Sétimo Capítulo

Hermione não queria levar adiante um relacionamento, mas Harry tinha insistido tanto que ela não pode dizer não.
Gostava dele, mas não queria se machucar e por isso negou a principio qualquer sentimento em relação a ele, mas agora que sabia que era correspondida, não podia negar mais isso ao seu coração.

No dia seguinte, Harry passou em sua casa mais cedo, para irem juntos para o colégio. Ela tinha que admitir que gostava de receber esse tratamento especial de Harry.

Quando chegaram no colégio e estacionaram o carro, Hermione se surpreendeu com Harry, quando ele pegou em sua mão e foram andando em direção ao colégio.

Passaram pelos amigos dele, que ficaram surpresos ao ver àquela cena. Hermione deu um sorriso sem graça e continuou seu caminho.

Namorando Harry, Hermione aprendeu a se cuidar mais e querer sempre estar bonita para o namorado. O cabelo, que antes ela mantinha o tempo todo preso, agora ela deixava solto pelos ombros, do jeito que Harry gostava, conforme ele confessou a ela.

Era sexta de noite e Harry tinha levado Hermione ao cinema. Ela tinha adorado cada momento da noite e desejava que nada mudasse, que tudo ficasse daquele jeito para sempre.

Estavam caminhando de volta para sua casa. Harry parou a alguns passos da casa dela e a puxou para si. Eles se beijavam calmamente, aproveitando o momento entre eles.

O pai de Hermione que estava na janela a meia hora esperando a filha voltar, quando viu os dois no jardim, foi até a porta e saiu.

- Hermione, diga boa noite ao senhor Potter! – disse o pastor irritado. Hermione se virou para o namorado e o beijou rapidamente - Harry vá para casa, a noite acabou!

- Boa noite senhor! – ele se despediu mais uma vez de Hermione e foi andando em direção a sua casa.

Hermione ficou observando o namorado se afastar. Subiu os degraus da varanda e ia entrar em casa, quando seu pai começou a falar.

- Hermione, seu comportamento é pecaminoso! – disse se virando para a filha Você age como se estivesse...

- Apaixonada? – ela o interrompeu.

- Você é uma criança! – exclamou ele olhando-a nos olhos.

- Pai olhe para mim, eu não sou uma criança.

- Então pare de agir como uma criança! – disse rispidamente.

- Eu o amo – admitiu. Ele a olhou surpreso.

- Então seja justa com ele antes que as coisas piorem! – ele se virou e entrou em casa. Hermione ficou séria. Seu pai tinha razão, ela tinha que contar a Harry.


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Hermione estava no cemitério. Já era de noite e a pouca iluminação do lugar era perfeita para poder observar as estrelas. Estava carregando seu telescópio até a base, quando Harry chegou.

Largou o telescópio e foi ate o garoto, dando um rápido beijo. Ele largou a mochila que carregava na grama.

- Você me ajuda? – disse apontando para o telescópio. Harry pegou o aparelho e levou até a base dele.

- Então o que disse a seu pai? – perguntou curioso, se virando para ela.

- A verdade! – Harry olhou para ela desconfiado - Só deixei você de fora! – ele sorriu para a namorada.

Hermione foi até o telescópio e ajeitou sua posição.

- O que você quer ver? – perguntou ainda olhando as estrelas através do ocular.

- Plutão – disse depois de pensar um pouco.

- Plutão só vai aparecer minutos antes do sol nascer – Hermione virou o olho do céu e olhou para o namorado.

- Certo – ele foi até a mochila que tinha deixado no chão e a abriu - E eu trouxe uma garrafa térmica com café quente e um cobertor – disse estendendo o cobertor na grama fofa e sentando encima dele.

- Você planejou tudo! – disse Hermione sorridente.

- Eu desejei – admitiu.

- Você está tentando me seduzir? – perguntou brincalhona.

- Você é uma pessoa seduzível? – perguntou sedutoramente.

- Não – respondeu rindo da cara dele.

- Foi o que eu pensei – ele alcançou a mochila - Logo, um segundo cobertor – ele estendeu o outro cobertor ao lado do primeiro - Um pra você e um para mim! – concluiu sorrindo.

- Obrigada.

Harry procurou na mochila um papel, se levantou e entregou a Hermione.

- Pode achar essa estrela para mim?

- Claro – Hermione olhou através do telescópio - Porque eu estou procurando essa estrela? – perguntou curiosa, ainda procurando.

- Porque eu lhe dei o seu nome – Hermione levantou a cabeça e encarou o namorado. Ela caminhou até ele e Harry lhe entregou um outro papel - Vê? – ele apontou para o papel que ela lia - É oficial! É do registro internacional das estrelas!

- Isso é maravilhoso! – disse com lágrimas de emoção nos olhos - Eu te amo!

Harry se aproximou e a beijou. Apoiou suas mãos na cintura dela, enquanto ela enlaçava seu pescoço. A puxou mais para perto de si, mas sentiu uma resistência da parte dela em se aproximar. Interrompeu o beijo e olhou para ela sorrindo.

- Tudo bem desculpa. Eu vou parar! – Hermione riu. Ele se abaixou e sentou no cobertor. Hermione sentou-se entre suas pernas e apoiou sua cabeça no peito de Harry - Então, qual é o seu numero um? – insistiu ele.

Hermione levantou o rosto, a fim de poder olhá-lo nos olhos.

- Casar-me na igreja onde minha mãe cresceu – contou finalmente - Foi onde meus pais se casaram! – ela olhou para ele esperando algum comentário, mas Harry não o fez. Se levantou e beijou o namorado mais uma vez, antes de se aconselhar nos braços quentes dele.


Passaram a noite juntos no cemitério observando as estrelas e conversando. Harry não sabia dizer a quanto tempo não se sentia tão feliz e tão completo como estava se sentindo agora.

Tinha acabado de chegar em casa e percebeu que sua mãe estava na varando lendo o jornal. Chegou por trás sorrateiramente e lhe deu um susto. A mulher bateu de leve em seu ombro. Ele cumprimentou a mãe e sentou em frente a ela.

- Você acabou de chegar? - Lílian observou as roupas do filho.

- Sim.

- Ainda bem que eu não sabia, senão estaria em pânico! – comentou olhando para o filho.

- Desculpe.

Lílian ficou olhando para Harry e percebeu que ele estava alegre.

- Harry, você estava com Hermione? Tenha cuidado, ela é filha do reverendo – advertiu ela preocupada com o filho.

- Mãe... – pediu ele.

- Por favor! – continuou ela.

- É diferente com ela! – disse tentando explicar a ela como se sentia.

- “É diferente com ela!” – repetiu sem acreditar muito nas palavras dele. Harry era muito namorador e pensar que ele tinha mudado tão rápido por causa de uma garota, fazia Lílian ficar desconfiada.

- Sim.

- Tomara que seja diferente com ela – Harry se largou na cadeira desistindo de explicar qualquer coisa a ela - Eu estava lavando roupa outro dia e achei isso – ela tirou um papel de dentro do jornal e o abriu. Harry assim que o viu, reconheceu e revirou os olhos. Tudo o que menos precisava agora era aquilo - Examinar uma rocha lunar, fazer faculdade, entrar em medicina... – ela parou de ler e olhou para Harry - Querido, são ambições muito bonitas, mas você terá que estudar muito!

- Eu consigo – afirmou ele. Aquele papel era sua lista de coisas que queria fazer antes de morrer.

- Consegue, sim – encorajou.

- Mãe, Hermione tem fé em mim. Ela me faz querer ser diferente – Lílian sorriu para o filho – Ela me faz querer ser melhor como pessoa! – Harry se levantou da cadeira e pegou o papel – Vou tomar banho.

Lílian ficou observando o filho se afastar e sorriu. Talvez Harry esteja realmente mudando.


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Harry tinha pegado Hermione mais tarde para darem um passeio pela cidade. Estavam andando meio calados pela rua. Passaram por uma lanchonete, onde Luna e Gina estavam na entrada. Ao verem eles se aproximando, elas entraram na lanchonete, sem falar com eles.

- Ótimo, agora sou ignorado! – riu. Olhou para o lado e percebeu que Hermione não tinha reparado no que tinha acontecido, parecia estar pensando em outra coisa - Esta preocupada com a faculdade? – perguntou ao entrarem numa rua mais calma.

- Não – respondeu seca - Não vou fazer faculdade!

- Eu pensei que...

- Você pensou errado! – cortou. Harry olhou para ela sem entender o que se passava com ela.

- Vai trabalhar um ano de voluntária? – arriscou.

- Não – eles pararam de andar.

- O que você vai fazer? – perguntou sem mais opções.

- Eu estou doente – disse com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu te levo para casa! – disse preocupado, dando alguns passos para frente, mas Hermione o fez parar.

- Não Harry – ele olhou para ela - Eu sou doente, eu tenho leucemia! – disse com lágrimas escorrendo pela sua bochecha.

- Não – falou incrédulo - Você tem dezoito anos, é perfeita! – disse tentando se convencer que aquilo que Hermione tinha dito era uma brincadeira.

- Não, eu descobri a dois anos e parei de reagir ao tratamento – continuou ela.

- Porque não me disse? – perguntou irritado.

- O médico me disse que eu devia continuar vivendo minha vida normalmente da melhor maneira possível... – ela tentou explicar a ele -Eu não queria as pessoas me olhando como se eu fosse uma coitada! – completou.

- Incluindo eu? – perguntou olhando para ela. Sua garganta começou a doer e uma vontade chorar tomou conta de si.

- Especialmente você! – disse chorando compulsivamente - Eu estava bem, eu tinha aceitado e ai você apareceu! – explicou ela. Harry ficou olhando a garota - Não preciso de uma razão para ter raiva de Deus! – Hermione olhou uma ultima vez para Harry e saiu correndo pela rua. Harry ficou olhando a garota se afastar e tentou ser forte, porque agora era a hora que ele mais ia precisar.


Espero que vocês tenham gostado do cap!! Fiquem sabendo que eu leio todos os comentários! Adoro quando vejo que tem um novo! Fic esta chegando ao fim... Mas ainda falat muita coisa para rolar! Espero que vocês estejam gostando dessa adaptação!
Bjs p/ todos

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