A volta de James



] Capítulo XXV_ A volta de James
(Narração de James)
Já perdi a conta de quantos dias faz que estou aqui. O tempo passa devagar e não vejo quase nada da luz do sol. Isso me trás uma sensação ruim e chega a ser depressivo.
Quero voltar para a minha vida, poder abraçar a Lily e dizer o quanto a ama e não quero sair de perto dela nunca mais. Quero aprontar com os marotos, ver o por do sol perto do lago, comer um bom almoço feito pelos elfos domésticos. Até das aulas eu sinto falta.
Teve dias seguidos que fiquei sem ver uma única pessoa, só aquele elfo domestico que me chama de traidor do sangue o tempo todo. Às vezes a Bellatriz Lestrange entra aqui e começa a falar coisas sem sentido ou então da em cima de mim, como se nem fosse casada. Foi até divertido ver a cara que ela fez quando eu disse que não a quero, pois meu coração já pertence à outra. Mesmo ela garantindo que poderia me ajudar a escapar dali. Embora Bellatriz seja uma linda mulher, sei que ela iria se aproveitar da situação para me prejudicar.
Por que isso está acontecendo justo agora? Quando finalmente eu havia conquistado à ruiva!

(Narração de Lily)
Espero que nada de ruim aconteça com o James. Eu vivia reclamando dele e sempre brigávamos, mas na verdade ele é legal e cada vez sinto mais falta dele. Hogwarts não é a mesma sem James Potter. Por que eu fui descobrir só agora que gosto dele?
Agora estou aqui no dormitório vendo um céu lindo e estrelado lá fora. Lembrei-me do dia em que ele me pediu em namoro. Sorri e senti uma lágrima cair. Queria ter dito sim e que nada do que aconteceu depois tivesse acontecido.
(Narração de Sirius)
Já faz uma semana que as aulas começaram, mas parece uma eternidade. Ano passado eu já odiava quando via a Herica com o Regulo, mas agora nem posso beijar alguma garota para me distrair.
Hoje, logo depois de jantar eu vim tomar banho. Os outros resolveram fazer tarefa de história da magia. Sei que devia fazer o mesmo, mas não estou a fim de pensar em deveres. Ate porque agora tenho certeza de uma coisa que já vinha suspeitando há algum tempo: a Herica não gosta do infeliz do meu irmão.
Mesmo estando há alguns metros de distancia, notei que ela foi fria ao beijá-lo. Ou pelo menos foi fria em comparação àquele beijo que rolou na casa da Bruna no dia do jogo de verdade ou desafio.
Será que ela gosta de mim? Pelo menos eu senti algo mais que amizade naquele beijo e na reação dela. Mas se ela gostasse, porque não me contaria? Nós somos amigos, nunca tivemos segredos antes. Há quanto tempo não conversamos de verdade?
Acabei esquecendo do tempo enquanto pensava e quando sai do banheiro uma nuvem de fumaça saiu junto. Me joguei na cama e comecei a pensar e lembrar do que vem acontecendo desde o começo do ano.
Só voltei para a realidade quando ouvi o barulho da porta. Pensei que fosse um dos marotos ou o Frank. Mas mesmo assim olhei na direção da porta.
- Eu só vim buscar um livro do Remo que... –Herica parou de falar assim que olhou para mim.
Só então me lembrei que ainda estou só com uma toalha amarrada na cintura. Foi impossível não sorrir. Levantei-me e fui me aproximando.
- Veio buscar o livro do Remo que...?
Ela desviou o olhar rapidamente.
- Que está em cima da cama! E já estou indo! – falou logo depois que pegou o livro.
- Espera! Fica aqui? – falei tentando fazer aquela cara de cachorro sem dono.
Ela me olhou dos pés a cabeça e respirou fundo.
- Você ta achando que eu pirei de vez?
- Por quê? É tão ruim assim ficar na minha companhia? – disse me fingindo de desentendido.
- Sirius, não se faça de ingênuo. Vamos analisar a situação: Eu, Herica Camargo, no dormitório masculino sozinha com Sirius Black só de toalha.
- Olhando por esse lado! – sorri malicioso – Mas quanto te pedi para ficar aqui, não foi com segundas intenções. Mas se você quiser algo mais...
(Narração de Herica)
Pelas barbas de Merlin, preciso sair daqui. Por que ele tem que ser tão lindo e ter esse corpo perfeito? Eu já vi o Sirius sem camisa na praia e na piscina, mas ver ele só de toalha. Isso é uma imagem que com certeza não sairá de minha mente e não contribuirá em nada no meu esforço de esquecê-lo.
Deixa-me tentar pensar, ele disse que quer conversar. Mas conversar sobre o que?
- Conversar sobre o que? – perguntei tentando olhar só para o rosto dele, que por sinal está lindo com esse cabelo molhado.
- Várias coisas, principalmente sobre nós! Fica aqui, é bem melhor que fazer dever de transfiguração.
Como assim conversar sobre nós? Calma, respira fundo. E da para resistir a essa cara de cachorro sem dono?
- Ok! Como assim conversar sobre nós?
- Pode sentar, eu não vou morder! Só se você quiser!
Para tudo, quem diz as indiretas aqui sou eu. Será que ele sabe que eu gosto dele? Não, ele é muito lerdo. Só se alguém contou. E se essa conversa continuar assim não sei aonde vai para, embora tenha algumas hipóteses.
Sentei-me ao lado dele, até porque se eu ficar de pé não sei se minhas pernas agüentariam meu próprio peso.
- É que eu estava pensando, faz um tempo que não conversamos de verdade.
Merlin, não me diz que ele quer conversar sobre o que eu estou pensando. Desse jeito vou seguir o conselho das meninas e falar logo o que sinto por ele.
- Conversar de verdade?
- Bom, é que antes você sempre me falava dos garotos que gostava, eu te contava das garotas que ficava... – eu sabia, justo esse assunto – Veja só agora, você começou a namorar faz um tempo e eu só fiquei sabendo porque vi.
Respira fundo. Se ele me perguntar se eu gosto do Regulo ou de quem gosto eu não posso mentir. Omitir é fácil, mas mentir é difícil. Até porque há cinco anos nós juramos que nunca haveria segredos entre nós.
- Parece que mudamos um pouco nesses últimos meses! – falei me deitando na cama, assim olho pra o teto e fica mais fácil de conversar – E quanto ao meu namoro, você odeia o Regulo, de que adiantaria chegar e te contar isso?
- E você não gosta dele como namorado! – ele disse se virando para continuar olhando no meu rosto.
- Sirius, eu...
- Não diga que é mentira. Eu sei que você não gosta dele!
- Tá, eu não gosto do Regulo, nem sei por que estou com ele. O que mais você sabe além de que não gosto dele?
Ele sorriu malicioso (N/A: Já repararam que o Sirius é muito malicioso?) e foi se aproximando. Sinal de perigo muito grande, levando em conta a “roupa” dele e o local em que estamos. Por que eu tenho que ter essa imaginação tão fértil?
- Eu sei também que – enquanto falava ele colocou um braço do outro lado do meu corpo se apoiando na cama – quando me aproximo assim de você assim, [u]nós[/u] esquecemos que somos só amigos e de todos os problemas lá fora.
Merlin, o Sirius não é mais inteligente que parece. Claro, ele me falou que percebe quando uma garota fica com ele só por desejo ou se gosta dele. Se ele não sabe se eu gosto dele, pelo menos desconfia e... ai... só pode ser por isso que ele disse que queria conversar, para confirmar. O que está dando certo, já que eu fico sem reação perto dele.
Mas o que ele quis dizer com nós?
Enquanto esses pensamentos invadiram minha mente, ele beijou meu rosto, minha testa, meu queixo e me deu um selinho.
- Vai dizer que não estou certo? – perguntou olhando em meus olhos.
Meu coração deve estar quase saindo pela boca, minhas pernas estão tremendo. Eu não devia estar aqui, mas também não consigo sair. Se pelo menos ele estivesse com algo além dessa toalha seria menos perigoso.
- Sirius, faz o favor de vestir uma roupa. – falei depois de algum tempo em silêncio.
- Por quê? Não gosta da vista? – esse sorriso malicioso vai acabar me deixando maluca – Ou será que você, como futura escritora, tem uma imaginação bem fértil e neste momento está imaginando o que aconteceria se “por acaso” a toalha caísse.
Ai que ótimo, agora meu gosto está esquentando, o que significa que deve estar ficando vermelho. E ele vai entender que estou pensando isso, não que seja mentira, mas ele não precisa saber.
- Não precisa ficar vermelha princesa dos ares, eu não me importo que pense isso. Mas se quiser, não precisa ficar só imaginando...
- Sirius cachorro Black, cala a boca! – caramba, esse cachorro só pensa besteira.
- Me faça calar!
Ai, Merlin sabe que eu tentei resistir e agir com a razão. Eu tirei o cabelo dele que caía no rosto e como a distância já era pouco não precisei fazer esforço para nos aproximarmos até sentir seus lábios nos meus. Sem esperar ele aprofundou o beijo. Um beijo quente e com um tanto de malícia.
Eu coloquei minhas mãos em suas costas nuas. Senti uma onda de calor passar pelo meu corpo.
Não sei quanto tempo ficamos nos beijando, pois quando estou assim tão próxima dele, perco a noção do tempo. Mas como temos que respirar, ele se afastou um pouco. E me olhou com um sorriso, não um sorriso malicioso, um sorriso diferente de todos que eu já vi nele (e o Sirius tem muitos sorrisos diferentes).
- Six... – eu ia falar, mas ele voltou a me beijar.
Mas nesse momento eu ouvi o barulho da porta sendo aberta.
- A professora Mcgonagall disse que quer falar conosco sobre... – nós paramos de nos beijar e vi a cara de espanto do Remo. O que será que ele está pensando? – Me desculpem, eu nem teria vindo se a Mcgonagall não tivesse perguntado de vocês e não estivesse com uma cara tão séria.
O Sirius se levantou e segurou para que a toalha não caísse. Eu respirei fundo e me levantei, olhei para Sirius e depois sai do quarto.
(Narração de Remo)
Logo que Herica saiu, eu olhei para o Sirius.
- Vê se coloca uma roupa antes de descer! – falei.
Quando fechei a porta vi que Herica ainda está aqui do lado.
- Obrigada Remo! Se você não aparecesse, não sei o que poderia acontecer.
Eu sorri malicioso. (N/A: Os marotos gostam desse sorriso. )
- Tem certeza que não sabe?
Ela demorou a responder, apenas fechou os olhos e respirou fundo, depois sorriu.
- Sabe Remo, você já foi mais tímido!
Eu ri.
- Vamos?
- Estou tentando recuperar minha respiração e ver se minhas pernas param de tremer! – ela falou.
- Ele provoca tudo isso em você?
- Antes fosse, muito mais que isso: medo, incerteza, vontade, desejo, carinho, dúvida, alegria, tristeza, raiva e mais um monte de sentimentos e sensações que nem tem nome.
- Uau! Será que a bruna sente tudo isso por mim?
- Pode ter certeza que ela ficaria sem reação também, se te encontrasse só e você começasse a dizer um monte de indiretas cheias de malicia.
- Sem reação? Pareceu-me que você estava reagindo muito bem ao beijo dele!
Nós rimos.
- Ok, vamos? Eu acho que posso ir até a sala comunal.
Um pouco depois que chegamos no salão o Sirius também veio. O assunto deve ser realmente sério para a Mcgonagall não perguntar o que os dois estavam fazendo sozinhos no dormitório.
(Narração de Lilian)
Assim que Sirius desceu e sentou no braço da poltrona em que a Herica estava, a professora Mcgonagall começou a falar:
- Com certeza a notícia sairá amanhã no profeta diário, mas eu e o diretor Dumbledore achamos que vocês devem saber antes, já que são amigos de James Potter. – ela olhou no rosto de um por um de nós enquanto falava – Hoje pela manhã, o senhor John Potter foi ao local combinado com aquele-que-não-deve-ser-nomeado pagar a quantia estipulada para ter James Potter de volta. Porém, assim que viu o filho, John Potter foi morto pela maldição da morte.
Quando ela falou estas ultimas palavras olhou para Sirius, que considerava o pai do James como pai também. Eu sinto muito pelo senhor John, mas estou realmente preocupada com o James. Senti um nó apertar minha garganta.
- E o James? – perguntei sem me conter.
- Logo que notaram que aquele-que-não-deve-ser-nomeado não esperaria nem um instante para fazer exatamente o contrário que disse, o esquadrão de aurores, que já estava nas proximidades, entrou em ação para salvar a vida do ultimo Potter. Sim, agora ele está vivo, mas está no hospital St. Mungus. Pois apesar de ter sofrido apenas ferimentos leves durante o duelo, está um pouco doente pela má alimentação das ultimas duas semanas. Até o fim deste mês ele voltará para Hogwarts e vocês terão seu amigo de volta!
- Será que nós podemos visitá-lo no hospital? – perguntou Remo.
Ela pareceu pensar por um instante.
- Falarei com os medi-bruxos responsáveis, se visitas forem permitidas, no fim de semana vocês poderão ir até lá acompanhados de um professor. – depois disso ela se levantou – Agora está tarde, dirijam-se para os seus dormitórios e tenham uma boa noite!
***
O dia seguinte foi como se estivéssemos de luto, o que não deixa de ser verdade, já que o pai do James está morto. Ninguém falava muito além do necessário, o Sirius é quem parece estar pior. Isso tudo que vem acontecendo está fazendo com todos nós mudarmos um pouco, morte parecia algo muito distante de nossa realidade.
Estou preocupada com o James, bem que poderiam trazê-lo para cá, tenho certeza de que madame Pomfrey (N/A; não sei se é assim que escreve.) cuidaria muito bem dele. Não é justo ele ter que ficar longe dos amigos no momento em que mais precisa deles.
Herica evitou falar com Regulo hoje, parece que ela está se sentindo culpada por ter beijado o Sirius de novo.
(Narração de Severo Snape)
Logo no café da manhã vi a notícia de que o Potter saiu vivo. Isso me deixou com raiva, eu queria que ele morresse e se explodisse em mil pedaços para não correr o risco de voltar. Em breve ele vai voltar para Hogwarts e a Lily vai correr para os braços dele. Ver os dois juntos andando felizes pelos corredores seria o fim.
Se ele morresse, quem sabe eu poderia ter uma chance com ela. E ela seria muito mais feliz do que com aquele bando de malucos. Seriamos só nós dois.
Eu comentava sobre a notícia com Narcisa e Malfoy, que por sinal, parecem que andam namorando escondidos. Então vi Regulo chegar e sentar do outro lado da mesa.
- Você acha que ele deve saber a notícia? – perguntei para Narcisa – ou será que devemos esperar que ele descubra sozinho?
E depois olhei para a mesa da grifinória, para que ela entendesse do que eu estava falando. Ela sorriu, depois olhou para Regulo.
- Não, eu avisei para ele no trem. Não fez nada porque não quis. – ela respondeu – Vai ser divertido ter um show por aqui semana que vem! É serio, não sei o que vocês vêm nas garotas da grifinória.
Essa ultima frase ela falou mais alto para que ele ouvisse.
- Elas são mais difíceis, pelo menos para os caras da sonserina. – disse Regulo.
Indiretamente ele disse para Narcisa que ela é muito fácil. O que é bem verdade, já que ela ficou com quase todos os garotos da sonserina e alguns da Corvinal.
- Tudo que é proibido é mais gostoso! – falei e ela fechou a cara.
***
(Narração de Herica)
É sábado e eu havia acabado de sair da biblioteca, eu e Lily estávamos fazendo tarefa de feitiços. Amanhã iremos visitar o James no hospital.
- Ainda acho que seria impossível um único feitiço matar um exército de dois mil homens. – conversava Lily sobre um feitiço antigo e pouco conhecido do qual o professor havia falado.
- Eu acredito, mas isso foi há realmente muito tempo. Bom, oito mil anos é muito tempo! Mas é bom que a pronuncia dele tenha sido esquecida durante o tempo, seria realmente terrível se alguém como Voldemort o conhecesse. – falei.
- Herica! – Sirius chamou e eu olhei para ele, que está com as costas encostadas na porta de uma sala vazia.
- Acabei de lembrar que esqueci um pergaminho na biblioteca! – disse Lily se afastando.
- O que? – perguntei me aproximando.
Ele me puxou para dentro da sala e fechou a porta. O que ele quer agora? Eu praticamente nem consegui olha na cara do Regulo ontem. Imaginação pare de imaginar besteiras. Até porque ele não merece que eu pense isso.
- Temos uma conversa para terminar! – ele falou se aproximando.
- Pensei que já tinha terminado. – falei irritada – Você já conseguiu quebrar o desafio, agora pode ficar com a garota que quiser.
- Primeiro que você deixou uma pergunta sem responder, e segundo que só quero ficar com uma garota, mas ela tem namorado. – ele se aproximou e eu dei um passo para trás.
- Que pergunta?
Nesse momento eu não podia dar mais passos, pois encostei na parede. Mas ele continuou se aproximando. Por que sempre tem uma parede?
- Eu perguntei se estou certo, que quando me aproximo assim de você, nós esquecemos que somos só amigos?
Esse olhar significa perigo, mas a vida é cheia de perigos! Ele colocou uma mão em minha cintura e outra no pescoço.
- Acho que já esquecemos! – falei colocando as mãos em suas costas.
- Acho que temos algo mais além de uma conversa para terminar! – ele falou em meu ouvido me provocando calafrios.
Antes que pudesse pensar ele me beijou. E por que impedir? Se é tão bom!
***
- Não acredito que vocês se beijaram de novo! – disse Lily quando já estávamos no dormitório - Eu nunca conseguiria fazer isso.
- Isso o que? Beijar alguém? – perguntou Bruna sorrindo.
- Aff, eu quis dizer que não conseguiria trair alguém assim. Mesmo que não gostasse do meu namorado.
- Nem eu, acho que a pessoa nem deve namorar se os dois não se gostarem. – disse Alice.
- Vocês duas são muito certinhas! – disse Bruna – Eu acho que a Herica está sendo muito esperta, isso sim, ficar com os dois Black! Por que o Regulo também não é nada feio.
- E a senhorita trairia o Remo por acaso? – perguntou Alice.
- Nunca, mas é diferente! – ela falou – Nós nascemos um para o outro!
- Hei, eu estou aqui! – falei – Da para vocês pararem de conversar como se eu nem estivesse aqui?
- A é, você ainda não disse o que vocês conversaram. – disse Bruna – Quer dizer, vai ficar por isso mesmo?
- É... sabe que nós não conversamos quase nada. – falei sorrindo.
- Fala sério que vocês só ficaram se beijando? – disse Bruna incrédula.
Eu balancei a cabeça positivamente.
- Caramba, vocês ficaram lá mais de umas duas horas e não conversaram! – disse Lily.
Nós ficamos um bom tempo ali conversando, depois que terminamos de falar sobre eu e Sirius, falamos sobre Lily e James, finalmente ela se tocou que gosta dele. Alice contou sobre ela e Frank, disse que até já falaram em casamento. E a Bruna disse que ela e o Remo já falaram algumas vezes sobre sexo.
- Eu sei que amo ele, mas não sei se estou pronta para isso. – disse Bruna.
- Vão com calma, - disse Alice – vai deixando rolar. O Remo é inteligente e romântico, com certeza vai entender isso.
- É, eu sei disso, mas não tem como não ficar pensando.
***
(Narração de Bruna)
(N/A: Aí já é terça-feira de tarde, e no domingo eles já foram visitar o James no hospital.)
Eu, Herica, Lily, Jhuly e Thaiza estávamos conversando na sombra de um velho carvalho que fica perto do lago. Depois a Lily ainda fala da Herica que trai o Regulo, mas ela não gosta nem um pouco da Jhuly e fica conversando como se não tivesse nenhum problema.
Eu não gosto da Talissa Zadinello e deixei bem claro para a Thaiza que se ela parecer aqui eu caio fora.
- Espero que o James volte logo! – disse Thaiza – Será que se nós escolhermos o batedor e a artilheira que estão faltando ele vai ficar muito bravo?
- Acho que não, o máximo que ele vai fazer é reclamar e mandar escolher outros jogadores! – disse Herica.
- Acho que vou me inscrever para artilheira! – falei.
- Seria legal, você joga bem! – disse Herica.
- Não sei qual a graça que vocês vêm em falar de quadribol. –disse Lily.
- Também não sei! – disse Jhuly – E com tantos assuntos melhores vocês têm que falar logo sobre isso. O que vocês acham daquele garoto?
- Qual? – perguntou Thaiza – O loiro ou o moreno?
- Embora o loiro também seja um gato, estou falando do moreno! Acho que o nome dele é Alexandre Salom.
Eu olhei para Herica e ela riu.
- Cai fora que é roubada! – falamos ao mesmo tempo.
- No começo do sexto ano ele e o irmão gêmeo apanharam da Herica e da Bruna! – disse Lily.
- Não vai me dizer que vocês estavam saindo com eles e sem consultar eles resolveram trocar de pares? – deduziu Jhuly.
- Na mosca! – falei – Mas descobrimos e eu dei um soco no Artur e a Herica fez o mesmo com o Alexandre!
- Mas o loiro, Marcelo Montenegro, - falou Herica e depois acenou para ele que sorriu em resposta – é super gente boa e dizem que beija bem! Acho que está solteiro!
- Ele ta na minha turma, mas nunca conversamos. – disse Jhuly – Herica, depois você me apresenta ele?
- Claro!
- O que é isso? – perguntou Thaiza olhando para a árvore.
- Um tronco! – falei revirando os olhos.
- Mas tem algo escrito nele. – ela insistiu.
Então nós olhamos para onde ela estava olhando.
- Parece um coração com dois nomes dentro! – disse Lily.
- Mas deve ser bem antigo. – comentou Herica.
- Algo que começa com L, - Jhuly disse tentando ler – L-U-C-A-S! Legal, mas o nome dela não da para ler.
- Legal, então vamos chamar a árvore de Lucas! – disse Thaiza como tivesse feito uma grande descoberta.
- Fala sério, por nome numa árvore. – disse Lily revirando os olhos.
- Gostei! – disse Jhuly – Então o sobrenome vai ser Carvalho, já que a árvore é um carvalho!
- James! – disse Lily espanto – JAMES!
Nós olhamos na mesma direção dela e vimos James indo para o castelo. Mas ele parou assim que ouviu o grito de Lily. Então a doida saiu correndo até onde ele estava.
(Narração de James)
Finalmente sai daquele hospital, não agüentava mais ficar trancado lá. Era para ficar pelo menos mais uma semana, mas o próprio Dumbledore foi falar com os médicos e assegurou que aqui a enfermeira cuidaria muito bem de mim. Isso vai ser bom, pois pelo menos estarei perto dos meus amigos e da Lily. As únicas pessoas que eu gosto e que ainda podem estar aqui comigo.
- JAMES! – eu ouvi Lily me chamando e virei em sua direção com um sorriso no rosto.
Ela veio correndo em minha direção e me abraçou tudo que eu fiz foi retribuir o abraço. Como é bom estar novamente perto dela. Ficamos um bom tempo ali daquele jeito.
- Estava com saudades! – falei.
- Eu também! – ela disse e depois olhou em meus olhos – James, posso te fazer uma pergunta?
- Já fez uma, mas pode fazer mais quantas perguntas você quiser!
- O seu pedido de namoro ainda está de pé?
- Claro! – respondi com um sorriso que só não era maior porque seria impossível.
- Então eu aceito!
Depois disso nós nos beijamos!
Fim do capítulo XXV

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