fita em volta do pescoço e tudo. A professora McGonagal tinha um gato a perseguindo, voando a sua volta e batendo nela. Cada pessoa dentro do castelo tinha pelo menos um bicho o perseguindo. Alguns com significados claros, outros sem significado nenhum.


As aulas foram canceladas pela manhã, já que vários alunos e professores estavam presos no pântano. Quando, porém, o sinal indicando a hora do almoço tocou, tudo simplesmente evaporou. As pouquíssimas armaduras que ainda cantavam, pararam. O pântano sumiu completamente. E a grande maioria dos fogos de artifício também sumiram. Apensar de que alguns deles ainda persistiram. Como o animado gatinho que corria atrás de McGonagal.


Os alunos, todos, comentavam sobre o ocorrido, enquanto se dirigiam para o salão principal.


Quando todos estavam sentados, Dumbledore se levantou.


-Meus queridos. Os eventos dessa manhã foram obra de um dos nossos dois grupos de... bagunceiros. Prestem atenção, pois no jantar será feita uma enquete. Agora, tenham um ótimo almoço.


E assim, a primeira Grande Brincadeira do dia acabou. E alunos e professores teriam alguns momentos para apreciar o almoço em paz.


 


 




 


 


N/A: Olá! Aqui está mais um cap... no próximo, A Brincadeira dos Marotos + M.A.L.’s!!


Idéias são sempre bem vindas!!


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