Seqüestro, Fênix Negra e Adivi





Capítulo 7;
SEQÜESTRO, FÊNIX NEGRA E ADIVINHAÇÃO.
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Harry esfregou os olhos com força ao acordar, apurando os ouvidos. Poderia jurar que ouvira estalos no andar de baixo. O estalo se repetiu. Harry se levantou, pegou a varinha na mesa de cabeceira e desceu as escadas com cuidado. Olhou para os lados e quase e quase caiu ao ver Lupin saindo da lareira.
- Lupin, o quê você...?
- James sumiu, Harry.
- QUÊ?! Como assim, sumiu?
- Eu, é... Deixaram isso.
Harry apanhou o pergaminho que Lupin lhe estendia, abriu-o e leu:

“Caro Sr. Potter,

você não sabe quem sou, e tampouco precisará saber. O que importa agora é que estou com seu filho e você só verá a linda carinha de James Potter novamente quando me entregar a Fênix Negra “...


- A Fênix Negra? Mas nem comigo está! Quero dizer...
- Continue lendo, Harry.

...“Caso isso não aconteça, pode desistir de encontrar seu precioso filho. Você tem 72 horas para me entregar a Fênix. Não se preocupe em me econtrar para entregá-la, eu irei até você. Mas lembre-se: 72 horas, Potter.”

Harry ficou em silêncio alguns minutos, então deu as costas e subiu as escadas. Entrou no quarto, sentou-se na cama e, lentamente, acariciou a face e os cabelos de Gina. A ruiva abriu os olhos lentamente, enquanto Harry lhe dava selinhos de leve.

- Bom dia, princesa. – sussurrou.
- Bom dia- bocejo -, príncipe.
- Como se sente? – perguntou equanto ela se sentava na cama.
- Na verdade... – a ruiva fez uma careta – não muito bem... Tem algo errado, Harry.
Intuição de mãe, pensou o moreno.
- Hm... Por que não toma café – Harry acenou com a varinha e uma magnífica bandeja de café da manhã se materializou –, toma um banhoe desce?
Gina fez que sim com a cabeça e deu um meio sorriso. Harry pegou um morango na bandeja e levou-o à boca de Gina. A ruiva mordeu um pedaço e deu um selinho em Harry. O moreno retribui e se levantou. Desceu as escadas e olhou para Lupin.
- Me faz um favor? – pediu
- Claro.
- Vá até a casa de Rony e Hermione e traga-os até aqui. Não conte nada a eles, pode ser arriscado. Só diga que Gina e eu precisamos deles, okay? Obrigado.
Lupin aparatou e Harry ficou observando o nada. Seu estômago revirava, ele se sentia enjoado. Nunca ficara tão preocupado na vida. James era uma criança! E como isso acontecera? Como haviam conseguido burlar a segurança da escola? Talvez James tenha burlado a segurança, disse uma vozinha em sua cabeça. Seu coração pulsou mais rápido só de pensar em tal possibilidade. Fora ele, Harry, quem dera ao garoto meios de sair do colégio...
- Harry?
- Hm? Ruiva... – Harry suspirou.
- Tem algo errado, não é?
Harry fez que sim com a cabeça, puxou Gina para junto de si, se sentou devagar e lhe entregou o pergaminho, já amassado. À medida que ela lia, Harry podia senti-la tremer. Tentou abraçá-la mas a ruiva se levantou, os olhos em chamas.
- Como foi que deixaram isso acontecer? Aquela escola estúpida, eu...
- Gin, se acalma. Vem cá, princesa.
- Não tem calma, Harry! Meu filho foi seqüestrado dentro da escola mais segura do mundo e você quer que eu fique...
Cracke³.
- Harry, Gina! Lupin disse que precisavam de nós, mas não disse porque, eu...
- Hermione, calma. Mulheres são tão histéricas. – comentou Rony com uma careta.
- É, é melhor vocês duas se acalmarem. Harry, quer que eu faça algo?
- Eu... Não sei ainda, mas se precisar vou direto a você. Em todo caso... Deixe o Esquadrão de Aurores em sobre-aviso, okay?
- Certo. Hermione, Rony... Vocês querem que eu mande Heed e Sulky para A Toca?
Hermione olhou para Rony, assustada. Rony fez que sim com a cabeça para Lupin e este aparatou.
- Bom, então... O que houve? – perguntou Rony.
Gina lhe estendeu o pergaminho e se deixou abraçar por Harry. Rony e Hermione juntaram as cabeças para ler. Hermione pareceu prestes a desmaiar, mas Rony passou o braço pelos ombros dela e ela pareceu se recompor. Os quatro se sentaram nos sofás ao redor da mesinha de centro e Hermione foi a primeira a falar:
- Bem... Sugiro que comecemos pesquisando sobre a Fênix Negra e suas propriedades.
Rony rolou os olhos e fez uma cara de ‘lá vai ela’, mas logo em seguida emendou:
- Certo, então. Podemos conseguir isso em Hogwarts ou na Floreios e Borrões. Posso ir buscar isso.
- Okay, mas espere. Temos algum conhecido n’O Profeta? – continuou Hermione.
- Padma Patil – disse Rony vagamente.
- Collin e Dennis Creevey – respondeu Gina prontamente.
- Lisi Blackwell. Aquela que conhecemos aqui, em Godric’s Hollow quando viemos atrás da Horcruxe, se lembram? – disse Harry.
- Certo. Falem com eles, consigam todos os exemplares dos últimos 20 anos. Eu vou até Hogwarts pegar livros, okay?
Os quatro se levantaram, Rony deu um selinho em Hermione e ele, Harry e Gina aparataram. Hermione pegou um saquinho no console da lareira, encheu a mão com o pó verde que havia dentro, jogou o pó na grade, entrou na lareira e disse: Escritório do diretor de Hogwarts!

***

- Até que enfim você chegou, Hermione - reclamou Rony.
- Harry, descobriram que uma Chave de Portal entrou em Hogwarts por Correio Coruja - disse a morena de um fôlego só, depositando uma braçada de livros na mesinha e se sentando ao lado do marido.
- Identificaram o criador? - perguntou Gina
- Não... Lupin ainda não conseguiu identificar quem mandou. Mas, enfim... Voltando à pesquisa... Peguei tudo o que pude encontrar sobre as Fênix. Cada um pega um e se achar sobre a Fênix Negra, faça o texto aparecer aqui - disse acenando com a varinha e conjurando um enorme quadro negro.
Harry, Rony e Gina apanharam um livro cada e começaram a ler. Hermione empunhou a varinha e começou a separar os exemplares d'O Profeta por ano e horário. Rony soltou uma exclamação e ergue a varinha, fazendo o texto aparecer no quadro. Passados mais ou menos quarenta minutos o quadro já estava praticamente cheio de informações, e para completá-lo, Gina acenou com a varinha.
- Certo... - disse Hermione largando o livro, no que foi seguida pelos outros três - Agora, só precisamos achar os poderes... - mas se calou ao ver que Rony já destacara todos os poderes da Fênix.
- Bem... Vejamos: Transporta cargas pesadas, as lágrimas têm poderes curativos, a essência de sua pena é cem vezes mais poderosa do que a da Fênix comum, renasce das cinzas e... Por Merlin! - exclamou Gina.
- Tem o poder de viajar entre dimensões e transportar pessoas consigo - completou Harry baixinho.
Hermione arregalou os olhos e tapou a boca com as mãos. Harry, por sua vez, ficou anormalmente quieto. Gina o olhou e sussurrou:
- Você está pensando no...
- Arco do Ministério? Estou. Vamos procurar por notícias que envolvam o Arco.
Levou menos de vinte minutos para que achassem o que procuravam.
- Escutem - pediu Hermione - " Profeta Diurno, 27/05/1999 - Imprevisto no Ministério. Hoje pela manhã houve um ataque inesperado ao Departamento de Mistérios. Vários Comensais furiosos entraram e, segundo informantes, o alvo foi a Sala da Morte. A existência de tal sala não foi confirmada pelo Ministério, assim como o boato de que Narcissa Malfoy atravessou um Arco existente na possível sala e desapareceu. Não foi dado nenhum detalhe aos nossos repórteres e os funcionários do Ministério se recusam a dar declarações."
- Bom... Draco Malfoy se livrou das acusações de Comensal e trabalha no Ministério. E Narcissa nunca mais foi vista.
- Malfoy é um Inominável, Ron - disse Harry.
- Então, não há dúvidas de quem está com James - disse Hermione, cerrando os dentes.
Harry se levantou, foi até a lareira, jogou uma pitada de pó de Flu na grade, enfiou a cabeça nas chamas e disse: Escritório do diretor de Hogwarts. Sua cabeça girou e passou por vários vislumbres de aposentos até que ele pôde visualizar com clareza uma sala circular e bem iluminada.
- Professor Lupin? - chamou.
- Harry! - exclamou o homem, correndo para se postar de joelhos na frente da lareira.
- Já sabemos quem o pegou.
- Certo. Quem...?
- Draco Malfoy.
- Eu... Estou indo 'praí', Harry. Quero saber de tudo.
Harry recuou a cabeça e se levantou. Segundos depois, as chamas voltaram a se tornar verde esmeralda e Lupin saiu da lareira.
- Certo, me mostrem como descobriram.
- Bem, primeiro pesquisamos as propriedades da Fênix Negra, que é o 'pagamento' que o seqüestrador exige. E descobrimos que ela tem a capacidade de transitar entre dimensõoes e levar pessoas consigo. Então, Harry sugeriu que procurássemos n'O Profeta notícias que envolvessem o Arco da Sala da Morte no Ministério. E... Voilá! - disse Hermione quase sorrindo - Descobrimos que Narcissa Malfoy atravessou o Arco e que depois disso, Draco se livrou das acusações de Comensal da Morte e se tornou um Inominável.
- Vocês são geniais. - comentou Lupin sorrindo - Eu vou ver o que posso fazer, e Harry, você tem um Esquadrão de Aurores sob o seu comando: use-o.
- Certo. Vou até lá falar com eles. Hermione, Rony... Podem ficar com a Gina, por favor?
- Claro, Harry! Se precisar de nós, avise. Ron, me ajude a arrumar isso tudo, okay?
Harry se virou para aparatar, mas Gina o segurou pelo braço e o fez se virar para ela. A ruiva se aproximou dele, a cabeça baixa. Harry segurou o queixo de Gina e ergueu o rosto dela para si.
- Harry... Ache o meu filho, por favor -sussurrou ela.
- Nosso filho, Gin. - corrigiu Harry brandamente - Eu sei que é difícil se acostumar a dividí-lo comigo, mas eu prometo que vou trazê-lo de volta pra você. Tá bem, princesa?
- Para nós, príncipe. Traga o nosso filho de volta para nós - disse Gina dando um selinho em Harry.
Rony e Hermione se olharam e sorriram. Torciam pelos dois havia anos: quando deixaram Hogwarts, Harry e Gina haviam se separado e levado algum tempo para se acertar. Um ano e meio depois, Gina sumira sem deixar vestígios. Só Rony e Hermione sabiam o quanto Harry sofrera. Todas as pessoas próximas tinham tentado ajudar, mas Harry parecia decidido a não reagir. Passara cerca de dois meses sem sequer se levantar da cama. Três semanas, claro, haviam sido por causa do coma: estive ferido, entre a vida e a morte, por um fio. Mas os dois amigos se lembravam bem dos vários momentos em que Harry chamara por Gina. Quando acordou do coma, a primeira coisa que fez foi perguntar sobre Gina. Hermione se lembrava com clareza da expressão dele ao saber do acontecido. E pensar que dois dias antes da última batalha, os quatro, Gina, Harry, Hermione e Rony, estavam felizes, talvez nem tão tranqüilos, mas felizes com a gravidez de Hermione. E a de Gina traria ainda mais felicidade. Se ao menos ela tivesse podido contar... Se aquela guerra estúpida não tivesse que destruir tantas vidas... Depois de dois meses sem falar, comer, nada, Harry saira atrás de Gina. Rodara toda a Europa e quando estivera a ponto de desistir, Fred e Jorge chegaram contando a 'grande novidade'. Os dois haviam passado por tanta coisa e, ainda assim, onze anos depois, estavam ali: juntos, inseparáveis.

-- Flashback --
Gina estava cansada de não ter Harry por perto, ainda que como amigo. Estava trancada no quarto, não queria vê-lo. Até aquele dia, ele estava na casa dos Dursley e chegaria n'A Toca a qualquer momento. Ficaria por lá durante uma semana e depois do casamente do Gui e Fleur, iria embora, com Rony e Mione. Em poucos dias perderia tudo: o namorado, a melhor amiga e o irmão. 'EX, EX-NAMORADO, Virgínia!', ela se forçava a pensar isso. Mas não irira perdê-lo tão fácil. Afinal, quem ela era? A garotinha indefesa de primeiro ano que fora induzida por Tom Riddle ou Virgínia Weasley, a mulher que aprendera com seus erros, crescera com Fred e Jorge e lutara com Harry Potter contra Lorde Voldemort duas vezes? A porta do quarto da ruiva se abriu devagar e cabelos castanhos surgiram na fresta.
- Gina...? - chamou Hermione baixinho, entrando no quarto - Ah, não finja que está dormindo, sei que está se escondendo desde que voltou de Hogwarts!
Gina ergueu a cabeça e se sentou na cama, parecendo emburrada.
- Olá, Hermione. Eu vou bem, obrigada por perguntar!
- ah, Gina! Deixa disso, tá? - Hermione se sentou na cama da garota e a abraçou.
- Ah, Mione! - Gina começou entre soluços - T-tem sido tão, tão, d-difícil s-sem vocês t-três. N-não agüento mais! Por que v-vocês não me d-deixam ir?
Hermione olhou preocupada para a ruiva, sem saber o que dizer.
- Harry não quer te colocar em perigo... - respondeu com a voz fraquinha.
Gina fez um ruído engraçado, entre um bufo e um soluço.
- Harry não ent-tende! Não entende que estarei m-mais segura c-com vocês! Os C-comensais de V-v-voldemort estão atrás dele! Mas M-malfoy já deve ter contado que Harry e eu estávamos saindo no ano passado! S-se alguém quiser me p-pegar, serei um alvo f-fácil sozinha! C-com Harry por p-perto, est-tarei mais p-protegida!
Hermione abaixou a cabeça, muito consciente de que Gina estava absolutamente certa.
- E se... Se eu falasse com o Harry, Gina? - perguntou Mione, a voz ainda mais baixa.
- N-não! Ele é muito cabeça dura para ouvir qualquer um. - resmungou a ruiva - Ele quer que eu fique, eu ficarei! Mas diga a ele para não se culpar quando eu for c-capturada.
Hermione olhou para Gina, incrédula.
- Então é isso, Virgínia? Você acha que sem o Harry não é capaz de se defender, é isso?
Gina observou Hermione, que se levantara.
- Não, Hermione. Já lhe expliquei isso. Mas, sabe... Eu tenho dezesseis anos, não sou páreo para um bando de Comensais! E a Ordem não tem que me escoltar aonde quer que eu vá, e eu não quero, tampouco! Mas acho que não sou boa o bastante para ajudar Harry Potter e seus preciosos e perfeitos amigos a derrotar o bruxo mais maligno que o mundo já conheceu. E, olha, sobre ele eu posso falar, Hermione.
Gina saiu do quarto, furiosa, deixando atrás de si uma Hermione boquiaberta e à beira das lágrimas. Enquanto descia as escadas para a cozinha, a ruiva esbarrou em alguém. Não sabia quem era e tampouco queria saber, mas foi puxada de volta e deu de cara com Harry, segurando seu braço.
- Me solta, Potter - falou com frieza.
- Você agora me chama de Potter? - surpreendeu-se o moreno.
- Chamo quiser, agora me solta. - ela continuava friua e Harry se sentiu extremamente mal - Se me dá licença, a Srta. Weasley aqui vai ajudar a mãe a preparar o almoço para o trio maravilha.
Ela se virou e mal dera dois passos quando Harry a puxou de novo.
- Se não se importa, o Sr. Potter aqui quer falar com a Srta. Weasley!
- Não temos nada para falar, você já disse tudo no enterro de Dumbledore.
Ela se virou e desceu as escadas. Harry ficou parado e murmurou um fraco 'Gina... eu...'.
- Harry? - chamou Hermione que espiava nervosa do patamar superior.
- Que diabos aconteceu com ela? - perguntou Harry confuso.
- Venha, vou lhe contar.
Gina passou o dia seguinte sem nem sair do quarto. Sua mãe aparecera para perguntar o que havia de errado, mas ela virou para o lado e cobriu a cabeça. A Sra. Weasley foi seguida de Hermione, Rony, Gui, Carlinhos, os gêmeos e Fleur, mas ninguém obtivera resultados.
'Se mais alguém entrar nesse quarto, leva uma Avada Kedavra' Gina se pegou pensando ao ouvir o assoalho do lado de fora do quarto ranger. A porta se abriu mais uma vez, mas Gina nem ao menos se deu o trabalho de ver quem era e sentiu sua cama afundar. Ainda assim, continuou mirando a janela.
- Gina... Me escuta, ruiva. - era Harry - Eu... A Hermione me contou o que você disse e...
- Ótima amiga ela é, não acha?! - interrompeu Gina ironicamente.
- Não importa. Eu só acho que você está desprezando a si mesma. É uma ótima bruxa, Gina. Não, me escuta - disse rapidamente, porque ela ameaçara cobrir a cabeça.
- Me escuta você, Harry Potter! - explodiu a ruiva - Eu já falei com a Hermione e você continua com essa idéia idiota de que eu tenho que ficar e blablablá. O que eu posso concluir então?! Que eu não estou à altura do trio maravilha, claro! Agora, Harry, colocando o trio à parte: você querendo ou não, eu vou fazer algo. Não vou ficar parada. Porque, caso você tenha esquecido, foi MIM que Voldemort possui, foi a MIM que ele induziu, foi a MIM que ele traumatizou, Harry. E eu não vou deixar que isso passe assim. Eu vou fazer algo!
Lágrimas escorriam pelo rosto de Gina, e Harry a abraçou com força.
- Se você me escutar... Vai perceber que a idéia idiota já se foi. E eu... Eu quero que você faça algo.
Gina ergueu a cabeça e deixou Harry continuar.
- Não conte a ninguém, okay? Mas, assim que eu sair, a sede da Ordem vai voltar a ser no Largo Grimmauld. E você vai pra lá. Bem... Primeiro preciso te explicar o que estou indo fazer. Mas você tem que me prometer que não contará a ninguém, Gina. Ninguém.
Gina fez que sim com a cabeça e mumurou 'Prometo, claro que prometo'. Então, Harry lhe contou sobre as Horcruxes, sobre o trabalho que havia feito com Dumbledore, sobre a profecia e sobre seu destino.
- Então... Preciso que você descubra o máximo possível sobre os pertences dos fundadores de Hogwarts. Em segredo. Assim que conseguir tudo, quero que use isso.
Harry lhe entregou um espelho pequeno e quadrado e lhe mostrou outro exatamente igual.
- É um espelho de dois sentidos. Eu tenho o par. Foi Hermione quem os encantou, então, são extremamente seguros. Se quiser falar comigo, é só dizer ao Espelho meu nome, e eu aparecerei no seu espelho.
- Certo, vou trabalhar o máximo que puder nisso - respondeu a ruiva apanhando o espelho.
Harry lhe deu um beijo na testa, se levantou e quando já estava à porta do quarto, olhou para Gina e disse:
- Hey, ruiva... Posso te contar outro segredo?
- Claro.
- Eu amo você. Mas shhh!
- Uh, sim. Shhh. É, Carlinhos pode ouvir, e bem... Ele é o trasgo de estimação da família.
Harry sorriu e abriu a porta, se preparando para sair. Mas se deteve ao ouvir a voz de Gina.
- Hey, Potter. Eu amo você também - disse ela com um sorriso maroto brincando nos lábios.

-- Fim do Flashback --

- Gina! Hermione, Rony! - Harry chamou, assim que aparatou.
Gina desceu correndo as escadas, seguida por Rony e Hermione. Gina foi automática e imediatamente abraçada. Os quatro se encaminharam para a cozinha e Hermione se apressou em servir café a todos antes de se sentar. Assim que o fez, Harry baixou a xícara e olhou para os três.
- Há uma profecia... É, outra profecia. Foi feita por Dorothy Sullivan, quem ouviu foi o Neville. Estavam no elevador quando ela começou a falar.
- E o que ela disse? - pediu Gina.
- Bem... "Hoje à noite, nascido daqueles que venceram o mal. O mal o envolverá e aterrorizará. Mas a luz seguirá forte e de novo triunfará." Ela não se lembra, claro. E Neville não ligou as coisas, nunca ouviu uma profecia antes.
- Bem, a profecia diz que a luz triunfará, então...
- Rony, não seja estúpido. - Gina o interrompeu - Não sabe ainda, é? Se Harry não tivesse ido atrás de Voldemort e das Horcruxes, a profecia seria só mais uma.
- Irmãzinha, se me deixasse terminar a frase, veria que eu ia dizer que o que temos de fazer é achar um modo de... triunfar.
Os dois se olharam e Gina murmurou um 'desculpe' que pareceu sincero. Havia muito tempo que aprendera que brigar com os irmãos não resolveria nada. A guerra lhe ensinara isso.
- Bom, eu... Eu já li algo sobre induzir um transe e profecias, apesar de não ser tão simples. Harry, mande os aurores acharem Dorothy. Rony, vá até Hogwarts e traga tudo o que encontrar sobre Adivinhação, profecias e transe induzido. Julliet é ágil e conhece todos os livros. Eu e Gina vamos até A Toca.
- Eu vou com Harry.
- Princesa... Acho melhor você ir com a Hermione.
- Harry, não... Não quero ir, não quero.
- Vem cá. - Harry a abraçou com carinho e acariciou os cabelos ruivos - Escuta. Eu sempre vou voltar pra você. Você sabe disso e, Gin... - a ruiva ergueu a cabeça e Harry sussurrou muito baixo de modo que só ela pudesse ouvir - Eu amo você, princesa. O meu caminho...
- É aquele que te traz pra mim - completou Gina, os olhos fechados.
Harry sorriu e beijou os lábios da ruiva delicadamente antes de olhar para Rony e Hermione, que se abraçavam e sorriam.
- Okay, nos vemos daqui a uma hora - concluiu Hermione.

***

- Pode me dizer o que vê, Dorothy? - perguntou Hermione.
- O garoto, um homem loiro... - respondeu uma voz etérea e rouca.
- Descreva o ambiente.
- É um lugar frio... Escuro e sem móveis. Parece ser um porão. Aparentemente, ninguém vai lá há anos.
- Um porão? De pedra talhada?
- De pedra talhada. Há palha no chão. O homem está fumando...
- E o garoto?
- Está amarrado em um canto, vendado. Está tremendo.
- Você pode orbitar para fora do porão e localizar a casa?
- Estou tentando, mas deve haver algum feitiço que impeça.
- Pode canalizar as emoções do garoto?
A mulher gritou, chorou, chamou por Gina, Harry, Heed, Sulky, Rony, Hermione, Ninna, Matthew, Molly e Arthur. Disse que estava com medo e que não queria mais ficar ali. Hermione cessou o transe e Dorothy abriu os olhos, confusa.
- Ãhm... Aconteceu algo? - perguntou ela.
- Não, nada. - respondeu Hermione sorrindo - A sra. trabalha, sra. Sullivan?
- Não, eu... Não tenho nada especial, nenhum dom.
- Aaah, eu não diria isso. Você gosta de Adivinhação, sra. Sullivan?
- Não gosto nem desgosto - respondeu Dorothy, ainda mais confusa.
- Bom... Então suponho que não vai gostar nem desgostar se eu lhe disser que é uma... vidente, sra. Sullivan?
- Quê?! Eu, vidente? Só pode estar brincando, srta...?
- Sra. Weasley. E não estou brincando. Você é uma vidente, Sra. Sullivan. Agora, me diga... Gostaria de trabalhar em Hogwarts?
- Hogwarts? Mas é claro, eu adoraria!
- Vou escrever ao diretor, recomendando-a, então. Obrigada.
Hermione se levantou e deixou a sala. Gina, Harry e Rony aguardavam no corredor. A morena caminhou até eles e contou tudo o que Dorothy dissera.
- Certo, é o seguinte... Já sabemos que porão é esse. Então, vamos falar com o Esquadrão e organizá-lo.
Os quatro caminharam em silêncio até chegar na Sala de Reuniões. Havia cerca de uns 25 aurores por lá. Todos sorriram e acenaram. Harry fechou a porta e se sentou na ponta da mesa. Gina, Hermione e Rony se sentaram ao lado dele, no que foram acompanhados pelos outros aurores.
- Certo. Vocês já sabem o que está acontecendo. Só que agora já sabemos onde os dois estão. Apesar de que, com certeza não são só dois. - começou Harry - Bom, vamos de Chave de Portal, então, alguém providencie para mim. Agora, escutem... Estaremos lidando com Draco Malfoy. Ele pode parecer normal, mas vocês não tem noção do que ele é capaz. Vocês tem permissão para usar todo e qualquer feitiço que se lembrarem para se proteger e atacar. Mantenham o máximo de silêncio possível e lembrem-se: qualquer passo em falso e James pode morrer. Até que consigamos afastar Malfoy dele, ajam com cautela. Eu, Gina, Rony e Hermione cuidaremos disso, e vocês cuidam dos outros possíveis Comensais. Bem... Lá vamos nós - anunciou Harry aparando a Chave de Portal que um memorando trouxera.
Todos se reuniram, procurando tocar a grande bandeja de prata oxidada.
- 5... 4... 3... 2... 1.
Harry sentiu o costumeiro puxão no umbigo, várias pessoas se deslocando ao seu redor e no segundo seguinte, chão firme. Não demorou muito e todo o Esquadrão estava posicionado, aguardando ordens.
- Edwards, BrockLenberg, Martin e Mallits, pela esquerda. Stuart, Brown, Patil e Finnigan, direita. Chang, Smith, Thomas e Schäffer, pra cima. Prewet, Prewet, Laurie e Carter, corredores. Gray, Bishop, Schaeder, Stanford, Halliwell, Montevieux e Blake aqui fora. Weasley, Weasley e Potter comigo. - comandou Harry - Silêncio ao máximo, okay?
Gina adorava quando Harry a chamava de Potter, mas agora, sua preocupação maior era James. Os quatro andaram sorrateiramente até o porão. Na porta havia dois homemns brutos e, pelo visto, burros. Gina e Hermione os estuporaram com facilidade e se aproximaram devagar da porta. Harry espiou pelo buraco da fechadura e mirou um feitiço. Errou. Malfoy olhou para a porta, puxou a varinha e caminhou lentamente até ela. Harry sinalizou para que se afastassem. A porta explodiu e por ela surgiu Draco. Seu sorriso congelou ao ouvir quatro gritos diferente de 'Estupefaça!'.

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***N/A: Uau. ii' Okay, adorei escrever esse capítulo. E estou quase acabando o 8. Mas se não comentarem não posto. ;) Enfim, se tiver algum erro de escrita, desculpem, mas é que o teclado tá... Péssimo ao extremo. Okay, let's see;

Camila Lino: Obrigaaada, pronto, postei. Espero que goste. õ/

Larissa Manhães: Que booom que você gostou. Espero que goste deste capítulo. :*

mayra black potter: Não, não faço isso. É só comentar, passar pros amigos, etc. Mas, enfim. O capítulo tá aí, amourÁ. Espero que goste. ;*

Tonks & Lupin: Pronto, larguei de frescura. Atualizado. õ/ Tomara que você goste. :********

Joy: Atualizei! Se gostar, comeeenta. ;*

Acel: Aêêê! Harry/Gina é tudo de bom. Eu a m o. Espero que você goste do capítulo. :**

carol potter: Bom, acontece que o James cresceu ouvindo a mãe dele contando sobre o Harry, e de certa forma, o ele sempre sentiu falta. Acho que exatamente por ele ser filho do Harry ele tem essa percepção diferente. A Gina deixou muito claro para ele que não foi culpa de ninguém e que tanto ela quanto o Harry sofreram muito com esse mal entendido. E, acima de tudo, o James sente muita falta do pai. No começo ele demonstrou essa dúvida quanto ao Harry, mas ele sabe muito bem o que o pai fez, porquê, etc. Então, acho que ele tem muitos e bons motivos para aceitá-lo logo de cara, assim. E, que bom que você gostou. õ/ Espero que também goste desse capítulo e comeeeente. :**

Ginny_Weasley_Potter: AÊÊÊÊ! Õ/ Mas não entendi bem a sua pergunta, porque a fic é pós Hogwarts.



~~Boooom, tá aí, espero que gostem e comentem! :**

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