Esse maldito hormonio chamado

Esse maldito hormonio chamado



Capítulo 7 – Esse maldito hormônio chamado Testosterona!









Ela dobrou o pergaminho, terminando mais um capítulo. Olhou para o relógio na grande parede do banheiro das monitoras e viu que era bem tarde. Ela já deveria estar dormindo há horas, mas não conseguira pregar o olho. E, como sempre, decidiu tomar uma ducha e escrever um pouco.

Passou pela passagem secreta, olhando bastante para ver se o Zelador Grogue não estava por perto. Nenhum sinal dele e ela saiu com passos apressados para o salão comunal sonserino.

Falou a senha e entrou no salão, sendo surpreendida por mãos que a puxaram para trás de uma tapeçaria que enfeitava a parede ao lado da passagem. Ela levou a mão ao bolso da varinha imediatamente, mas foi impedida pela mão de seu “captor”.

– Calma! Sou eu... – ela afrouxou a varinha e olhou séria para os olhos cor de âmbar dele.

– Você sabe o susto que me deu!? – ela arrumou uma mecha de cabelo preto dele que caia nos seus olhos.

– Eu precisava falar com você. Precisava não, preciso. – ele a abraçou pela cintura, a deixando um pouco corada. Ela sentiu a parede em suas costas e a respiração dele em seu pescoço.

– Dan... – ela passou os braços pelo pescoço do garoto. Sabia que não deveria fazer isso, mas um abraço não mata ninguém.

– Eu não suporto mais ela, Cissa... – ele sussurrou – Ela se tornou um monstro... – ele afundou mais o rosto no ombro dela e apertou o abraço. Eles estavam juntos. Muito juntos.

– Você está exagerando... ela não mudou tanto assim... –ela encostou a cabeça na dele e sentiu as mãos geladas dele encostarem na sua pele, sob a blusa do pijama.

– Não estou... ela fala mal de você 10 vezes por segundo... e eu não estou a fim de escutar ela fazendo isso. – ele levantou a cabeça, a encarando. Estavam tão perto que os narizes se tocaram.

E para que os lábios se tocassem não faltava mais nada. Ela fechou os olhos e deixou que ele a beijasse. E ela sentiu como se não precisasse mais de nada no mundo, somente aquele toque suave nos seus lábios, somente aquela leve pressão dos dedos dele sobre a sua pele, somente os dois, na dança que chamam de beijo.

Então, assim como começaram, os dois se afastaram.

– O que foi isso? – ela suspirou, encostando a cabeça na dele e olhando séria para ele.

– Eu gostaria de saber... – ele sorriu, irônico, olhando para ela.

– O que você queria comigo antes... disso? – ela sorriu com o canto dos lábios. – Ou era essa a conversa que você queria ter comigo?

– Eu acho que esqueci... – ele voltou a abraçar a menina pela cintura. – Você costuma provocar esses esquecimentos súbitos em mim...

– Oh, Pare com isso, Daniel! – ela fez cara de brava e ele deu uma risada sarcástica – Não ria ! Isso é sério! Você não pode ficar pensando em mim enquanto está com ela!

– Ora, você planejou isso... você ature as conseqüências. – ele a soltou, tirando o pergaminho do bolso do robe dela. – Eu te devolvo amanhã, certo?

– Tudo bem – ela ficou emburrada e cruzou os braços. – Acho que vou subir.

– Não fique brava, Cissa... – ele sorriu e apertou a bochecha dela. – E cuidado para Galadriel não acordar... não quero que ela some dois mais dois. Se bem que eu acho que agora ela é burra o suficiente para não conseguir.

– Não fale assim dela! – ela saiu de trás da tapeçaria, espirrando e com raiva.

– Mas é a pura verdade. – ele falou, secamente, lembrando a ela o seu pai, saindo atrás dela.

– Boa noite. – ela andou para as escadas que levavam aos dormitórios mas foi impedida por ele.

– Tome. Boa noite. – ele entregou uma carta para ela e lhe deu um beijo na bochecha, antes de a largar. Ela leu o envelope ficando surpresa.



“Para Narcissa Malfoy,

De Elizabeth Zabini.”




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Deveria ter se passado um mês desde aquela manhã de Novembro em que Draco encontrara Gina no lago. Agora faltavam apenas 6 dias para o Natal. Há três semanas ela tinha aulas de reforço com Draco Malfoy.

Desde aquela estranha quinta-feira, Gina sequer abrira a boca para falar sobre aquele momento, embora não conseguisse parar de pensar naquilo. Draco sequer demonstrou mudança. Continuavam com as aulas, da mesma maneira, apesar do pequeno envolvimento maior deles.

Gina entrou na biblioteca e se dirigiu a mesa aonde Draco a esperava, lendo uma carta.

– Boa Tarde! – ela sorriu, se sentando ao lado dele.

– ‘Tarde. – ele continuou lendo a carta, indiferente a ela. Ela se virou na cadeira, incomodada.

– Uma carta, não tá vendo? – ele bufou, amassando a carta e enfiando no bolso. – O que quer estudar hoje?

– Uh... Mal humor? – ela zombou dele e riu da cara de escárnio que ele fez. – Não quero estudar hoje.

– Não!? – ele levantou uma sobrancelha, incomodado com aquilo. – Então eu posso ir embora. – ele foi impedido de se levantar por ela.

– Eu quero que você fique, mas não quero estudar. Serve? – ela sorriu ao vê-lo sentar novamente.

– Você vai, hum, para onde no Natal? – ele perguntou, ignorando o pedido meloso dela para ele ficar lá.

– Natal!? – ela pareceu confusa – Ah, sim! O Natal está chegando, eu quase me esqueci!

– Sua tonta... – ele poderia ter sorrido, se fosse desse tipo. Mas bufou, balançando a cabeça negativamente. – Me responda... Eu preciso saber.

– Bem, eu acho que... – ela abriu e fechou a boca. Ela podia ou não falar que seria na sede da Ordem? Preferiu esconder. – em casa mesmo, na Toca. Por que!?

– Toca? Que nome feio para uma casa, Weasel. – ele a cutucou com um cotovelo, a deixando revoltada. – Bem, com quem você vai pra Hogsmead esse sábado?

– Quê!? Com ninguém, ué... – ela olhou desconfiada para ele, esquecendo a provocação. Aquilo era um convite!?!

– Hum, será que você poderia ir comigo? – ele passou uma mão no cabelo quando a viu corar.

– Ah, hum... bem... Rony, ele-

– Ele não precisa saber. A gente compra o presente da Granger, almoça e você pode fazer o que quiser. – ele tirou um fio de cabelo que caia no rosto dela, como uma compensação para a decepção dos olhos dela.

– Hum, tudo bem. – ela soou indiferente. “Quantas vezes, Gina, você vai achar que ele é amigável com você por que quer? Claro que é por causa dela...”

– Então a gente se encontra na Dedosdemel, certo? – ele sorriu triunfalmente.

– Certo. – ela suspirou – Mas temos que-

– Ser discretos. É, eu sei. Mas se ele não desconfia das aulas não vai desconfiar disso. Relaxa, Weasel.

– Haha. Duvido que ele não duvide... Não se ele nos ver. – ela cruzou os braços, observando quem estava na biblioteca. Reparou que a mesa dos dois era a mais vazia e que ocasionalmente alguém olhava para os dois. – Vamos lá para fora?

–Quê!? – ele levantou uma sobrancelha, descrente. Ainda não se acostumara com essas mudanças súbitas de assunto dela.

– Vamos logo! – ela se levantou, pegando a mochila e saindo, sendo seguida por um Draco reclamando.

– Por Merlin! Você é louca, garota. Por que vive mudando de idéia assim? Aqui fora está um gelo! – ele se sentou ao lado dela, embaixo de uma árvore na orla da Floresta, um pouco afastada da casa de Hagrid.

– Aqui é melhor do que lá dentro, com todo mundo olhando. – ela enrolou o cachecol e calçou as luvas. – E eu não sou louca!

– Hum, sei. Você não é louca e eu estou com frio. – ele falou sarcasticamente.

– O que isso tem haver? – ela falou, com a voz um pouco esganiçada. Qual era a dele?

– Que você é tão louca quanto eu não sinto frio. Dã... não é obvio?

– Ah há! Eu duvido que você não sinta frio! Esse casacão que você usa deve ter mais feitiço aquecedor do que toda Hogwarts!

– Talvez um pouco menos. – ele falou, casualmente, arrancando risos dela. – Mas mesmo assim eu não sinto frio.

– Eu duvido, duvido mesmo! – ela continuava rindo.

– Nunca duvide de um Malfoy, Gina. – ele se levantou, tirou o casaco e o lançou em cima dela. Voltou a se sentar.

– Seu louco! Você vai ficar com muito frio! Se eu sou louca, você é mais!

– Somos todos loucos, Gin... – ele deitou na neve, olhando para cima. Sentiu a neve gelar suas costas mas nem ligou.

– Todos? Não. Acho que só alguns são. – ele sentiu ela se deitar ao seu lado e quase sorriu.

– Alguns? Me diga uma pessoa que não seja louca. Eu te dou um doce se puder.

– Hunm... a Professora Mcgonagall!

– Ela? Não... você já viu como ela muda de atitude do nada? Se ela está zangada com alguém e essa pessoa fala está doente ou chorando ela fica super preocupada e-

– Isso é normal, Draco!

– Por isso são loucos!

– Quê!? Você insinua que são loucas por se preocuparem? – ela soou revoltada.

– Não é isso. Entenda, mudanças assim, essas são loucuras. Mudanças súbitas. Tudo deveria ser sempre igual.

– Se tudo fosse sempre igual eu não estaria deitada na neve com Draco Malfoy, vendo se ele sente ou não frio. – ela abriu um sorriso quando ele virou a cabeça para ela.

– Isso é verdade. – e abriu um quase-sorriso, fazendo Gina se arrepiar. “Se ele sorrise ia ser tão mais bonito...”

– Frio, Gina?

– Claro que não! Com todos os feitiços aquecedores disso é impossível! E você, congelando? – ela dissimulou, jogando “fora” os pensamentos sobre ele.

– Normal. – ele deu de ombros e voltou a olhar para o céu nublado. Um silêncio estranho se formou entre eles, enquanto ambos olhavam para o céu.

– Gina? – ele quebrou o silêncio, olhando para ela.

– Sim, Draco? – ela virou o rosto para ela e os seus narizes quase se encostaram.

– Você acha o céu nublado bonito? – ela sorriu ao vê-lo perguntando aquilo. Ele parecia um menininho qualquer, perguntando uma coisa que não sabe para a mãe.

– Acho. Eu adoro o inverno... – ele o viu fazer uma cara de satisfação.

– Eu também. Eu acho que eu estou começando a congelar... – ele comentou casualmente e ela riu. Ela quase se levantou para tirar o casaco, mas foi impedida por ele. – Não tire meu casaco só porque eu estou com frio. Eu agüento mais um pouquinho aqui.

– Você vai ficar doente...

– Quem se importa? – e Gina sentiu pena do sorriso sarcástico dele. Ela sentiu algo estranho naquilo.

– Ora, eu me importo! Se os meus dois professores ficaram doentes, como eu fico?? – e o abraçou, impulsivamente.

Ela ficou incrivelmente vermelha quando ele passou um dos braços pela cintura dela, retribuindo o abraço. “Deus! O que estou fazendo!? Eu estou abraçando Draco Malfoy!”

– Você não deve se preocupar com quem não merece... – ela escutou a voz dele sussurrar em seus ouvidos e sentiu os pelinhos do pescoço arrepiarem.

– Você me-

– Shh... não minta para mim, Gina... – ele soltou a mão da cintura dela e suspirou.

– Eu não estou mentindo, Draco... – ela sorriu para ele e o viu ficar estranho. Ele sorriu e ela quase não acreditou no que estava vendo. Sentiu a mão gelada dele em contato com seu rosto e sentiu a respiração quente dele se aproximar do rosto dela. Fechou os olhos e deixou que ele encostasse os lábios gelados nos dela e a abraçasse.

Ela sentiu o céu rodopiar na sua cabeça e muitas sensações diferentes. O medo – de ser encontrada beijando Draco Malfoy, a culpa – por saber que ele gostava de sua amiga, a felicidade- por tê-lo visto sorrir, a confusão – pelo fato dele SER Draco Malfoy. Os lábios gelados dele pareciam encaixar perfeitamente nos dela, num movimento delicado, como se ele tivesse medo de ser mais ousado. Ela sentiu a mão dele na sua cintura e passou as mãos pelo pescoço gelado dele. Conseguiam sentir o calor passando dela para ele, numa vibração gostosa. Ele se separou dos lábios dela e a chamou.

– Gina? – ele falou de novo, encostando a testa na testa dela.

– Que foi, Draco?

– Você existe?



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Ela teve que largar a pena no pergaminho depois daquilo e respirar fundo. Mordeu os lábios apreensivamente, tentando desviar a dor que sentia no seu peito para outro lugar.

Agradeceu aos Deuses ela estar ali, sozinha, sentada naquele canto do vestiário feiminino.. O estado dela era deplorável – e qualquer um concordaria com isso sem pensar duas vezes. Ela se sentia idiota e imprestável mais do que nunca.

Abraçou seus joelhos, encostando a cabeça neles, respirando fundo. Ela não devia chorar, ela mereceu o que tinha tido. Mereceu por ter sido tão idiota, tão egocêntrica, tão, tão... boa. Não ouviu a porta do vestiário se abrir nem os passos que se aproximavam dela, rapidamente.

– Vamos, Cissa. Olhe para mim. – ele a abraçou, mas ela não reagiu. – Narcissa, não se faça de difícil. Vamos, fale comigo.

– Não. Vai embora. – ela falou, firmemente, ainda sem olhar para ele.

– Não vou não. Eu posso ser tão teimoso quanto você. Eu lhe disse, eu lhe avisei. Mas você acredita?

– Ah, Cala a boca, Dan! Você sequer me defendeu quando ela falou tudo aquilo! Quando a imbecil da Montague partiu para cima de mim, defendendo Galadriel como se fosse a melhor amiga dela, como se fosse eu! Você só ficou olhando, de longe, enquanto Andrew e os garotos a tiravam de cima de mim! Eu me machuquei pra valer com aquela louca!

– Meu Deus, Narcissa! O que você queria? Que eu estragasse a porcaria do seu plano? Que eu me jogasse na frente!? Você acha que eu gostei de ver aquela porquinha encostando as mãos em você? Você acha que eu não tive vontade de jogar Crucio nela até ela enlouquecer? Não se esqueça que quem criou isso tudo foi você!

Ela olhou para ele e suspirou, o abraçando.

– Ah, Dan... eu só queria que eu não fosse tão idiota. Agora metade de Hogwarts me odeia por isso e não tem mais volta...

– Shh... não pense no lado ruim das coisas... – ele passou uma mão pelos fios loiros do cabelo dela que caiam pelos ombros dele agora. – Não pense em nada...

– Como!? – ela soou um pouco surpresa e olhou para ele.

– Não pense em nada... – ele levantou o queixo dela e a beijou, sendo retribuído por um pequeno espaço de tempo.

– Eu não consigo... – ela tentou se afastar dele mas foi impedida.

– Então deixe-me não pensar por nós...

E ele a beijou, possessivamente, a abraçando pela cintura. Ele sentiu ela ceder ao seu beijo e deslizar as mãos pelas costa dele, parando no seu pescoço. Parou o beijo e sentiu a respiração ofegante dela, a puxando mais para perto. Lhe salpicou de beijos nos lábios, no pescoço, enquanto a inclinava em direção ao chão. As mãos hábeis dela desabotoaram os botões da camisa dele e a tiraram, e ele sentiu os beijos quentes dela em seu pescoço. Seu cabelo se misturava com o dela, preto no branco.

Ele a beijou novamente, sentindo as unhas dela nas suas costas enquanto ele desabotoava a sua blusa. Beijou a barriga dela e subiu beijando, até beija-la novamente nos lábios.

– Dan...? – ela levou uma mão ao rosto dele, carinhosamente.

– Eu estou aqui... – ele encostou o nariz dela e a viu sorrir.

– Eu amo chamar por você, sabia?

– Eu amo você, Cissa. – ele a beijou, rindo, enquanto a via corar de uma maneira que só vira muito tempo antes.

– É assim que você não pensa em nada, Dan? – ela virou o rosto, sorrindo.

– Não. É assim que eu penso em você, todo dia, todo tempo... – ele virou o rosto dela e a beijou – Não uma menina semi-nua embaixo de mim no vestiário feminino, mas como a menina que ama chamar meu nome.

Ele teve certeza que nunca iria esquecer o sorriso que ela deu naquele momento, antes de fazer mais uma coisa louca. Aquele seria um dia memorável – o dia da loucura. Ele confessara e provara o amor que ele sentia por ela, de uma vez só. Ele não achou que isso seria possível.

Sorte deles que ninguém entrou no vestiário feminino naquela noite.



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Ela odiava aquilo. Odiava saber que no dia seguinte seria como se nada tivesse acontecido. Odiava tê-lo na cabeça o tempo todo, odiava não conseguir dormir pensando naquilo, com medo de sonhar e acordar achando que tudo não passou de um sonho. Ela decidiu: Odiava tudo sobre Draco Malfoy.

Ela sabia que ele a esperava lá fora para ter as aulas de reforço mas ela decidiu que visitaria alguém antes. Problema dele se ele reclamasse do atraso – ela o odiava mesmo.

Entrou na enfermaria cuidadosamente, encontrando Madame Pomfrey sentada numa cadeirinha.

– Veio ver Elizabeth? – a enfermeira sorriu para ela e apontou para o quarto de Eliza ao ver que Gina tinha concordado.

– Obrigada! – Gina se dirigiu a porta e bateu uma vez.

– Quem é? – a voz de Eliza soou irritada e Gina sorriu.

– Sou eu, eu vim te visitar.

– Ah, entra Gin!

Ela entrou no quarto e encontrou a amiga sentada na cama, com um livro no colo. Eliza parecia bem melhor, menos olheiras, o cabelo arrumado, menos pálida. Mas uma coisa Gina pode reparar, o olhar dela estava completamente diferente.

– Como você está? – a ruiva se aproximou, abraçando a morena.

– Eu estou ótima! Obrigada por me visitar! Eu já quase nem tusso mais! – a morena deu um sorriso vazio.

– Eu posso ver isso, Eliza... estou feliz por você! – Gina tentou reconforta-la com um olhar compreensivo, mas não funcionou muito.

– Como você está? Como Draco está? E como – ela suspirou – Blaise está?

– Estamos todos bem! Ah... bem... eu queria falar com você sobre Draco... – Gina ficou um tanto constrangida.

– O que houveee? – a morena sorriu maliciosamente e se aproximou dela, esperando que ela contasse.

– Bem, ontem nós nos... beijamos... e-

– Oh Deus! Eu estava certa, olhe! Vocês se amam!

– Por Merlin! Nos não nos amamos! Foi só um beijo... ele estava triste e aconteceu! Não vai acontecer de novo!

– Ohhh, Gina e Draco no parque se beijam, no parque se beijam! Vão ter quatro filhinhos ruivinhos dos olhos azuiiiis! – ela riu ao ver Gina ficar da cor dos cabelos. – Ei, eu to brincando! O que você queria falar comigo sobre ele?

– Ele me chamou para escolher o presente da Hermione, você acha que eu realmente deveria ir?

– Ora, claro! Por que não? Quem sabe ele compra um presente para você!

– Oh, não se iluda com isso... – as duas riram – Bem, eu já disse que ia, mas eu não faço a mínima idéia do que Hermione iria querer!

– AH, então temos um problema... – Eliza arrumou os cabelos – Pergunta.

– Vai dar na cara!

– Então se vira!

– Bela ajuda a sua, Srta. Bluth! – as duas riram e Eliza balançou a cabeça.

– Eu acho que o seu Príncipe Encantado está te esperando lá fora, viu.

– Como você sabe!? – Gina olhou surpresa para Eliza.

– Um passarinho loiro me contou que iria espera uma princesa numa arvore hoje... e se eu não me engano ele já deve estar lá.

– Oh Deus! – Gina abaixou a cabeça, um pouco constangida.

– Você vai me contar as novidades assim que voltar da sua aula, ouviu mocinha!? Eu quero saber dos babados!

– Tudo bem, tudo bem... – ela beijou a bochecha da menina e se despediu, descendo vagarosamente para os jardins.

Ele não estava lá. Ele não estava lá. Ela sentiu um peso no estomago ao chegar na árvore e ver que ele não estava lá! Ele deveria ter ido embora com a demora dela, morrendo de raiva e praguejando até a 13a geração dela. Ele nunca mais ia falar com ela – e a culpa era da idiotice dela!

Ela encostou a cabeça na árvore, se segurando para não chorar. Ela era idiota! Ela tinha estragado tudo! Ela não tinha porque ficar assim. Aquilo não era sensato, era só Draco Malfoy. Mas um Draco Malfoy que não falaria com ela! Aquilo deu nos nervos dela, toda aquela indecisão, toda a confusão na sua cabeça.

– Gina?

– Draco!? – ela olhou para trás assustada.

– Você tá bem? – ele levantou uma sobrancelha, confuso.

– Ah, ainda bem que você está aqui! – ela o abraçou e sentiu um alívio ao vê-lo retribuir o abraço.

– O que aconteceu? Hey, por que você tá chorando? – ele fez carinho nos cabelos ruivos dela desajeitadamente e a forçou a olhar para ele. – O que houve dessa vez?

– Não foi nada, foi uma besteira... desculpe... – ela se afastou dele e sorriu, enxugando as poucas lágrimas que caíram por nada. Ela odiava ser tão chorona assim! Mas pelo menos tinha sido abraçada por ele. “Espera... você não tinha decidido Odiar ele, Guinevra Weasley!?”

– Tudo bem... você tem que parar com isso, Gina. Parar de chorar por tudo. – ele se sentou, encostado no tronco da arvore.

– Eu queria poder parar... – ela suspirou, sentando ao lado dele – A gente parou na poção Enebriante...

– Hunm, você se lembra para que ela serve? – ele olhou para ela com um olhar que a forçou a desviar e respirar fundo.

– Ah, lembro. Ela serve para... –ele tinha se aproximado mais dela, tirando a concentração – Ela serve para confundir... e serve para tirar a concentração... e... Que droga, Draco! Para com isso!

Ele riu sarcasticamente e arrumou o cabelo.

– Fale Gina, eu estou escutando...

“Por Merlin! Quanto mais eu vou agüentar ficar perto dele sem pular em cima dele?”

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