O colega de trem
N/A/Inicial: E aí, galere! Aqui é, óbvio, a autora. Bem, essa é a minha primeira fanfic, então vim aqui dizer que espero que gostem! Ah, e tenho algumas coisas pra, hm, avisar também.
Primeiro, sobre a fic. Publiquei logo os três primeiros capítulos, porque pensei, puxa, o primeiro capítulo é sempre o mais chato, então não quero que vocês pensem que a fanfic inteira seja chata, mesmo que, hm, os outros dois capítulos não sejam láá essas coisas. Enfim, é uma fanfic bobinha né, bem água com açúcar e coisa e tal, nada de tramas revolucionárias nem nada do tipo. E, tudo bem, é um shipper bem incomum. Mas, ah, qual é! O Tom é mesmo um personagem mal entendido. E eu simplesmente amo fanfics em que vilões se apaixonam, por isso meus shippers favoritos normalmente incluem Tom Riddle e Draco Malfoy. E o fato da minha fanfic ser OC, ou como dizemos aqui no Brasil, PO, se deve pelo fato de que não consegui combinar nenhuma das personagens femininas da nossa querida J.K com o Tom, quero dizer, Gina e Tom já deu o que tinha que dar, e o resto, bem, ia tornar tudo muito complicado, então criei a Claire.
Ok, estou falando mais do que deveria.
Agradecimentos: J.K Rowling (lógico, por ter criado este livro maravilhoso), Meg Cabot (estilo de escrita), à mim (hehe, tão legal falar isso) e à minha amiga Jú, que acompanhou, ajudou e deu dicas para a fic, e sempre serviu como inspiration, valeeu Ju!
Certo, vou deixar vocês lerem. Até mais, beijos beijos!
Então, recebi a carta de Hogwarts. Pirei totalmente e fiquei superansiosa, sabe como é. Para uma criança de onze anos, sem nada pra fazer, nada melhor do que ir pra uma escola onde não haja aula de matemática envolvida. Pelo menos é melhor do que brincar de massinha ou qualquer coisa do tipo que se brinca quando se tem onze anos.
Tudo bem, onze anos não é tão criança assim, mas, quando se tem dezesseis anos, qualquer idade antes disso parece pirralhice.
Enfim, chegou o tão esperado dia de embarcar direto para o novo horizonte da minha vida (hm, tá). Meus pais levaram-me até a estação King's Cross, onde nos despedimos e eu atravessei a plataforma 9 três quartos, tão estupidamente feliz como nunca estive em toda a minha vida.
Entrei no trem completamente sozinha, pois não tinha amigo algum que fosse bruxo como eu, já que minha mãe era trouxa, e nós (eu, ela e papai, quero dizer) vivíamos em uma comunidade fofa, amigável e trouxa. Por isso, quando recebi a carta de Hogwarts, foi pura alegria para eles. Eu também fiquei bastante alegre. Não que soubesse muita coisa sobre esse mundo.
Na verdade, não sabia nada.
Meu pai, Lloyd Lancaster, nunca me contara coisa alguma, caso eu não fosse como ele. Vocês sabem, para não sofrer uma imensa e traumatizante decepção, de esperar onze anos para receber minha carta e daí, puf, não receber.
Mas eu bem que desconfiava, quero dizer, à medida que meus onze anos se aproximavam, meus poderes foram meio que se revelando com mais frequência. E eu me recordo de pensar 'puxa, as coisas estão voando um bocado ultimamente', o que sempre me deixara meio desconfiada.
Bem, voltando. Saí procurando um vagão pelo trem, como qualquer criança inocente e serelepe faria. Encontrei um vagão semi-vazio, que só tinha um garoto, que aparentava ter minha idade.
- Oi! - Cumprimentei - Posso ficar aqui com você? - Perguntei, adoravelmente.
- Não. - Respondeu o garoto, nem se dando ao luxo de me olhar. Puxa, fiquei bem magoada. Quero dizer, eu era apenas uma criancinha querendo seu lugar ao sol, não foi nada legal da parte dele me tratar com tanta grosseria. Mas eu não era do tipo que chorava ou coisa do tipo com facilidade, então simplesmente perguntei:
- Por que?
- Gosto de ficar sozinho. - Respondeu o esquisitão.
- Bem, então vai ter que ficar sozinho comigo. - Disse, simplesmente largando minha mochila e minha gaiola com meu gato em cima da poltrona do lado oposto ao dele, e me sentando. E ele me encarou com uma cara que mesclava irritação e surpresa, que não me agradou nem um pouquinho, mas foi quando eu reparei como ele era. Tinha cabelos bem pretos, levemente ondulados, que cobriam sua testa, olhos azuis escuros e impenetráveis, e sim, era bem, bem bonito.
Não que eu ligasse pra isso, você sabe, quando tinha onze anos. Quero dizer, puxa, nessa época os meninos ainda são considerado inimigos.
- E então, como se chama? - Perguntei, sendo um exemplo de menina, já perdoando-o pela grosseria anterior. Ele, que já tinha se virado para a janela novamente, parecia achar que eu não era digna de uma resposta, então simplesmente ignorou. 'Eu sou Claire, caso, embora não demonstre mas no fundo bem profundo do seu coração, queira saber', foi o que eu falei em troca, mas ele nem se moveu. Já ia abrir minha boca para reclamar, quando a porta do vagão se abriu, e, novamente, ele nem fez questão de ver quem era. Era uma menina, extremamente loira, magrinha e alta, bem bonita. Ela sorriu e perguntou-me:
- Ei, posso sentar aqui? Com vocês?
Observei de soslaio o Esquisitão soltar um muxoxo, meio que desistindo, contra sua vontade, daquela história de 'gosto de ficar sozinho' e coisa e tal.
- Mas é claro! - Respondi, meio alto demais, só pra tentar irritar mais, se é que era possível, o Esquisitão. Mas, como sempre, ele nem se moveu, como se nem estivesse fazendo parte daquela situação.
- Obrigada! Sou Lennox Wendell, e você?
- Sou Claire Lancaster... ah, nem adianta, ele não vai responder. - Acrescentei, ao vê-la abrir a boca em direção ao Esquistão, para perguntar o nome dele. Ela fez uma cara de 'desconfiei', e encarou o animal que estava na gaiola, ao meu lado, que me encarava com uma cara que não costuma ser a dos gatos que amam suas donas. Pelo contrário, ele sempre me olhava com cara de quem estava morrendo de vontade de me partir em mil pedacinhos, por isso que eu preferia deixá-lo na gaiola.
- Ahm, esse é o Animalzinho. Ele é legal, quando não está tentando me matar. - Disse, apontando pro felino marrom, que tinha algumas manchinhas brancas, pequeno demais para um gato normal, o que o dava uma aparência falsamente amável, que continuava me encarando de um modo bem assassino. Lennox riu, e vi o Esquisitão fazer um leve movimento, que tomei como uma risada, sabe, mesmo sendo algo longe disso. Bem longe. Bem, bem longe. Quero dizer, o cara só se mexeu. - Ele não gosta de mim, mesmo que eu o tenha resgatado de uma vida de privações nas malvadas ruas de Londres. Ele tava, sabe, abandonado.
- Ah, é assim mesmo. Minha coruja, Lyle, sempre me bica quando eu não dou algo pra ela em troca por ter me entregado alguma carta. É bem frustrante. E então, é seu primeiro ano também? - Indagou Lennox, logo depois virando para Animalzinho, fazendo uma voz infantil e falando com ele, para ver se ele melhorava a cara. E melhorou.
Que gato mais cretino.
- É sim! Estou tão ansiosa, e vocês? - Perguntei, propositalmente, pra irritar cada vez mais o sr. Gosto-De-Ficar-Sozinho. Lennox assentiu com a cabeça, e eu encarei o garoto, esperando, inutilmente, por uma resposta. Ele continuava a olhar a janela. O que tinha de tão interessante em um monte de montanha e campos verdes, afinal? Eu e Lennox conversamos a viagem toda, o que com certeza não estava nos planos do Esquisitão. Ter que ouvir papo de mulherzinha por horas, quero dizer. Quando finalmente o trem começou a desacelerar, o garoto foi o primeiro a se levantar, visivelmente louquinho pra dar o fora dali e nunca mais nos ver na vida dele. Mas eu não ia deixar que isso acontecesse tão cedo, quero dizer, eu estava a fim de barbarizar. O Expresso Hogwarts parou, e fomos descendo, logo atrás do Esquisitão, que ainda tentava com todas as forças se livrar de nós. E de qualquer outra pessoa, se quer saber.
Saímos do trem, e ouvimos uma voz feminina bradar:
- Alunos do primeiro ano, sigam-me, por favor!
Lennox e eu seguimos a voz, e demos de cara com uma mulher jovem e bonita, que se apresentou como Prof. Kelsling e que nos levou até os barcos que nos transportariam até o castelo de Hogwarts. Não tirei os olhos do Esquisitão desde que saimos do vagão, para não perdê-lo de vista, até arranjar alguma nova oportunidade de irritá-lo. E, tudo bem, eu meio que queria chamar atenção mesmo, por ele ser tão bonito e coisa e tal. Eu era criança, mas, puxa, meus hormônios estavam quase aflorando. Ouvi distraída a professora dizer que seriam três alunos por barco. Na confusão daquele monte de gente em miniatura tentando pegar um barco com seus amigos, acabei perdendo-o de vista, mas o encontrei logo depois, sozinho, como já imaginava.
- Lennox, olha, o garoto do vagão. Vamos lá com ele.
Lennox riu, entrando na minha onda, e nos aproximamos, sem que ele percebesse.
- Ei, você não ouviu? Três por barco!
- Ouvi. E daí? - Respondeu, como sempre, sem sequer me olhar.
- Poxa, pelo que posso perceber, você não é três pessoas. Então terá que ir conosco, de novo! Considere-se com sorte. - Disse, já me sentando, antes que ele pudesse me deter. Pela segunda vez no dia ele me olhou, com uma cara tão assassina quanto a de Animalzinho. Lennox, que parecia estar achando aquilo tudo muito divertido, sentou-se também, dando um sorrisinho cínico para o garoto, que logo se virou e ficou o mais distante que podia de nós. Eu e Lennox conversamos bastante durante o percurso, enquanto o garoto continuava quieto, até chegarmos a um pequeno cais, onde desembarcamos e seguimos o caminho até a escola. Chegando lá, subimos a grande escadaria, e a Prof. Kelsling, à frente de todos, começou:
- Bem-vindos alunos! Eu sou Fabritcia Kelsling, professora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Ao passar por essa porta vocês irão ser selecionados para uma das quatro casas, Grifinória, Lufa-lufa, Corvinal ou Sonserina – ia explicando a jovem professora, calmamente – Enquanto estiverem em Hogwarts, os seus acertos irão render pontos, e os erros os farão perder. A casa que tiver mais pontos no final do ano irá receber a Taça das Casas. Por favor, sigam-me.
Obedecemos, entrando no Salão Principal. Caramba, ainda me lembro de achar aquele o lugar mais lindo que eu já tinha visto. Com todas aquelas velas flutuantes, o céu enfeitiçado e coisa e tal. Estava observando tudo com muita atenção, como se quisesse, hm, engolir cada detalhe para nunca esquecer. Estava muito bem lá, na minha, até meus olhos baterem no Esquisitão, que era o único que não parecia impressionado, ou nervoso, ou animado, ou com qualquer outro tipo de emoção. Não desgrudei os olhos dele, até Kelsling chamar meu nome. Subi naquele pequeno palco, e, puxa vida, acho que se eu estivesse grávida naquele dia, meu filho teria sido expelido de dentro de mim, de tão nervosa que eu tava. Sentei no banquinho, cuidadosamente, para não tropeçar e cair na frente de todo mundo, e a professora botou o chapéu na minha cabeça. Ouvi ele murmurar coisas incompreensíveis, e depois de o que pareciam horas, gritar:
- GRIFINÓRIA!
Sorri, cheia de orgulho de mim mesma, e fui sentar na mesa da Grifinória, ainda muito concentrada na seleção, para poder descobrir, finalmente, o nome do Esquisitão. Lennox foi chamada, e entrou na Grifinória, assim como eu. Comemoramos rapidamente, e depois voltei minhas atenções para o garoto, que ainda não havia sido chamado.
- Tom Riddle!
Cutuquei Lennox, que ficou observando atentamente, junto comigo, o bonito e tão super esquisito garoto subir no pequeno palco. Desejei, irracionalmente, por um segundo que o chapéu gritasse Grifinória.
Apenas por um segundo.
Porém, como já desconfiava, o chapéu gritou, naquela boca toda costurada e esquisita dele:
- SONSERINA!
Encarei Lennox, e exclamei:
- Há! Sabia!
Ela concordou e olhamos disfarçadamente ele ir se sentar, quieto, na mesa da Sonserina.
Como ele foi pra Sonserina, quase não o via. Somente durante as aulas que as duas casas assistiam juntas, que não eram muitas. Não que fizesse muita diferença, você sabe, eu e Lennox estávamos muito bem com nosso grupinho de amizades. Tínhamos conhecido um garoto, meio-gigante, o Hagrid. Ele andava sempre isolado, mas ao conversarmos com ele certo dia, descobrimos um cara bem legal. Daqueles que parecem ser chatos de longe, sabe, mas quando você os conhece, descobre que são gente fina. Então normalmente era assim, eu, Lennox e Hagrid. Éramos bem felizes, se quer saber. E eu mal lembrava do tal Tom Riddle, o esquisito do trem, até encontrá-lo na biblioteca um dia, como sempre sozinho, lendo um livro muito maior do que os que eu costumo ler, parecendo completamente concentrado. E, dominada por impulsos sobre os quais não tenho o menor controle, me aproximei da mesa dele, e disse:
- Oi! Posso me sentar?
- N...
- Obrigada. - disse, sentando-me. - Procurando algo?
Ele levantou os olhos, ainda parecendo meio assustado por eu aparecer tão repentinamente, mas depois transformando essa cara assustada em outra de completo desprezo. Mas que simpático!
- Sim, como sabe?
- Não sei, eu não costumo abrir livros deste tamanho a não ser que esteja procurando alguma coisa. Por que? Achou que eu lesse mentes ou algo assim?
Ele abaixou os olhos, como se realmente tivesse achado aquilo, e como não era verdade eu, novamente, não era digna de sua palavra. Me levantei um pouco, ousadamente, tentando ler o que quer que fosse que ele estava procurando, o que fez com que ele levantasse os bonitos olhos de novo, dessa vez com mais desprezo, me encarasse por, tipo, uns dois segundos, depois se levantasse e fosse embora.
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