Gigantes em Little Whinging -



2º Capítulo


Gigantes em Little Whinging



Ao entrar no quarto Harry reparou que a coruja acinzentada havia partido, colocou sua varinha sobe a escrivaninha e sentou-se na cama, esfregou os olhos com os nós dos dedos, o efeito que a noite com os Dursleys havia lhe causado ainda percorria sobre sua mente, ele não conseguia acreditar no que ouvira e por um momento ele considerou a idéia de os Dursley haviam finalmente pagado por tudo de mal que haviam lhe causado e causado a Duda na má criação do filho, mas desconsiderou rapidamente essa idéia, pois mesmo criando o filho de um jeito errado, mimando-o demais, Duda não tivera culpa do aconteceu ele fora a real vítima da história toda, e ele constatou que não era ninguém para julga-los, Harry tentou esquecer a história, mas as palavras de Duda não lhe saiam da mente e os tios que em gratidão ao garoto pela primeira disseram um obrigado ou por favor que fosse, novamente ele constatou que eles não mereciam aquilo, pois era demais para qualquer um aguentar, mas a vida sempre é assim, nos surpreende quando menos esperamos, com situações ou ruins demais ou boas demais, o garoto olhou para o chão e viu ali a carta que a coruja havia lhe entregado caida quando ele ouviu os gritos de Duda, à pegou e seu coração deu um pulo na hora que vira de quem era o remetente, era de Hogwarts, o inconfundível lacre vermelho com o símbolo da escola brilhava a luz da lua que invadia o quarto pela janela, ele arrancou o lacre e mesmo antes de abri-la já sabia o que havia dentro, desde que chegara da escola raramente se via pensando nisto, mas agora que ele finalmente chegara parecia tão irreal pensar neles, parecia que aqueles exames tinham acontecido a muitíssimo tempo, Harry tremeu antes de tirar a carta do envelope, era o resultado dos N.O.Ms, os exames que eram aplicados nos alunos do quinto ano ajudando-os futuramente a seguir umam carreira profissional, no topo da carta havia um grande floreio escrito em linhas de ouro:



"Resultado dos Níveis Ordinários em Magia"



Harry viu uma pequena tabelinha abaixo das letras e quando ia ler sua primeira nota ouviu um barulho ensurdecedor, parecia uma explosão, ele se abaixou se perguntando o que Duda havia aprontado agora, mas o barulho viera de fora da casa então não podia ser seu primo que o fizera, e mesmo com todo o peso de Duda ele não teria conseguido fazer tamanho barulho, ele se levantou e olhou pela janela, era as duas quadras dali presumiu ele, uma camada de poeira espessa se espalhou sobre o lugar, talvez uma explosão de um prédio, mas não podia ser o que ele acabara de ver! Não podia ser mesmo! Era impossível eles estarem ali, três cocorutos enormes surgiram do meio da camada de poeira, eram GIGANTES, Como? Quando? Essas foram as perguntas que o garoto fazia a si mesmo enquanto corria para pegar sua varinha sobe a escrivaninha, mas ele não poderia sozinho acabar com três gigantes, ficou alguns minutos com a carta de Hogwarts na mão tremendo e pensou em escrever para a Ordem da Fênix, mas eles não chegariam a tempo, pensou também em aparatar para lá, mas não sabia sequer como tentar fazer isto, sentou-se na cama para tentar se acalmar enquanto pensamentos delirantes passavam pela sua mente, e se Voldemort quisesse fazer um massacre de trouxas, porque enquanto ele Harry pudesse falar que a casa dos Dursley era sua casa também ele estava protegido, então não fora pra pegar ele que os gigantes foram mandados, mas não podia ficar ali no escuro enquanto barulhos de pancadas enormes estouravam em seu ouvido, ele decidiu ir até o quarto de Duda para ver onde os Dursley estavam, e se algum comensal estivesse por perto esperando uma brecha para tentar invadir a casa.
Ao correr para o quarto do primo onde antes estava a família encontrou um corredor vazio e silêncioso demais, entrou no quarto, a porta estava aberta, todos seus familiares estavam agachados no chão aterrorizados, ele não pode mais aguentar ver aqueles rostos aterrorizados com medo do desconhecido, deu meia volta para pegar sua vassoura que estava no malão e depois de pega-la desceu a passos largos as escadas para a entrada da casa, abriu a porta quando um vulto muito branco lhe acertou o peito lhe tirando o ar, ele caiu de costas na entrada da casa e se assustou ao ver que era Edwiges.



— Edwiges o que é que está acontecendo?



Havia uma carta presa a pata da coruja, ele desamarrou rapidamente a cordinha que prendia a carta e abriu o envolope:



"Não saia de casa, estamos a caminho"
Alvo Dumbledore



A caminho? Por que eles não aparatam logo, pensou o garoto, a resposta veio na mesma hora, raios vermelhos estuporantes voaram sobre o céu escuro da madrugada.



— Eles Chegaram!!! - disse o garoto com os olhos do brilhando de excitação.



Ele ficou parado escutando os estampidos enquanto pensava no que ia fazer, fez menção de dar meia volta para entrar na casa quando escutou um berro de uma criança cortar o ar, subiu em sua Firebolt e deu um impulso com os pés, logo ele estava planando no ar frio e gelado forçando seu cérebro a pensar no que fazer, os cocorutos dos gigantes se moviam rapidamente e Harry podia ver seus braços esmurrando as pessoas no chão que deviam ser os membros da ordem, pensou se Lupin estava lá, pois depois da morte de Sirius ele passara a se preocupar bem mais com o outro melhor amigo de seu pai, não que ele não se preocupasse antes, mas porque não queria perder outro amigo querido ele realmente não aguentaria, sua preocupação com as pessoas envolvidas com ele aumentara dez vezes mais do que antes, sentiu um aperto no coração ao pensar em Sirius e Lupin, correu para sobrevoar onde estava acontecendo a luta, a cena não era das melhores, não haviam comensais, mas os membros da ordem estavam tendo bastante dificuldade com os gigantes, era um prédio de onde viera aquela poeira toda, e o que um dia fora um prédio era agora apenas um grande pedaço de escombros, e Harry constatou com alívio que o prédio fazia parte de uma construção que estava no começo, havia várias máquinas e caminhões por perto, não era um prédio residencial, ele desviou com rapidez de alguns feitiços estuporantes que não conseguiram derrubar os gigantes e quase o pegara em cheio, havia alguns trouxas no lugar vendo a cena abobados ao ver os gigantes e quando ele voltou a planar no ar viu o que o atraíra até aquele lugar, a criançinha estava nas mãos de um gigante cabeludo que parecia querer faze-la de iôio enquanto vários membros da ordem tentavam derruba-lo sem acertar a criança habilmente, mas não parecia fazer muito efeito, o gigante lançava a criança no ar e depois a pegava de volta fechando os dedos que a criança conseguia desviar enquanto gritava, o gigante ria debilmente, mas na segunda vez que ele fez isso a criança rolou assustada pela mão gorda do gigante e caiu a céu aberto, Harry foi mais rápido, voou velozmente passando pelos dois gigantes e chegando a tempo de pegar a criançinha perto do terceiro, vôou mais para o alto ao desviar de uma mãozada que o gigante deu no ar tentando descobrir o que pegara a criança.



— Harry, volta pra casa, AGORA!!! - o grito irrompeu entre os urros dos gigantes.



Harry olhou pra baixo era Nimphadora Tonks ladeada de Alvo Dumbledore e Remo Lupin que atiravam feitiços nos gigantes dando cobertura a bruxa, e quando ele ia responder que não podia deixa-los ali algo surgiu no céu, palavras em tom esverdeado e em forma de fumaça espessa apareceram fazendo o corpo do garoto congelar ao lê-las:



" Enquanto ele poder dizer que a casa onde ele mora é dele, ele estará protegido, mas enquanto ele estiver fora dela a proteção não existe."



Logo depois um crânio com uma cobra que saia da boca pairou sobre o céu apagando as palavras esfumaçadas, eram eles. Debaixo de algumas árvores saíram as pessoas que Harry mais odiava na vida, Bellatriz Lestrange e Lord Voldemort com muitos comensais da morte ao seus lados, Harry levou a criança até um lugar seguro enquanto fugia dos raios verdes fulgurantes que voaram em sua direção, um alto prédio perto da cena foi o lugar onde deixou a criança que estava desacordada, era um garotinho, colocou-o deitado sobre sua blusa que ele tirara e ia tentar voltar para a batalha pra tentar ajudar Dumbledore e os outros que agora travavam uma batalha incessante com os comensais quando ouviu uma voz à suas costas:



— Olá menino Potter ainda chorando pela morte do meu priminho?



Era ela que acabara de aparatar as costas do garoto, Bellatrix Lestrange.



Ele nem pensou em apresentações se virou rapidamente e gritou:



— Reducto. - disse ele apontando a varinha para a parede do lado da mulher, a parede fazia parte de uma cabine que dava em uma escadinha que levava aos outros andares.



A parede se estraçalhou fazendo vários escombros cairem sobre a mulher que surpresa não fora rápida o suficiente para se desviar dos escombros.



Ele pegou o garotinho e montou na vassoura, a mulher estava caida aparentemente desacordada, ele vôou até os escombros e apontou a varinha para o peito da mulher, ele já sabia o que dizer, era a maldição de morte que queria sair de sua boca e ele sabia que se a dissesse ela teria efeito, mas a coragem não lhe veio e ele se limitou a dizer:



— Eu não sou o mesmo daquela noite - a mulher ouvia tudo quase insconciente - e da próxima vez que nos encontrarmos eu vou te matar, sua vagabunda maldita. - e deu um chute no ventre da mulher antes de voltar ao ar.



Vários comensais estavam apenas esperando Bellatrix aparecer e se assustaram ao ver o garoto olhando para baixo e ele pode ouvir vários deles que não estavam lutando com a ordem gritar:



— Avada Kedrava.



Ele foi mais rápido mais uma vez e conseguiu desviar dos feitiços, seus reflexos em Quadribol sempre lhe ajudavam nessas horas, ele ouviu uma risada aguda e fria antes de ser atingido por algo muito pesado e vermelho a suas costas, ele se virou e viu Bellatriz de pé apontando a varinha para ele, sentiu uma pontada familiar lhe repuxar o umbigo e antes de sequer pensar no que aconteceu, ele estava rodando em um redomoinho de cores de uma chave de um portal.



Ele demorou a acordar suas pálpebras estavam pesadas, ele abriu os olhos e sentiu que estava deitado sobre um sofá, tudo estava muito escuro, ouviu uma voz ao longe:



— Vamos leva-lo para a escola, por favor cuidem daquele garotinho, daqui alguns dias quando os pais dele voltarem ao normal, eu mandarei eles virem pega-lo aqui, Harry mandará notícias - era a voz de Remo Lupin - quando estiver melhor.



Ele se levantou, suas costas doiam muito, estava escuro, mas ele pode ver o garotinho que ele trouxera para junto dele com o portal deitado em outro sofá.



— Dumbledore mandou me lembra-la novamente sobre o que aconteceu aos Potter da última vez em que você resolveu não acolhe-los quando eles precisaram, creio que eu e aquele berrador do ano passado são o bastante para lembra-la não? Harry irá voltar ano que vem como sempre não é? - a voz de Lupin parecia inflexível e forte, nem lembrava a voz calma que ele tinha.



— Sim, não se preocupe e cuidaremos do garotinho até volta de seus pais. - disse a voz de Petúnia Dursley que pela primeira vez não parecia seca como um pau ou assustada de medo, mas sim triste e aguda.



— Isso cuidaremos. - disse um tio Válter rouco.



— Iremos levar Harry pela lareira da sala, Adeus e não se preocupem, o caos aqui perto já foi contornado, só procurem não sair da casa esta noite que ficarão seguros.



As portas duplas da sala se abriram e por ela entraram Tonks e Lupin carregando as coisas do garoto: seu malão e a gaiola com Edwiges dentro.



— Olá Harry. - disse Tonks sorrindo e passando a mão pelo cabelo do garoto fazendo um cafuné, essa noite ela estava com seu rosto normal um pouco chamuscado e com os cabelos em um lilás clarinho, parecia cansada da batalha exaustiva.



— Olá - respondeu ele atortuado - O que aconteceu afinal? Onde está Voldemort? - disse o garoto massageando as costas doídas.



— Conversaremos na ordem Harry. - disse Lupin em tom mais sério do que o normal, mas dessa vez ele não estava mal arrumado e cansado, e sim muito mais jovem do que Harry jamais havia o visto na vida, suas vestes eram novas e ele sustentou o olhar sério para Harry caminhando até o garotinho deitado no sofá e pousando um grande pedaço de chocolate da Dedos de Mel sobre o colo do garoto .



— Mas... - o garoto ia prostetar para Lupin pela atitude nada amigável do amigo em relação a ele, mas Lupin fez um movimento rápido da varinha tirando o aquecedor elétrico da frente da lareira para abrir passagem e o garoto se calou.



Ele acendeu o fogo com um toque da varinha e jogou um pouco de Pó de Flu nas chamas, elas ficaram verde esmeralda.



— Você primeiro Nimphadora. - disse o homem.



A mulher nem sequer protestou por ele ter chamado-a por seu primeiro nome apenas entrou nas chamas cansada e disse:



— Aluado's Lobus.



O homem olhou para Harry e disse:



— Você consegue repetir o que ela disse? - perguntou o homem olhando pela primeira vez para Harry como antes, como um amigo.



— Sim. - assentiu o garoto.



— Então você já sabe o fazer. - disse Lupin jogando novamente um pequeno punhado de Pó de Flu nas chamas.



— Aluado's Lobus. - disse Harry depois de sentir o ar morno das chamas verdes em seu corpo, logo ele foi tomado por outro redomoinho, mas dessa vez eram de lareiras que passavam velozmente ao seus olhos enquanto ele rodava, rodava, até cair com um baque em uma sala escura, ainda não aprendera viajar com o Pó de Flu direito, viu uma mão estendida na escuridão, a luz foi acesa, ele viu Nimphadora e um garoto ruivo, cheio de sardas sorrir para ele, percebeu como Rony Weasley estava alto.

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