A guerra



Harry, Juliet, Hermione e Rony passeavam pelo pátio da escola. Estavam bem próximos da cabana de Hagrid, quando viram luzes verdes vindas da Floresta Proibida. Laura, que estava um pouco distante deles, também viu, e logo correu ao encontro deles.


- Vocês viram? – perguntou Laura curiosa.

- Vimos sim – confirmou Rony.

- Juliet, por favor, você pode ir até lá dentro e avisar Dumbledore? – falou Harry. – Você também, Laura, é melhor ir junto.

- E vocês, vão entrar na floresta? – perguntou Laura.

- Sim, nós vamos. – confirmou Hermione.

- Então eu vou junto!

- É perigoso, Laura.... – falou Harry.

- Não tenho medo. Estou com minha varinha, vamos! – Ela estava decidida a acompanhar Harry na aventura.


Juliet, então, voltou sozinha para o Salão Principal para contar o que estava acontecendo a Dumbledore. Encontrou primeiro Snape, que viu que a aluna estava com uma cara assustada e, desconfiado, perguntou:

- O que aconteceu?

- Professor, preciso falar com o Diretor. É urgente!

- Pode falar comigo mesmo, ele está ocupado em sua sala agora.

Juliet hesitou, mas realmente não viu Dumbledore por perto, resolveu falar:

- Está acontecendo algo estranho na Floresta Proibida. Nós vimos luzes verdes saindo de lá. Harry me pediu que avisasse o Diretor.

- Imagino que Potter deve ter decidido entrar lá, não é? – Snape falou seriamente.

- Sim, ele e os outros já devem estar verificando o que está havendo.

- Outros? Quem mais está com ele? – Snape começava a sentir o perigo no ar.

- Mione, Rony e Laura.

Snape ouviu aqueles nomes e pressentiu o que estava por vir....Voldemort iria atacar, não tinha dúvidas.

- Senhorita, preciso de sua ajuda. Tenho que ir até a Floresta Proibida antes que eles façam alguma besteira. Procure a Profª. McGonagall urgente e lhe explique o que está acontecendo. Não perca tempo, vá rápido!!!

- Sim, professor. – Juliet saiu rapidamente procurando a professora.


**


Os quatro foram entrando vagarosamente pela Floresta Proibida. Varinhas em punho, todas com a ponta iluminada, pois estava tudo muito escuro. Caminharam uma boa distância, mas não viram nada além de escuridão. Nem um barulho diferente escutaram...nada. Pararam numa clareira, já bem no centro da floresta.


- Nada Harry....não tem nada! – disse Rony – Vamos embora, esse lugar me dá arrepios!

- Imaginação não foi, todos nós vimos as luzes. – falou Harry.

- Eu estou desconfiada...sinto que há algo errado – disse Hermione.

CRACK!....CRACK!...CRACK!....CRACK!


Dez comensais aparataram e cercaram o grupo.


- Sabíamos que vocês não perderiam nossa festinha! – disse um dos comensais que parecia estar liderando o grupo. – Você! – disse apontando para um dos comensais – Recolha as varinhas de todos eles, rápido!


Potter reconhecia aquela voz. Olhou para seus amigos e fez sinal para não reagirem. Agora não era a hora. Eram muitos comensais contra eles quatro, e, de qualquer maneira, Juliet foi avisar Dumbledore. A Ordem iria fazer alguma coisa.


- Vamos, todos vocês, agora encostem naquele vaso de flor ali. – falou o líder dos comensais. – Todos ao mesmo tempo.


Era uma chave de portal. Todos foram sugados ao mesmo tempo, indo parar num lugar estranho, parecia um porão de uma velha casa.


Logo após eles serem sugados, os comensais desaparataram. Snape ouviu os “cracks”, mas não chegou a tempo. De qualquer maneira, já sabia o que havia acontecido. Todos tinham sido seqüestrados, provavelmente estariam presos na mansão Riddle.


Lúcio Malfoy era o líder do grupo de comensais. Assim que chegou a mansão, foi falar com o Lord das Trevas:


- Estão todos no quarto do porão, Mestre.

- Quem, além de Harry, você trouxe?

- Aquela sangue-ruim da Granger, o menino Weasley e aquela nova aluna, Laura Steen.

- Não foi ela que estava junto com Severo quando ele foi a Londres?

- Sim, ela mesma.

- Humm....traga ela aqui primeiro. Vou me divertir aos poucos. O principal, Harry Potter ficará por último. Mas.....estupore todos, não quero que tentem fugir.

- Sim, eu não demoro.


**


Laura se manteve firme e calma. Apesar de tudo, tinha uma certa curiosidade de conhecer Lord Voldemort.


- Aqui está ela, Mestre. Srta. Laura Steen.

- Até que você é bem jovem e....muito bela! – disse Voldemort com um olhar que parecia que iria devorá-la.

- Estou muito honrada em poder conhecê-lo, Mestre – Laura fez uma reverência.

- Me chamou de Mestre? Mas....você estava acompanhando Harry Potter...não estou lhe entendendo, mocinha....não tente me enganar....

- Reconheço que não tenho poderes para enganar o Senhor das Trevas. Sou apenas uma serva. Sempre admirei muito sua inteligência e poder. Estava com Potter porque sabia que perto dele seria mais fácil conhecê-lo. – Laura falou olhando nos profundos olhos vermelhos de Voldemort. Sem demonstrar medo algum.

- Não me diga!! – falou em tom sarcástico – Mas, então....porque a senhorita estava passeando com aquele traidor do Severo Snape?

- Traidor?? Eu pensei que ele fosse um comensal...

- Ele não é mais...me traiu. Agora está trabalhando para Dumbledore, a favor de Potter.

- Oh...desculpe-me Mestre....realmente eu não imaginava....- Laura falava com a voz bem firme, para não deixar Voldemort com dúvidas, mas ele era muito esperto.

- E o que a senhorita foi fazer com ele em Londres? – Ele queria saber se realmente ela estava dizendo a verdade...continuaria a testá-la.

- Ele precisava de mim. Queria comprar alguns livros trouxas e, como eu entendo desse assunto.....

- Sim....mas, a senhorita poderia me dizer que livros exatamente ele comprou?


Laura engoliu a seco, agora estava sem saída. Desviou o olhar de Voldemort e tentou buscar alguma idéia em sua mente....teria que ser rápido.


Mas....algo aconteceu e interrompeu o assunto dos dois....


CRACK!


Era Snape. Aparatou bem próximo a Laura, que levou um susto. Voldemort, ao vê-lo, deu um sorriso cruel.


- Severo Snape! Quanta honra! Estávamos falando de você agora mesmo.... – falou totalmente irônico.

Snape olhou primeiro para Laura para se certificar que ela estava bem, depois perguntou:

- Onde estão os outros?

- Em algum lugar seguro....quer se juntar a eles?

Snape olhou furiosamente para Voldemort. E ele continuou a desafiar Snape:

- Eu sabia que viria....está preocupado com seu....sobrinho? – deu uma risada sarcástica.

Snape arregalou os olhos apavorado. Laura e os comensais que estavam na sala olharam para Snape sem entender nada.

- Como sabe? – perguntou Snape.

- Simples, muito simples! – Voldemort pegou um pacote que estava na mesa a seu lado e mostrou o livro “Harry Potter” .

Todos os comensais se entreolharam, apavorados e sem acreditar no que estavam vendo. Laura se conteve para não dizer nada. Os comensais ficaram comentando entre si, baixinho sobre o livro.

- Silêncio! – Voldemort gritou para os comensais. Olhou para Snape e falou:
- Conhece esse livro, Severo?

- Conheço – Snape falou serrando os dentes.

- E a senhorita também, não é? – Voldemort falou com um tom irônico para Laura.

- Sim – ela respondeu sem olhar diretamente para Voldemort.

- Então....acha que vai conseguir sozinho salvar o seu amado sobrinho Harry Potter?!

Snape lançou um olhar assassino para Voldemort quando ele pronunciou a palavra “amado”.

- Harry é seu sobrinho? Eu não acredito! – comentou Laura.


Os comensais ficaram todos de boca aberta....ninguém acreditava no que estava ouvindo. Lúcio Malfoy olhou com todo o ódio que tinha dentro de si para Snape.


- Esse livro me fez entender o porquê de sua traição, Severo. – Voldemort falou calmamente – Mas...nem pense que isso é motivo para eu te perdoar....

- A última coisa que eu quero é o seu perdão....Lord das Trevas – falou sarcasticamente.

- Colocando as garras para fora, Severo? Acha que pode me desafiar? O teu poder não chega nem aos meus pés....quer experimentar?

Snape olhou firmemente nos olhos de Voldemort, enfrentando-o.

- CRUCIO! – Voldemort lançou a maldição em Snape.

Snape caiu no chão e estava se contorcendo de dor. Laura olhou para ele apavorada. Dois comensais a seguraram pelos braços.

- Está gostando, Severo? Quer mais? – Snape não respondia.... – CRUCIO! – Voldemort mais uma vez atacou Snape, que gritou de dor. – Oh! Está me deixando com pena de você, Severo....vou te fazer parar de sofrer – falou sarcasticamente e se levantou apontando a varinha para Snape – AVADA... –


- Não o mate! – Laura gritou interrompendo Voldemort.

- Quer experimentar também, senhorita?

- Deixe-o viver....mate-me no lugar dele, se preferir...mas não faça nada com ele.... – disse Laura já com lágrimas nos olhos.


Snape tentou olhar para ela, mas as dores o impediram.


- Oh....o amor é lindo! – disse Voldemort com um sorriso irônico. – CRUCIO! – lançou a maldição em Laura. – Eu iria poupar Snape de ver a morte do sobrinho, mas a senhorita me fez mudar de idéia, ....vocês vão assistir as mortes daqueles três garotos.....vai ser divertido, eu garanto! E...depois disso, mato os dois!!! – E deu uma gargalhada.


**


Enquanto Voldemort e os outros comensais se distraíam com Laura e Snape, torturando-os ainda mais, o pessoal da Ordem estava chegando na mansão. Muitos bruxos cercaram todo o pátio da Mansão e estuporaram todos os comensais que estavam de guarda do lado de fora. Dumbledore, Lupin, Alastor Moody, Tonks e Sturgis Podmode, entraram pelos fundos, onde havia menos comensais de guarda. Estuporaram cada um deles. Vagarosamente se dirigiam para o porão. Snape já havia dado todas as coordenadas de como Voldemort procedia com seus prisioneiros.


Chegando no porão, avistaram Percy Weasley, que estava de guarda na porta do quarto onde estavam os alunos. Ele logo percebeu o barulho e levou um susto.


- Como entraram aqui? – disse Percy
- ESTUPEFAÇA! – Dumbledore nem respondeu para Percy e lançou o feitiço que o deixou inconsciente.

- ALORROMORRA! – Tonks tentava abrir a porta do quarto.

- Ah! Esqueça....Está trancada com um feitiço especial.... – disse Moody rindo da Tonks.

- Achei as varinhas deles! – disse Podmode saindo de uma sala ao lado.

Lupin sabia como abrir portas trancadas com magias das trevas. Aproximou-se e lançou um feitiço dito em um idioma completamente estranho.

- Obrigado, Lupin! – agradeceu Dumbledore.


Os três estavam desmaiados no chão. Dumbledore se aproximou deles, apontando a varinha:


- ENERVATE!


Os três acordaram e se levantaram aos poucos.

- Vocês estão bem? – perguntou Lupin.

- Só um pouco tonto, mas acho que já passa.... – falou Rony.

- Peguem suas varinhas, temos que agir rápido – falou Moody – Laura e Severo estão com os comensais e Voldemort, temos que salvá-los.

- Sim...mas...qual é o plano? – perguntou Harry.

- Primeiro eu entro e falo com Voldemort. – disse Dumbledore. – Logo após todos vocês entram todos juntos e atacam os comensais que estão lá dentro.

- Tudo bem...mas quem vai atacar Voldemort? – perguntou Harry.

- Isso nós dois juntos resolveremos, Harry, enquanto os outros cuidam dos comensais. – explicou Dumbledore.


**

Laura estava semi-desmaiada, caída num canto da sala. Snape estava acordado, mas ainda agonizando de dores pelo corpo.


- Lúcio - falou Voldemort – acho que já podemos continuar com nossa festinha. Vá buscar aqueles dois pestinhas. Deixe Harry por último.

- Sim, Mestre.


Lúcio já estava quase na porta quando Dumbledore entrava na sala, fazendo com que todos levassem um susto.

- Você!!! – Lúcio olhou diabolicamente para Dumbledore – Como???

- Estava mesmo te esperando, Alvo. Que bom que veio! – disse Voldemort sarcasticamente.

- Já faz algum tempo que não nos encontramos...

- Veio resgatar seu protegido?

- O que você acha? – olhou para Voldemort por cima dos óculos de meia-lua.


Voldemort soltou uma gargalhada.


- E, acredita mesmo que vai conseguir salvá-lo? Não acha que está meio gagá para bancar o herói?


Dumbledore não respondeu, olhou para a porta e entraram todos os “guerreiros” da Ordem da Fênix de varinha em punho.


Um arsenal de raios para todos os lados invadiu a sala. O grupo da ordem, imediatamente ao entrar, foi logo atacando os comensais. Hermione e Rony estavam lutando contra Lúcio Malfoy. Harry e Dumbledore apontaram juntos suas varinhas para o Lord das Trevas e ele deu uma risada.


- Vocês dois acham que vão me destruir? – Voldemort lançou um raio de luz verde contra Harry.

- Eu não acho, tenho certeza! – Afirmou Harry – Desta vez você morre! – Lançou um raio contra o de Voldemort.

- Só um de nós sobrevive, não é mesmo Potter? – Potter arregalou os olhos - Pensou que eu não descobriria a profecia? Eu li seu livrinho....sei de tudo!!! Garoto idiota! – falou continuando a lançar o raio.

- Meu livro? – Harry encarou Voldemort com curiosidade, sem parar de lançar raios.

- Depois te explico, Harry. – falou Dumbledore. – Primeiro temos que liquidar esse assunto.


Os outros conseguiram derrotar os comensais. Estavam todos caídos no chão desmaiados, inclusive Lúcio Malfoy.


- Vamos! Peguem suas varinhas e juntem-se a nós! – disse Dumbledore.


Todos ajudaram a lançar raios contra Voldemort.


Snape finalmente conseguiu se levantar, pegou sua varinha e também começou a lutar contra o Lord das Trevas.


Laura já estava bem acordada, prestando atenção em tudo que estava acontecendo, mas ainda não conseguia se levantar, seu corpo doía muito.


Voldemort não estava mais suportando tanta força contra ele. Eram nove bruxos lançando raios em seu peito. Sua varinha acabou saindo de sua mão, voou para longe e quebrou-se ao meio. O grupo não parava, todos estavam decididos a dar um fim em Voldemort. Estavam colocando toda a força que tinham dentro de si. Ele acabou caindo no chão, sem forças.

- Agora é com você, Harry. – disse Dumbledore – Terá que cumprir a profecia. Só você pode fazer isso.

Harry engoliu a seco e se aproximou de Voldemort. Olhou profundamente nos vermelhos olhos do Lord das Trevas e disse com a voz alta e clara, apontando a varinha para o coração dele:

- AVADA KEDRAVA!

Todos pararam ao ouvir a maldição, inclusive Dumbledore. Um silêncio tomou conta do lugar...ninguém respirava, todos paralisados olhando atentamente o fim de Lord Voldemort. Era estranho, com a maldição ele foi se desintegrando...até virar pó.


Dumbledore chegou perto do monte de cinzas que ficou no chão. Colocou dentro de um potinho de prata que estava na estante e guardou no bolso.


- Acabou, Harry. Finalmente acabou!!! – disse Dumbledore sentando numa cadeira com expressão de cansaço.

Harry e os outros sentaram-se no chão. Estavam todos exaustos. Comentaram tudo o que havia acontecido. Dumbledore explicou que do modo como ele morreu, não haveria perigo dele voltar, nunca mais! Também disse que as cinzas dele seriam jogadas no mar.


Dumbledore pegou então uma cadeira e a transformou em uma chave de portal. Todos estavam loucos para descansar. Snape ajudou Laura a se levantar. Ela ainda sentia muitas dores. Todos tocaram na cadeira e foram sugados ao mesmo tempo, indo parar na sala do Diretor.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.