Cap. 5- Bons Atores ou o Capit

Cap. 5- Bons Atores ou o Capit



Capítulo 5-
Bons Atores ou o Capítulo em que tudo dá errado? (dependendo do seu ponto de
vista, é claro)


 


“Get it out get it out get it out!


Get your fucking voice


Out of my head!”


 


 


 



Aí estão vocês dois! – a loira bufou, largando a
pena em cima do
pergaminho, ao ver os amigos se aproximando da mesa sonserina.


– Ué, a gente avisou que nos encontraríamos
aqui, Narcissa! Você concordou! Achou Rach? Ela estava te procurando e falou
que ia tentar vir na mesma carruagem que você.


– Sabe com quem eu vim, Gal? – ela olhava com
ódio para James, na mesa grifinória já consciente. Com certeza Tom o havia
curado.


– Merlin! Eu não acredito... me perdoe, Cissa...
– a garota se sentou ao seu lado, um pouco chocada.


           
E isso não foi o pior... – ela mordeu os lábios e estranhou o silêncio do
garoto que se sentava no seu lado. – O que foi, Dan?


           
Nada, Cissa – ele olhou para a mesa, com a franja cobrindo os olhos.


           
Tem certeza?


           
Tenho, relaxa! – ele esboçou um sorriso e ela sorriu de volta, virando para a
amiga.


           
Ele me beijou, Gal... ele me beijou!
– ela cuspiu as palavras, com nojo. O garoto ao seu lado se engasgou e começou
a tossir.


           
O Quê!?!?!?!!?! – a outra garota esbugalhou os olhos e olhou para o moreno na
Grifinória, que ria no momento. – James Potter te beijou?


           
Não me lembre disso... – ela bufou e deu um soco de leve na mesa. – Foi
nojento! Eu o estuporei, esse abusado!


           
Ele vai ver... – o garoto sibilou, furioso.


           
Ele já viu – ela sorriu maldosamente – Não se meta em mais problemas! Você
vai acabar sendo expulso!


           
Não, eu não vou... olhe, a professora Lovegood está entrando com os alunos
novos!


– Shhh... vamos prestar atenção agora... –
uma Galadriel chocada falou, se virando para a ponta do salão.


 


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Devia ter se passado uma semana desde que Eliza ficara doente. Nenhuma
melhora da parte dela, agora ela nem sonhava em receber visitas. 
Gina ficava cada dia mais preocupada com a menina. Claro que também
tinha a parte pessoal. Não agüentava mais Malfoy a enchendo toda tarde, apesar
dele ser tão... bonito. Assumia que estava aprendendo mais, pois Malfoy era um
ano mais velho que as duas meninas e sabia mais, mas não era nada agradável.


           
Draco mandara mais algumas cartas para Hermione. Ele esperava que desse
tudo certo, que ele ganhasse a tal aposta e tudo mais. Mas os dias estavam
ficando cada vez mais cansativos. Eliza mandara ele acompanhar a Weasley em tudo
que ela tivesse dificuldade e a ajudasse a estudar para os exames.


“Bela amiga você é, Elizabeth Bluth... me obrigando a conviver com a
pobretona Weasel...”


           
Draco? 
Você pode me explicar novamente essa poção? Eu simplesmente não
consegui entender...


           
– Tudo bem – ele bufou. Teve que engolir tudo que diria normalmente
para Gina, ao pensar na morena doente. Sentia-se tão culpado por aquilo. –
Presta atenção, que eu não explico mais! Essa poção serve para tornar as
pessoas imateriais...


           
“Merlin! Ele é tão sexy... Se não fosse um Malfoy...”. Ela
não pôde deixar de pensar, quando ele se aproximou para mostrar os
ingredientes no livro. Tão perto que ela podia sentir a respiração dele, o
cheiro gostoso de perfume e hortelã.


           
­– Malfoy... – ela o interrompeu na explicação.


           
– Deus! Se quiser entender não me interrompa, Weasley! – ele olhou
furioso para ela.


           
– O que você acha que é a doença de Eliza? – ela olhou para ele,
ignorando a mudança de expressão. Ele passou para uma pose defensiva.


           
– Eu não sei, realmente... eu espero que não seja o que eu estou
pensando – ele falou a última parte mais baixa, mas Gina pôde escutar.


           
– O que? – ela se aproximou, como se quisesse, ou pudesse, ler os
pensamentos dele.


           
– Meu turno de perguntas. 
ele sorriu desdenhoso ­– Com quem Granger vai para o Baile na primavera?


           
– Ainda não sabe. Não foi convidada. Provavelmente ela vai com Ron ou
com Montague – ela segurou o riso – O convite que vier primeiro. Minha vez,
o que você realmente
quer com Hermione?


           
Nada que lhe interesse, Weasley. – ele arrumou o cabelo, desconfortavelmente.
– O que aquela sangue-ruim pretende fazer para o cabelo dela melhorar?


           
– Gina. Eu já disse para me chamar de Gina! E eu não sei, Malfoy. Eu
não faço a mínima idéia disso. E você ainda não me deu nenhuma resposta
concreta!


           
Muito menos você, Gina. 
– ele carregou o nome dela sorrindo desdenhoso. – Por que estava
chorando naquele dia? – ele diminuiu o tom de voz, parecendo um pouco
acusador.


           
Não lhe interessa, tampouco. – ela olhou séria para ele, surpreendida com a
pergunta.


           
– Hunm... hoje está sendo um bom dia para respostas, hein, Weasel? –
ele falou ironicamente, se virando para o livro. – Vamos continuar com a poção.


           
Gina realmente se espantou com a mudança drástica de assunto de Draco.
Num momento ele virava da água para o vinho. Ela esperava aquela pergunta, mas
não tão depois do ocorrido. E tampouco esperava que ele não insistisse em
saber a resposta. “Bem... isso pelo menos foi legal da parte dele.”


           
– Algum dia eu te conto, Draco. – ela
falou, espantando o garoto na sua frente e o atrapalhando.


           
– O que você disse? – ele levantou uma sobrancelha, aparentando
estar indiferente.


           
– Continue com a explicação. Eu estou entendendo. – ela sorriu, o
primeiro sorriso verdadeiro desde que começara a ter aulas com ele. Ele deu de
ombros e voltou para o livro.


 


           
––––––––––––


 


– Narcissa... – o rapaz loiro cobriu toda a
luminosidade que batia nela e ela levantou os olhos cinzentos para ele. –
Potter e Daniel estão discutindo. Acho melhor você vir ver...


           
Quê? – ela olhou descrente para o monitor-chefe sonserino, Andrew Felton. Ele
sorria com o canto da boca e tinha as mãos no bolso, descontraído.


           
Dá para ver daqui. Ali, olhe – ele apontou para perto do campo de quadribol.
Ela estava embaixo e uma árvore um pouco depois dele. Viu mais dois garotos além
deles, por perto. Pelas cabeças deduziu que fossem Nathan e Tom.          
– Malditos... – ela bufou – Você não fez nada para ajudar,
Andrew? – ela se levantou, aceitando a ajuda do rapaz.


           
Não adiantaria eu ir separá-los sem te chamar, você sabe. Quando eles tão
desse jeito não há mortal que os separe, a não ser você.


           
O que eu fiz para merecer eles? Oh, Merlin! O que eu faria se eu pudesse fazer
James parar de achar que tem alguma chance comigo! – os dois se aproximavam.


           
O que vocês pensam que estão fazendo? – Andrew se
aproximara do grupo e falara com uma pose superior. Narcissa continuava olhando
um pouco de longe, longe da vista, a cena.


           
Er... hunm... nada... – Nathan falou, olhando para cima e
corando as orelhas.


           
– Que nada bonito, esse... – ele olhou para os dois garotos rolando
no chão e se batendo. Aparentemente, Daniel levava vantagem, mas ele sabia que
os dois sempre empatavam. – Se larguem, agora!


            Como
esperado, nenhuma resposta deles. O monitor bufou.


           
Malfoy, aprenda a controlar seu amigo.


           
Eu tento, Felton. Merlin sabe como eu tento...


           
Chamei Narcissa. Ela veio comigo até aqui perto, depois parou.


           
Eles vão se matar se continuarem assim. Ainda bem que Nathan pegou as varinhas
deles assim que elas caíram.


           
Imagina, primeira página do Profeta Diário amanhã: “Filho do
Garoto-que-sobreviveu e Daniel Zabini se matam por uma Malfoy. Mais detalhes na
página 5.”


– Não brinque com isso, sonserino. Cadê a minha
irmã maldita? Eles já estão sangrando! 



Daniel Zabini! James Potter!
O que estão fazendo? – ela finalmente
aparecera, os olhos brilhando em fúria. Os dois se soltaram imediatamente, lançando
olhares ameaçadores um para o outro.


– Discutindo... – Daniel limpou um filete de
sangue da boca e olhou para a garota.


– Com os punhos? – ela sorriu desdenhosa – Eu
não consigo acreditar em vocês. Qual o bom motivo para estarem brigando?


– Esse babaca aí veio me perguntar sobre o
beijo... – James sorriu maliciosamente. – Você gostou, não foi?


– Não. – ela foi curta e grossa.– E como uma
simples pergunta virou uma briga, com direito a sangue escorrendo? Não me
respondam, eu sei. Vocês não se aturam. Ótimo. Então não se falem! Não é
mais simples? Eu estou cansada de ter que separar briga de vocês dois! – ela
continuava séria, falando com um tom de voz bastante irritado. Olhou para os
dois garotos e continuou, mais irritada – E Potter, limpe o sangue desse
nariz! Tá horrível! Voltando ao assunto, vocês têm 16 anos! Sabem o que é
isso? DEZESSEIS anos! Não tem mais idade para ficarem se socando por minha
causa! Que merda, vocês dois!  Vocês
dois. Merlin! Eu não sei quem é o mais babaca. Sim! Você também é um
babaca, Zabini! Eu cansei de vocês! Cansei de vocês se implicando! Se virem
agora, e menos 5 pontos para cada casa pela briga! Com licença...


Andrew e Tom andaram até os amigos, que estavam
perplexos com o sermão da loira.


– Merlin, o que deu nela? – Dan falou se
levantando com a ajuda de Andrew.



Fúria Weasley, Zabini.
Ela puxou alguma coisa da família, então... –
Nathan falou, enquanto ajudava Tom a levantar James.


 


 


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Eram mais ou menos
umas 9 horas quando saíram da biblioteca naquele dia.  Estavam exaustos. Draco não via a hora de chegar no dormitório
e se deitar na cama. Gina sabia que teria que explicar o que estava fazendo se
Rony a visse. Ela começava a odiar cada vez mais o irmão por ser tão
intrometido. A vida era dela! Que ela fizesse o que queria!


Pensava nisso
quando viu Draco se separando dela um corredor antes do normal.


– Aonde vai,
Draco? – ela olhou curiosa para o loiro, que parara ao ouví-la.


– Não lhe
interessa, Guinevra... – ele falou, arrumando o cabelo, ainda de costas.


– Mandar outra
carta para Mione? – ela perguntou, mordendo os lábios, apreensiva.


­– Podemos dizer
que sim. – ele se virou para ela e foi se aproximando com as mãos no bolso.


– Fala sério,
Draco. O que você quer com ela?


– Você jura que
não vai rir? – ele estava sério. Parou a menos de 2 passos dela.


– Juro. – ela
olhou nos olhos dele e não conseguiu ler nenhum sentimento. Nem raiva nem
ansiedade. Ele ficou a menos de um passo dela, e borboletas começaram a brincar
em seu estômago.


– Eu não acho
que você não vai rir... – ele falou, parecendo receoso, sem deixar de pensar
quão bom ator era.


– Se você
contar, lhe digo porque eu chorava. Boa troca, não? – ela sorriu felinamente,
assustando Draco.


– Você tem
certeza que é grifinória? – ele levantou uma sobrancelha, descrente,
arrancando uma risada da garota.


– Você não quer
saber? Então saberá, se me contar...


– Eu entendi –
ele curvou os lábios no que parecia um sorriso e se curvou, ficando com os lábios
ao lado do ouvido dela. – eu gosto dela... – ele sussurrou.


– Você!? – ela
olhou descrente para o garoto – Eu não...


– Parece impossível,
mas... – ele suspirou, ficando reto novamente e cruzando os braços. O Draco
interior festejava por ele ser incrivelmente convincente.


– Eu entendo –
ela sorriu e encostou no braço dele com uma mão – Foi por causa disso que eu
chorava.


– Quê!? Por que
eu gosto da sangue-ruim!? – ele olhou com um pouco de asco para ela.


– Não, Ferret!
– ela riu, arrumando uma mecha de cabelo loiro dele que caia no rosto – Por
um amor impossível.


– Eu não
acredito que a pequena Weasel continua babando pelo Potter babaca. – ele
falou, em tom de zombaria e viu a ruiva sorrir tristemente.


– Nem eu, Draco...
nem eu... – para o espanto dela, o garoto a puxou e a abraçou.


– Você não
merece o Potter – ele sussurrou, bagunçando todo o cabelo dela num cafuné
desajeitado – Boa noite, pequena Weasel.


E ela novamente foi
surpreendida por ele. Será que ele gostava de ver a cara de boba dela? Ela o
viu desaparecer no corredor embasbacada. “O que diabos está acontecendo
com o mundo!?”



 


 


“Que inferno,
Draco! Que Inferno! Porque você teve que ficar todo sentimental quando viu a
Weasley, sim, a WEASLEY falar que babava pelo Potter? Que droga, eu sou
imbecil!”
Ele não sabia porque
tinha agido daquela maneira. Ele não tinha nem porque nem pra quê. Estava tudo
ótimo até ele ver o maldito sorriso daquela ruiva. Ela parecia tão...
desesperada. Ele pôde ver que ela já estava ficando louca. Como ele. “Por
Merlin! Eu nunca tive compaixão por alguém, por que agora eu tenho que começar?
Isso é tudo culpa da Eliza! Desde que eu comecei a andar com ela eu comecei a
sentir... isso. Essas coisas! Eu sou um Malfoy, eu não posso...”


- Ai!
Que Merda! – ele esbarrou em algo ou alguém enquanto pensava – Olha por
onde anda, babaca...


– Você esbarra
em mim, Malfoy, e eu sou o babaca. – Harry Potter se levantava do chão e via
um Draco Malfoy com um sorrisinho superior no rosto e as mãos no bolso.


– Claro, você
sempre é o babaca Pottinho. – ele gargalhou secamente – O que faz aqui essa
hora?


– Nada que lhe
interesse, Malfoy. – ele arrumou os óculos e olhou para o loiro
desafiadoramente – O que
você faz
aqui?


– Não lhe
interessa. Eu sou monitor e você já devia
estar na sua caminha chorando pela Chang há algum tempo. – ele sorriu
desdenhoso ao ver o garoto ficando vermelho. Aquele sim era o Draco que ele
conhecia.


– Eu não preciso
escutar isso, Malfoy. Vou embora antes que eu tenha que te socar. – o moreno
falou, furioso, virando para sair.


– Ui... que meda
do Pot – ele foi interrompido
sutilmente por
um soco – Seu...!


Ele devolveu o
soco, com mais força, levando o garoto ao chão. Lançou um olhar mortal para
Potter antes de virar para subir para o corujal. Novamente foi interrompido, mas
dessa vez por um ser que voara para cima dele. E que com certeza não era uma
coruja.


Os dois caíram no
chão, Harry em cima de Draco tinha as mãos no pescoço do loiro. Quando a
surpresa passou, Draco deu mais um soco no garoto, arrancando sangue da boca
dele. Mas também levou outro.


 


 


Um pouco depois de
sair de seu estupor, Gina escutara um barulho, uma porta rangendo, ao se abrir.
A curiosidade a levou pelo mesmo corredor que Draco havia ido. Então escutou um
baque, como uma pessoa caindo no chão. Na direção do Corujal. O coração
dela acelerou e ela correu até o lugar. Não sabia ao certo porque, mas estava
preocupada.


Quando virou num
corredor viu a cena:


Draco Malfoy
empurrando Harry Potter com a perna e Harry Potter pronto para dar um soco em
Draco Malfoy.


- Por Merlin! O que
vocês estão fazendo? – ela olhava descrente para os dois. Harry saíra de
cima de Draco e ela pôde ver o estado deles. Draco parecia mais machucado, com
um corte em cima da sobrancelha, o lábio um pouco inchado e marcas rochas no
pescoço. Gina sentiu pena dele, teve vontade de cair no chão no seu lado e
cuidar dele. Olhou para Harry, mandando essa idéia embora, e viu que ele tinha
sangue escorrendo do nariz e da boca. E uma cara de espanto.


– Gin-Gina! O que
você está fazendo aqui? – Harry procurou os óculos por ali perto e os achou
rachados. Os concertou e os colocou.


– Eu escutei vocês
e vim ver o que era! O que vocês estavam fazendo? – ela olhou de Harry para
um Draco emburrado com um lenço em cima do machucado da sobrancelha. “Oh...
ele é tão fofinho emburrado!”


– Esse imbecil
tentou me matar, Gina. – Draco falou, espantando Harry com a intimidade dos
dois.


– Harry? – ela
olhou para Harry exigindo explicações, depois de não conseguir resistir a
tentação de cuidar de Draco.


– Eu... Gina? O
que você está fazendo!? – ele era uma máscara de espanto.


– Curando Draco,
você é cego? – ela sorriu para o loiro quando viu que ele segurava o riso.
Passou o dedo no ferimento recém-curado dele – Prontinho, Draco! Eu não
posso fazer nada com os roxos, só o tempo. 
E bota gelo nessa boca, viu? E você, Harry, me deve uma explicação!


– Obrigada,
Gin... – o sonserino se levantou, com a ajuda de Gina, olhando para Potter,
desdenhoso. – Controle os seus nervos, babaca... – ele deixou os dois em
baixo, subindo para o corujal.


– Que DIABOS de
INTIMIDADE é essa com DRACO MALFOY? – ele bufou, enquanto ela limpava o
sangue do nariz dele.


– Você não
sabe? Ele é o substituto de Eliza. – ela sorriu internamente ao reconhecer ciúmes
no garoto.


– Ele é Draco
Malfoy, Gina! O pai dele-


– Ele não é
como o pai, Harry. Confie em mim.


– Não? Duvido.
Sabe porque eu bati nele? Sabe? Ele me provocou, Gina. Ele falou sobre a... você
sabe. – ele ficou meio sem jeito.


– É porque você
é Harry Potter. Você já reparou o que você fez com ele? Dê uma chance para
ele e você verá que ele é-


– Se você fosse
qualquer outra garota eu diria que
você gosta dele. – ele bufou, se levantando com a ajuda dela. – Ron sabe das
aulas?


– Não. E você não
vai contar.


– Gin... eu não...


– Você não vai
contar. Prometa-me. – ela parou e ele olhou para ela.


– Tudo bem, Gina.
Mas qualquer coisa fale comigo. – eles voltaram a andar e Gina sentiu
novamente as borboletas quando ele passou um braço pelos ombros dela. “Mas
essas borboletas não são tão boas quanto... Oh, não, Gina! Não pense
naquilo!”



 


 


---------------


 


– Narcissa... o Dan precisa falar com você...
– Galadriel se sentou ao lado dela, no jardim, e arrumou o cabelo da amiga que
caía sobre os olhos dela.


– Diz para ele que eu não vou falar com ele até
ele dizer que errou! – a loira virou para a amiga séria.


– E ele diz que não vai dizer que errou. – a
outra suspirou.


– Então não vamos nos falar. – ela bufou.


– Eu não acredito em vocês! Cissa... você sabe
que ele é teimoso como uma mula! Ele fez o que achou ser certo!


– E daí? Não era certo. – a loira ficou
emburrada – Você sabe disso, Galadriel. Sabe que ele estava errado. Sabe que
isso é para o bem dele e ainda o defende!


– Eu não preciso escutar isso de você, Cissa...
– ela falou baixinho, comparada com a outra garota, e abaixou a cabeça,
escondendo o rosto nos cabelos.


– O que foi? Ficou com vergonha agora? –
Narcissa continuou, desdenhosa. – Será que você nunca está do meu lado?
Nunca, Galadriel. Você sempre o escolhe a mim, mesmo ele estando errado. Você
é minha melhor amiga, Gal... você não sabe como dói ver você sempre contra
mim! Mesmo Dan sendo nosso amigo, talvez o meu melhor amigo também, eu espero
que você me apóie, sempre... nós somos tão parecidas...


– Você não sabe de nada, Narcissa. – os olhos
castanhos da garota se encontraram com os azuis da outra – Você também é
minha melhor amiga, mas... – ela abaixou os olhos. Odiava o olhar inquisidor
da amiga.


– Mas o quê!? – a loira cruzou os braços séria.


– Eu gosto dele, Cissa... – ela falou baixinho,
sorrindo triste e ainda não olhando para a loira. – Eu gosto dele... Eu
gosto...


- Quê!? – Narcissa olhou espantada para a amiga,
que repetia como num mantra “eu gosto dele”. Uma pequena auto-afirmação.
– Gal... hey, Gal... me desculpe, eu...


           
Esqueça isso. Você não deveria saber. – ela suspirou – Você merece o Dan
e não eu.


– Do que você está falando!? – o estômago de
Narcissa foi parar no pé. Ela compreendera agora tudo o que significava tal
revelação. Abriu a boca para continuar a falar, mas nenhuma palavra saiu. Seu
estômago dava voltas e ela se sentia enjoada.


– Se vocês dois forem felizes, eu... eu... –
Galadriel suspirou e se segurou para não chorar.


- Shh... não pense nisso. – Narcissa abraçou a
garota que começou a chorar, a acalmando. Por dentro, ela queria morrer. Por
que nunca tinha reparado? Por que sempre ignorava os olhares que ela dava para
Daniel? E por que tinha que gostar do mesmo menino que sua melhor amiga?


­­­­­


-----------------


 


– Zabini, Zabini,
Zabini... – Draco bufou, passando as mãos na cabeça, bagunçando o cabelo
– Eu não acredito que eu fiz aquilo, não acredito...


 


 


– Eu não acredito nisso, Cissa, não mesmo...


 


 


Merlin, é a
vida, Malfoy! Você não esperava ser um cubo de gelo para sempre, esperava? –
Blaise tirou as botas e sentou no sofá do salão comunal, de frente para o
amigo.


 


 


– E o pior de tudo, Dan – Narcissa suspirou,
ainda olhando pro pergaminho – É que... – ela voltou a escrever, deixando o
menino curioso.


 


 


Eu esperava,
sim. – ele olhou sério para o outro loiro – Quando eu ia imaginar que iria
sentir pena da caçula Weasley? Nunca!


 


O
pior... o que é pior, Cissa? – ele se sentou de frente para ela na mesa e
levantou o seu rosto. A viu com um sorriso triste e sentiu mais vontade que
nunca de grudar os lábios nos dela e nunca mais soltar.


 


 


Talvez você não
devesse se apegar a ela, Draco. Eu cometi o maior erro da minha vida – Blaise
suspirou, levando uma mão na testa – e o pior de tudo é que eu não me
arrependo disso. Mas se...


 


 


O
pior... – ela sorriu para ele, querendo dizer com os olhos o que não
conseguia falar. Estavam tão perto, tão perto... – é que ela está sofrendo
com isso. – ela viu a decepção nos olhos dele. E não teve dúvida que ele
esperava ouvir o que ela esperava falar. Isso doeu mais que qualquer outra
coisa.


 


 


– Eu sei. Não é
só você que vai se arrepender se isso acontecer. – Draco bufou. Tinha quase
certeza que a doença misteriosa de Eliza era obra de seu pai e do pai de
Blaise.


 


 


– Você quer que eu fique com ela, é isso? – o
garoto estava de costas para ela, olhando pela janela, de cabeça baixa.


É...
– ela abaixou a cabeça voltando pro pergaminho.


 


 


– Por Merlin,
Draco. Ela fica cada ver pior. Hoje ela me mandou ir embora... – ele suspirou
– Acho que ela pensa como a gente. Mas me escute, escreva o que eu digo – de
repente um fogo passou pelos olhos cor de âmbar do outro loiro – Eu não a
deixarei porque meu pai quer. Nem que eu tenha que fugir, eu ficarei com ela!


 


 


Então...
se você acha melhor assim... – ele sorriu tristemente para ela e ela se
levantou de uma vez, correndo para os braços dele e derrubando a cadeira.


Vai ser
melhor assim, vai sim... – ela afundou o rosto no ombro dele, segurando as lágrimas.
Ele a abraçou fortemente, com se aquilo fosse vital para ele.


– Vai sim – ele levantou o rosto dela e sorriu,
a confortando. Ela sorriu de volta.


– Ela vai ser feliz com você. – ela ficou na
ponta dos pés e sussurrou no ouvido dele, roçando os lábios na bochecha dele
antes de soltá-lo.


- É... – ele a soltou. Os dois se olharam e ele
a puxou novamente. – Me abrace só um pouquinho mais, Cissa...


– Dan... – ela olhou para ele, um pouco. Ele
encostou os lábios nos dela, suavemente e depois a soltou.


– Amanhã eu converso com ela, se você quiser.
Eu faço o que você pediu, não vai ser tão difícil assim, vai? – ele
sorriu, e passou uma mão no rosto dela, a confortando. – Boa noite...


Ele subiu para o dormitório, já era bem tarde. E
estava muito confuso. Muito mesmo. Mas sabia de uma coisa. “É... Galadriel
será feliz, mas eu e a Cissa...”


 


 


– Você vai
acabar matando ela, Zabini. – Draco se levantou, subindo as escadas para o
dormitório – E eu nunca vou me apegar a Weasel, nunca... – mas ele sentiu
que estava errado. Ele sentiu que nunca dissera algo tão errado na sua vida.
Ele já estava se apegando a Gina.


 


 


 


N/A:
aí, mais um capítulo! Bem... vcs viram que finalmente as coisas começaram a
acontecer entre o Draco e a Gina, né? E o título... bem, vocês vão realmente
entender ele no futuro, mas por enquanto vai ser um tanto confuso. Putz... eu
sou mto malvada com a Narcissa @__@ Ela descobre que o mlk gosta dela quando
manda ele ficar com a outra! Tadinha dela... E agora?? O que acontecerá?? E,
ainda bem que vocês me apoiaram na minha decisão \o/ Mas...


Bem vcs viram?
Felton \o/ Eu não consegui resistir, cara... Eu tinha que colocar um Felton no
meio @_@ *Beli eh maniaca pelo Tom Felton* 
E prestem atenção aos nomes que eu sito, eles aparecerão no futuro...
e terão importância, viu? E duas brigas \o/ Foi realmente legal... Mas qualé
a do Potter subindo em cima do Malfoy?? ¬¬ Eu sabia que ele era gay! Sabia!
AUHAUA^^ E a Gina eh tão bonitinha m-OPS!! Abri minha boca demais o .o


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