Mione, o que é esse frasco?



Harry acordou tarde. Afinal, era sábado. Depois de ter se arrumado, tomado café com Rony e Hermione na mesa da Grifinória (Pansy já havia acordado, provavelmente estava ma sala comunal da Sonserina, para a sorte de Harry), ele foi fazer seus deveres na sala comunal, junto com Rony e Hermione, mas ela só foi pois não tinha com quem ficar, já havia terminado os deveres.
Os três se sentaram numa das mesinhas vazias da sala comunal. Harry começou a fazer os deveres, incluindo um trabalho de Herbologia. Lilá havia entregado o trabalho sozinha, então a Prof. Sprout mandou o trabalho em dobro para ele e descontou pontos da sua Casa.
-Rony, o que você respondeu na questão 27 da página 107 do livro de Defesa Contra as Artes das Trevas? – Falou Harry, sem olhar para Rony: estava olhando uma lista de feitiços do livro. Mas Rony nem sequer ouviu. Seus livros estavam abertos mas ele mantinha uma “conversa” com Mione, baseada em risinhos e beijos.
-Ei, ei, vocês! – Falou Harry, estalando os dedos para Hermione e Rony – Rony, ouviu o que eu disse?
-Hum... Oi, Harry?
-Você sabe a resposta do exercício 27 da página... – Harry percorria os olhos pelo livro de Rony – Rony! Você não fez tarefa nenhuma, ainda?
-Não...
-Ron, isso é para segunda-feira!
-Hermione, sério, tenho que fazer isso agora.
-É, Mione, vá conversar com a Gi... Não, desculpe. – Falou Harry, vendo a cara amarrada que Mione fez para ele. Essa briguinha das duas já enchia o saco de Harry. Rony não podia falar nada de Gina na frente de Hermione que ela já se afastava... Realmente, Harry já estava perdendo a paciência.
-Tudo bem... Tenho que fazer algumas coisas mesmo. – Falou Mione, que pegou sua mochila e retirou de lá um grande pedaço de pergaminho cheio de anotações e um frasquinho, que continha um líquido rosa-forte. O frasquinho tinha uma etiquetinha com a marca da loja: “Gemialidades Weasley”.
-Você anda comprando alguma coisa da loga dos meus irmãos, não é? – Falou Rony, pegando o frasquinho na mão.
-Ah, sim. Pedi para o Jorge me mandar via-coruja, então ele me mandou. – Falou Hermione, pegando o frasco da mão de Rony. – Anda, vocês dois! Estão muito atrasados com os deveres!
E os três começaram a fazer os seus afazeres. De vez em quando Rony e Harry pediam ajuda de Hermione em alguns exercícios. Mione se concentrava em seu pergaminho e olhava frequentemente para o frasco cor-de-rosa. A curiosidade vinha sufocando Harry.
-Mione, o que é exatamente esse líquido? – Falou Harry.
-É uma poção... É... Hum... Harry, preste atenção nos seus deveres, ok? E você também, Rony. – Acrescentou Hermione, vendo que Rony já arregalara os olhos para ela.
Rony, Harry e Hermione passaram a manhã inteira sentados em volta daquela mesma mesa na sala comunal da Grifinória, cada um concentrado em seu pergaminho. Harry, que há algumas semanas atrás achava fazer os deveres um tédio, agora alegrava-se quando estava fazendo isso: era o único jeito de estar livre de Parkinson.
O dia foi passado, e a noite chegando. Harry e Rony, agora com os deveres feitos, jogavam xadrez bruxo. Enquanto jogavam, havia silêncio. Nenhum dos dois arriscava sequer uma palavra, cada um pensava na sua vida. Harry estava perdido em seus pensamentos. Estava cada vez mais decidido em falar com Pansy e terminar aquela farsa de namoro. Estava cheio de tudo isso, andar com Pansy todos os dias, abraçá-la, beijá-la (na maioria das vezes o beijo era na bochecha, mas Harry teve de beijá-la mais duas vezes na boca por causa da descrença de algumas pessoas), enfim, Harry não suportava mais aquilo. Afinal, parecia que aquilo tudo não havia adiantado nada, pois Draco e Gina continuavam namorando, e mais do que nunca eram vistos se beijando. Era difícil se conformar, mas Harry achava que tinha perdido Gina para sempre, e que seu coração não amaria nunca mais outra pessoa.
-Rony – Falou Harry, levantando-se bruscamente da cadeira -, depois continuamos, ok? Tenho que fazer uma coisa imediatamente...
-Onde você vai, Harry?
Mas Harry já havia corrido até a portae saído da sala comunal.
Harry andava pelos corredores de Hogwarts suando frio. Iria, finalmente, livrar-se de Pansy! Parar de mentir... Aí ele se lembrava da ruivinha de olhos azuis que ele mais amava na vida. Nunca mais a teria de volta em seus braços...
“Onde será que Pansy está?” Pensava ele. Virou a cabeça: lá estava ela, na biblioteca, junto de algumas suas amiguinhas falsas e metidas. Harry de aproximou:
-Pansy, posso falar com você um minuto?
-Ah, oi amor... – Falou Pansy, virando-se para trás para falar com ele, com a voz mais falsa que conseguia emitir.
Os dois se afastaram das outras sonserinas, e Harry falou baixinho (afinal, estavam na biblioteca):
-Pansy – Começou Harry -, acho que devemos acabar com essa mentira de estarmos namorando...
-Você ficou maluco? – Falou Pansy – Talvez eles estejam começando a sentir ciúmes...
-Pansy, nós dois sabemos que esse namoro fingido nunca causou ciúmes em Gina nem em Draco, e nunca vai causar. – Houve um breve silêncio. Harry suspirou e continuou – Eu não amo mais a Gina. Desisti completamente.
-Não minta para mim, Harry! – Gritou Pansy, e Madame Pince falou: “SHHH! Mais um grito e vocês dois serão expulsos daqui!”.
-É sério, Pansy! – Continuou Harry – Eu odeio a Gina! Aquela idiota, que só pensa em namorar, coleciona namorados como troféus...
Até que, Harry ouviu alguma coisa atrás da prateleira de livros que eles estavam. Harry foi ver o que era... Alguém estava os espionando?
Um grande aperto no coração Harry sentiu. Ele não viu o rosto da pessoa. Apenas uma garota ruiva correndo para a saída da biblioteca.
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