Planos, problemas e avanços

Planos, problemas e avanços



Os dias passaram trazendo novamente a lua cheia, então, pela manhã, Isabelle foi à Casa dos Gritos, em sua já habitual visita a Lupin. Ela terminava de fazer os curativos no amigo, que desta vez não estava tão machucado. Remo tomou uma das mãos dela entre as suas e beijou-a.
- Pára com isso, Remo! – disse ela, rindo e corando levemente.
- Você já deve estar cansada de me ouvir repetir isso, Isa, mas eu realmente não sei como te agradecer. – disse o garoto, fitando-a – nunca pensei que alguém além dos Marotos pudesse se importar assim comigo, por causa do que eu sou... – ele abaixou a cabeça.
- Ei! O que é isso? – perguntou Isabelle, erguendo o rosto dele – Você merece ser amado como qualquer outra pessoa, Remo. Aqui, – e ela tocou, com um dedo, a testa do garoto – o instinto da fera pode dominar quando a lua fica cheia, mas o que está aqui, – disse ela, colocando a mão no peito dele – isso não vai mudar. E é isso o que realmente importa.
Remo deu um sorriso fraco, mas seus olhos brilhavam.
- Oops! Acho que estamos interrompendo alguma coisa...
Tiago e Sirius estavam parados à porta, e ambos tinham sorrisos nos rostos, sorrisos de Marotos. Lupin soltou a mão de Isabelle, que se afastou rapidamente, muito vermelha.
- Ahn... não, na verdade eu já acabei por aqui. – disse ela, terminando de juntar suas coisas – Bom, Remo, seus amigos chegaram, eu estou dispensada.
- Obrigado, Isa. – disse Lupin – Por tudo.
Ela apenas sorriu. Passou pelos dois garotos à porta, sem olhar para nenhum deles. O sorriso em seu rosto havia desaparecido.
- Bom dia pra você também, Charmant! – disse Sirius, zombeteiro, quando ela passava pela porta.
- Oi, Black. – respondeu ela, de má vontade, erguendo os olhos para encará-lo e depois a Tiago – Potter.
- Charmant. – respondeu Tiago, acenando com a cabeça, um leve sorriso ainda nos lábios.
E Isabelle saiu, pisando duro e resmungando, em direção ao castelo, enquanto Remo ouvia a gozação dos amigos.
- Foi mal, Aluado! – brincou Tiago – A gente não queria atrapalhar...
- Pára com isso, Pontas. – retrucou Lupin, nervoso – Não era nada disso.
- É, fica posando de santinho, mas é um tremendo lobo mau. Estou orgulhoso, Aluado. – disse Sirius, dando tapinhas nas costas de Lupin.
- Dá pra parar? – perguntou Remo, olhando zangado para os amigos – Não tem nada a ver.
Durante a aula de Herbologia, temendo que Tiago ou Sirius fizessem algum comentário zombeteiro sobre o que haviam visto na Casa dos Gritos diante dos colegas, Isabelle procurou manter-se bem distante dos dois. Logo que chegou à estufa número cinco, ela arrastou Lilian para uma bancada no canto oposto ao em que os Marotos estavam, e fez questão de ficar o tempo todo de costas para eles.
Na verdade, os garotos nem tiveram tempo para pensar em perturbar Isabelle. A turma trabalhou durante toda a aula replantando samambaias sufocadoras africanas, e todos estavam muito concentrados, tentando não ser machucados com o forte aperto dos galhos das plantas, que se estendiam em todas as direções, enroscando-se em tudo o que podiam alcançar, preferencialmente seus pescoços. Ao fim da aula, quase todos tinham marcas roxas nos braços, e um aluno da Corvinal teve que ser levado à Ala Hospitalar, depois de ser quase enforcado pela planta que estava reenvasando.
Na hora do almoço, porém, Isabelle não conseguiu fugir mais do ocorrido. Tiago, esquecendo completamente que a garota o estava ajudando com o plano para se aproximar de Lilian, resolveu fazer uma brincadeira com ela.
- Ei, Charmant! – chamou ele.
- O que foi? – respondeu a garota, sem olhar para ele.
- Eu só... queria me desculpar... por ter interrompido aquele momento tão bonito, mais cedo... – disse ele, com ar de falsa contrição.
Isabelle ergueu os olhos e encarou Tiago, perplexa. Depois, olhou para Sirius, que a observava com uma expressão divertida, aguardando sua reação.
- Que momento? – perguntou Lilian, sem entender.
- Vai pro inferno, Potter! – disse Isabelle, furiosa, levantando-se e deixando a mesa.
- Ei, só quem fala assim comigo é a minha ruivinha! – disse Tiago, fingindo indignação.
- Vai pro inferno, Potter! – retrucou Lilian, irritada – E é Evans! Evans! – disse ela, levantando-se e indo atrás de Isabelle – Isa, espera!
- Ih, Pontinhas... acho que você fez besteira... – disse Sirius, rindo, depois da saída de Lilian.
- Não entendi. – disse Pedro, de boca cheia – Por quê?
- Não fala de boca cheia, Rabicho! Que nojo! – disse Tiago – Mas por quê você tá dizendo isso, Almofadas? – perguntou ele, sem entender.
- Não devia ter chateado a Charmant, – explicou Sirius – afinal, ela ia te ajudar com a ruiva.
- Putz! É mesmo! – disse Tiago, batendo na testa.
E na torre da Grifinória, Lilian encontrou Isabelle no dormitório, andando de um lado para o outro, quase soltando fumaça, de tão brava.
"Não acredito que o Tiago fez aquilo... na frente de todo mundo! O Black ficou me olhando com uma cara... Ei! E daí? Desde quando eu me importo com o que o Sirius pensa ou deixa de pensar? E desde quando eu penso no Black como Sirius?"
- Ei, Isa! – chamou a ruiva ao chegar – O que houve? Do que ele tava falando?
- Nada não, Lil. – disse Isabelle, tentando ficar calma – Besteira do Tiago.
"Nota mental: – pensou a morena – matar Tiago Potter da forma mais dolorosa possível assim que houver uma oportunidade."
Felizmente para Isabelle, à tarde ela teria somente aulas de disciplinas que os Marotos não faziam. Ela adorava as aulas de Runas Antigas, e teria esquecido o incidente do almoço enquanto ouvia as explicações da professora Trogern, não fosse Lilian chamando-a a cada cinco minutos, tentando convencê-la a contar o motivo da discussão com Tiago.
- Isa! – chamou a ruiva, cutucando-a.
- Shhh... – fez a professora.
A professora mostrava com um projetor, imagens de monumentos ornados com os antigos símbolos rúnicos que estavam estudando.
- Na base dos blocos de pedra dos círculos de Stonehenge, por exemplo, – dizia a professora, apontando a imagem dos enormes blocos de pedra – podem ser encontrados símbolos rúnicos que...
- Isa! – chamou a ruiva, pela terceira ou quarta vez.
- Fica quieta, Lily! – ralhou Isabelle – Eu tô tentando ouvir a explicação!
- Você não vai mesmo me contar? – perguntou Lilian.
- Já disse que não é nada. Tiago tava falando besteira. – disse Isabelle, sem olhar para a amiga.
- Se fosse besteira você não teria ficado tão zangada... – retrucou a outra.
- Srta. Evans e Srta. Charmant! – chamou a professora – Eu estou muito surpresa com seu comportamento hoje. Não pararam de conversar um instante sequer!
- Desculpe, Professora. – disseram as duas, em tom arrependido.
- Continuando...
Depois da repreensão da professora, Lilian não voltou a incomodar Isabelle, o que foi muito bom para a morena, que já não sabia mais o que fazer para que a amiga esquecesse aquele assunto.
Após o fim das aulas da tarde, as duas foram até a biblioteca devolver alguns livros. Quando iam sair, Isabelle viu uma aluna da Corvinal devolvendo um livro que ela queria ler já há algum tempo e resolveu aproveitar.
- Olha, é aquele livro da Valentine Marple! – disse Isabelle – Ah, dessa vez eu vou levar!
- Ah, Isa! Você se importa se eu já for indo pra torre? – perguntou Lilian – Tô louca por um banho.
- Não, tudo bem. – disse a morena – Eu já vou também, só vou tentar pegar aquele livro.
- Tá. Até daqui a pouco, então. – disse a ruiva, começando a andar em direção à saída.
Logo após sair da biblioteca, Lilian viu Tiago passar apressado na direção de onde ela vinha. Ele ia tão rápido que pareceu nem tê-la visto quando se cruzaram no corredor.
"Aposto que vai encontrar com alguma garota na sala vazia do fim do corredor. Idiota! – pensou ela – O Sirius deve estar ocupando o sétimo andar... mas e daí? Desde quando eu me importo com isso?" – ela sacudiu a cabeça, como quem espanta um inseto, e seguiu seu caminho em direção à torre da Grifinória.
Porém, Lilian estava muito enganada em seus pensamentos. Tiago fora, na verdade, procurar Isabelle. Ele viu a ruiva quando passou por ela no corredor, mas por mais que quisesse parar e falar com ela, encontrar Isabelle era mais importante no momento. Sabia que não podia perder a ajuda que a garota estava dando em relação a sua nova tentativa de conquistar a própria Lilian, e por isso sabia também que precisava se desculpar com ela. De preferência logo.
Chegando à biblioteca, ele olhava para todos os lados procurando por Isabelle. Como não a viu em nenhuma das mesas de estudos, começou a olhar nos corredores entre as estantes de livros.
- Charmant? – chamou ele quando a encontrou, lendo o prefácio de um livro.
- Dá o fora, Potter. – disse a garota, zangada.
- Eu queria me desculpar, e... – começou o garoto.
- Nem vem, Tiago. – cortou ela, começando a andar em direção à mesa de Madame Pince – Sei muito bem por que está aqui.
- Ainda vai me ajudar? – perguntou ele.
Isabelle fechou os olhos e respirou fundo, soltando o ar ruidosamente. Tiago percebeu a irritação da garota abrandar.
- Eu não devia, – disse ela, fitando-o com uma expressão ainda zangada – mas...
- Mas? Ah, vai, Charmant, eu preciso da sua ajuda! – suplicou ele.
- Bom, até que essa briga vai servir pra alguma coisa... – comentou ela, mais para si mesma, entregando o livro à bibliotecária para fazer o registro.
- Como assim? – perguntou o garoto, confuso.
- Vai cobrir a única falha do meu plano.
- Ainda não entendi. – disse ele, fitando-a de cenho franzido.
- Agora ela não vai poder mandar você estudar comigo, – explicou ela – afinal, eu quero matar você.
- Ei, é verdade... – disse ele – Mas, peraí! Você quer me matar?
- Tiago, cala a boca e presta atenção, antes que eu me arrependa – disse ela, pegando o livro de volta e começando a andar na direção da saída. Tiago ficou muito quieto – Você tem que falar com ela logo, e fazer tudo como combinamos. E pelo amor de Merlin, não mexe nesse cabelo!
Na hora do jantar, Tiago sentou ao lado de Lilian. A um sinal quase imperceptível de Isabelle, que estava sentada do outro lado da ruiva, ele deu início ao plano. Suas mãos suavam, e ele estranhava o próprio nervosismo. Nunca fora tão difícil falar com uma garota antes.
- Ahn... Li... Evans? – chamou ele – Eu... posso falar uma coisa com você?
- E eu tenho alternativa? – perguntou ela, não tão ríspida quanto de costume, devido à surpresa com a hesitação dele em lhe falar.
Tiago ergueu a mão para mexer nos cabelos, mas lembrou-se da ordem de Isabelle e logo interrompeu o movimento. Apesar de não estar olhando diretamente para ele, Lilian percebeu o movimento, e estranhou ainda mais.
- Bom, é que... você sabe que eu não sou muito bom em Poções, aliás, todo mundo sabe, – Tiago começou a explicar. Lilian assentiu – mas eu tenho que me sair bem nos N.I.E.M.'s... – não era mentira. Tiago tinha a ambição de se tornar um auror, e a Academia exigia excelentes notas nos N.I.E.M.’s, sendo que Poções era uma das matérias fundamentais.
- É, eu sei. Mas por que você tá me dizendo isso? – perguntou ela, ainda sem erguer os olhos.
- Bom, eu fui falar com o Slughorn sobre isso, e ele sugeriu que eu pedisse ajuda pra algum colega que entendesse da matéria, – explicou ele – e você é a melhor da classe.
- E você quer que eu te ajude? – perguntou ela finalmente fitando-o, um tanto corada devido ao comentário do garoto – Ah, mas por quê você não pede pra Isa?
Os ouvidos de Isabelle se apuraram ao ouvir a amiga dizer seu nome.
“Vai, Tiago, tá tudo saindo como o planejado...” – pensava ela.
- Eu imaginei que você não fosse topar, – disse Tiago, fazendo uma cara desanimada. Isabelle quase riu, mas disfarçou tomando um grande gole de suco – e até ia perguntar pra ela, mas depois do que aconteceu hoje cedo, ela não fala comigo. Por favor, Lil... Evans.
A garota considerou por um momento. Olhou para Isabelle, que fingiu estar muito concentrada em escolher uma sobremesa entre as várias que haviam surgido na mesa naquele momento; depois, voltou-se novamente para Tiago, muito séria.
- Está bem, Potter. – disse ela, resignada – Mas sem gracinhas. Nada de ruivinha, meu lírio, Lilyzinha ou qualquer outro apelido desses. É Evans.
- Como você quiser meu l... – Lilian o fitou, estreitando os olhos – Evans. – concluiu ele, corrigindo-se, um enorme sorriso nos lábios.
“O sorriso dele é mesmo lindo!” – pensou a ruiva – “Mas o que é que eu estou pensando? Merlin, por favor, faça-o parar de sorrir... está fazendo mal ao meu cérebro...”
- Lily... quer dizer, Evans? – chamava Tiago – Tudo bem?
- Hã? – perguntou ela, voltando de seu devaneio – Ah. Tá, tudo bem. O que você tava dizendo, mesmo?
- Queria saber quando vamos começar. – disse o garoto – Pode ser já nessa semana? Eu tô mesmo preocupado com os N.I.E.M.’s. – ele não mentia.
- Tá, pode ser. – disse Lilian, com um suspiro – Pode ser... sei lá, sábado?
- Quando ficar melhor pra você. – disse Tiago – Onde e a que horas?
- Na biblioteca? – perguntou ela – Às oito?
Tiago se encolheu; odiava acordar cedo, ainda mais se fosse para estudar. Mas desta vez valeria a pena.
- Às oito. – concordou ele – Estamos combinados? – perguntou, estendendo a mão para ela.
- Estamos combinados. – repetiu ela, estendendo a mão e apertando a dele, sentindo o já conhecido arrepio.
Apesar de não admitir, nem mesmo sob tortura, Lilian não tinha achado tão ruim a idéia de passar um tempo a sós com Tiago. Ela desejava avaliar como ele se comportaria estando longe dos Marotos. Culpava Isabelle por ter colocado essa idéia em sua cabeça.
Para Tiago os dias pareciam se arrastar enquanto ele esperava pela gloriosa manhã de sábado, em que estaria a sós, relativamente, com a sua ruivinha. Para Lilian a semana pareceu voar, enquanto ela esperava pelo que imaginava que seria uma sessão de tortura medieval. Finalmente o sábado chegou, e às oito em ponto os dois se encontraram na biblioteca.
- Bom... vamos começar então? – perguntou Lilian, enquanto pensava: “E que Merlin me ajude!”
- Vamos nessa. – disse Tiago, sonolento, mas com um enorme sorriso no rosto.
Contrariando todas as expectativas da ruiva, a manhã se passou sem incidentes. Os dois passaram várias horas na biblioteca, e Tiago realmente se comportou, ouvindo com atenção tudo o que ela falava.
- Você falando parece tão fácil! – disse ele, fechando o caderno.
- Mas é fácil! – disse a ruiva – É só prestar atenção.
- Ah, qual é, não é tão simples assim. – discordou Tiago.
- Tá, mas você entendeu? – perguntou Lilian
- Entendi sim. – respondeu o garoto – Você, além de inteligente, é uma ótima professora.
Lilian corou intensamente.
- Ora, Potter! – disse ela, tentando disfarçar seu embaraço – Você só não entende na aula porque fica tagarelando com o Black e não presta a menor atenção no que o professor Slughorn fala.
- Bom, nisso você tem razão. – concordou ele – Eu... posso propor uma coisa?
- Ahn... acho que tudo bem. – respondeu Lilian.
- E se... só em uma aula, eu trocasse de lugar com a Charmant, e sentasse com você? – ele perguntou cautelosamente – Aí você poderia ir me ajudando durante a aula e nós veríamos se o problema está em eu sentar junto com o Almofadinhas.
Ela o fitou, parecendo estar considerando a idéia. Aproveitando a boa recepção, Tiago resolveu ir além.
- Eu prometo que não vou chatear você, – disse ele – vou me comportar como me comportei hoje.
- Eu... não sei... – disse ela, hesitante.
- Ah, vai, Evans! Uma tentativa só. – ele insistiu, com uma cara pidona.
- Ah, está bem. – concordou ela – Uma aula só.
O garoto abriu um sorriso de orelha a orelha. Eles começaram a juntar o material que haviam utilizado, para irem almoçar. Tiago, muito cavalheiro, se ofereceu para carregar os livros de Lilian.
- Não precisa, Tiago! Eu posso levar alguns. – disse ela, ao vê-lo pegar toda a pilha de livros.
"Tiago! Ela me chamou de Tiago!" – pensou ele, radiante.
- Nada disso. – retrucou Tiago – Você só tá com eles por que tinha que me ajudar. Eu levo. – disse ele decidido.
- Está bem. Obrigada. – disse ela, percebendo que não adiantaria discutir – Na próxima aula não vamos usar tantos livros, vai ser apenas prática.
- Aham. – concordou Tiago.
Enquanto saíam da biblioteca e se encaminhavam para a torre da Grifinória, Tiago tentou entabular uma conversa.
- Então... o que me diz da nossa primeira aula? – perguntou ele.
- Tenho que admitir que não foi como eu esperava. – confessou Lilian – Você é diferente quando está longe dos Marotos.
- Pra melhor? – perguntou Tiago, temendo a resposta.
- É, pra melhor. Tá sendo... – ela hesitou – interessante te conhecer melhor.
- É o que eu venho tentando te convencer a fazer há anos.
- É, eu sei. Mas é que... do jeito que você era, não dava vontade de me aproximar, – explicou ela – ou de deixar você se aproximar.
- E agora dá? – perguntou Tiago, fitando-a.
- Dá. – respondeu ela, sustentando o olhar dele – Agora dá.
Todos ficaram extremamente surpresos quando os viram chegar ao salão comunal, lado a lado, sem Lilian estar gritando com Tiago. Isabelle ergueu os olhos do livro em seu colo e fitou Sirius, com uma sobrancelha erguida e um leve sorriso debochado. Ele fez uma careta e mostrou-lhe a língua. Ela riu, e sacudindo a cabeça, voltou a concentrar-se em seu livro. Depois que Tiago e Lilian guardaram seus materiais nos respectivos quartos, eles foram todos juntos para o Grande Salão almoçar.
- E então, Lil? Como foi? – perguntou Isabelle, depois que as duas se acomodaram à mesa da Grifinória.
- Bem, até não foi tão ruim. – admitiu a ruiva – Ele realmente se comportou bem, e estudou pra valer.
- Hmm... – fez Isabelle, enquanto pensava: "Boa, Tiago!"
Em outro ponto da mesa, os Marotos discutiam o mesmo assunto.
- Fala logo, Pontas! Como foi a aula com a ruiva? – perguntou Pedro.
- Foi ótimo! – disse Tiago, sorridente – O difícil foi me concentrar nas poções, tendo ela assim tão perto.
- Ela parecia tão calminha... – comentou Remo.
- E estava. – disse Tiago – Eu fiquei na minha, por enquanto. Ela até me chamou de Tiago!
- Cara, que progresso! – disse Sirius.
- E não é? – perguntou Tiago – Ah, na próxima aula de Poções, eu vou sentar com ela, e você com a Charmant.
- Como é? – perguntou Sirius, quase engasgando com seu suco de abóbora.
- Você é uma má influência pra mim, Almofadinhas... – respondeu Tiago, fazendo os Marotos caírem na risada.
- Tá, Pontas, mas agora esquece um pouco a ruiva. – disse Sirius, assim que eles pararam de rir – Temos jogo mais tarde.
- Ah, qual é Almofadinhas? Eu já disse pra você, vai ser moleza. – disse Tiago, que estava radiante com a possibilidade de passar mais tempo ao lado da sua ruiva.
E Tiago realmente estava certo. Foi uma das partidas mais rápidas que o garoto já havia jogado. O time da Grifinória era praticamente o mesmo do ano anterior, enquanto o da Lufa-Lufa fora quase totalmente modificado, e ainda não estava bem entrosado, o que dava uma vantagem ainda maior aos grifinórios. Com apenas vinte minutos de partida, ele apanhou o pomo, dando a vitória à Grifinória por um placar folgado.

Caramba!!! Apesar dos meus apelos ninguém fez nenhum coment... Magoou! Acho que vou fazer uma greve. Só posto outro cap se tiver algum coment. Elogiem, critiquem, mas pelo amor de Merlin, digam algo!!!

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