O Relacionamento em Ruínas



1º capítulo - O relacionamento em ruínas


- Gina! Vamos, vamos! Estamos atrasadas...

- Me deixa dormir... - resmunguei, enquanto puxava o lençol para que me cobrisse até a cabeça, eu estava com tanto sono que não tinha noção se quem estava me chamando era Voldemort ou Slytherin.

- Ginevra Weasley se você não se levantar agora, vou deixar que se atrase e depois ouça umas poucas e boas do próprio Dumbledore, ele foi bem claro em relação a isso! - ah claro, é a Lizzie, só ela reclama comigo nesse tom "eu tenho mais o que fazer do quê me ocupar com você, então coopere como uma pessoa madura e sensata"

- Certo... certo. - por um breve momento eu vislumbrei a longa cabeleira prateada do diretor ali na minha frente - Tio Dumby, eu estava com muito sono por causa do nosso maldito professor de poções que passou um maldito trabalho sobre uma maldita erva mágica, e a maldita Madame Pince só resolver liberar o maldito livro da maldita biblioteca á noite. Então eu passei a maldita da madrugada escrevendo nos malditos metros de pergaminho. - murmurei algo assim, não tinha idéia do tipo de idéia que formulava na minha cabeça naquele momento.

- OK, você vai entender os meus motivos... - pensei que ela havia desistido da idéia inútil de me tirar da cama, tirei o lençol do meu campo de visão para verificar o meu sucesso - Aguamenti

Mal abaixei a colcha e recebi o jato de água gelada no rosto, certo, eu ia me atrasar, mas ela não tinha o direito de me encharcar logo de manhã cedo! Eu poderia muito bem me engasgar com toda aquela água, eu não tenho o total controle dos meus movimentos logo quando acordo.

- CARAMBA! VOCÊ QUER ME AFOGAR LIZZIE?

- Não seja tããão exagerada, foi só um pouquinho de água para te despertar... Agora vamos, levante-se e se arrume, te espero no salão comunal.

Em seguida ela bateu as palmas da mão, imitando o gesto que se faz para espantar gato de rua, oras, um gato! Eu lá tenho cara de gato de rua? As vezes eu tenho quase certeza que seria mais agradável eu me socializar com meus inimigos, se é que teria alguma diferença.

Ao ver ela atravessar a porta do dormitório feminimo me levantei da cama, sem parar de resmungar por um único instante. Perdi totalmente o sono depois dessa, e de um jeito ou outro, não quero tomar conhecimento dos outros métodos que ela usaria para me acordar se o simples jatinho de água não tivesse funcionado.

Hunf. Acordar às 7:00 da manhã em pleno sábado.

Sábado. Eu, Ginevra Molly Weasley acordando de manhã cedo no fim de semana.

Simplesmente maravilhoso.

Sabe, se eu não tivesse MUITA consideração por Harry, eu iria ter sérias suspeitas que Dumbledore está pirando, ou então de que tem alguma magia mal realizada na cabeça, macuminando todos os neurônios e coisa e tal, sei lá, depois de tantos anos no ofício.

Mas eu gosto do meu namorado e sei que ele jamais concordaria com isso.

Ó sim, meu namorado. Comecei a namorar com o Harry no começo desse ano, sabe.

Se eu estou explodindo em felicidade com isso? Nem pensar.

Eu acho que o Harry era só mais um troféu que eu queria ter na minha estante, e admito que o irlândes bonitão do Finningan foi muito mais interessante. Certo, certo, eu pensava que eu era louca de amores pelo Harry Potter, que ele era o meu principe e que viria em um cavalo branco para me resgatar (do quê eu não sei, eu era uma pirralhinha com uma imaginação muito fértil, os gêmeos sempre disseram que eu puxei a eles), e então nós viveriamos felizes para sempre.

Mas o felizes para sempre nunca aconteceu, e nem vai acontecer.

Será que o amor envelhece? Dá mofo, ou algo do tipo? Pois eu acho que é exatamente isso que está acontecendo. Acredito que eu já amei muito o Harry, me arrastei muito por ele, mas um dia o orgulho Weasley falou mais alto, e quando isso aconteceu olha só quem me aparece, como se eu só tivesse nascido aos 15 anos e me apresentado pra ele.

E é claro, que apesar de eu não ter mais a mente da menininha Weasley ainda guardava fragmentos da minha antiga paixão.

Sempre guardamos.

Certa vez, aos meus 11 anos, minha mãe me chamou, para aquele papo de mãe para filha. E de toda aquela baboseira "seja preservada", "nunca deixe os meninos passarem dos limites, eles não prestam", a única coisa que realmente impregnou na minha cabeça foi "o primeiro amor a gente nunca esquece..." E eu até hoje me prendo a isso.

Além do mais... o - Harry - é - muito - lerdo! Pelas longas e prateadas ( empoeiradas talvez) barbas de Merlin, ele me trata como se eu fosse um bonequinha de porcelana!

Hahá. Gininha, a bonequinha de porcelana, isso vai acabar pegando.

Eu acho que quando o Harry me encontrou de calcinha e sutiã agarrada com Zabini no vestuário masculino pensou que eu estive brincando de casinha com ele. Porquê eu sempre serei a inocente Gininha.

Mas, voltando ao assunto de Dumbledore estar ficar piradinho, o que é quase uma certeza, que diretor normal e com os parafusos no lugar iria convocar a escola toda, em pleno final de semana, para estudar sobre a guerra de Voldemort?

Alôôô, nós VIVEMOS isso, não precisamos aprender nada sobre a NOSSA vida, certo?

"Temos que estar sempre cientes sobre a nossa história, para termos decisões sábias ao longo de nossa vida e não cometermos os mesmos erros novamente."

Assim mesmo que ele falou. Depois disso eu comecei a pensar seriamente em me transferir para aquela escola francesa.


Dez minutos depois sai da banheira, e parei diante ao armário enrolada na toalha; pelo menos não teriarmos que usar aquele uniforme cinza e pesado em pleno verão. Peguei por fim uma blusa verde de seda três quartos com gola em vê, minha preferida, e uma saia preta curta 'de prega' como a espevitada da Parvati insistiu em chamar.

- GINEVRA, COMEÇA DAQUI À 5 MINUTOS! - Lizzie gritou, gritou não, esganiçou lá de baixo.

- VAI NA FRENTE, O HARRY ESTÁ AÍ?

- ESTOU SIM GINA - dessa vez a voz era masculina, e apesar do grito soava a tranquilidade habitual do Harry, desde que a guerra acabara.

Escovei o cabelo rápido - agora ele era bem curto, facilitava bastante todo esse processo - e desci as escadas para o salão comunal, quase capotando pra não perder o costume.

- Bom dia Gina... - Harry me comprimentou com um sorriso e um abraço acalorado.

Não consegui distinguir se era um gesto genuíno, ele andava muito estranho.

Ele ficou me encarando fixamente por mais algum tempo, só então notei que seus olhos verdes estavam estreitados, me analisando.

- Você não enrubrece mais...

Passou mais alguns segundos me olhando, após ter conseguido com êxito me deixar pasma com aquela observação. Não consegui replicar nada, minha boca abria e fechava em busca de uma resposta coerente, mas ela parecia não existir.

Eu mesma nunca tinha reparado nisso.

Um tempo depois ele suspendeu o braço, pensei que ele iria simplesmente passar-lo sobre o meu ombro para irmos enfim para a sala de vídeo. Quase arregalei os olhos quando senti as costas da mão dele acariciando suavemente a maçã do meu rosto.

- Você sempre corava quando eu me aproximava... - apenas sorri em resposta, não estava entendendo onde ele queria chegar com aquilo - Gina, você ainda me ama?

Poderia esperar qualquer coisa, menos aquela questionação. Notei a entonação dele no ainda. Segurei com força o batente de mármore da janela ao meu lado, deixando os nós da minha mão brancos. Eu não sabia a resposta daquilo, mas olhei pra ele e respondi com segurança:

- Sim, Harry.

Ele não falou nada, apenas continuou a me olhar, e me olhar... Havia um desespero angustiado refletindo naquelas íris verdes, e de certa maneira, aquilo me entristecia também.

- Eu sei quando você é sincera, e hoje não está sendo.

Ele sorriu tristemente. Eu estava perdida em meio aquilo tudo, não sabia o que falar, como agir, nem o que sentir, o Harry nunca discutiu comigo sobre esses assuntos e me pegou totalmente desprevenida naquele momento.
De repente veio á tona o motivo de uma breve discussão que eu tive com a Lizzie a um tempo atrás, ela estava realmente alterada porquê eu critiquei o perfeito namoradinho dela, e me berrou algumas coisas sem sentido na hora. Muitas dela eu me esqueci na emoção do momento, mas uma até hoje eu me recordo, e agora parecia ecoar na minha mente de forma quase neurótica:

"Ginevra, foi um grande trauma pra você esse processo em que descobriu que o que sentia pelo Harry era apenas uma paixonite imbecil, mas TODOS os traumas, por mais imbecis que sejam, devem ser analisados de cima á baixo. Mas você ignorou , e abafou, não evoluiu seus sentimentos o bastante pra compreender o que foi tudo aquilo que estava sentindo, entrou em depressão, e ao se recuperar acabou se tornando uma pessoa seca, incapaz de amar!"

Então era isso. Que tipo de pessoa TÃO desprezível e fria que eu me tornei ao ponto de não reconhecer que o Harry me ama, e ao ver que eu não retribuia esse sentimento sofria muito? Que tipo de garota calculista e narcisista eu sou? Bom, só me restava uma coisa pra testar arrumar toda essa bagunça que eu fiz...

- Harry, - segurei a mão dele com força - acho melhor acabarmos com tudo isso de uma vez.

- Não Gina, por favor, eu não...

- Não torne as coisas mais difíceis... - quase dei pra trás quando vi uma lágrima escolher daqueles olhos desolados que me fitavam quase com desespero, olhos que muitas vezes me olhavam apaixonadamente e eu pouco liguei. Mas agora a decisão já estava tomada.

Ele abaixou a cabeça, segurando minha mão com mais força ainda.

- Não sei se consigo

- Mas tem que tentar, se não eu só vou continuar te machucando, sem se quer notar.

Segurando seu queixo, levantei a cabeça dele, o fazendo me fitar novamente. Havia algo que não consegui interpretar em sua expressão.

- Se você quer que seja assim...

Antes que pudesse falar alguma coisa ele se distanciou de mim, sumindo logo em seguida pelo quadro da mulher gorda.

Ótimo, mais um coração quebrado para minha estante. Do que mais preciso agora?

- GINEVRA WEASLEY EU NÃO VOU GUARDAR O SEU LUGAR LÁ, E VOCÊ VAI TER QUE SE SENTAR AO LADO DAQUELES SONSERINOS DOPADOS!



N/A: Wow! Capítulo postado em plena de madrugada, comigo quase caindo da cadeira, sem falar que eu terminei ele quase dormindo \o/ Então, ignorem a merda que saiu, o erros gramaticais principalmente, e por ainda não ter aparecido o nosso querido e gatão Drakey (adoro esse apelido) :D, no próximo ele vem com tudo.

Certo, caham, algo a falar sobre a nova novidade dessa fic totalmente inesperada, e nova?
Não, sei lá, eu falei algo na minha outra fic? o_o Eu acho que estou meio dopada...

Ok, ok, ok, se vocês não comentarem, nem que seja pra mandarem eu excluir essa droga e procurar estudar, eu abandono isso aqui, me tranco no quarto e entro em depressão até o Johnny Depp vim me pedir em casamento e nós vivermos felizes para sempre ;_;
Certo, deu pra entender o recado né? Sem comentários, sem novo capítulo, não vou ficar postando pro vento.

Beijos ;* Até breve, depende de vocês o/ (eu não me formei em publicidade, então mereço uma folga u_u)

AVISO: Sim, eu mudei o nome do capítulo. Por quê já tem uma fic T/L com um título parecido com esse, e os nomes dos capítulos também tem essa base de Friends.
Só pra deixar claro, os títulos dos episodios de Friends sempre começam com "aquele", tipo: Aquele do dia de ação de graças. Que na verdade é isso: Aquele episódio do dia de ação de graças. Aí, como no título da minha fic tem "crônicas" eu pensei que ficaria legal botar essa referência, assim: Aquela crônica do relacionamento em ruínas, Aquela crônica da clautrofóbica agressiva (acabaram descobrindo o nome do próximo capítulo :D), etc...
Mas tudo bem, eu não queria arranjar confusão e não vi problema em mudar o nome do capítulo, porquê eu realmente não tinha visto aquela fic antes ;/ Beijos ;*

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Comentários (1)

  • Biandera Lowers

    Adooooreeeeeeeeeeeei!!! Mesmo, mesmo, mesmo! Pena que já tá completa e vc não pode responder! Adorei!Beijos!

    2011-03-09
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