Capitulo 13



-Muito bem, muito bem. Vejamos qual foi o voto de vocês.


Capitulo 13


Dumbledore ergueu o pedaço de pergaminho, colocando-o na altura necessária para ele conseguir ler. O velho diretor olhou para o pergaminho por alguns segundos, fazendo suspense.


-Qual é o resultado?! - perguntaram James e James ao mesmo tempo, ambos ansiosos.


-Muito bem. O voto dos alunos diz que, com 61 por cento dos votos, Os... Viajantes ganham a competição.


Aplausos, gritos e vaias foram ouvidos por todo o salão. Vários alunos, até mesmo alguns que tinham votado nos Viajantes, protestavam o resultado. A principal reclamação foi gritada, também, por Sirius.


-INJUSTO!!! ELES USARAM MÁGIA QUE NÃO EXISTE AINDA!!


-É! - continuou Remus – NÓS NÃO TEMOS ESSA TECNOLOGIA AINDA!


Até mesmo os professores apoiavam Os Marotos.


-Eles tem razão, diretor. - disse Minerva – a magia usada pelos Marotos já foi incrível! Extremamente criativa e muito complicada de ser feita.


-Muito bem, muito bem. - disse Dumbledore – SILÊNCIO!


E só com assim o salão voltou a ficar em silêncio.


-Tendo em vista que a reclamação de vocês tem procedência, eu declaro que: Os Marotos, acompanhados logicamente das Srtas. Evans, McKinnon e Cohen, são os maiores bagunceiros desse tempo. MAS, nossos amigos Viajantes receberão o título de maiores bagunceiros de seus respectivos tempos.


Essa atitude acalmou um pouco os alunos. As brincadeiras ainda foram o assunto mais comentado entre alunos e professores, assim como a engenhosidade delas.


Entre os bagunceiros, o clima era um pouquinho menos animado.


-Então... - disse Remus um pouco forçado – acho que vocês merecem parabéns...


-Vocês é que merecem os parabéns - disse Teddy – nós só colocamos em prática as invenções dos verdadeiros bagunceiros.


-Verdade! - concedeu Jay – o que vocês fizeram foi genial! Realmente incrível!


-O título é de vocês! - afirmou Lil – foram realmente impressionantes.


-Mas Fred e George vão ficar exultantes quando souberem que ganharam de vocês... - replicou Ginny.


-Bom... as invenções deles realmente são maravilhosas. - concedeu Lily.


-Quando é que isso vai entrar no mercado? - perguntou Sirius.


-Só em 1997... - respondeu Ron – pelo menos o pântano e os fogos...


-Mas não ESSES fogos... - disse Albus – esses eles só vão inventar lá por... 2010...


-Só em 2010? - reclamaram os Marotos.


-É... - respondeu Scorpius – mas o papai disse que a primeira versão dos fogos já foi bem impressionante.


A conversa teria continuado, e talvez um pouco mais do futuro teria sido contado aos Marotos e às garotas, mas nada disso pode continuar a acontecer, já que o próprio diretor se colocou atrás deles.


-Meus parabéns. - disse Dumbledore – a todos vocês. As duas brincadeiras foram muito criativas.


-Obrigado, Professor. - responderam todos.


-Acho que sabem porque estou aqui, não é mesmo? - perguntou o diretor olhando para os Viajantes.


-O senhor vai nos mandar de volta, não é mesmo? - perguntou Hermione, uma certa ansiedade podia ser ouvida em sua voz.


-Exatamente. Juntem suas coisas e me encontrem na ala hospitalar. Seus amigos podem vir junto, para se despedirem.


E com isso o diretor os deixou, saindo do salão principal.


-Vocês não tinham dito que ele ia mandar vocês de volta logo depois da brincadeira! - reclamou Marlene – você ainda nem contaram pra gente como somos no futuro!


Todos os viajantes se entreolharam, sem poder responder a isso.


-Desculpe, Marlene, mas realmente não podemos contar isso a vocês. - disse Albus – esse é bem o tipo de futuro que não se pode contar, por perigo de mudá-lo.


-E como vocês mesmo ouviram, nós temos que ir de uma vez. - disse Harry se levantando e saindo do salão principal sem esperar pelos outros.


Teddy foi atrás dele. O metamorfomago tinha certeza que seu padrinho iria acabar fazendo alguma besteira, querendo mudar o futuro.


Os outros Viajantes também se levantaram, mas em um passo mais lento. Os Marotos os acompanharam, tentando entender o que tinha dado em Harry para sair daquele jeito.


*****


Harry chegou no dormitório masculino e se jogou na cama que seria dele muitos anos no futuro. Nesse tempo, quase inacreditavelmente, ela pertencia a seu pai. Harry se agarrou ao travesseiro, duas teimosas lágrimas escaparam de seus olhos. A porta se abriu logo atrás dele, mas Harry não percebeu. Ele continuou ali, se recusando a acreditar que teria que abandonar aquele tempo onde tudo estava bem e voltar para o mundo onde apenas uma daquelas pessoas que lhe eram tão queridas estava viva e bem, sabe-se lá por quanto tempo.


-Eu sei o que você está sentindo. - disse Ted, ele havia se sentado na beira da cama, e olhava Harry, a mesma dor que podia ser vista nos olhos verdes podia ser vista nos olhos âmbar que ele usava.


-Não, não sabe. - disse Harry – você não teve seus pais assassinados antes que tivesse a chance de conhecê-los.


-Como você tem tanta certeza disso? - perguntou o metamorfomago, sua voz mostrando a dor que ele sentia.


-Você.. NÃO! - gritou Harry – NÃO PODE SER VERDADE! Ele também não!


Teddy não queria que mais ninguém ouvisse o que seria dito naquele quarto, então trancou a porta com um feitiço que apenas Al e Jay reconheceriam e isolou o som, fazendo ser impossível para os de fora ouvirem o que se dizia.


-Não é culpa sua. - disse Ted – nada disso é culpa sua, Harry.


-Como não? - perguntou o moreno – por culpa dessa maldita profecia meus pais morreram. Por não terem me contado sobre ela, eu cai em uma armadilha e Sirius morreu. Agora você vem me dizer que Remus também vai morrer!


-Harry, me escuta! - pediu Teddy – ME ESCUTA! NADA DISSO É CULPA SUA! E você vai se vingar dos responsáveis. Você VAI acabar com o maldito responsável por todas essas mortes e a Bellatrix também vai ser derrotada.


-Mas não a tempo de salvar seu pai... Moony... porque até mesmo ele tem que morrer?


-Porque ele sempre odiou ser o último dos marotos. - respondeu Ted.


-Você não quer mudar isso? Porque você não quer mudar isso, se você sente tanto quanto eu a falta deles?


-Porque se eu tentar mudar alguma coisa, talvez nasça. Nem eu, nem Jay, nem Al, nem Lil. Se duvidar mudar alguma coisa por aqui pode até impedir o Scorpius de nascer. E a única ligação dele com a gente é a Lil.


-Como você aguenta isso?


-Não aguento. - respondeu Teddy sinceramente – a primeira coisa que os outros me disseram quando chegamos aqui, láa no primeiro dia, antes de o Snape encontrar com ele mesmo, foi sobre os perigos de se mudar alguma coisa. Eles me lembraram que apesar de tudo, eu tenho uma família. Eles são meus irmãos. E eu os amo demais pra arriscar perder eles.


Harry, a essa altura, tinha a face manchada pelas lágrimas. Ted o compreendia. Muito mais do que ele achava possível que alguém o entendesse. Mas ainda assim, ir embora, sabendo que nunca mais veria três das pessoas que mais amava no mundo era terrível para o moreno.


-Eu vou deixar os outros entrarem. Jay, Al, Scorpius e Ron também precisam pegar as coisas deles.


E assim, Ted desfez os feitiços, mas em vez de deixar todos entraram, ele saiu.


-Se vocês não se importam, eu queria falar com vocês, lá embaixo. - disse ele aos marotos – um de vocês pode jogar as minhas coisas dentro de uma mala? E eu deixaria o Harry em paz. Sem fazer perguntas.


Jay, Al, Scorp e Ron assentiram. Os quatro marotos o olharam estranhamente, mas o seguiram para a sala comunal.


-O que tem o Harry? - perguntou James preocupado.


-Nada demais. Ele só não queria ir embora tão cedo. Assim como eu.


-O que acontece no futuro? - perguntou Remus – com Harry? Ele sempre parece olhar pra gente como se fossemos sumir no ar e nunca mais aparecer.


-Eu não posso contar a vocês. Por mais que eu quisesse. Só... quando forem se despedir dele... deem nele um abraço bem forte. Lembrem que vocês não vão ver ele por um bom tempo, ainda.


-Nós não vamos ver nenhum de vocês por um bom tempo. - disse Sirius, sem entender o que estava sendo dito ali.


-Eu sei. Mas Harry é quem mais sente a falta de vocês. - disse Ted, sabendo que tinha acabado de dizer muito mais do que devia, mas sabendo também que não havia outro jeito.


-O que acontece comigo? - perguntou James – eu vou morrer logo, não vou?


-Porque você está dizendo isso Prongs! - exclama Peter – você provavelmente só trabalha bastante, não é?


-Só.. façam o que eu disse. - respondeu Ted se levantando – e se possível, digam isso às garotas.


Teddy subiu para o dormitório. Ele tinha que fazer com que os garotos descessem de uma vez, antes que ELE não se aguentasse e contasse tudo para os marotos.


-O que é que você contou a eles? - perguntou Al preocupado.


-Nada demais. - respondeu ele – só o que eles precisavam saber.


-TEDDY! - exclamaram Al e Jay.


-Não é nada disso! - defendeu-se o de cabelos azuis – eu só disse pra eles o que eles precisavam saber! Não o que acontece no futuro.


Um suspiro de alívio foi ouvido saindo de Al, Jay e Scorpius.


-Vamos? - perguntou Ron, que até então havia se mantido em silêncio, tentando entender o que estava acontecendo.


-Vamos. - responderam os outros.


Quando os meninos desceram, as garotas já estavam reunidas com os Marotos. Aparentemente Lil também andara chorando, pois seus olhos estavam vermelhos. Scorpius logo foi para o lado da namorada, a abraçando e a confortando.


-Temos que ir. - disse Ted – já demoramos demais.


-Nós vamos com vocês até a enfermaria. - disse Lily rapidamente – lá podemos nos despedir com calma.


E assim, todos saíram da sala comunal. Uma triste procissão pelos corredores. Os poucos alunos que os encontraram olhavam para eles com espanto, já que nunca haviam visto esse grupo de bagunceiros tão triste.


Ao chegarem na enfermaria, Albus Dumbledore já estava esperando por eles.


-Será melhor se vocês voltarem daqui. Assim não haverá perigo algum sobre a saúde do professor de vocês. - disse o diretor – imagino que as despedidas ainda tenham que ser feitas...


-Sim professor. É por isso que viemos junto. - respondeu Alice.


-Muito bem, então vou deixá-los a sós por alguns instantes. Quando eu voltar, vocês irão pra casa. - disse o diretor saindo da ala hospitalar.


Um estranho silencio se abateu sobre todos. Era muito triste para os Viajantes pensar que nunca mais veriam nenhum deles. Ou apenas um deles, no caso de Ron, Ginny, Mione e Harry.


Para os Marotos e as M.A.L.'s a despedida também era triste, pois pensavam que demoraria muito tempo ainda antes que voltassem a ver a todos eles. Principalmente os Marotos, que depois das palavras ditas por Ted começavam a pensar que talvez não voltassem a ver todos eles.


Foi Lil quem quebrou o estranho silêncio. Ela sacudiu a cabeça, espantando as lágrimas, colocou um sorriso no rosto e abraçou fortemente a sua xará e avó.


-Foi ótimo conhecer você, vovó!


E depois ela abraçou-se a Prongs.


-E você também, vovô Prongs. Cuida bem da vovó e do papai, tá bem?


E depois foi a vez de Sirius, mas a essa altura os outros já tinham saído do estado de tristeza, temporariamente, e começavam a se despedir também.


-Foi maravilhoso ver você. - disse Harry à Lily – nunca vou me esquecer disso.


-Mas Harry! - espantou-se Lily – nós vamos voltar a nos ver muito em breve.


-Eu... eu sei. - respondeu o moreno apertando um pouco mais o abraço – mas foi uma experiência maravilhosa do mesmo jeito.


-Então, nos despedimos de novo... - disse Ted à Remus.


-Você não vai mesmo me dizer quem é a sua mãe? - perguntou o licantropo.


-Vou deixar isso pra você descobrir. Só não esquece de uma coisa? - pediu Teddy – você MERECE ser muito feliz. Então aproveite todos os momentos de felicidade que puder.


-Eu vou me lembrar disso. - respondeu Moony com um sorriso.


Logo todos haviam se despedido. Apenas Harry ainda estava abraçado a seu pai, sem coragem de dizer uma palavra sequer.


-Vai ficar tudo bem, Harry. - disse James sem saber direito como confortar seu futuro filho – eu não vou deixar que nada de mal aconteça a você e a Lily.


-Eu sei. - respondeu Harry – eu sei disso. Eu te amo. Pai.


Harry se abraçou ainda mais forte ao outro moreno de óculos. Suas mãos procuraram o bolso do casaco de seu pai, depositando ali uma pequena lembrança.


Dumbledore escolheu esse momento para voltar a enfermaria. Harry e James se soltaram.


-Agora é hora de irem. - disse o diretor – já mexemos demais com o tempo. E quanto a vocês – disse olhando para Teddy e os outros do futuro mais distante – não demorem demais pra voltar ao tempo de vocês.


-Pode deixar, diretor. - respondeu Teddy – eu prometo que não vamos fazer mais nenhuma escala.


-Assim espero. - disse ele – agora, se vocês puderem se aglomerar próximos à cama de Severus, eu vou fazer um feitiço que impedirá que algum de nós vá, acidentalmente, com vocês.


Os Viajantes se reuniram em volta da cama de Snape, esperaram a bolha protetora surgir e então, Teddy tirou uma poção das poções roxas de dentro da bolsa que carregava e olhou uma última vez para os que ficavam.


O silencio reinava na enfermaria, o que era um grande feito na presença dos Marotos. James e Lily olhavam avidamente para Harry, que devolvia o olhar na mesma intensidade, como se tentando passar a eles mensagens telepáticas. Teddy ainda olhou uma última vez para Remus, guardando na memória todos os traços do maroto licantropo.


A poção foi solta no chão, quase como um acidente. E então:


-Tempurus futurus, 1997. - disse Scorpius, vendo que nenhum dos outros iria dizer o encantamento.


A fumaça roxa envolveu a eles e quando ela desapareceu, o lugar onde antes estiveram os 9 adolescentes se encontrava vazio, como se eles nunca tivessem estado ali.


-Agora sim, o tempo vai voltar ao seu lugar. - disse o diretor.


Marotos e M.A.L.'s começaram lentamente a desviar o olhar do lugar onde estiveram antes. Prongs colocou um braço em volta dos ombros de Lily e a ruiva se apoiou nele, buscando conforto. A outra mão dele foi parar no bolso do casaco, onde encontrou algo que não estava ali antes.


*****


Enfermaria de Hogwarts, 1997.


Uma imensa fumaça roxa surgiu num dos cantos da enfermaria, assustando Madame Pomfrey que cuidava dos machucados de um aluno corvinal do terceiro ano.


Quando a fumaça se dissipou, ela pode ver a figura de várias pessoas conhecidas.


-Vocês voltaram! - disse ela alegremente – finalmente!


-Madame, será que a senhora pode dar uma olhadinha no professor Snape? Ele... desmaiou quando encontrou com ele mesmo no passado. - pediu Hermione.


-O QUE?! - exclamou a enfermeira. Logo depois ela abria espaço por entre os jovens para ver o que havia acontecido com o professor. - vocês, vão já para a sala do diretor! Ele quer falar com vocês imediatamente!


-Está bem, está bem... - disseram eles.


E assim, novamente em procissão, Harry, Ginny, Ron, Hermione, Albus, Lily, Scorpius, James e Teddy seguiram o caminho para a sala do diretor.


Lá chegando, o diretor sorriu para eles. A seu lado estavam os Sr. e Sra. Weasley e também Remus Lupin, o Lupin desse tempo, obviamente.


-Fico feliz que tenham voltado, afinal. - disse o diretor – o que acharam do passeio?


-Tudo continua igual... - resmungou Harry quase inaldivelmente.


-Como assim Harry? - perguntou Remus, o único que ouvira ele falar – porque alguma deveria ter mudado alguma coisa?


-Do que vocês estão falando? - perguntou Mione curiosa.


-Harry? - insistiu Remus.


-Eu... eu deixei um bilhete com o meu pai... mas pelo visto ele não achou...


-HARRY! - gritaram todos!


-Temos que ter certeza que isso não vai alterar o futuro. - disse Remus – Mas... como fazemos isso?


-Eu tenho uma ideia. - disse Ted.




N/A: Pronto. Mais um cap terminado. Agora só faltam dois! Harry, Mione, Ron e Ginny estão de volta ao tempo deles, mas Harry deixou um bilhetinho para trás, será que isso já causou alguma mudança? Ou será que ainda dá tempo de concertar??


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