Porque as mães nunca erram

Porque as mães nunca erram






QUARTO CAPÍTULO

PORQUE AS MÃES NUNCA ERRAM






"Ei, essa é pro tio Jorge!", um sorriso maroto surgiu no rosto de Tiago, "É de uma garota..."

"E quem é ela?", perguntaram Alvo e Rosa juntos.

"Não sei...", disse Tiago dando de ombros.

"Então como podes saber que é de uma garota, bobinho?", sorriu Victoire.

"Porque parece com uma carta de garota, bobinha", disse Tiago, "Meninos não colocam perfume nas cartas".

"Deixa eu ver se eu descubro de quem é então!", disse Victoire ao alcançar as cartas e começar a lê-las em voz alta, "Querido, Jorge. Estou escrevendo esta carta com todo o meu coração. Eu só espero que a leias e que a responda desta vez... Eu acabei de te ver no jornal hoje..."




"RINDO DO SUCESSO!", eu li ao abrir o Profeta Diário, "Nesta semana a loja de logros Geminialidades Weasley recebeu o prêmio de Maior Empresa Bruxa novamente! É a primeira vez que uma empresa é condecorada com esta honra por três anos consecutivos. Esta loja bruxa foi aberta há 14 anos pelos irmãos gêmeos Fred e Jorge Weasley. Infelizmente, dois anos depois, perdemos o valente Fred Weasley durante a última batalha contra Você Sabe Quem..." O artigo continuava, mas eu não conseguia mais lê-lo, as lágrimas inundavam meus olhos enquanto eu lia sobre o amigo que eu perdi e... e sobre ele.

"Para!", eu disse para mim mesma, "Tens que parar de ficar pensando nele...". Com este pensamento, meus olhos passaram a despejar as lágrimas que os inundavam. Eu sabia, bem no fundo, que eu nunca conseguiria parar de pensar nele. Meu amor era grande demais.

Eu olhei mais uma vez o jornal e vi a fotografia da matéria. Jorge e Ron estavam na frente da loja com sorrisos estampados em seus rostos. Todos que vissem esta fotografia diriam que eles eram a perfeita imagem do sucesso. Todos que não os conheceram antes da guerra. Aquele não era o sorriso que eu amava ver no rosto de Jorge. O sorriso que eu amava vinha de dentro da alma, era capaz de iluminar a sala... era um sorriso que fazia o meu dia feliz. Este sorriso provavelmente só estava ali por causa da foto.

Já faz dois anos desde que nós conversamos pela última vez. Ele não me queria por perto. Ron uma vez me disse eu Jorge se sentia como se ele não devesse ser feliz agora que Fred se foi. Como ele não pensar isso? Tudo que Fred mais gostava era de ver o irmão feliz, isso não mudaria agora! Se pelo menos ele me ouvisse... O que eu estou dizendo... É óbvio que ele nunca vai me querer de volta... Eu devia mesmo esquecer tudo... Tentar seguir em frente com minha vida e o deixar continuar com a dele...

O que eu estou dizendo? Não posso abandoná-lo assim. Vou escrever para ele novamente, até que ele finalmente responda alguma de minhas cartas... Eu jamais devo abandonar o amor...





"Deus sabe como eu estou sentindo tua falta. Eu só queria que tu me deixasses conversar contigo de novo. Eu ainda te amo, Jorge, e me afastando não vai mudar em nada o que eu sinto". Victoire acabou de ler a carta e viu o recorte de jornal que estava junto a ela e então entendeu o que esta mulher misteriosa queria dizer: tio Jorge realmente parecia triste na foto.

"Achas que ele chegou a responder a carta?", perguntou Alvo.

"Ao que parece ele respondeu...", disse Victoire, "Mas nunca chegou a mandar, ainda está aqui junto..."

"Se a gente soubesse quem era a moça a gente podia mandar pra ela...", disse Rosa.

"Mas a gente sabe quem é! Está aqui, na carta que o tio Jorge escreveu!", exclamou Victoire se levantando, "E eu sei exatamente o que fazer. Vocês me esperem aqui um pouquinho". Ela então correu para o quarto, pegou um pedaço de papel e escreveu alguma coisa. Quando a carta ficou pronta, ela foi até uma das corujas da casa e mandou a carta. "Espero que ela receba..." Victoire então voltou para o sótão e encontrou seus três primos num sono profundo. Ela sorriu levemente e desceu novamente até um dos quartos e bateu na porta.

Um garoto com os cabelos bagunçados abriu a porta e disse, "O que que tu queres, Vic...? Eu estava dormindo..."

"Bem, Ted. Eu preciso que tu me ajudes a trazer o Tiago, o Alvo e a Rosa lá do sótão. Então vamos".

"E quem foi que disse que eu vou ajudar?", disse Ted cruzando os braços, "E o que eles foram fazer lá em cima, afinal?"

"Eu disse que tu vais ajudar. E eles foram lá por tua causa!"

"Por minha causa? Eu nunca disse pra eles subirem lá! É mal-assombrado!"

"Ah... Estou entendendo", disse Victoire com um sorriso crescendo em seu rosto, "Tu estás com medo de subir lá".

"Eu não tenho medo!"

"Então prove!"

"Eu não tenho que te provar nada!", então Ted viu que o sorriso ainda estava no rosto dela e disse, "Mas eu vou te ajudar a descer aqueles três". E foi o que fizeram, e, depois das três pequenas crianças estarem confortavelmente instalados em suas camas, Ted e Victoire foram dormir nas suas.




Enquanto a manhã chegava, o sol começou a lançar sua luz através da janela, alcançando o rosto de um garoto que estava deitado em sua cama. Esta fonte de calor e luz confortáveis começou a acordá-lo lentamente, fazendo-o se remexer na cama. Quando ele se deu conta que era a manhã de Natal, ele pulou para fora da cama e correu até seu irmão.

"Tiago! Tiago, acorda!", disse enquanto sacudia seu irmão.

"O que foi, Alvo?", disse o garoto ainda semi-adormecido.

"A gente dormiu! A gente não falou com ele!"

"Acordados assim tão cedo? Algum problema?", disse um homem ao entrar no quarto dos garotos, "Ou vocês só estão nervosos para abrir os presentes?"

"Tio Jorge!", exclamou Alvo enquanto os dois garotos corriam para abraçar o tio, "Que bom que tu chegaste! Mas a gente não vai ter nenhum presente este ano...", ele disse tristemente.

"E por que não? Vocês fizeram alguma coisa errada?"

"Não", disse Tiago, "Mas a chaminé tá bloqueada! E a gente dormiu antes que a gente pudesse avisar o Papai Noel ontem... Daí ele não conseguiu entrar..."

"Bem, eu tenho certeza que ele deve ter encontrado alguma outra maneira de deixar os presentes", disse tio Jorge sorrindo, "Ele não ousaria deixar meus sobrinhos sem presentes".

Então ouviu-se o toque da campainha e eles saíram do quarto, encontrando Victoire já nas escadas e Rosa e Ted saindo dos quartos. Harry, Gina, Ron e Hermione já estavam no andar de baixo com Lílian e Hugo. Victoire correu para a porta dizendo, "Deve ser mamãe e papai!". Mas Harry abriu a porta para o visitante antes que ela chegasse.

"Angelina?", ele disse ao lhe fazer um gesto de boas vindas, "Entre!"

"Oi", ela disse timidamente, "Desculpe chegar aqui tão cedo, mas eu recebi uma carta no meio da noite me dizendo para chegar aqui o mais rápido possível.

Victoire a abraçou e disse, "Fico contente que tu pudeste vir!", então voltou o olhar para seu tio Jorge e disse, "Eu sei que vocês dois precisam conversar algumas coisas, então tu podias mostrar a casa pra ela, né tio?"

"Ok...", ele disse, ainda boquiaberto com a chegada de Angelina. Os dois, então, saíram da sala.

"Bem", disse Hermione, "Por que a gente não toma o café da manhã enquanto esperamos os dois voltarem?"

E então todos foram até o outro cômodo. No caminho eles passaram pela lareira e pela árvore de Natal e Rosa viu algo surpreendente, "Olhem! Presentes", ela então olhou para os meninos e deu um sorriso triunfante, "Eu disse pra vocês que o Papai Noel usava Pó de Flu pra deixar os presentes!"

Todos riram com o comentário e tomaram o café da manhã com alegres conversas e grandes boas vindas quando os outros membros da família chegavam. Eles estavam prestes a abrir os presentes quando Jorge e Angelina voltaram de mãos dadas e ele anunciou, "Gostaria de dizer a todos que eu e a Angelina estamos juntos de novo e por isso eu gostaria de agradecer muito a Victoire, Tiago, Alvo e Rosa por nos ajudarem", as quatro crianças sentiram as bochechas ficarem vermelhas e Jorge continuou, "E mais uma coisinha, vocês todos serão convidados para o nosso casamento assim que a gente decidir a data".

Enquanto todos iam dar os parabéns ao novo casal, Gina e Harry abraçaram os filhos e Gina disse, "Não sei exatamente o que foi que vocês fizeram, mas fico contente que tenham ajudado a fazer o tio de vocês tão feliz".

"Sem problemas, mamãe", disse Tiago, "E obrigado".

"Pelo quê, querido?"

"Por nunca estar errada", ele então foi para junto de seus primos para abrir os presentes e daquele dia em diante ele sabia que ele nunca mais iria duvidar do Natal porque agora ele entendia o que a sua mãe queria dizer quando ela dizia que o Natal é mágico.



FIM





N/A: Eu adorei escrever esta fic, me diverti muito. Espero que vocês também tenham gostado! E muito obrigada por todos os comentários que deixaram e que ainda vão deixar!

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Comentários (1)

  • Neuzimar de Faria

    Espero que você, de vez em quando, visite suas fics e veja estes comentários. Você escreve realmente bem e suas fics são lindas, já li quase todas. Tomara qoe você, agora um pouco mais velha, não tenha perdido o interesse por este série magica.

    2012-06-20
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