O dia dos pais



Capítulo 6 - O dia dos pais


 


Nunca tinha se passado um sábado tão rápido e silencioso. Antes de dormir (Gina decidiu dormir na cama de Harry, junto com ele) Harry perguntou. -Me parece ansiosa, meu amor! O que está havendo? -Nada, Harry, só estou pensando no almoço de amanhã. Pode dormir. – respondeu Gina pouco convincente. -Ok, eu finjo que acredito! – e eles dormiram. Mal viram e já era domingo, dia dos pais. Gina foi a primeira a acordar, e desceu para começar o almoço, já que havia acordado às dez horas. Logo após apareceu Lílian e Hermione. -Queria eu estar grávida! – falou Hermione sorrindo. – Deve ser fantástico você carregar dentro de você alguém que não conhece direito, mas ama imensamente. -Para falar a verdade, eu me sinto mãe já. – falou Gina sorrindo. - Bem, vocês vão me ajudar hoje? -Claro, mamãe! – Hermione falou e elas começaram a cozinhar. Era quinze para as onze apareceram os homens da casa. -Bonito, não? – repreendeu Lílian. -Você também é linda! – respondeu Tiago. -Merlin me guarde! – Lílian respondeu. Por incrível que pareça todos os garotos ajudaram da cozinha, até Sirius. Um pouquinho antes do almoço... -Er... pai? – Harry chamou Tiago. -Sim, filho. -Bem, eu sei que é super estranho você ganhar alguma coisa de um cara com uns três ou quatro anos a mais que você, mas, como Hermione disse, esse é o primeiro dia dos pais que eu passo com o meu pai... bem, então é... – Harry controlou o choro e pegou a mini vassoura e deixou-a em seu tamanho normal. – feliz dia dos pais, pai! – e abraçou o pai. -Valeu, garotão! – os dois se separaram do abraço, e Tiago olhou a vassoura. – Uau! Parece ser demais. -Ultimo modelo, ninguém vai ver que é do futuro, mas os sonserinos vão comer poeira! – brincou Harry. Os dois ficaram por um bom tempo falando de quadribol. Quando voltaram a cozinha, Gina chamou Harry. -Harry... -Fala, meu amor! – respondeu Harry. Com as mãos tremendo e um tanto ansiosa entregou-lhe um embrulho. Harry não entendeu nada, ficou olhando do embrulho para Gina. Afinal, não era dia dos pais? -Mas... Gi... -Abra, Harry. – Gina pediu. Com cuidado, Harry abriu e tirou uma caixinha de veludo azul de lá. Abriu a caixa e tinha dois papéis, um deles, era uma carta. Ele pegou, abriu o papel e começou a ler: “Meu amor, Eu sei que ficou surpreso por receber esse presente, por ser o dia dos pais, mas, quero que saiba que foi muito difícil de achar um presente “a sua altura”. Encontrei um que, provavelmente, ficará até maior... É um presente raro e exclusivo, portanto, muito caro. Aqui você encontrará a confirmação do pedido e de uma divida, que terá que assumir por pelo menos vinte anos. Espero que goste mesmo assim... Ah! Já ia me esquecendo... Devido à raridade e exclusividade do presente, só poderá ser retirado da fábrica em abril de 2002. Feliz dia dos pais, Gina.” Harry olhou de Gina para a carta e pegou o outro papel. Todos estavam em silêncio, quando Harry viu o resultado do exame, olhou para Gina, que estava lacrimejando. Harry deixou uma lágrima escorrer, e sem ter outra reação Gina falou com a voz embargada com o choro. -Feliz dia dos pais, Harry! – Harry levantou da cadeira correu para abraçar Gina. Hermione e Lílian sorriam. Sirius e Tiago estavam sem entender, mas Remo já tinha entendido. Rony sorriu completamente abobalhado. -Não acredito! – Harry soltou Gina – Eu vou ser pai?! – ele mais afirmou do que perguntou. -Nós vamos ser pais, Harry! – e Harry a beijou. Lílian e Hermione começaram lacrimejar também, mas se contiveram. Tiago e Sirius já tinham entendido o que estava havendo. -Não que eu queira estragar esse momento, mas, depois nós vamos trocar uma idéia, viu, Harry? – Falou Rony com o indicador apontado para Harry, mas mesmo assim, estava sorrindo. -Sim, senhor! – Harry sorriu – é sério, Ron, nenhuma das suas ameaças que eu tenho certeza que você fará, vai me deixar intimidado! Pelo menos não no dia mais feliz da minha vida! – e Harry voltou a abraçar Gina. Todos deram os parabéns ao Harry e Gina. Durante o almoço... -Então isso explica a saída repentina de vocês? – falou Tiago. -É, isso explica. – respondeu Lílian. – Foi difícil deixar ela quieta na cadeira para tirar sangue. Ela morre de medo de agulha! -A agulha era enorme! – falou Gina e Lílian olhou com uma sobrancelha arqueada como se dissesse “me poupe, Gina”. – Ok, nem tão grande assim, mas é agoniante! – Gina fez uma careta de como se estivesse sentindo a agulha. -Vocês estão pensando na gravidade desse assunto? – perguntou Tiago. -Que gravidade? – perguntou Lílian. -Eu vou ser... ai meu Merlin! Com 17 anos já sei que vou ser avo daqui à 8 meses! – falou Tiago numa entonação indignada. -Gente, eu não quero ser estraga prazeres, mas tem que continuar a busca pelo concerto do vira-tempo. – comentou Remo. -Ah, na verdade, - comentou Hermione – eu já achei. – Lily e Tiago entreolharam-se com tristeza. – Mas vamos precisar remontar tudo, e isso leva algum tempo... – Lily e Tiago sorriram de novo. – Começaremos amanhã. Hoje vamos descansar! – e Hermione sorriu. Com certeza todo mundo a apoiou. Rony, após o almoço, desafiou Sirius para uma partida de xadrez bruxo, e é obvio, Sirius aceitou. Lílian e Tiago foram assistir a derrota de Sirius. Harry ficou ajudando Gina na cozinha. Abraçou-a por trás. -Você me fez o homem mais feliz do mundo, sabia? – Harry sussurrou e Gina virou-se de frente para Harry. -Sabia, mas já que você fez questão de confirmar... – ela sorriu. -Depois o convencido sou eu, não? – falou Harry colocando as mãos na cintura de Gina. -Bem, é que eu já te conheço tão bem, Harry, que você chega a ser transparente para mim, eu sei exatamente como vai agir ou se sentir perante uma situação. Como eu tinha posto na carta, eu sabia que não entenderia o por que do presente e ficaria surpreso. – ela falou simplesmente. -Você consegue me deixar sem palavras! – e Harry a beijou. E foram para a sala juntar-se com os outros.




Após a quinta partida de xadrez que Rony ganhara, Tiago havia ido aos jardins, pouco depois, Lílian o seguiu. Tiago estava no mesmo lugar que antes, onde a chegada de Rony e Hermione havia os atrapalhado. -Dez galeões pelos seus pensamentos! – falou Lílian. -Talvez, nem valham tanto para você! – Tiago rebateu e Lílian sentou-se ao lado dele. -O que está lhe incomodando? – perguntou Lílian. -A sua ausência está me incomodando! – ele fitou-a e ela sorriu. -Pois não ela não lhe incomodará mais, pois eu nunca mais vou te deixar! – falou Lílian. Ele sorriu, e se aproximou dela, ficaram se observando por instantes, tinham um contato visual incrível. Ele desviou o olhar para a boca dela e a beijou como se fosse o ultimo que daria nela, ela retribuiu da mesma maneira. Eles se separaram e ela sorriu. -Eu te amo! – ela falou dando um selinho nele. -Repete, por favor? – pediu ele. -Eu. Te. Amo! – e ela o beijou. -Eu sou o homem mais feliz do mundo! – Tiago a abraçou. -Vamos entrar, acho que devemos passar o resto do domingo com o Harry! – eles levantaram e rumaram para a sala. Assim que entraram abraçados, puderam ouvir: -Não sei como você ainda volta com ele, Lílian! – falou Sirius. -É amor... você desconhece! – falou Tiago. -Não vale a pena. O que o amor pode trazer? – perguntou Sirius com descaso. -Felicidade! – respondeu Tiago, Lílian, Harry e Gina. Sirius olhou-os espantado e falou: -Então tá! Já que é assim... – todos riram. Eles passaram muito tempo conversando, principalmente, sobre algumas azarações que já tinham feito. -Você lembra, Pontas, quando nós jogamos Snape peladão no lago da lula gigante? – Sirius falava e ria ao mesmo tempo. -Imagina se eu iria esquecer! – falou Tiago rindo. -Eu lembro também! – disse Remo com um sorriso divertido. -Eu só lembro da detenção de três semanas que eu dei para vocês... – falou Lílian cortando o barato. Rony, Gina e Harry, achavam o máximo as histórias, Hermione e Lílian repreendiam de vez em quando. Eles foram dormir tarde da noite, assim que Harry deitou, ele parou para pensar em tudo que aconteceu. Afinal, passou um dia dos pais com o próprio pai, e além disso, recebeu seu primeiro presente do dia do pais: o próprio filho. Com um sorriso no rosto e a mulher que ama em seus braços, adormeceu.

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