Capítulo quatro



Capítulo quatro

(Antes de mais nada, avisar que por algum motivo misterioso, esse pc louco apagou todo o meu capítulo, transformando-o em traços. E ele estava quase finalizado e muito legal. Então, aviso que não sou bom reescrevendo mas vou fazer o meu máximo.)

Anteriormente em Sonhos e Ilusões:

- Eu preciso te contar uma coisa... - começou Kaitlin, alteando a voz fina. - Anna... eu... estou grávida.
- Ah... grávida... O QUÊ? - ela berrou. - Grávida? Meu Deus... de quem?
- Sinceramente?... não sei - murmurou Kaitlin, baixando os olhos para as mãos frágeis, que descansavam sobre suas pernas. - Desde que eu terminei com o Ulysses e o Doug tudo pareceu meio confuso e eu dormi com alguns caras... eu sei que é horrível - Anna tinha o rosto muito vermelho e parecia sem ar. -, mas... aconteceu.
- E o que você pretende fazer em relação a isso?
- Bom... para isso eu vou para Nova Iorque - respondeu Kaitlin. -, vou abortar... é péssimo, mas... eu não posso ter um filho agora.

Precisava ir para casa. Comprar mais drogas. Se reabastecer de bebidas. E abortar o bebê. O natal prometia... e ela precisava ser forte, ou não agüentaria.

- Mesmo que ela quisesse não ia rolar nada entre a gente - disse ele, com a voz hesitante. -, mesmo que ela tentasse muito. Acho que a nossa relação chegou a um ponto em que não dá mais para levar... sabe? - Ele se levantou e abraçou-a, sentindo que o corpo dela fervia sob seu toque. - E acho que vou dar-lhe uma jóia. Um cordão talvez.

Aspirava por uma vida mais agitada, por sair daquela cidadezinha sufocante, por abandonar aquela família sufocante e aquele noivo sufocante.

- Z-Zack? - O que seu ex noivo estava fazendo ali?



Era um bom hotel; mas também, ela pagara uma fortuna para conseguir um quarto na noite de natal. Parecia que todos no país se precipitavam sobre Nova Iorque ansiando patinar no Central Park e caminhar na Quinta Avenida coberta pelo tapete branco de neve. Mas conseguira afinal e todo o seu plano estava sendo executado conforme desejava. Fechou a porta atrás de si e esquadrinhou o cômodo largo: era tudo em um estilo muito contemporâneo e cinza; a cama parecia um rabisco fino e longo saído do carpete, como uma escultura. Luminárias fluorescentes, pousadas sobre duas mesinhas de cabeceira ao lado da cama, iluminavam parcialmente com fachos de luz prateados. Havia ainda uma mesa (de alumínio?) onde ficava um telefone moderno.
Tudo era tão... frio. Distante. Mas era um bom quarto. E, mesmo que fosse um quartinho de cama de solteiro em um pulgueiro de estrada, ela ficaria. Queria apenas terminar logo com aquilo... com aquele terror que assombrava sua vida. Jogou a bolsa a um canto, fazendo com que ela se escancarasse. Dentro, um frasco fino e cheio de comprimidos cintilou sob a luz prateada. Ela o segurou entre os dedos e, depois, pegou a garrafa de vodca que sempre a acompanhava. Tirou os tênis e empurrou-os para o lado, sentando-se na cama. Deitou.
O teto era iluminado com a mesma luz branca, sem vida, inócua. Tudo ali parecia estar sem vida. O que ela iria fazer? Matar uma criança? Não... iria se livrar de um punhado de células inúteis. Não estava pronta para ser mãe. Não estava pronta para ensinar uma criança a viver... nem ela ao menos sabia a fórmula. Nunca estivera pronta para viver tudo aquilo. Queria poder chegar em casa e contar toda a sua vida à mãe; das noites de orgias, das maconhas fumadas, dos cigarros tragados, do álcool bebido. E depois escutar "tudo bem, minha filha, nós vamos contornar isso juntas" e que a mãe também já tivera os seus problemas e que tudo aquilo era normal. E ela conseguiria vencer todos os seus problemas. Queria falar do quanto amara Ulysses e o quanto fora idiota por trocá-lo por Doug. E - não queria admitir -, o quanto estava sendo idiota de novo. Ruben era só mais um cara. Um cara bonito, sem dúvida, simpático e amável. Mas era só um cara (não é?). Não havia nenhuma mensagem no celular, nenhum recado deixado na caixa postal. Ele sumira. Com certeza estava se divertindo com alguma inglesa branquela e com sotaque superior. Detestava aquele sotaque inglês. Rouco, prepotente, rasgando nos tês. É. Provavelmente ele estava com alguma mulher. E... meu Deus, como pensar naquela hipótese doía.
Fechou os olhos e a imagem do rosto dele pairou sobre si; os olhos muito azuis, faiscantes. Os lábios um pouco rosados, contrastando com a pele alva. Os cabelos castanhos muito ralos. O rosto desenhado em ângulos retos e precisos. Dos músculos retesando a camisa preta... ansiava pelo toque macio dele. Queria poder jogar-se sobre seus braços e deixar que as lágrimas escorressem. Poder contar com ele... mas aquele novo sonho era mais um dos que iam para a lista dos impossíveis. Dos ilusórios, era a designação perfeita.
De repente ela sentiu uma vontade louca de enrolar maconha em algum papel qualquer e tragar aquela fumaça mágica; e mergulhar em um mundo indolor e colorido. Mas sempre acabava voltando mesmo. E revendo aqueles antigos e dolorosos problemas... Então, não valia a pena.
Abriu a garrafa de vodca e levou o líquido quente aos lábios; o álcool desceu escaldando sua garganta. Tinha que continuar com aquilo... não podia vacilar. Girou a tampa do frasco e bateu nele com duas leves batidas, fazendo com que dois comprimidos brancos caíssem na palma de sua mão.
Fixou o olhar neles por alguns segundos, como se fossem uma descoberta muito interessante. Ali era sua última oportunidade de desistir daquele plano... Parou e pensou. Desistir daquele plano e criar de uma criança indesejada? Que não iria saber como cuidar? Engoliu os comprimidos de uma só vez, sorvendo com sofreguidão o álcool.
O gosto azedo misturou-se a sua saliva e ela sentiu uma vontade incômoda de beber água, mas continuou ali deitada, o olhar fixo no teto iluminado. Estava feito. E dentro de uma hora aquele punhado de células inúteis iriam virar uma poça de líquido vermelho-vivo. Será que sentiria o útero se contorcer, alongar, dobrar sobre si, oscilar em curtos espasmos de dor? Ou tudo não passaria de uma contração menstrual?
Fechou os olhos, tentando imaginar o momento mais perfeito de sua vida... era uma tarde nublada... ela, Hermione e Harry estavam passando um final de semana preguiçosamente no Central Park, sentados em um pano quadriculado estendido sobre a grama e olhando os patos deslizando pela superfície lisa do lago. Naquela época não havia preocupações, vícios, problemas, intrigas e romances. Havia apenas o viver calmo e sem tribulações; os brinquedos espalhados pelo quarto; os trabalhos de pintura a dedo no pré; os abraços carregados de beijos babados nas bochechas. Por um instante fugaz, Kaitlin sentiu uma vontade sufocante de recuperar aquela inocência.
Mas aquilo já acabara e lá estava ela...
Feliz Natal, Kait!

*-*

- Harry? O que você está fazendo aqui? - Sua voz saiu fraca demais, mas ela estava mal demais para pensar; sua cabeça começava a latejar suavemente, envolvendo sua visão em um borrão etéreo e ela ficara ali, simplesmente olhando para o crepitar suave da lareira, perdida em antigas lembranças.
- Vim ver Kaitlin - ele disse, com a voz rouca. -, ela está?
- Não. - disse Hermione. - E acho que não vai voltar.
- Onde ela foi?
- Beber, se drogar, transar com o primeiro que aparecer pela frente? Quem vai saber.
- Você devia saber - murmurou Harry, perigoso. -, você é a mãe dela!
- E você é o pai - retorquiu Hermione. Não podia discutir agora! Não tinha cabeça suficiente para discutir com Harry agora, especialmente quando queria poder deixar que grossas lágrimas fluíssem e deitar no colo dele. - E não ajuda em nada na criação dela...
Ele pareceu pensar por alguns instantes, como se refletisse se devia falar o que lhe viera à cabeça, mas, então, deixou que as mãos escapassem para os bolsos no casaco.
Eu não sou o pai dela, pensou Harry. O que não deixava de ser uma verdade... ele assumira a paternidade de Kaitlin, claro. Mas aquilo fora quando eles ainda eram um casal apaixonado e feliz. Harry deixou que o ar saísse de seus lábios em um silvo seco e suave e caminhou alguns centímetros pela sala, as mãos dentro dos bolsos. Era apenas uma maneira de não deixar que elas caíssem tolamente ao lado do corpo. Olhou para Hermione. Ela parecia tão frágil e pequena agora; mechas de cabelo castanho caíam-lhe ao rosto e seus olhos estavam lacrimosos.
Harry crispou os lábios em uma tentativa de segurar seus instintos e não voar sobre ela, consolando-a.
Não eram mais um casal; não eram mais felizes e unidos. Não eram mais "nós" e sim "eu" e "você", separados. Ele se manteve com uma expressão impassível – ou, pelo menos, ele tentava mostrar o máximo de calma possível - e então, ergueu a cabeça levemente e perguntou:
- Você está bêbada?
- Não - respondeu Hermione, ainda encarando a lareira. - Acho que não, não sei - completou. Pestanejou, batendo os cílios castanhos muito longos e ergueu o olhar perdido para ele, abrindo os lábios para falar. - sabe... sempre que eu olho para essa lareira. Para essa sala. Para todos os cômodos da casa, na verdade - Soltou um riso abafado e sem vida. - eu lembro de nós. - Harry sentiu um formigamento crescente no estômago e trocou o pé em que apoiava o corpo. - Lembro de nós dois assim que chegamos aqui. Jovens, inocentes, iludidos. Talvez não tão inocentes e iludidos assim? Nós tínhamos vivido um romance tórrido. Tínhamos enfrentado muita coisa para ficar juntos... e tudo se perdeu.
Hermione balançou a cabeça e se inclinou sobre si, pegando um copo de vodka e sorvendo o líquido lentamente.
- Eu lembro disso tudo - continuou. - e me pergunto... como você encara o fato de que nós perdemos tudo aquilo para sempre? Aquele amor, aquele envolvimento, aquela cumplicidade. Mais os simples gestos daqueles momentos... O fogo queimando a lareira, soltando algumas fagulhas e roncando conforme queimava a madeira. Nós dois abraçados... Peter junto de nós. Tudo aquilo... quando ainda éramos uma família.
- É. - Era tudo o que conseguia falar. Suas cordas vocais pareciam simplesmente ter rompido dentro de si e ele sentia que seu corpo todo oscilava. Deixou-se sentar ao lado dela e abraçá-la, o calor que emanava do corpo dela, juntando ao seu. Queria poder dizer que tudo ia ficar bem. Que eles iam ficar bem. Mas não podia se aproximar demais... não queria. Não é?
Tinha Rosean. Rosean era uma bela mulher, com corpo escultural, longos cabelos negros e sobrancelhas levemente arqueadas. Mas ele não amava Rosean. Nunca amara ninguém que não fosse Hermione... e odiava isso.
- Desculpe - disse Hermione, enxugando uma lágrima e se afastando alguns centímetros dele. -, me... desculpe.
- Não, tudo bem. - murmurou Harry, desviando o olhar para as mãos pousadas no colo. Não podia ficar pior. Merda! Você é um grande besta, Harry Potter. Um besta que age como um adolescente apaixonado.
E então, antes que pudesse se controlar, ele já via as suas próprias mãos emoldurando o rosto dela e elevando-o à sua altura. Encarou aqueles olhos castanhos para procurar a Hermione pela qual se apaixonara dentro deles. Sim, ela estava lá. Frágil, pequena e indefesa, suplicando para que ele a beijasse e que eles voltassem. Mas havia algo mais ali... Havia um trejeito de superioridade, algo que dizia apesar-de-tudo-eu-sei-me-virar-sem-você. Mas Harry sabia que era mentira. Ele mesmo a desejava.
Seus dedos nodosos acariciaram levemente a pele alva dela, afastando os poucos fios de cabelos castanhos dos olhos. Hermione mantinha os lábios entreabertos, sugando oxigênio como se estivesse propícia a desmaiar a qualquer momento. O moreno aproximou-se mais dela, colando os corpos e envolvendo-a com os braços; seus rostos estavam muito próximos agora e ele podia sentir a respiração ofegante dela. Queria prolongar ao máximo aquele momento; poder registrar aquela cena de Hermione em seus braços e seus lábios quase se tocando. Queria, por um instante que fosse, apagar todo o passado turbulento, esquecer que deixara uma Rosean apaixonada a alguns quilômetros dali e esquecer do quanto eles dois haviam errado na criação de Kaitlin e Peter.
Concentrou-se apenas em Hermione, sentindo que as pontas dos dedos que tocavam no rosto dela, pegavam fogo. Seu corpo tremeu, febril e, então, ele inclinou-se na direção dela, tocando levemente seus lábios nos dela.
Se afastou, abrindo os olhos e fixando-os nos dela mais uma vez. Achou neles, uma aceitação. "Sim, eu quero". Inclinou-se novamente e cobriu a boca dela com a sua. Seus lábios se comprimiram sofreguidamente e ele penetrou a língua entre os lábios da morena, enquanto deslizava uma mão pelas costas dela, trazendo-a para mais perto de si. Seus corpos pareciam querer se fundir um ao outro, e então, o beijo pegou ritmo e, logo, ela já enrodilhava os dedos nos cabelos negros dele e sussurrava seu nome entre as trocas de carícias e o enroscar de línguas.

*-*

Ele continuava com a mesma aparência de sempre; os olhos castanhos esverdeados profundos, sobrancelhas levemente arqueadas e lábios finos. O rosto retangular e com barba por fazer e o cabelo ruivo crescendo deliberadamente e emoldurando-lhe a face. Era um homem bonito até. Mas bastava começar a falar, e aquele sotaque texano irritante, mastigando as palavras, irritava-a. Tudo nele agora a irritava. E se perguntava como fora capaz de namorá-lo o ensino médio todo. Três anos de namoro. Alguns meses de noivado. Estava tudo começando a ficar sério e responsável demais e ela tivera que escapar daquilo.
Rosean tentou não oscilar e nem pesar a respiração, e sua expressão de admiração logo se transformou em um sorriso sereno e calmo.
- O que você está fazendo aqui, Zack?
Ele sorriu e curvou-se para selar um beijo rápido nos lábios dela - como costumavam fazer quando se viam.
- É bom ver você também - disse, calmamente. -, vai me convidar para entrar?
- Só se estiver muito drogada e chapada - murmurou ela, saindo do caminho e desobstruindo a entrada. -, vamos... acelere logo a bomba. O que veio fazer em Nova Iorque?
- Eu adoraria beber um pouco de conhaque e ouvir a explicação de você ter simplesmente sumido no mundo, em plena época dos preparativos para o nosso casamento. Mas... bom, eu venho por motivos um pouco sérios, Rose. - E parou, erguendo os olhos para encará-la. Ela parecia apreensiva, mas mantinha um leve ar de irritação. Pigarreou e decidiu prosseguir: - Bom... seu pai...
- Pai? O que tem ele?!
- Ele está com uma espécie de... tumor... algo assim. - Zack falou muito rápido, como se tentasse aliviar a tensão de jogar uma bomba perigosa. - Rosean... ele... pode morrer... e quer ver você uma última vez, antes de ir...
- Eu tenho mesmo que ir? - murmurou ela, alteando a voz. Não conseguia assimilar a palavra 'tumor' e ‘pai’. Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo... estava sendo rápido demais. Tateou a procura de uma cadeira atrás de si e tombou sobre ela, sentindo que o sangue começava a circular aceleradamente pelas artérias e a sua pulsação aumentava. Respirou fundo. - Quero dizer... é sério isso? Não é, né? Não...
- Rosean, sua mãe sabe o quanto você ama isso tudo aqui. Essa nova... vida. Que você decidiu levar. E ela aceita o fato de você ter abandonado ela e a família. E, conseqüentemente, a mim também. - Zack soltou um sorriso enviesado e balançou a cabeça. - Eu queria ter vindo atrás de você, correr o máximo que pudesse e te buscar... Porque... eu gostava da vida que a gente levava... eu gostava de namorar você. E amar você... mas a sua mãe me fez entender. Que você não foi feita para aquilo lá. Que você ainda era jovem demais para assumir um relacionamento de quatro anos e caminhar pela igreja. Que, talvez, você tivesse que antes passar pelos obstáculos de uma cidade grande, até perceber que North Tustinham era o seu lar. Claro que eu sabia que isso nunca ia acontecer. Você tinha ambições. Longe daquela vidinha monótona... - E olhou diretamente para os olhos dela, como se penetrasse na sua mente. - E você vai poder voltar, Rose. Ninguém mais vai lutar e te obrigar a viver de uma maneira que você não queira. - Aproximou-se dela e separou uma mecha de cabelo negro do rosto da mulher. Com ternura, emoldurou seu rosto entre as mãos, fazendo com que ficassem com os lábios muito próximos. - Mas seu pai precisa de você agora. Seu pai.
Rosean sentiu que uma lágrima subia-lhe aos olhos e fechou-os, deixando que ela salpicasse pelo seu rosto. O toque de Zack estava escaldando sobre sua pele e ela queria poder fugir dali. Fugir daquela história toda e fugir daqueles problemas. Mas permaneceu e deixou-se ser beijada quando ele selou seus lábios sobre os dela e introduziu a língua na sua boca.
Um beijo de conforto. Apenas.
Agora iria embora. Iria ver o pai. Sairia da vida de Harry Potter.


N/A: Bom... o formato desse capítulo saiu um pouco diferente dos outros, no sentido da fonte e da imagem que precedia cada capítulo. Porém, meu computador deu um problema louco e eu acabei perdendo tudo, fotos, programas, meu the sims querido (._.), seriados e tudo o mais e tô repondo tudo lentamente. Só não perdi a fic porque a Beatriz tinha no pc dela. Por isso ainda não baixei o photoshop e o frontpage que ajustariam esses problemas da imagem e do HTML. Enfim, espero consertar isso logo. Quanto á fic: estou gostando cada vez mais de escrevê-la. Amo a Kaitlin e amo as histórias dela. Agradeço MUITO pelos comentários que vocês deixaram e imploro para que deixem mais. Depois dos comentários escritos, eu terminei o capítulo cinco em um dia apenas xD haha. enfim. fico por aqui. obrigado e até o próximo *:

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