Obrigado a você

Dois corações, dois corações que batem como um
Nossas vidas apenas começaram
Para sempre eu irei mantê-lo apertado em meus braços
Não posso resistir ao seu charme


Quando o relógio marcou 8:00 horas, Gina já estava pronta. Abriu a porta do quarto e encontrou Draco encostado à parede do corredor, em frente a sua porta. Não pode deixar de notar que ele estava lindo usando uma calça e sapatos sociais pretos, uma blusa de gola alta também preta que lhe assentavam bem ao corpo, que ela percebeu ser bem feito, os cabelos estavam soltos e teimavam em cair sobre os olhos dele, era fascinante! Gina não conseguia esconder a admiração e um sorriso de canto de boca brotou em sua face. Gina também estava deslumbrante. O vestido que ela usava era bonito, lhe davam um ar de feminilidade, era de alças e acima dos joelhos mostrando o quanto ela era esbelta e bem feita de corpo, os seios fartos, a cintura fina, as pernas bem torneadas, o rosto delicado, aquela jovem a frente dele era uma linda mulher.

 Boa noite Virginia, vamos ao nosso jantar! – Draco disse estendendo o braço para ela.
 Boa noite Draco! – e sem dizer mais nada ela agarrou-se a ele.

Quando os braços se tocaram Gina sentiu arrepiar-se. A simples sensação de estar tão perto dele não a deixavam relaxar. Draco por sua vez sentia uma vontade imensa de tê-la mais perto. Andaram ate o fim do corredor, quando ele parou e virou-se para ela segurando-lhe pela cintura. Gina sentiu as mãos dele e enrijeceu, sentiu uma fisgada no umbigo, um incomodo, e então não estavam mais no Centro de Atendimento. Ela olhou ao redor e viu que estava em um lugar luxuoso, tudo era muito fino e requintado, os móveis, a decoração. Do lugar onde estava podia ver varias portas que com certeza levavam a outros lugares da mansão e bem atrás deles havia uma grande escada.

 Bem vinda á Mansão Malfoy Virginia! – disse-lhe Draco galante e soltando-a.
 Mansão Malfoy? – o olhar dela era assustado.
 Não se preocupe, não estamos em Londres, estamos na França, em uma das Mansões que minha família possui. Estamos seguros aqui.
 Ah, não pensei que pudéssemos sair!
 Eu posso, estou encarregado de lá pelo Ministério e a ordem, nossas missões estão mais concentradas aqui na França agora, alguém tinha que tomar conta daquele lugar, se fosse atacado, não restaria ninguém.
 Por isso você ficou depois do acidente!
 Sim, ficarei ate quando for necessário.
 Este lugar é muito bonito!
 Estamos no Hall da mansão. Depois do jantar eu levarei você pra conhecer o restante da mansão. Agora, acompanhe-me.

Gina estava surpresa com Draco. Não pensou que ele pudesse ser cavalheiro. Estavam na casa dele, jantando, comemorando o aniversario dela. Aquilo era demais, parecia tudo muito irreal. Agora sabia porque ele não tinha ido embora e onde estavam, Harry devia estar perto também. Olhou de soslaio para Draco e admirou-o pelo que estava fazendo no Centro. Ele era uma nova pessoa, uma boa pessoa.

 Sente-se! – ele ordenara-lhe.
 Obrigada! – disse ela sentando.

Ela viu Draco caminhando lentamente ate o outro lado da mesa. Quando ele sentou, imediatamente vários tipos de comida apareceram sobre a mesa. A luza apagara-se e somente algumas velas postas na mesa iluminavam o ambiente. Ela podia sentir o cheiro das rosas que estavam em arranjos sobre a mesa. Gina estava fascinada! Draco era um encanto.

 Depois de conheceres a mansão irei te dar um presente!
 Obrigada, mas não precisa! Esse jantar já e um presente!
 Não recuses, ficarei magoado se o fizeres! – ele fez cara de magoado.

Gina riu da atitude dele.

 Draco! Que cara! - ela ainda ria - Apenas disse que não precisa me dar nada, está tudo ótimo assim e não desejo abusar, mas aceitarei qualquer coisa que me ofereceres.
 Assim sim, espero que gostes!
 Gostarei, se me for dado de coração, podes ter certeza que adorarei.
 Você e muito doce Virginia, e não pensei que isso fosse muito possível, você é uma Weasley afinal, sempre explosiva!
 Mentira, nem sou assim – ela fazia cara de anjo.

Ambos riam e continuaram a conversar alegremente durante todo o jantar, pareciam serem velhos amigos de Hogwarts. A tensão inicial tinha sido totalmente dissipada. Sentiam-se bem na companhia um do outro. Relaxaram e a certa altura começaram a beber vinho. Os risos se intensificaram, a conversa era alegre e ambos se da mesa quando já estavam satisfeitos com o jantar. Draco envolveu Gina pela cintura enquanto encaminhava-a pra outro ambiente da mansão.

 Gostaria de conhecer a mansão srta. Weasley. – disse ele galante.
 Sim Sr. Malfoy. – respondeu Gina sorridente.

Passaram pelo Hall e pararam em frente a uma das grandes portas que haviam ali. Aproximaram-se e elas se abriram instantaneamente. Era a biblioteca. Gina ficou admirada pelo tamanho do lugar. Havia muitas estantes, as paredes eram cobertas por livros, muitos livros. Ela estava fascinada.

 Nossa, isto é enorme, parece a biblioteca de Hogwarts!
 Não exagere! Mas aqui tem muita coisa, muitos livros interessantes e de variados tipos. Tudo o que você imaGinar você encontra – ele disse sorridente.
 Imagino que aqui tenha muita coisa mesmo, pelo tamanho ela é bem antiga.
 E tão antiga quando a existência da família Malfoy.
 Nossa, devem ter livros que já nem existem mais.
 Acredito que sim. Você parece fascinada, poderá vir aqui se quiser.
 Obrigada, mas não será possível.
 Por quê?
 Esqueceu que estamos em guerra?
 Quando tudo isso acabar tudo vai ficar bem. Você poderá vir aqui quando quiser descobrir o que há neste monte de livros.

Ela olhou-o e riu. Saíram da biblioteca e entraram em outro lugar, a sala de estar da casa. Tinham sofás, mesas de centro, uma varanda, quadros de todos os Malfoys, objetos decorativos e flores. Era muito agradável e havia também uma lareira.

 Este lugar é muito agradável.
 É a sala de estar, minha mãe decorou tudo aqui.
 Ela tem muito bom gosto.
 Meu pai não gosta muito, ele não recebe suas visitas aqui, diz que o ambiente não e acolhedor.
 Imagine, é super agradável! – Gina disse tentando parecer natural, a verdade é que poderia imaGinar porque Lucius Malfoy não gostava daquele lugar, ele era um comensal, alegria não era algo bom pra ele.
 Ali tem uma varanda, quando for dia você ira conhecer!
 Adorarei.

Voltaram à sala de jantar e continuaram andando, passaram por mais uma porta e chegaram à cozinha. Era muito grande e limpa. Havia fogão, balcões, armários com louças finas e de muito bom gosto.

 A sala de janta você já conhece. Esta aqui é a cozinha.
 É também muito grande e bonita.
 Minha mãe também cuida daqui.
 Não tem empregados?
 Temos elfos.
 E onde estão?
 Dei ordens para se recolherem mais cedo, após terem preparado tudo.
 Ah, e para onde eles vão?
 Para a mansão em Londres. São de lá, virem só me prestar serviços e voltaram.
 Não sabia que eles poderiam ficar indo e vindo.
 São elfos minha querida, podem. Agora vamos ao escritório de meu pai.

Voltaram para o hall e entraram em mais uma das portas que lá havia. O lugar parecia ser um enorme escritório, com uma mesa ao fundo e estantes com livros. Também tinha sofá e quadros, a decoração era mais dura. Não era um ambiente tão agradável como o resto da sala. Possuía pouca iluminação e a maioria dos moveis eram escuros. Aquele ambiente tinha tudo a ver com o pai do Draco.

 Este é o único lugar da mansão que vejo meu pai quando estamos aqui.
 Não e tão receptivo quanto os demais lugares que visitamos.
 É verdade, aqui não tem nada de minha mãe, tudo foi ele que fez, percebe-se que ele e tão sombrio quanto este lugar.
 Podemos ir a outro, não me agrada ficar aqui.
 Claro.

Voltaram ao hall e em mais uma das salas que entraram com paredes coloridas e bem iluminada, muito contrastando com o ambiente anterior, esse era feliz. Gina viu mesas com xadrez bruxo, campos de quadribol em miniatura, vassouras de vários tamanhos, coleção de carrinhos, quebra-cabeças, jogos que ela desconhecia e alguns outros brinquedos.

 Este ambiente e muito alegre!
 E o lugar onde eu brincava quando criança.
 Da pra ver os muitos brinquedos.
 Podemos brincar de alguma se você quiser.
 Não, obrigada.
 Esta com medo de perder?
 Jamais, é que estou um pouco tonta por causa do vinho.
 Vou confiar que seja verdade. – ele sorria

Ambos riam enquanto voltavam ao hall e subiam as escadas. Gina sorria alegre e embriagada com a bebida, ia envolta pelos braço do Draco. Ele ia inebriado pelo perfume dela, pelo riso dela. Ao final da escada seguiram para o lado direito. Gina olhava alguns quadros nas paredes que falavam coisas como traição, noiva, Weasley, Malfoy, sangue da família. Ela não entendia e nem queria entender, Draco mandava os quadros ficarem quietos e eles andavam pelo corredor abrindo as portas dos quartos.

Chegaram quase no final do corredor e quando entraram em um dos quartos, Gina viu sobre a cama um grande buquê de rosas vermelhas. O perfume das flores se fazia sentir por todo o quarto e ela caminhou ate a cama.

 São pra você, é uma das lembranças que quero que guardes de hoje!
 São lindas Draco, obrigada!
 Estas flores combinam muito bem com seus cabelos vermelhos e seu perfume.
 Obrigada, você é muito gentil. Tudo o que você por mim estará sempre guardado no meu coração Draco.
 Isso é para você lembrar, não só no coração, mas todos os dias em que você viver.

Dizendo isso ele entregou-lhe um colar, um pequeno e delicado colar com um pingente de coração. Gina achou lindo.

 Draco é lindo!
 Espero que agora você acredite que eu mudei Virginia, que eu perdi todos os preconceitos.
 Eu acredito. Você se mostrou um homem cavalheiro, sensível, preocupado, atencioso, carinhoso.
 Eu sei que sou tudo isso, não precisa ficar enumerando minhas qualidades. – ele sorria de maneira irônica.
 Deixe de ser convencido! – ela disse jogando um dos travesseiros da cama nele.
Ela notou que abria e surpreendeu-se ao ver duas fotos no pingente. Em um lado estava ela sorridente e no outro estava Draco, ela fechou o pingente e encarou Draco nos olhos. Antes que ela pudesse dizer algo, ele aproximou-se dela e beijou-a.

A principio Gina ficara imóvel. A surpresa pela noite e tudo mais que ele havia feito não foi nada diante da iniciativa dele, ela nunca pensara que isso pudesse acontecer. Sentindo os lábios dele moverem-se nos dela e retribuiu o beijo. Draco envolveu-a com um forte abraço e apertou-a junto a si. Gina sentia seu corpo estremecer de emoção ao toque dele e um calor foi tomando conta dela. Draco soltou-se do abraço e pegou das mãos dela o pingente, jogando-o sobre a cama. Voltou a abraçá-la e Gina fez o mesmo, envolvendo-o e deslizando um das mãos pelos cabelos dele. Draco puxou-a levemente e eles começaram a caminhar para fora do quarto, sem jamais se separarem do beijo e do abraço. Atravessaram o corredor e entraram em outro quarto, este estava escuro e rapidamente apenas uma luz na cabeceira de uma grande cama tornou-se a única iluminação do local.

Gina sentiu que deitava sobre algo macio e um peso caía sobre o corpo. Ela sentiu as mãos de Draco passarem pela lateral do seu corpo. Sentiu os lábios dele descerem de sua boca ate o pescoço e estremeceu com isso. Ela abriu os olhos e viu vagamente onde estavam, o lugar era mal iluminado, ate onde sabia estavam em um quarto, em uma cama,só ela e Draco. A esse pensamento ela soltou-o, mas ele já retomava os lábios dela e isso fez com que ele esquecesse qualquer pensamento que não fosse os beijos de Draco.

Lentamente ele foi levantando-a sobre a cama e posicionando-a no centro. Sem jamais deixar de beijá-la ele foi se encaixando entre as pernas dela, levantando levemente a sai do vestido. As mãos dele na perna dela a fizeram estremecer, Draco tinha mãos frias, e o corpo dela todo estava quente. Ele distribuiu beijos sobre toda a parte do corpo dela descoberto e em certo instante ele baixou até os pés dela tirando as sandálias de salto que ela usava. Ele o viu fazer o mesmo com os sapatos dele.

Lembrou da ultima vez que esteve com Harry, o mesmo que ela estava fazendo com Draco agora havia acontecido. A essa lembrança ele sentiu raiva de Harry, quase se entregara a ele, enquanto ele continuava apaixonado pela Cho. Ele jamais encostaria nela novamente, e jamais seria o primeiro na vida dela. Não, ele só se entregaria a um homem que ela tivesse certeza que a amasse. Então porque ela estava ali com Draco, não conseguia pensar direito, sabia que não devia estar assim com ele, na cama dele, na casa dele, fazendo aquilo que estavam fazendo. Viu Draco voltar para perto dela e sentiu enorme vontade de apertá-lo entre seus braços. Gina ainda tentou raciocinar, mas o desejo dela pelo loiro a sua frente foi mais forte.

Ela puxou Draco e deu-lhe um beijo ardente, como nunca havia beijado ninguém antes. Draco não se conteve mais e apertou-a mais forte como se isso pudesse mantê-la grudada ao seu corpo. Gina correspondeu e passou as mãos pelo corpo de Draco. Lentamente ele foi baixando as alças do vestido dela e beijando seu colo, passava as mãos pelo corpo dela. As mãos de Gina entraram por debaixo da blusa dele fazendo-o se arrepiar ao toque dela. Ele apertou os seios dela e ela fez com que ele tirasse a blusa. Nesse momento os olhares dele se cruzaram e Gina sentiu seu coração disparar. Ele voltou a beijá-la e ela foi abrindo o cinto dele desesperadamente, livrando-se da calça em seguida e ficando apenas com uma cueca branca que deixava visível a excitação dele. Draco por sua vez subiu o vestido dela e passou a acariciar as coxas dela, desceu e beijou a barriga dela, Gina suspirou o que vez com que ele subisse e baixasse o vestido dela, deixando os seios à mostra. Gina ficou tensa e sentiu seu corpo todo enrijecer quando ele colocou a boca nos seios dela, chupando-os lentamente. Ela sentiu uma onda de prazer percorrer-lhe o corpo e Draco vendo que ela gostava levou a mão até a intimidade dela, afastando a calçinha e estimulando-a. Gina sentiu um calor percorrer-lhe o corpo e mais sensações agradáveis de prazer. Ela puxou Draco e beijou-o desesperadamente. Draco então baixou de vez o vestido dela e beijou ate a intimidade dela, tirando-lhe a calcinha e estimulando-a com a língua. Gina começou a gemer baixinho e Draco não se conteve mais, tirou a única peça de roupa que possuía e posicionou-se entre as pernas dela. Devagar ele foi penetrando-a enquanto a beijava. Gina sentiu dor e enfiou as unhas nas costas de Draco. Ele diminuiu o ritmo e foi possuindo-a ainda vendo no rosto dela as expressões de dor. Aos poucos ele foi aumentando o ritmo e os gemidos dela passaram a ser mais de prazer que de dor. Os beijos eram intensos, ardentes. As mãos dele passeavam pelos seios dela e pela lateral do corpo. Ele beijava-lhe a boca, o colo, os seios. Gina sentia cada vez mais vontade de estar com Draco, apertava-o mais e mais, envolveu-lhe com as pernas puxando mais para si e seguindo o mesmo ritmo que ele. Assim, em alguns minutos depois ambos chegaram ao clímax juntos, suados e aos beijos, as respirações eram ofegantes.

 Eu amo você Virginia! – ele disse olhando nos olhos dela.
 Eu amo você Draco! – ela disse também, e sentiu como se aquilo fosse a verdade de sua vida.

Adormeceram juntos abraçados.

Quando Gina acordou, ela estranhou o lugar onde estava. Súbito levantou e percebeu que estava nua e dividia uma cama com Draco Malfoy. Sentiu receio ao constatar que havia passado a noite com ele. Estava com medo, não queria se apaixonar por ele, temia já estar apaixonada depois de tudo o que tinha acontecido. Buscou culpar o vinho, mas ao olhá-lo adormecido ela percebeu que não, não fora o vinho que a levara a cometer aquela loucura, ela estava apaixonada por ele, desde que eles começaram a conversar no quarto enquanto ela cuidava dele, o garoto que ela conhecia agora, era um garoto muito diferente do que ela imaginou conhecer toda a vida em Hogwarts, este Draco com quem ela havia tido sua primeira experiência, a quem ela havia dito que amava, era realmente o dono de seu coração agora e diante disso, ela sentia medo.

Viu-o mover-se na cama e abrir os olhos, ela prendeu a respiração. Draco sorriu-lhe e ela sentiu segurança. Ele puxou-a para si e beijou-a docemente os lábios enquanto murmurava um bom dia. Gina sentiu-se feliz, ele não a desprezara, ao contrario, fora carinhoso demais com ela. Ele levou-a para o banheiro e disse que ela tomasse banho, quando terminasse desceriam para o café. Gina tomou um agradável banho, seus pensamentos vagavam por tudo o que havia acontecido com ela em um único dia, o dia de seu aniversario. Quando saiu do banho Draco disse para ela se arrumar enquanto ele tomava banho. Quando estavam prontos eles desceram pro café. Gina comeu algumas panquecas com suco que Draco disse ter preparado. Ela riu-se dele e ambos conversaram animados sobre experiências na cozinha.quando terminaram dirigiram-se para o Hall da mansão.

 Esta foi a noite será inesquecível na minha vida Virginia. – Draco disse segurando-lhe as mãos.
 Na minha também meu amor, eu nunca esquecerei – ela disse corando.

Voltaram ao centro de atendimento quase 8 da manha. Aparataram nos jardins do local. Gina nunca tinha ido lá durante o dia e admirou-se com a beleza do lugar. Enquanto caminhava apressada para dentro do Centro, prometia a si mesma ir lá mais vezes para relaxar. Chegando a porta do quarto de Gina, Draco despediu-se dela com um beijo doce e longo.

Gina passou a manha trabalhando feliz, atendeu alguns feridos que já estavam quase recuperados e não viu mais Draco. Quando chegou a hora do almoço, sua amiga Luna interrogou-a sobre aonde ela teria ido com Draco e onde tinha passado a noite porque ela havia ido ao quarto de Gina varias vezes e não a tinha encontrado. Gina sugeriu que depois do almoço elas fossem aos jardins e então ela contaria tudo a ela.

 Agora me conte Gina, onde você esteve a noite toda? – Luna tinha um tom divertido e ao mesmo tempo preocupado.
 Fui jantar com Draco, fomos à mansão Malfoy da França.
 Hum, e só isso?
 O que mais você quer? – disse Gina sentando-se em um dos bancos que ficava embaixo de uma arvore de lindas flores amarelas.
 Quero me conte em detalhes tudo! – respondeu Luna ansiosa.
 Não tem nada demais, ele me levou pra jantar lá, o jantar foi delicioso, conheci a mansão, ele me deu rosas, um colar e depois cada um foi para um quarto e dormiu. – mentiu Gina – quando acordei ele tinha preparado café para nos, e após refeição viemos pra cá.
 Que bonito Gina, não acredito que o Malfoy fez tudo isso! Deixe-me ver o colar!
 Aqui esta! - Gina tirou-o do pescoço e mostrou a amiga.
 Que bonito, e tão delicado, mas o que é isso? – Luna estava surpresa com as fotos dentro do pingente de coração.
 Ele me deu assim, disse que era pra eu não esquecer desse dia.
 Draco esta apaixonado por você Gina.
 Nós nos beijamos Luna – Gina não se conteve e contou a amiga.
 Eu sabia! E como foi?
 Normal oras! Quando eu vi as fotos no pingente ele se aproximou de mim e me deu um beijo, calmo, doce e que me fez perder o chão.
 Você também gosta dele Gina! – a amiga disse sorrindo de maneira terna.
 Gosto Luna, Merlim como eu gosto dele, acho que desde que conheci um pouco mais dele enquanto cuidava dele.
 Fico feliz por você minha amiga. Vocês se gostam, serão felizes.
 Não sei Luna, quando penso em um futuro, meu coração se aperta.
 Não pense mais nisso Gina, e tudo por causa da guerra, mas vai passar, você vai ver, todos ficaremos bem depois e seguiremos nossas vidas felizes para sempre.
 Que Merlim te ouça minha amiga. Agora vamos, temos trabalho a fazer.

À noite Draco encontrou Gina no refeitório e beijou-lhe. Ela corou de vergonha e olhou para os lados para ver se alguém havia visto o que aconteceu. Como tinham poucas pessoas ela notou que eles não haviam percebido nada de novo. Draco sentou-se ao se lado e a abraçou.

 Não precisa ficar com verginha meu amor, todos terão que saber que estamos juntos. Você quer namorar comigo?
 Draco eu - ela estava feliz, sorria de orelha a orelha – quero, claro que eu quero!

Desde esse dia eram oficialmente namorados! Algumas pessoas no Hospital desconfiavam, mas Gina fazia questão de que fossem discretos e não confirmou nada. Não queria que a notícia se espalhasse e explicou a Draco que era por causa de sua família, eles não o conheciam como ela, por isso era melhor esperar que a guerra acabasse para mostrar a todos que estavam juntos.

 Quando acabar a guerra nos casaremos Virginia!
 Casaremos? – Gina estava com os olhos arregalados.
 Sim, ou você não quer ser minha esposa?
 Eu... – ela não conseguia responder.
 Não precisa responder, eu ainda nem fiz o pedido oficial, mas farei assim que a guerra acabar, ate lá, va pensando no que responder.
 Não preciso, eu já sei.
 E o que seria? – darco tinha um das sobrancelhas erguidas.
 Sim meu amor – ela disse se exaltando e logo voltando a se retrair para que as pessoas não notassem.
 Assim sim. – Draco disse pegando-lhe discretamente a mão. – nos vemos depois, nos jardins.
 Esta bem!


Assim, durante as semanas seguintes, eles se encontravam nos jardins desde o aniversario dela. Fazia mais de um mês que eles estavam namorando e Gina sentia-se muito feliz, Draco era perfeito, sempre atencioso, sempre preocupado, sempre carinhoso com ela. Ele estava sempre ao seu lado e era já mais fácil suportar a ausência de todos os outros seres que ela amava e que não via há 6 meses. No centro tudo estava tranqüilo, o movimento de feridos no Centro foi baixo. Aparentemente Voldemort havia dado uma trégua, os ataques tinha diminuído significantemente em todo o mundo bruxo. Pela primeira vez em meses Gina viu um exemplar do profeta diário. Nele ela pode ver uma foto onde estavam Harry, Rony, Mione e Cho, e a noticia era de que tinham se recuperado muito bem do ultimo ataque sofrido no Japão há quase um mês, o mesmo tempo que Voldemort havia dado uma trégua. O jornal dizia que ambos os lados tinham saído muito machucados desse confronto e por isso ambos tinham dado um tempo nos ataques enquanto se restabeleciam. Gina viu que Mione e Rony estavam de mãos dadas e sorriu, eles estavam mantendo o namoro. Olhou para Harry e viu que ele também estava de mãos dadas com Cho e suspirou. Ainda sentia algo por harry, talvez fosse uma forte mágoa e um pouco de dor pela traição sofrida. Procurou ano pensar nisso, agora ela tinha outra pessoa que a amava de verdade e ela amava também. Deixou o jornal de lado e foi arrumar-se para jantar e depois encontrar seu namorado.

Gina ia se aproximando do hall do Centro quando viu Draco de costas pra ela conversando com uma moça jovem e muito bonita, ela tinha um rosto delicado, era branca e tinha bonitos cabelos negros na altura dos ombros, vestia-se de maneira muito feminina e Gina percebeu que os homens ali presentes a olhavam admirados. A jovem morena tinha lagrimas nos olhos enquanto falava com Draco e o abraçava convulsivamente. Luna que havia chegado a pouco se encaminhou até o lado da amiga. Gina sentiu ciúmes do que via, não entendia o que havia entre eles, mas decidiu controla-se, afinal ninguém sabia deles, iria embora e depois perguntaria ao Draco quem era a tal moça. Quando Gina deu um passo a frente para passar por Draco e ir ate seu quarto ela prendeu a respiração. Draco beijava a jovem com que estava conversando antes. Gina não esperou mais nada, saiu andando apressada tentando conter as lagrimas que teimavam em cair. Chegou ao seu quarto seguida por Luna e sentou na cama chorando. Luna sentou ao seu lado e a abraçou carinhosamente. Gina se deixou ficar ali em silêncio, apenas chorando, até adormecer. Luna a arrumou a amiga na cama e se retirou, tinha que falar com Draco.

Gina acordou algumas horas depois suando e sentindo-se sufocar. Tinha sonhado com Tom Riddle tentando tirar novamente a vida dela como fez na câmara secreta. Tentou afastar os pensamentos ruins, mas lembrou-se de Draco aos beijos com a jovem desconhecida. Precisava falar com ele. Lembrou-se que tinham combinado de se encontrar nos jardins e viu que já estava na hora, havia dormido pelo tempo de se arrumar e jantar. Levantou-se e foi encaminhando-se aos jardins.

Chegando aos jardins ela encaminhou-se ate o banco onde costumava se encontrar com Draco, surpreendeu-se e sentiu a raiva tomar conta de si quando o viu lá com a desconhecida. Gina pensou em voltar, mas eles já a tinham visto. Decidiu que passaria por eles e sentaria mais adiante. Caminhou respirando profundamente, tentando conter a ira que sentia e a vontade de esganar Draco. Aproximou-se do casal e tentou sorrir e parecer indiferente.

 Boa noite! – Gina disse amavelmente, fingindo estar tranqüila.
 Boa noite! – responderam Draco e a jovem desconhecida juntos.
 Desculpe-me incomoda-los, costumo passear aqui todas as noites, mas já estou indo para o ouro lado dos jardins.
 Não nos incomoda srta. Weasley! Esta é Pansy Parkinson, talvez você se lembre dela de Hogwarts!
 Como vai Pansy! – Gina disse sorrindo para a jovem.
 Esta é Virginia Weasley, querida!
 Como vai Virginia! Recordo de você, era namorada do Harry Potter. – a jovem disse-lhe sorrindo amavelmente e aquilo vez com que ela amolecesse, parecia ser uma boa moça.
 Sim, mas agora sou ex-namorada de Harry. Terminamos antes da gurra ser declarada.
 Ah, lamento, formavam um belo casal. Mas creio que ele goste de você sinceramente, ao que todos souberam, ele teve um breve namoro com a Cho Chang, mas namorar mesmo, só foi você. Quando terminar esta guerra tudo ficara bem.
 Assim espero. – Gina estava tocada, aquela moça era muito doce e delicada, tratava-a com gentileza e amabilidade. Não sentia raiva dela.
 Assim será. Essa guerra só nos faz mal, mas acredito que o destino escolheu assim, só nos resta aceitar e buscarmos a paz nestes momentos. Nestes 6 meses de guerra eu fiquei apreensiva por causa de minha família. Meu pai esta envolvido com o lorde das trevas, eu e minha mãe sempre nos mantivemos fora disso tudo, mas quando a guerra explodiu, o lorde convocou todos os seus seguidores e mandou matar todos os traidores e suas famílias. Meu pai foi ate lá e eu e mamãe decidimos fugir para a Alemanha onde ela tem alguns familiares, os comensais não gostaram de saber, mandaram meu próprio pai nos matar. – ela suspirava e tentava conter as lagrimas que queriam cair – quando ele nos encontrou, não teve coragem de nos matar, então foi morto por um dos dois comensais que estavam lá sem que ele soubesse, como estávamos no centro de Berlim, tentamos sair abaixadas, mas um dos homens me segurou e outro torturou minha mãe com crucio e um outro feitiço que a fez sangrar, foi então que apareceram alguns aurores e nos levaram ate o centro de atendimento na Alemanha. Lá encontrei a Sra. Malfoy que me ajudou a cuidar de minha mãe, mas ela não resistiu a perda de sangue.
 Lamento muito Pansy.
 Estou bem, a Sra. Malfoy me disse que era mais seguro vir pra cá, seria mais difícil me encontrarem para terminar o serviço. Alem do que, meu noivo esta aqui.
 Graças a merlim você não esta só no mundo, tenho visto muitas pessoas perderem todos os seus familiares e imagino como isso deve ser doloroso. Acredito que seu noiva cuidara muito bem de você! – Gina riu e segurou as mãos de Pansy.
 Sim, Draco está cuidando muito bem de mim, e percebo que você também e uma boa pessoa Virginia, minha simpatia com você foi muito grande, creio que poderemos ser amigas.
 Sim, também acredito.
 Fico feliz em saber que você e Draco são amigos. Obrigada por ter cuidado dele quando ele se feriu.
 Foi meu trabalho.
 Draco e eu somos noivos desde que nascemos. Nossos pais sempre foram muito amigos e nos prometeram um ao outro. Crescemos juntos e começamos a namorar efetivamente quando entramos em Hogwarts. Draco sempre foi o rapaz dos meus sonhos, sempre cuidou de mim em Hogwarts. Será um bom marido e um bom pai. Nosso casamento seria quando confluíssemos o 7° ano, depois iríamos pra Paris.
 Que bom, minhas felicidades aos noivos! Quando a guerra acabar vocês concretizarão esse sonho, tenho certeza. – Gina já não conseguia manter a passividade, sentia seu sangue ferver de raiva de Draco.

Noiva! Draco tinha uma noiva desde a infância! Uma noiva que não era ela! Uma noiva que o amava, que era boa, amável, que não merecia o que ele fizera com ela. Draco era um canalha, pior que Harry, esse pelo menos não tinha noiva! Sentiu de repente que o ar lhe faltava, ela ficou tonta, tudo a sua volta escureceu e ela perdeu a consciência.

Gina ouviu vozes a longe e de repente foi despertando. Abriu os olhos lentamente, já que a claridade ofuscava-lhe a vista. Reconheceu ao seu lado uma Luna preocupada e uma Pansy olhando-a meigamente.

 Onde estou?
 No seu quarto querida, você desmaiou e te trouxemos para cá. A srta. Lovegood fez alguns exames em você e logo sairão os resultados.
 Sente-se bem Gina? – Luna perguntou.
 Sinto, estou com fome. – Gina disse estranhando a fome que sentia.
 Então e por isso que desmaiou, fome! Vou buscar algo pra você comer lá em cima, já sei onde fica a lanchonete, volto logo. Cuide bem dela Luna.
 Sim, claro – Luna respondeu a contragosto. Alem de roubar Draco de Gina, ainda queria ser amiga de Gina, era demais.
 Luna, que exames fez em mim? – Gina estava sentada na cama.
 O de praxe, agora me diga, desde quando você e essa aí são amigas? – falou Luna com desdém.
 Ah amiga, não faça assim. Conheci-a agora a pouco quando fui encontrar o Malfoy no jardim, eles estavam juntos lá.
 Agora é Malfoy? – Luna perguntou surpresa.
 Sim, acabou Luna, não mais juntos, nunca mais quero vê-lo. – um brilho de magoa passou pelos olhos de Gina.
 Por quê? – Luna não entendia.
 Pansy é noiva dele desde a infância. É uma boa moça, delicada, prestativa, amorosa e apaixonada por ele, acredita que ele é um santo e ele a enganou comigo e sabe lá com quantas mais. Ela não merece o canalha do Malfoy, merece coisa melhor.
 Não acredito que o Draco fez isso. – Luna estava boquiaberta.
 Pior do que Harry Luna. Não quero vê-lo nunca mais. Amanha quando o snape chegar me avisa, vou pedir transferência daqui, não quero ficar perto dele.
 Não faça isso Gina.
 Faço, faço sim, ou acabo por matá-lo só de olhar pra ele com ódio.
 Minha amiga acalme-se. Assim que a Pansy chegar eu irei buscar seus exames, você deve estar com anemia.
 Já voltei, trouxe um suco e uma sopa para você Virginia, tome para se recuperar logo. Pode ir lá Luna, eu fico aqui com ela.

Luna saiu e Gina ficou com Pansy no quarto. Estava impressionada com a bondade da moça, ela era tão boa, não imaGinava que sonserinas pudessem ser assim.

 Quando a Luna voltar eu irei até lá em cima, a Sra. Narcisa Malfoy esta aí e deseja falar comigo, eu a tenho como uma mãe
 Não se preocupe, Luna voltara logo. Se quiser ir vá, eu ficarei bem.
 Não, só sairei daqui quando ela voltar. – ela disse relutante.
 Pois já voltei.
 Ah, então agora vou lá, se precisar de algo pode me chamar.
 Obrigada Pansy, por tudo.
 De nada, fique logo boa.
 Ate mais.

Quando Pansy saiu, Luna sentou na mesinha no quarto de Gina e começou a abrir os exames da amiga. Enquanto olhava ia dizendo pra amiga que estava tudo bem. Gina havia terminado de tomar a sopa, agora bebia devagar o suco.

 É, você esta bem, só falta um exame, mas esse com certeza não tem nada.
 Eu disse que estava bem, acho que não tenho me alimentado direito, só isso.
 Ah merlim! Acho que peguei o exame errado. – Luna estava apavorada.
 Por que Luna? O que houve?
 Porque esse exame diz que você esta grávida, mas eu sei que você não esta. – Luna ria nervosamente.
 O que? – Gina empalideceu. Não era possível, só podia ser o exame errado mesmo. Ela não tinha como estar grávida. Não dormia com Draco. Na verdade dormira uma vez, uma única vez, não era possível que tivesse engravidado.
 Está no seu nome, mas com certeza trocaram as amostras. – Luna já estava relaxada.
 Ai tem o tempo de gestação? – Gina ouviu sua voz tremer e viu Luna olhando-a.
 Pouco mais de 6 semanas Gina, mais ou menos um mês e meio.
 Deixe-me sozinha Luna.
 Gina você não quer me dizer que isso esta certo, você não esta grávida está Gina?
 Por favor, Luna, me deixe só.

Luna saiu do quarto de Gina pasma. Gina pos as mãos entre a cabeça e chorou. O que faria agora? O que seria dela e daquele bebe. Draco a tinha enganado ele era noivo, sua noiva era uma ótima pessoa, iria casar e ela estava grávida dele. Sentiu-se péssima e achou que talvez fosse melhor morrer. Rapidamente tirou esse pensamento da cabeça ao olhar pra sua barriga. Um filho! Ela teria um filho! Uma vida agora crescia dentro dela e ela precisava ser forte por essa vida. Viveria, viveria e lutaria pra dar o melhor pro seu filho, sem precisar de Draco ou de qualquer outra pessoa. Envolveu o ventre com as mãos e sorriu.

Obrigada Draco Malfoy, você me deu os dias mais felizes de minha vida e o melhor presente de todos. Obrigado a você!

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