In the end



One thing, I don't know why

It doesn't even matter how hard you try

Keep that in mind

I designed this rhyme to explain in due time

All I know is that

Time is a valuable thing

Watch it fly by as the pendulum swings

Watch it count down to the end of the day

The clock ticks life away

It's so unreal

Didn't look out below

Watch the time go right out the window

Trying to hold on, but didn't even know

I wasted it all

just to watch you go

I kept everything inside

And even though I tried

It all fell apart

What it meant to me will eventually be a

memory of a time when

I tried so hard and got so far

But in the end, it doesn't even matter

I had to fall to lose it all

But in the end it doesn't even matter´

In the end - Linkin Park


Capítulo II – In the end
- Você está melhor? - Perguntou Julia voltando da cozinha e parando na porta do quarto de Hermione com duas canecas na mão.

- Acho que sim... - Respondeu Hermione sentando-se na cama, secando as últimas lágrimas. - Hoje, - ela começou tentando se recuperar - fui visitar meu pai. Esse também é o pior dia do ano para ele e...- Julia colocou as canecas sobre a mesinha de cabeceira e puxou Hermione para um abraço já sabendo que a amiga provavelmente voltaria a chorar.

- Pode me contar, é bom desabafar. - Disse Julia pronta para ouvir o relato sobre o que desencadeara a dor de Hermione.

- Foi horrível. Ele sendo arrastado por aqueles homens como se fosse um criminoso, um louco, implorando para que eu o tirasse dali...Eu não sei se colocá-lo em um hospício foi a melhor coisa, ele está sofrendo tanto... – Murmurou.

- Hermione, chamou Julia se afastando e encarando Hermione - talvez seja o único lugar onde ele esteja realmente seguro e você sabe disso, você sabe que lá é o melhor lugar pra ele, pelo menos, por enquanto.

- Eu realmente não sei... - sussurrou a morena apoiando o cotovelo nos joelhos, suas mãos tampando seu rosto inchado.

A morte da srª Granger chamara muita atenção parando nos jornais de todo o país na primeira página, os policiais trouxas responsabilizados de achar os culpados trabalhavam 24 horas, procurando pistas no local do crime, esperando até que os parentes estivessem em condições para um interrogatório, o qual levantaria muitas suspeitas da imprensa e dos Aurores que acompanhavam tudo, sempre atentos.

Aos poucos a vida de Hermione fora se tornando notícia e um verdadeiro caos.

A primeira a testemunhar fora Hermione, seria um de outros 4 que seriam feitos por diferentes partes do Ministério bruxo nos dias a seguir. Para os policiais, dissera somente o que vira e todo o seu trajeto até o banheiro tomando cuidado para não dizer em momento algum o nome comensais ou Voldemort pois seria, provavelmente, chamada de louca ou pensariam que era uma gangue da região, infelizmente, seu pai não foi muito esperto e em desespero, não atendendo aos pedidos da filha, declarou que bruxos das trevas tinham sido responsáveis pela perda trágica da esposa. Não demorou muito e a região onde moravam,antes tranqüila chegando até mesmo a ser pacata demais, teve suas ruas invadidas por jornalista que queriam a todo custo conseguir uma entrevista com a filha e o marido da mulher brutalmente assassinada.

O sr. Granger foi citado diversas vezes em jornais sensacionalistas depois de seu depoimento como “um homem apaixonado que se entregou a loucura depois da perda da mulher” ou “suspeito número um de assassinato brutal finge ter insanidade mental para livrar-se de pena de morte”.

Hermione, é claro, temendo pelo o que estaria por vir, tentou convencer seu pai de que deveria mudar seu depoimento, pois só iria piorar, novamente o sr. Granger foi à policia e manteu sua primeira versão e foi submetido a uma serie de exames onde os médicos alegavam que ele tinha criado uma ‘fantasia’ para fugir da própria realidade, e até mesmo se proteger para que nada semelhante lhe acontecesse perdendo a capacidade de distinguir o irreal do real, algo ‘normal’ para vitimas de choques como aquele sugerindo para Hermione que um Hospício seria a melhor opção, além do mais, segundo as leis já que Hermione não podia cuidar de seu pai durante tempo integral,ela deveria encontrar quem fizesse tal coisa por ela.

Hermione sentia que estava em um túnel sem saída, não sabia para onde ir ou o que fazer e sempre, independentemente para que lado escolhesse seguir, nada era perfeito, sempre havia o lado bom e o lado ruim e por mais que tentasse se sacrificar para proteger quem estava a seu lado, tudo era em vão, alguém além dela sempre saia machucado e isso a consumia por dentro e, um dos melhores exemplos disso sem dúvida alguma era o seu pai.

Precisava escolher entre manter seu pai em um Hospício, protegendo-o dos comensais e dos olhos da mídia tanto trouxa quanto bruxa, mesmo que isso significasse que ele continuaria a ser submetido a exames e medicações desnecessárias, afinal, o Sr. Granger não falava nada mais que a pura verdade mesmo que esta parecesse absurda aos olhos dos outros, e isso mais cedo ou mais tarde, o deixaria louco.

Enquanto isso Hermione iria cumprir sua promessa para depois voltar a viver como deveria e tirar seu pai daquele centro de loucos. Ou então, cuidaria do sr. Granger 24horas, mas era simplesmente impossível. Caso o fizesse, teria que sair definitivamente do mundo bruxo, seu pai não iria conseguir se adaptar, mas havia também o sentimento de vingança que ardia em seu peito cada vez que se lembrava de sua mãe, boiando na água, morta, seus olhos abertos refletindo terror. Ainda tinha o fato de que se voltasse a ser uma trouxa qualquer paz que pudesse querer estaria fora de questão, não havia disfarce que a escondesse do Lorde das Trevas e seus seguidores.

Tinha cogitado certa vez, arranjar um medibruxo para cuidar dele, mas ninguém jamais aceitaria o cargo, principalmente depois que foi publicado no Profeta Diário a situação em que a ex grande amiga de Harry Potter se encontrava. Todos sabiam, inclusive ela, que estar próximo a Hermione Granger seria um perigo pois tinha atrapalhado os planos de muitos grandes bruxos das trevas e eles não poupariam esforços para torturá-la.

Não durou muito tempo e essa possibilidade estava fora de questão, não conseguia confiar a ninguém a segurança, a vida de seu pai, ninguém a não ser a própria Hermione.

Foi uma difícil escolha, tão dura para ela quanto para seu pai, mas depois de analisar a situação cautelosamente Hermione o colocara no Centro Psiquiátrico de Londres, mesmo sabendo que ele não estava com problema mental algum, o que contribuía para que o sentimento de culpa pesasse ainda mais em seu coração. Apesar de tudo, ela tentava acreditar que ali ele estaria mais seguro e hoje, depois de tantas noites em claro, tentando se decidir que caminho seguir, ela voltara a se questionar se era realmente certo o que estava fazendo ou não, mas desistir não se encaixava com os planos já traçados.

Decidira então, seguir pela primeira opção e por mais torturante que fosse só pararia quando tudo tomasse seu rumo sem que ela precisasse interferir em mais nada, mas até isso acontecer, Hermione teria que agüentar, dias como aquele em que se sentia a pior pessoa do mundo por deixar as coisas chegarem a tal deplorável ponto, dias em que ficava ouvindo os gritos de seu pai desaparecerem no corredor triste e escuro do Centro Psiquiátrico, observando àquela cena, parada, sem nada poder dizer a não ser lamentar-se em pensamento. Cena que ficaria presente em sua memória por todos os dias de sua vida, os pés do homem que jurava não ser louco arrastando-se no chão,seus braços presos em forma de cruz sobre o peito, enquanto tentava em vão sair do alcance dos fortes enfermeiros que iam desaparecendo com ele,e no olhar penetrante que a causava uma dor sobrenatural Hermione podia ver com clareza a pergunta sobre o porque de tudo isso, formando-se...

- Você não acha que está na hora de pensar um pouco em você e desistir de tudo isso? Esse ódio não vai te levar a nada... - Disse Julia quebrando o silencio que recaíra sobre o quarto, ela falava muito lentamente tentando para que o impacto daquelas palavras não fossem tão fortes em Hermione.

- Eu não posso...Seria com que tudo até hoje fosse em vão... - Respondeu, sua voz sumindo aos poucos.

- Ok, eu não vou tentar fazer você mudar de idéia, eu sei que não vou conseguir. - Disse olhando nos olhos de Hermione. - Mas como sua amiga, devo lembrá-la que isso não vai trazer a sua mãe de volta, não vai fazer com que tudo volte a ser como antes, Mione. Você é jovem, pode ter filhos, construir uma família, só precisa saber esquecer o seu passado...

- Me diz como fazer isso, então. - Pediu respirando fundo, ciente que Julia estava olhando para ela, então continuou, em um sussurro cansado - Eu costumava dizer que o melhor refugio são nossos sonhos, nos deixam imune a qualquer tipo de sentimento que possa machucar. Não há medo, não há morte. Só existe aquilo que você quer. Mas eu não sei mais como sonhar. Minhas noites são preenchidas com pesadelos intermináveis onde eu vejo a minha mãe pedindo por ajuda, ela chora pedindo a minha ajuda, - falou enfatizando a última parte da frase. - Mas eu não posso fazer nada e você não sabe como é isso. Você não sabe como é ver a pessoa que mais te amou no mundo pedindo sua ajuda e você só assistir sem nada poder fazer. Você não sabe como é ter que viver com o sentimento de culpa todo o dia, saber que seu pai está condenado a uma vida que ele não merecia...

- Hermione, eu...eu...

- Você não sabe como é ter seus sonhos destruídos, um por um. Ter sua vida, sua esperança arrancados de você. Eu lutei muitas noites para não ter que dormir, me escondendo atrás dos meus relatórios, tentando me manter acordada o máximo possível para não ter que vê-la mais, porque eu não agüento mais não poder ajudá-la, saber que é minha culpa. Mas agora, hoje eu não tento mais, eu estou esperando pelo dia em que eu vou me deitar nessa cama e fechar meus olhos e ver novamente minha mãe, ela não vai me pedir ajuda ou chorar de medo, ela vai sorrir pra mim como fez todos os anos em que estava viva. Ela vai sorrir porque eu terei cumprido minha promessa, só então eu vou sentir novamente o abraço forte dela, o cheiro do perfume, e tocar seu rosto macio e, quando esse dia chegar, ela vai simplesmente me levar pra junto dela, mas eu sei que até lá, eu tenho que terminar o que eu comecei.

Hermione levantou a cabeça e viu a amiga olhando-a surpresa algumas lágrimas aparecendo em seus olhos, mas não disse nada, deixou somente escapar um suspiro cansado, e então colocou a cabeça no travesseiro, mirando o teto.

- Eu preciso “dormir” um pouco, será que você poderia... - pediu indicando a luz.

- Ok. Talvez, amanhã você esteja melhor. - Disse Julia, Hermione respondeu, sem convicção, balançando a cabeça.

- Obrigada e desculpa por ter te feito perder o jantar.

- Tudo bem, outros virão... - Sorriu colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha e então indo em direção da janela e fechando-a, depois seguiu até o guarda-roupa e pegou um edredom. Julia voltou até a cama onde Hermione estava e a cobriu. Ficou um tempo sentada ao lado de Hermione, observando a amiga que fingia tirar um cochilo, os olhos negros brilhavam na escuridão do quarto cheios de pena e amor. Esquecendo-se de quem estava ali era sua amiga e não uma de suas filhas, ligou o abajur ao lado da cama, recordando que suas filhas costumavam a pedir tal quando estavam com medo e então, abaixou-se e beijou a testa de Hermione. - Boa noite, querida. - Desejou, mesmo sabendo que era impossível para Hermione ter uma noite tranqüila.

Ela continuou ali, deitada fitando o teto no quarto escuro, a não ser pela fraca luz vinda do abajur. De vez em quando ouvia Julia passeando de um lado para o outro na casa, as vezes indo no banheiro, as vezes na sala de estar, ligando a tv e em seguida desligando-a e então voltando para dar uma olhada em Hermione - esta quando sentia os passos da amiga se aproximando fechava seus olhos e fingia dormir.

Virou-se na cama, mudando de posição finalmente. Seu corpo estava cansado, assim como sua mente e espírito que pediam clemência, querendo descanso, mas não conseguia. Como poderia tentar ter uma noite de sono tranqüilo, ou algo próximo a tal, se seu coração continuava em batidas irregulares, sua respiração fraca e fria, e suas mãos suando?

E além do mais, pensou olhando através da janela a lua invadindo a outra parte do quarto com seus raios, não precisava dormir, precisava pensar, e pensar muito bem em como poderia livrar seu pai daquele lugar mórbido o mais rápido possível.

- Eu já estou indo dormir, se você quiser alguma coisa, me chama, ta? - Julia disse observando da porta Hermione. - Hermione? Você está acordada?

Como não obteve nenhuma resposta, Julia deixou um suspiro aliviado e cansado escapar, e foi para seu quarto, desligando as luzes da casa no trajeto.

Nunca soube ao certo que horas foi dormir naquele dia, só sabia que do momento em que fechara os olhos, como todas as noites, ela voltara a aparecer, o cabelo levemente ondulado balançando lentamente de acordo com o vento que nele batia, o longo vestido branco passava uma falsa tranqüilidade seguindo um ritmo de uma música lenta e triste, o rosto branco com traços finos ainda continha a mesma beleza de sempre, mas era acompanhado das longas lágrimas prateadas que por ele desciam enquanto o olhar antes cheio de amor, implorava por ajuda...

N/A: Sorry! Pelo capítulo menor do que o outro, eu não ia posta-lo agora, ia escrever mais um pouco, mas como faz muito tempo desde que eu atualizei, eu resolvi publicar pelo menos um pouquinho pra ir adiantando as coisas...

Pra quem ficou com dúvidas depois do último capítulo, as duvidas começaram a ser esclarecidas, é só vocês terem calma, afinal, não posso entregar tudo assim, tão facilmente...


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