A visita



A Visita

Petúnia olhava a carta em suas mãos, mas já tinha lido o que ela dizia. Era uma carta de uma amiga da época em que ela teve que ficar escondida, Andrômeda Tonks, e Valter nem podia sonhar com isso.
Erguendo os olhos, pensou no passado. Em como tinha sido feliz na infância, apesar dos problemas em casa. Linda Evans, mãe dela, nunca perdoou o marido, Cássius, pelo seu caso com uma vizinha, Eillen Snape, que além de tudo também era casada, com o rabugento Tobias Snape. Desse caso veio a nascer Severo, na mesma época que Líllian, e que foi para a escola com ela. Petúnia se lembra que, desde o aniversário do pai, antes do sexto ano dos dois, ela não via o irmão.
Ela achava que ele devia ter morrido, senão provavelmente teria criado Harry, e por isso não falou nada sobre ele para o garoto. Além disso, nunca teve coragem de contar para o marido que tinha um irmão que, além de ser bruxo, era filho bastardo.
Nesse momento a campainha tocou, causando-lhe espanto. Afinal, quem iria fazer uma visita às nove e meia da manhã, em plena segunda-feira?
Escutou o filho, Duda, abrir a porta e pessoas sussurrando, mas não ouviu a porta fechar, por isso foi olhar o que estava acontecendo.
Dirigiu-se para o hall e viu o filho olhando, espantado, alguém do lado de fora; aproximou-se e ouviu uma voz conhecida dizer:
-Bom dia, tia Petúnia.
Ela não acreditou em seus olhos. Desde a despedida, e já fazia um ano, ela não via o rapaz, por isso não podia acreditar que era ele que estava ali.
-O que te traz aqui a essa hora da manhã, rapaz?
-Vim trazer alguém que gostaria de te ver, tia. –respondeu Harry sorrindo.
-Quem? –perguntou a Petúnia, curiosa.
Harry deu um passo para o lado, revelando duas pessoas: um rapaz, com mais ou menos a sua idade, de cabelos negros e expressão bondosa, apoiando firmemente...
-Sév? É você? –perguntou tia Petúnia, assombrada com o ar exausto do homem.
-Quem, mãe? –perguntou Duda, confuso.
-Isso é uma longa história, Duda, mas agora nos deixe entrar, pois ele precisa sentar urgente! –disse Harry, ajudando Neville a apoiar Snape até o sofá da sala.
Petúnia olhava o irmão com estranheza. Afinal, muito embora fosse mais novo, Severo parecia muito mais velho e cansado do que ela, além de parecer seriamente doente.
-Ora, Tuny, é assim que você recebe suas visitas? –perguntou Severo, num tom levemente sarcástico, olhando diretamente para ela.
-Você sabe que eu odeio esse apelido! E o que está acontecendo afinal? Há quanto tempo você e o Harry se conhecem? E quem é esse rapaz com vocês? –as perguntas disparavam da boca da mulher, sem dar tempo de ninguém responder.
-Calma, Sra. Dursley! Eu me chamo Neville, sou colega de escola do Harry e... filho do seu irmão.
-FILHO? Você é casado, Sév?
-Viúvo, Tuny, eu sou viúvo. E, quanto às outras perguntas, achei que era hora de lhe fazer uma visita, conhecer meu outro sobrinho... E já conheço Harry à, vejamos... uns sete anos, se não me engano.
-Sete? E você nunca contou que conhecia seu tio, garoto? –perguntou ela para Harry, aborrecida.
Nesse momento Harry soltou uma risada que a assustou. Não era algo alegre, mas estava carregada do sarcasmo de alguém velho, muito velho... e também muito cansado.
-E quem disse que eu sabia? Para mim ele era o professor Snape, mestre de Poções e diretos da Sonserina, que definitivamente não gostava de mim.
-Espera aí. Você foi professor dele por sete anos e nunca contou a verdade? Nunca contou sobre nós três, eu, você e a Lilly?
-Eu fui seu professor por seis, e não por sete anos, pois ele não fez o sétimo ano de Hogwarts, viajou para enfrentar o Lord das Trevas. –disse ele visivelmente orgulhoso.- E não contei a verdade nem para ele, nem para o Neville, por falta de coragem.
Nesse momento Harry levanta e fala, olhando para os primos:
-Acho melhor deixá-los conversar e nós explicamos tudo para o Duda lá em cima, não acha, Neville? –e deu uma piscadela para o amigo.
O rapaz, que também já tinha notado o constrangimento de Severo com a presença deles, entendeu a piscadela e assentiu, dizendo:
-Vamos sim, acho que teremos muito para contar.
Os três subiram as escadas em direção ao quarto, liderados por Harry, e ouviram tia Petúnia dizer:
-Agora você vai ter que me contar o que foi que aconteceu com você nesses anos todos...
Eles riram e Duda comentou:
-Eu não queria estar na pele dele, mas queria saber o que ele vai contar.
-Mas isso pode ser providenciado, caríssimo Dudinha! –caçoou Harry quando eles entraram no quarto.
Ante o olhar espantado do primo, ele começou a remexer os bolsos até tirar três fios cor de carne, estendendo um para Neville e outro para Duda, para quem disse apenas:
-Coloque no ouvido, senta no chão perto da cama e espera um minuto.
Assim ele fez. Com um gesto de varinha, Harry levitou a cama e, com outro, fez sumir a tábua solta, revelando um espaço vazio onde ele colocou as Orelhas Extensíveis.
-Agora nós vamos saber a história toda...

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Gente, esse capítulo foi revisado pela minha amiga Amanda Dias e foi escrito durante o meu estágio... Minha professora que não leia isso!!!!!!!!!!!!
Espero q gostem e beijam para todos!

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