longe de mim eo mais perto pos

- seu tapado _ ela gritou no momento que passou pelo retrato da sala e o viu sentado na confortável poltrona verde em frente à lareira no Salão Comunal da Sonserina - Só me diga uma única coisa, Malfoy... - passando a mão pelos cabelos negros, a jovem voltou a perguntar num berro: - o que te faz me expor ao ridículo dessa maneira?

O garoto levantou a cabeça de modo que pudesse encarar os olhos escuros da maior inimiga.

.- Por favor, Rivendell... - pediu baixinho, fazendo um gesto com a cabeça de modo que a longa franja loira descobrisse seus olhos acinzentados - Não estou num dos meus melhores dias, por isso vá encher o saco de outro.

A morena riu com desdém e fez um gesto impaciente com as mãos.

- Não me venha com esse papo. - suspirando, voltou a passar a mão pelos cabelos lisos, num gesto que mostrava seu nervosismo. Fixando suas íris escuras nas claras do rapaz, voltou a dizer, agora com um tom de voz mais doce: - Malfoy, você já tem dezesseis anos, o que ganha bancando o idiota infanto-juvenil?

- não me importo _ disse o rapaz baixando a cabeça.

Vic girou os olhos e bufou.

- nossa, nós estamos conversando como pessoa civilizadas?Você ta mal mesmo... - colocando o cabelo de lado e dando algumas tossidas falou tentando imitar a voz rouca dele... – Rivendell, sua tola, só te odeio por você existir – Draco tentou segurar uma risada, mas a cara que Vic fez logo em seguida, o fez soltar uma gostosa gargalhada.

A morena sorriu também, e sentou-se ao seu lado..

- Rivendell...posso te abraçar? - Draco perguntou, limpando as lágrimas que caíam pelo seu rosto de tanto rir. Logo abraçou a jovem e a trouxe para mais perto de si, a aconchegando em seu peito definido. Por alguma razão, sentiu-se maravilhosamente bem, com a garota nos braços e o calor dela emanando com o seu, e as respirações num mesmo ritmo ameno. - Só você para me fazer rir numa hora dessas

- você ta mesmo passando muito mal - Draco a fitou.

Tinha que admitir que Vic era uma das garotas mais lindas do colégio.Os cabelos lisos, negros intensamente, caíam sobre os ombros dela como ondas sedosas.A pele morena e delicada fazia um conjunto perfeito com as bochechas levemente coradas. E os lábios... Ah! Lábios que seria o sonho de qualquer garoto experimentar. Lábios sensuais, carnudos e o tom natural avermelhado eram como um convite tentador para serem saboreados. Mas infelizmente aquela beleza era pouco experimentada. Seu jeito desinibido e extrovertido contagiavam qualquer um que ousava compartilhar de sua presença.

- Mas me diga uma coisa... - ela o cutucou, fazendo-o voltar ao momento presente - O que você tem afinal?- se desvencilhando dos braços do loiro, ela voltou a perguntar com o cenho franzido, quando percebeu que ele ficou sem resposta abrindo e fechando a boca várias vezes.- Draco Malfoy... - se fosse em outras circunstâncias ele poderia até rir, vendo-a chamar pelo nome inteiro – não me diga que esta assim por que aconteceu alguma coisa com a nossa família?

Ele mordeu levemente o lábio inferior, e desviou os olhos para trás dos ombros dela.

- E não desvie os olhos... - com um gesto brusco com a mão, ela segurou-lhe o queixo, de modo que o obrigava a encará-la, e aquilo fez que uma corrente elétrica corresse pelos seus corpos, os arrepiando. - Vamos, me responda.

- Malfoy...

- Tá bom, tá bom...não é nada importante, só que...- dando-se por vencido, levantando-se num pulo do sofá e começou a andar de um lado para o outro – o aniversario da mamãe esta chegando e eu não sei o comprar.

- ta me dizendo que nós conversamos como pessoas normais e nos abraçamos só por causa da sua indecisão?_A morena o fuzilou com o olhar, mas logo começou a rir descontroladamente.

- Do que você tá rindo? - ele perguntou, cruzando os braços sobre o peito.

Era bom vendo-a rir daquela forma tão doce. E aquilo o fez imprimir um leve sorriso nos lábios firmes. A morena se contorcia entre as almofadas do sofá, os cabelos negros jogados no rosto, e do modo que ela ria e tirava as mechas que grudavam sobre os lábios o fez ficar com a boca seca.

Vic continuou rindo por mais algum tempo, até que disse com a voz abafada:

- Da sua cara...- e voltou a gargalhar. Draco franziu o cenho de modo que não havia entendido, fazendo-a assim continuar: - Malfoy, já te falaram que você fica parecendo um verdadeiro idiota com essa cara de santo. E você tem que concordar comigo que de santo não tem nada. - ele sorriu travesso, e os olhos azuis tomaram uma tonalidade mais clara e um brilho misterioso tomou conta deles.

Vic engoliu seco e parou de rir na mesma hora que o viu se aproximar de si, perigosamente - Malfoy... O que você... Pretende fazer...?_ Seu sangue corria mais rápido por seu corpo, fazendo-a sentir que mergulhava num poço de chamas profundo. Não podia negar que ele ficava incrivelmente sexy e sensual com aquela fisionomia misteriosa.

Passou a pontinha da língua de leve sobre os lábios, e pode sentir seu rosto tomar uma leve tonalidade rosada ao ver que ele havia seguido o seu gesto sensual com os olhos e que nestes apareceram duas fogueiras.

Sua respiração começava a se tornar mais pesada a cada passo que ele dava em sua direção, como um tigre pronto para devorar sua presa.

Devorar. Essa palavra a fez estremecer.

- ah Rivendell...- ele falou rouco, parando na frente da garota e lhe dando um sorriso maravilhoso - Você deveria aprender que... - abaixando o tronco, ele a prendeu no sofá com as pernas, deitando-a.Vic arregalou os olhos, o corpo dele em cima do seu lhe dava uma sensação esquisita e maravilhosa, podia sentir os músculos se contorcerem a cada movimento que ele fazia.- Que nunca se desperta uma cobra adormecido.

- Malfoy, o certo é: Nunca se desperta um dragão adormecido, e não uma cobra. - ela riu, tentando disfarçar a excitação que a consumia como ondas violentas. Ele abaixou mais o tronco e deslizou as mãos firmes e quentes para a cintura fina dela, a acariciando delicadamente com a ponta dos dedos.Por alguma razão, estava gostando do que estava acontecendo entre eles.

O Salão Comunal se encontrava vazia, dando-lhes uma certa privacidade.

- Não! - falou, num sussurro ao pé do ouvido dela. - Falo cobra, por que sou da Sonserina. - explicou, fitando-a no fundo dos olhos.

Os cabelos negros estavam espalhados pelas almofadas do sofá, se perdendo junto com a cor verde deste.As mãos no corpo dela e as bocas a milímetros uma da outra de modo que podiam sentir o hálito quente e refrescante um do outro, estava o deixando louco.

As respirações estavam pesadas, subiam e desciam num mesmo ritmo.

Os corpos colados, sendo que o de Malfoy pressionava o de Vic, contra o sofá.Uma brisa da calada da noite entrou pela janela, e o aroma doce do corpo da morena misturou-se com os das flores silvestres.

A lua cheia brilhava no topo do céu negro repleto de estrelas brilhantes.

- Malfoy...- ela disse quase num lamento.

Agora ela tinha movido uma das mãos para a nuca dele a acariciando, enquanto a outra passeava pelas costas másculas.Sabia que o que estava acontecendo podia levá-los para um lugar que mais tarde se arrependeriam. Mas não conseguia pará-lo.

Oh Merlin! Tinha que terminar com aquilo o mais rápido possível, antes que perdesse a pouca sensatez que ainda lhe restava, mas quando seus olhos se encontraram novamente com as íris acinzentadas dele, tudo em sua mente pareceu se desfazer, deixando um único pensamento ecoando em sua mente: Draco.

E quando o viu fechar os olhos lentamente e abaixar a cabeça em direção aos seus lábios, Vic sentiu como se um furacão a levasse para o recanto mais delirante do oceano.

Os cabelos loiros caiam sobre seu rosto, fazendo um contraste perfeito com seus fios cor de escuridão.

Não tinha mais controle sobre o próprio corpo, agora agia involuntariamente e não mais pela razão.

Enlaçou o pescoço do loiro e fechou os olhos.

A respiração dele era quente, e o hálito febril parecia penetrar sobre sua pele.

O aroma cítrico poderia deixar qualquer mulher louca, e os olhos azuis feiticeiros, mostravam tanta autoconfiança e sensualidade que seria impossível alguma alma feminina não cair aos seus pés, implorando por seu amor. Implorando para que ele a pegasse com aqueles braços fortes e a amasse até os primeiros raios de sol aparecer no horizonte, iluminando os corpos suados e exaustos deles.

Draco, por sua vez, teve que cerrar os punhos com força nas almofadas para segurar o impulso de viajar as suas mãos por aquele corpo, já se pegou muitas vezes imaginando como seria o corpo da jovem Rivendell, e se ele era tão macio como o rosto,quanto mostrava ser.

Agora os lábios estavam muito próximos e o ar estava tentadoramente abafado.

Draco soltou uma leve exclamação quando sua boca tocou levemente na da maior inimiga e se afastou como se tivesse levado um choque elétrico, fora um toque calmo, ameno, caloroso...

Mas que para ele, fora completamente excitante.

Queria mais, muito mais.

Queria sentir a língua dela em sua boca, enquanto suas mãos tocavam cada recanto misterioso daquele corpo coberto.

Vic sentiu tudo ao seu redor girar quando os lábios de Draco tocaram nos seus num toque gentil, fazendo-a se agarrar mais a ele, a espera de algo mais ardente.

Mas tudo que é bom infelizmente dura pouco.

Quando escutou vozes e a porta do Salão Comunal se abrindo, a sua sensatez voltou como um vento enfurecido.

Então num gesto rápido, pegou uma das almofadas que estava em cima de sua cabeça e a atirou de encontro à cabeça de Draco, que cambaleou pro lado caindo no chão a levando junto, fazendo-a ficar por cima dele.

O loiro olhou-a atordoado.

- Não fala nada. - ela falou num sussurro, ainda segurando a almofada verde na mão – fique quieto - vendo que ele não entendeu o que dissera, voltou a repetir – fique quieto.

Duas garotas do quarto ano entraram tagarelando e rindo histericamente, enquanto se ajeitavam no sofá.

- Ferro. - a morena gesticulou os lábios, de modo que Draco pudesse ler e fazer uma careta como resposta.

- Ah, você viu ontem a Rivendell se insinuando para cima do Brian - uma das Corvinalistas disse num tom de nojo - Não sei o que ele viu nela, é tão sem sal.

Vic cerrou os olhos e teve que ser segurada por Draco, que tinha o rosto enterrado na parte de trás do sofá abafando a risada, a impedindo de fazer uma loucura.

- E o Malfoy? - a outra comentou, fazendo o loiro parar de rir e aguçar o ouvido – ela finge não gostar dele mais eu tenho certeza de que eles têm um caso.

Vic virou para o sonserino e o olhou com deboche.

Em seguida estava quase pulando para saber quem estava falando tais loucuras, mas o loiro percebendo o jeito dela e relembrando seu temperamento segurou-a pela cintura e a impediu de matar alguém.

- não faça isso _ ordenou com a voz rouca e sexy – não vale a pena

- vamos fazer um teste _ disse ela apoiando-se no chão ao lado da cabeça do rapaz, por alguma razão aquela posição comprometedora estava surtindo um efeito estranho nos dois – eu primeiro acabo com elas e depois nos vemos se valeu ou não a pena.

- proponho algo melhor _ falou o rapaz e girou o corpo de modo que o seu ficasse sobre o da jovem prendendo-o por completo, uma sensação maravilhosa o invadiu por tê-la aprisionada em seus braços – que tal se você calasse a boca e me poupasse do tormento que é ouvir sua voz.

- cale a boca você _ ordenou ela aumentando o tom de voz propositalmente.
- por será que eu esperava que você não gostasse da minha proposta? _ falou ele pressionando mais seu corpo contra o da garota – a propósito, estava dando em cima do Brian pra me fazer ciúmes? _ perguntou o loiro com um sorriso maroto nos lábios firmes e finos enquanto um brilho anormal brincava com suas íris acinzentadas.

- o que? Se toca Malfoy por que eu iria querer fazer ciúmes pra você ? _ assustou-se a morena sem coragem de encara-lo.

- não sei _ mentiu Draco – talvez por que elas é que estão falando isso.

A morena não respondeu , ficou em silencio pra tentar escutar a conversa das sonserinas.

- concordo com você_ a primeira disse enquanto caminhava em direção ao dormitório – deve ser por isso que ela esta com o Brian, talvez ela não consiga segurar o Malfoy e use o Brian pra tentar fazer ciúmes no Draco.

- eu sei, ela é tão tola _ disse por fim a outra abrindo a porta do dormitório e sendo seguida pela amiga.

- O QUE? _ berrou a garota assim que ouviu a porta se fechar – eu nunca precisei fazer joguinhos de ciúmes ou usar alguém pra ter quem eu quero _ continuou a gritar tentando inutilmente se soltar dos braços do rapaz.

- pára de gritar _ ordenou o rapaz temendo que as garotas voltassem e os visem nessa posição comprometedora.

- aprende de uma vez _ vociferou a morena – você não manda em mim – falou e antes que pudesse fazer qualquer coisa o loiro encostou os lábios finos nos seus.

A respiração dela era pesada, graças ao forte ódio que sentira há pouco. Ah, ele sabia que iria escutar muito xingo dela, quando a soltasse. Então, por que não curti o beijo mais um pouco?

Sentiu a língua dela penetrar em sua boca, fazendo uma dança sensual junto a sua. Tudo ao seu redor rodava tão rápido que fora obrigado a soltar os pulsos dela e a abraçar com mais força contra si, com medo que a perdesse.
Então como um estalo ela retornou de sua lucidez e lhe deu uma joelhada no meu das pernas, a dor tão imensa que no momento não nfoi possível gesticular mais nada.

- espero que isso não se repita _ ela disse depois de em pé enquanto ia para seu dormitório.

( N/A) genteee, esse é miuto curto mais vale a pena

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