Conselhos de quem sabe mais



#Cap 7: Conselhos de quem sabe mais#


Dias depois do Natal (mais exatamente no dia 31 de dezembro), Pansy estava em casa, no escritório do pai, observando-o trabalhar. Na verdade, ela estava ali para não ficar sozinha porque ultimamente cada vez que isso acontecia, a imagem de Harry lhe vinha à cabeça. Sabia que devia manter distância dele, mas, aparentemente seu cérebro estava em pane e todo e qualquer pensamento racional era substituído por uma lembrança da festa de Natal.
Sentia-se quase assombrada pela ‘presença’ dele, embora viesse evitando-o desde a festa. Pensava que, com o afastamento, talvez o esquecesse. Ou melhor, tinha uma vã esperança de que isso pudesse acontecer.
“Que droga, aqui estou eu, de novo, pensando nele.”
-Pai, tem algum balancete, relatório, ata, qualquer coisa, aí pra eu ler? Preciso me distrair.
Johnathan sorriu. Percebera como a filha andava distraída desde o Natal e sabia qual era o motivo, pois este quase tivera que ser desgrudado dela, de tão agarrados que estavam, nos jardins da mansão.
-Você pode escolher, aqui na mesa tem tudo isso que você falou. Mas, - ele se levantou e caminhou até a poltrona que a filha estava – talvez seja melhor você chamar algum amigo. Que tal o Harry? – sugeriu, sentando-se em frente a ela.
Pansy olhou para o pai com uma expressão de desagrado.
-Desse aí eu quero distância.
-Sério? Não foi o que pareceu. – a garota não esboçou qualquer reação ante a provocação do pai, o que o deixou ainda mais preocupado, afinal sua filha era a ‘rainha da argumentação’, adorava ter a última palavra. – Filha, qual é o problema? Você tem estado tão diferente ultimamente, distraída, quieta...
-Eu, por acaso, sou um papagaio que não pára de falar?
-Olha como você está mal-humorada. Você pode confiar em mim e dizer qual é o problema.
-Pai, eu confio em você. É que... ah, deixa pra lá. Acho que você não vai entender.
-Tenta. Eu sou mais inteligente do que pareço. – brincou ele.
Pansy resolveu contar. Respirou fundo e começou:
-Eu acho que fiz uma besteira.
-Besteira? E, por acaso, não tem a ver com fraldas, chupetas e alguém me chamando de avô, tem? – perguntou Johnathan, ansioso – Aquele moleque! Eu acabo com ele!!
-Claro que não, pai! Não tô grávida.
-Graças a Deus! Que alívio! – respirou fundo, aliviado – Então me diz qual é o problema.
-Sabe a minha amiga Luna? Há uns meses, ela me desafiou a fazer uma coisa e essa... ‘coisa’ tá me atormentando.
-Pansy, o que você fez?
-Eu tinha que conquistar o Harry. Fazê-lo se apaixonar por mim. – contou a garota, temerosa.
Johnathan perdeu a fala por uns instantes. Quando a recobrou, perguntou, sério:
-Pansy Portman Parkinson, você tem noção do que está fazendo? Está brincando com os sentimentos de outra pessoa!
-Ih, chamou meu nome completo. Tô ferrada. – murmurou a garota – Pai, não é tão sério quanto parece. O Harry é um cafajeste, ele conquista garotas e as descarta. Ou seja, ele não tem sentimentos.
-Você já parou pra pensar no que pode acontecer se ganhar esse desafio maluco? Se esse rapaz começar a gostar sinceramente de você? Filha, desculpe a franqueza, mas fazer alguém gostar de você, confiar em você, apenas por um jogo, é muita crueldade.
-Ele também é cruel quando descarta as outras meninas. Ser rejeitado seria uma lição.
-E quem é você? A vingadora das donzelas indefesas? Você disse que ele é um cafajeste. Se levar esse plano adiante, será tão cafajeste quanto ele.
-Tudo bem, pai. – disse a garota, após uma pausa – Eu concordo com você. Mas isso tudo foi só a introdução da história. O problema é que eu tô me apaixonando por ele.
-A minha filhinha tá se apaixonando por quem?
Pansy e Johnathan se viraram em direção à porta do escritório, de onde viera a voz.
Ali estava Elisa Portman, mãe de Pansy.
-Mãe! – a garota abraçou a mãe. – Que bom que você tá aqui. Preciso muito de você.
-O que houve, bebê?
-Mãe, não me chama assim.
-Como vai, Elisa? – perguntou Johnathan
-Estou ótima. – respondeu, abraçando-o – Melhor agora, com vocês.
Elisa Portman era uma empresária de sucesso. Fora modelo e tinha sua própria grife: a Zephyr. Era belíssima e amava muito a filha, mas por conta do trabalho, vivia em NY, enquanto a filha morava na Inglaterra. Fora casada com Johnathan durante doze anos e o divórcio fora absolutamente amigável. Os dois se davam tão bem que Pansy, às vezes, suspeitava que eles ainda se gostavam.
-Mas, me diz, filha, por quem você tá apaixonada?
-Mãe, é melhor você sentar, porque a história é meio longa.

#Casa dos Potter#

-Pai, posso falar com você? – perguntou Harry. Depois de cinco dias pensando em Pansy e no que acontecera na festa, ele estava pronto para fazer o que não fazia há uns três anos, no mínimo: pedir conselhos sentimentais.
-Claro. Alguma coisa errada?
-Talvez. Lembra da Pansy, filha de Johnathan Parkinson?
-Como esquecê-la? Eu quase tive que arrancar você dos braços dela. – disse Tiago, sorrindo. Mas ao ver como o filho estava inquieto, ficou sério. – Essa menina está com problemas?
-Essa menina é o problema! Acho que dessa vez, arrisquei mais do que podia.
-Do que você tá falando, filho?
-Pai, sempre saí com garotas com as quais não teria qualquer futuro. Eu ficava com elas pouco tempo e terminava. Tá, eu sei que esse comportamento é desprezível. – acrescentou ao ver a cara feia que o pai fez. – O problema é que eu me envolvi demais com uma garota bem diferente das outras.
-Diferente como? Ela tem três pés?
-Sem brincadeiras, tá? Eu tô com um problema sério.
-Desculpa.
-Bom, começou quando o Malfoy e eu apostamos que eu podia conquistar a Pansy.
-Por que a Pansy? Foi uma escolha aleatória ou ela é especial de alguma maneira?
-Com certeza ela é especial... mas isso não vem ao caso! O Malfoy a escolheu por que ela é uma das poucas que não ligam pra mim. – respondeu o rapaz, murmurando a última parte. Tiago sorriu. – Eu achei que não haveria problemas em investir, mas ela... – o garoto pareceu procurar as palavras certas – é irresistível.
-E você acha que gosta dela? – perguntou Tiago, já sabendo da resposta. Harry confirmou com a cabeça.
-O que eu faço, pai?
-Só existem dois caminhos, filho: ou você tenta ficar com ela ou não.
-Que droga de conselho é esse, hein?
-É só o que eu posso dizer. Se você gosta dela de verdade – Tiago enfatizou o ‘verdade’ – invista. Mas se acha que não vale a pena conquistar essa moça, deixe pra lá. Ou pode fazê-la sofrer muito.
-Eu tenho sofrido muito... – murmurou Harry, sem perceber. O pai pôs a mão em seu ombro e disse:
-Então decida, filho. Se ela é importante pra você, não a perca. Mas reflita bem, não confunda amor com despeito. Não conquiste a Pansy apenas pra provar que pode.
Harry confirmou com a cabeça. Tudo o que o pai dissera, ele já sabia. Mas fora bom ouvir de outra pessoa. Agora só tinha que decidir o que fazer de sua vida. Pensava muito em Pansy e sentia falta dela, mas não tinha certeza se isso era por gostar da garota ou outro motivo qualquer.
-Pai, como você sabe quando gosta de alguém?
-Isso é meio subjetivo, Harry. Eu, por exemplo, além de pensar na sua mãe o tempo todo, sempre tentava impressioná-la fazendo alguma coisa idiota. Eu sabia que o que eu sentia por ela era especial porque eu não pensava apenas em estar com ela... er, fisicamente, se é que me entende.
-Eu entendo. – disse Harry, rapidamente.
-Eu estava interessado também nas opiniões, nos sentimentos dela. Acho que é assim que nos sentimos quando amamos alguém: queremos a outra pessoa por inteiro. Consegue entender isso?
-Acho que sim...


#De volta à Mansão Parkinson#

-E é isso mãe. Eu fiz uma idiotice e tô pagando o preço.
-Pansy, você realmente fez uma idiotice, mas tem que pensar no que fazer a partir de agora.
-Algo como sair de Hogwarts pra nunca mais vê-lo?
-Claro que não. O que você tem que fazer é avaliar bem o que sente pra saber se realmente gosta desse rapaz. E só então vai poder decidir se quer investir nessa relação.
-Que relação, mãe? Só ficamos uma vez.
-Mas por tudo que me contou, eu deduzi que vocês se dão bem, tem coisas em comum e conversam bastante.
-Até parece que isso é o suficiente...
-Isso é 70%.
-E os outros 30, são o quê?
-Atração, paixão. – Pansy desviou o olhar, absolutamente constrangida.
-Tá, já entendi, muda de assunto.
-Se esse rapaz for importante pra você, lute por ele. Mas só faça isso se tiver certeza de que o que sente é verdadeiro. Não brinque com os sentimentos dele.
Pansy suspirou. A conversa com os pais fora exatamente como imaginara. Eles não disseram o que ela queria ouvir, e sim o que tinha que ouvir e era isso que tornava seus pais os melhores, na opinião dela. Levantou e abraçou a mãe.
-Sabia que o papai me disse a mesma coisa?
-Imaginei. Mas, mudando radicalmente de assunto, com que roupa você vai à festa na mansão Wiltshire?
-Eu não vou à festa.
-Por que não?
-A festa é de Narcisa Malfoy e o filho dela é amigo do Harry. Então, logicamente, ele vai estar lá. E eu não quero vê-lo.
-E vai passar o reveillon sozinha? Nem pensar. Seu pai e eu ficamos em casa com você.
-Ficamos em casa porquê? Vocês não querem ir à festa dos Malfoy? – perguntou Johnathan, chegando e ‘se metendo’ na conversa – Aliás, vocês não acham engraçado sempre dizermos ‘os’ Malfoy? Quero dizer, Narcisa é viúva, outro Malfoy é quem, o filho dela?
-Johnathan, do que você está falando? Surtou de vez? – perguntou Elisa, com cara de interrogação.
-Ah nada, deixa pra lá... Mas que história é essa de ficarmos em casa?
-A Pansy não quer ir à festa pra não encontrar o Harry. E não devemos deixá-la sozinha em casa.
A garota se levantou e encarou os pais. Entendia que estivessem preocupados, mas não gostava de ser tratada como bebê.
-Mãe, pai, vocês podem ir. Quem não tá afim sou eu. E eu sei como vocês gostam de sair.
-Mas filha, você vai passar o reveillon sozinha?
-Eu não me importo, pai. Juro. Vão à festa.


#Mansão Wiltshire, 23:45#

Harry consultou seu relógio pela milésima vez. E também pela milésima vez olhou em direção à porta. Fora àquela festa apenas para ver Pansy. Ainda não chegara a uma conclusão sobre o que sentia pela garota, mas queria muito vê-la. Tinha uma frágil esperança de que pudesse aparecer.
Viu o pai dela circular pelo salão acompanhado de uma bela mulher. Resolveu ir falar com ele para saber onde estava Pansy.
-Boa noite, sr. Parkinson.
-Harry, como vai? – Johnathan estendeu a mão e o garoto a apertou – Essa é Elisa Portman, mãe da Pansy.
-Muito prazer, Harry.
-Como vai, sra. Portman?
-Muito bem.
-Vocês viram a Pansy por aí?
-Ela não se sentia em clima de festa e preferiu ficar em casa. – respondeu Johnathan.
-Então ela não vem? Que droga... – disse Harry.
Johnathan avaliou bem a expressão decepcionada do rapaz e decidiu que podia confiar nele. Tivera uma boa impressão desde que foram apresentados, a despeito de tudo que Pansy falara dele.
-Olha Harry, - disse, tirando uma pequena placa de metal do bolso interno do paletó – essa é uma permissão mágica de entrada. Com ela, você pode aparatar na minha casa. – entregou o objeto ao rapaz – Vá encontrar a Pansy.
Harry sorriu, agradecendo efusivamente. Despediu-se e se dirigiu à saída. No caminho, cruzou com Blaise e pediu a ele que inventasse uma desculpa para sua ausência.
Ao mesmo tempo, Elisa questionava a decisão do ex-marido:
-Johnathan, eu fiquei louca por um momento ou você realmente deu a esse garoto a chance de ficar sozinho com a nossa filha?
-Relaxa, Elisa. Ele é um bom garoto. E devemos confiar na educação que demos a Pansy.
-Não sei, não...
-Além do mais, fugir nunca resolve o problema. Tenho certeza que depois dessa noite, ela descobre se gosta dele ou não.

#Mansão Parkinson, 23:47#

-I need your arms around me; I need feel your touch. I need you understand me; I need your love, so much…
Pansy estava no terraço da mansão (agora em seu tamanho normal) cantando e dançando sozinha, tentando não pensar em Harry. Usava um belo vestido, maquiara-se e arrumara o cabelo. Afinal era reveillon e ela nunca passara uma virada de ano mal-arrumada. Aquele seria seu primeiro reveillon sozinha, mas nem por isso deixaria de ser em grande estilo. Pusera uma garrafa de champanhe no gelo, colocara música e preparara uma festa para uma única convidada: ela própria.

#Hall da Mansão, 23:49#

Harry chegou um tanto ansioso. Depois de dias pensando nela, finalmente a encontraria cara-a-cara. Tinha ali a chance perfeita de descobrir o que sentia por Pansy.
Quando sentiu que todo o corpo finalmente chegara à mansão (aparatação deixava uma sensação de que parte de você relutava em deixar a origem), ouviu música. Imediatamente ficou com a pulga atrás da orelha: segundo o pai, Pansy ficara em casa porque não estava em clima de festa. Então porque parecia que uma festa maior que a dos Malfoy estava acontecendo em sua casa?
“Será que ela inventou essa história pros pais só pra ficar sozinha em casa... e chamar alguém?”, pensou Harry, cerrando os punhos. Respirou fundo para tentar se controlar, mas não conseguiu. Correu escada acima, seguindo a música e imaginando-se socando o cara que poderia estar com Pansy. Quando chegou ao terraço, a viu dançando e cantando sozinha. A raiva evaporou. Sentiu um alívio tão grande que até agradeceu a Merlin.
-O que você está fazendo aqui?? – perguntou Pansy, surpresa e nervosa – Como você entrou??
-Calma, uma pergunta de cada vez. – disse Harry, aproximando-se dela.
-Fica parado aí!! Não chega perto de mim! Eu... – olhou em volta e viu um candelabro sobre uma mesa. Pegou-o rapidamente – tô armada!! (N/a: visualizem bem essa cena, por favor. rsrs)
-Tá maluca?! Esqueceu de mim? Sou eu, Harry!
-Como você entrou aqui??
-Eu... seu pai... Quer abaixar esse negócio? Tá me deixando nervoso! – disse o rapaz, apontando para o candelabro.
-Não!! Você invadiu minha casa!
-Eu não invadi nada, garota! Olha aqui. – Harry mostrou a PME* que ganhou de Johnathan – Seu pai me deu isso.
A garota olhou a placa de metal que o garoto segurava e reconheceu o logotipo da família contido nela. Abaixou o candelabro, mas não o soltou.
-Porque meu pai te deu isso? – perguntou, desconfiada.
-Ele me disse pra vir te encontrar. Você não apareceu na festa, então eu falei com ele e ele me deu a PME. Como queria te ver, nem quis saber, vim direto.
A garota se deu por convencida e pôs o candelabro numa mesa próxima.
-Queria me ver? Pra quê?
-Eu... não sei – disse Harry, olhando nos olhos da garota.
-Ah, não sabe? – Pansy sentiu raiva, desejava que ele tivesse ido à sua casa para dizer que gostava dela e que queria que ficassem juntos – E quem sabe?
-Por que você tá falando assim?
-Assim, como?! Você aparece na minha casa do nada, diz que queria me ver não sei pra quê, e fica aí parado, com essa cara de idiota?! – gritou a garota, dando um passo na direção dele.
-Talvez eu seja mesmo um idiota, afinal eu saí de uma ótima festa pra ser insultado por uma MALUCA!!! – gritou Harry em resposta, também indo em direção à ela.
-Quem você tá chamando de maluca?! Você invade minha casa no meio da noite e a louca sou eu?!
-É louca, sim!
-Posso até ser, só assim pra desperdiçar dias pensando em VOCÊ!!
-Desperdiçadas foram as noites que eu passei sonhando com VOCÊ!!
Os dois continuaram gritando e chegando mais perto um do outro, até que estivessem bem próximos. Calaram-se. Estavam próximos o suficiente para sentir a respiração do outro. Ambos estavam ofegantes, talvez pelos gritos ou talvez por aquela atração irresistível que sentiam quando estavam juntos. Olhavam-se ora nos olhos, ora para os lábios do outro...
Agarraram-se ao mesmo tempo e beijaram-se com uma paixão violenta. Pansy puxava Harry para si com os dedos entrelaçados nos cabelos dele. Harry, que passava as mãos pelas costas da garota, encostou-a na parede. Ambos esqueceram de tudo, seus sentidos se voltavam unicamente para o outro.
Beijaram-se apaixonadamente até que o som de explosões de fogos de artifício os trouxe de volta à realidade. Harry levantou a cabeça, ainda de olhos fechados e respirou fundo. Pansy recuperou-se primeiro e ficou chocada com a situação: estava encostada numa parede, com Harry segurando uma de suas pernas pelo joelho. Lembrava-se vagamente de ter entrelaçado a perna na dele. A camisa dele estava meio desarrumada, pois uma de suas mãos tinha se insinuado pelas costas dele.
Quando recuperou o fôlego, Harry soltou a perna de Pansy e disse, com um meio sorriso:
-Já é meia-noite.
-Feliz ano-novo, então.
-E você sabe o que acontece quando fazemos uma coisa na bem na hora da virada, né?
-Dizem que se repete pelo ano todo...
-Isso só depende da gente.
-O que quer dizer? – perguntou Pansy, meio desconfiada da resposta.
-Que que eu quero ficar com você. – disse Harry, simplesmente. A garota viu que ele não mentia, pois a encarava abertamente, olhando-a nos olhos – Você aceita?
-Esse pedido foi uma droga. – brincou Pansy, sorrindo – Você pode fazer melhor.
Harry riu.
-Certo. – o garoto limpou a garganta e perguntou – Pansy, você aceita namorar comigo?
-Esse foi um pedido bem feito.
-É, mas você aceita ou não? – perguntou Harry, impaciente.
-Aceito, claro que aceito! – respondeu antes de beijá-lo mais uma vez. O clima foi esquentando mais e mais até que ela o afastou – Acho melhor pararmos.
-Tá. – Harry afastou-se mais da garota – Mas você sabe que eu nunca desrespeitaria você, né? E nunca, nunca forçaria nada.
-Eu sei, confio em você. Só acho que... algumas coisas têm hora certa pra acontecer.
-Eu entendo, não se preocupe. – o garoto olhou em volta e viu a garrafa de champanhe. Adiantou-se até a mesa onde ela estava e conjurou uma taça (pois Pansy pusera apenas a própria taça, quando planejara sua festa).
-Quer brindar?
-Claro. – o garoto abriu a garrafa e serviu a bebida. Entregou uma taça a Pansy, que perguntou – A que?
-A nós. – respondeu Harry, erguendo a taça.
-A nós. E que esse seja o nosso ano.
Eles brindaram, tomaram o champanhe e beijaram-se mais uma vez. Quando se afastaram, muitos minutos depois (nem pararam para tomar fôlego, estavam ficando bons nisso), estavam sorrindo, meio bobos. Sentiam uma alegria enorme.
-Acho melhor eu ir agora. – disse Harry, relutante – Até Hogwarts.
-Até.
Antes de desaparatar, ele lhe deu mais um beijo, rápido dessa vez, (“-Beijo de despedia. – disse”) e se foi. Pansy sorriu de puro contentamento. Foi para seu quarto e, depois de tomar banho e vestir uma camisola, deitou-se. Sentiu que aquela seria a melhor noite de sono que teria desde o Natal, pois agora tinha uma razão real para sonhar com ele: Harry era seu namorado!
Harry chegou em casa sorrindo, absolutamente feliz. Subiu para seu quarto, tomou banho e vestiu o pijama. Deitou, sentindo-se relaxado. Sabia que sonharia com ela, isso já acontecia há algum tempo, mas dali para frente não se sentiria ‘assombrado’ e sim, feliz, porque sonhar com a namorada era normal. E Pansy era sua namorada.

****************************************************
N/a: E aí??? Gente, eu adorei a piadinha do Tiago : “Diferente como? Ela tem três pés?”
Achei mto fofo esse final. E adorei escrever a parte da Pansy com o candelabro na mão. Vocês visualizaram bem a situação? Eu ri demais escrevendo isso. Comentem dizendo o que acharam do cap! Bjos!!
*PME: permissão mágica de entrada.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.