Favores, Acordos e Apostas



5 Favores, Acordos e Apostas



Hermione levantou da cama ainda um pouco sonolenta. Não havia dormido direito pensando em como encontrar esse bendito livro do qual a sua vida escolar estava dependendo. Pensou em perguntar para alguém, mas com toda a certeza quase ninguém deveria ter comprado ou talvez até não lido. Essa obra foi indicada apenas para leitura, e McGonagall deveria estar achando que como ela era a aluna mais aplicada de sua série e que mais lia livros, deveria ter lido esse também. A biblioteca parecia o caminho mais sensato a ser seguido. Era um pouco óbvio que esse livro estaria lá, com uma biblioteca tão cheia de livros como aquela, aquele livro deveria estar lá. Hermione se arrumou rapidamente tendo o cuidado de olhar se sua farda estava limpa e impecável, e principalmente se a blusa estava do lado correto. Deveria ir à biblioteca antes do primeiro horário, McGonagall sempre deixava claro o quanto odiava atrasos em suas aulas.

Estava cedo ainda, quase não tinha alunos pelos corredores, mas graças a Merlin a biblioteca abria cedo e tinha que aproveitar pra revirar todas aquelas estantes empoeiradas em busca da salvação das suas notas.

Passou pela porta do Salão Principal, que já estava aberta, e viu que alguns garotos do 4º ano da Lufa-Lufa a encaravam e cochichavam entre si. Resolveu ignorar isso, pois já sabia do que certamente se tratava, e encaminhou-se para um corredor que ficava próximo dali.
Hermione chegou justamente quando Madame Pince começava a abrir a biblioteca. Ela olhou de esguelha para a grifinória, será se essa menina nunca cansava de ir à biblioteca?


– Posso ajudá-la em alguma coisa senhorita? – perguntou ainda encarando com curiosidade o que aquela aluna queria àquela hora da manhã.

– Eu gostaria muito de poder dar uma olhada em alguns livros. Eu realmente estou precisando. – ela acompanhava Madame Pince até o interior da biblioteca.

– Ah claro! Algum livro em especial? Posso ajudá-la se quiser. – ela balançou a cabeça afirmativamente. Realmente procurar um livro só no meio de milhares não seria uma tarefa fácil.

– Estou procurando um livro que McGonagall indicou como obra a ser lida, eu acho que era algo como... – ela se esforçava de todas as formas para lembrar daquele nome esquisito – algo como... bem, eu realmente não lembro. – ela ficou sem graça

– Creio que seja Pour Toujours Nous Deux, estou certa?

– Deve ser mesmo esse aí!

– Temos um único exemplar por aqui, e ele está na estante 25, quarta prateleira, do lado direito. – a castanha encarou surpresa a bibliotecária. “E eu achava que eu que era doida!”

– Muito obrigada Madame Pince. – a outra respondeu apenas com um aceno de cabeça


Hermione foi andando em direção ao que ela achava que era sua salvação. “Estante 25, quarta prateleira, do lado direito. Estante 25, quarta prateleira, do lado direito. Estante 25, quarta prateleira, do lado direito. Estante 25, quarta prateleira, do lado direito... doida, doida, doida...”


Ela parou em frente à estante 25 e sentiu seu coração pular de tanto alívio. Finalmente um dos seus problemas estaria resolvido. Não esperou nem um instante para correr até a tal da prateleira, percorreu com os dedos muitos livros que pareciam que nunca tinham sido abertos por ninguém. Por cada livro que passava sentia sua alma murchar, já estava chegando ao final da prateleira e a porcaria do livro não aprecia. Passou mais uma vez o olhar por todos os livros e esse maldito livro francês não queria dar as caras. Mais uma tentativa. Passou de novo por todos os livros da estante, um por um, e para o seu alívio encontrou um livro com um título bem estranho, parecia muito com francês. Sentiu o seu coração pular de felicidade.

Não agüentou nem mais um instante, puxou o livro da prateleira e começou a andar em direção ao balcão de Madame Pince. Sentiu uma vontade enorme de fazer o que sempre fazia quando tinha um livro grosso nas mãos: abri-lo.


– AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!! – ela olhava incrédula para a vigésima página do livro. Começou a folheá-lo o mais rápido que pôde, mas parecia que o que quer que tenha visto ainda estava ali.

– O que foi senhorita? O que aconteceu? – Madame Pince olhava Hermione de forma preocupada.

– Foi ele... foi ele...

– Ele? Onde? Onde está ele? – arregalou os olhos para todos os lados da biblioteca, esperando a qualquer momento um Comensal aparecer.

– Ele está em francês, FRANCÊS! Eu quero morreeeeeeeerrrrrr!!! – ela apontava para o livro exasperada. A bibliotecária suspirou com alívio.

– Pensei que fosse algo realmente importante, quase me matou de susto! Do jeito que gritou em pensei que tivesse um comensal por aqui! – cruzou os braços irritada.

– Antes fosse um comensal e me jogasse logo um avada porque eu tô precisando. – “O que fazer meu Merlin? Por que eu nunca estudei francês?” – Não é possível que aqui não exista nenhuma versão em inglês, isso não é um clássico afinal?

– Na realidade existe sim uma versão em inglês. – a castanha abriu um sorriso para logo depois tirá-lo automaticamente – Mas as versões em inglês acabaram rapidamente, havia muito poucas e com certeza quem adquiriu essas versões foram pessoas que compraram com muita antecedência. É praticamente impossível encontrar esse livro em inglês.


“Eu quero morrer! Por que não tem uma porra de um Comensal aqui quando eu mais preciso deles. Tenho certeza que eles odeiam sangues-ruins.”


– Então, vai ou não levar o livro?

– Mas isso é francês! – olhou incrédula para a bibliotecária

– E?

– Como assim e? – começou a se irritar

– E daí que isso é francês? – olhava para a castanha com indiferença

– E daí? E daí que nós vivemos na Inglaterra e aqui não é obrigado a falar francês pelo o que eu saiba! – ela bateu com o livro em cima do balcão


Ela analisou Hermione por alguns instantes, ser bibliotecária antes de tudo exigia paciência, mas a sua já estava por um fio. Olhou para Hermione com a maior indiferença possível antes de falar.


– Creio que seja melhor a senhorita ir para o Salão Principal. Já deve estar sendo servido o café da manhã e não quero ninguém atrasado nas aulas porque estavam na biblioteca.


Hermione saiu da biblioteca a contragosto. Estava com o livro nas mãos e milhões de pensamentos de como faria pra entender o que estava escrito ali. Se xingava mentalmente por todas as vezes que a sua mãe insistiu para que fizesse aulas de francês e ela simplesmente recusava. Agora estava lá, sem saber uma grama daquelas coisas que pareciam mais grego. E o que fazer agora? Só restava falar com McGonagall.


“Tenho certeza de que alguém me azarou! Ou talvez Merlin esteja jogando The Sims com a minha vida. Ele deve estar dando altas gargalhadas agora.”


Ela colocou o livro dentro da bolsa e foi bufando até o Salão Principal. Caminhou até a mesa da Grifinória e não conseguiu deixar de notar o olhar furioso dos seus dois amigos. O que ela ia fazer? Tentar ignorar? Talvez fosse a melhor escolha. Mas conseguiria por muito tempo?


– Posso saber onde dormiu ontem Hermione? – Harry não impedia que a sua raiva transparecesse pela voz.

– Como assim onde eu dormi ontem? No meu quarto oras! – “Tava muito bom pra ser verdade. Outro interrogatório eu não agüento mais.” – O que aconteceu?

– O que aconteceu? Como você pode simplesmente dizer ‘O que aconteceu?’ – Rony tentou manter a calma – Simplesmente você não dorme na Grifinória e ainda tem a coragem de perguntar o que aconteceu. EU é que tenho que perguntar o que aconteceu.

– Ah não Ron! Eu tive uma noite muito cheia pra você vim me irritar à uma hora dessas. Me deixa em paz um pouco ok! – fingiu indiferença, mas isso estava começando a ficar difícil sob os olhares interrogadores de Rony e Harry.

– Mas nós ficamos acordados até tarde só pra te ver chegar, e simplesmente você não chega! – Hermione olhou com raiva para Harry. Já não bastava essa manhã ter começado estressante ele ia querer acabar com o café da manhã também? – Por favor, me diga que não estava com ele. – ele tinha um olhar suplicante.

– O que foi? Vocês dois deram para ser minhas babás agora? Desculpe mas eu não preciso. – disse irônica.


Rony já ia revidar, mas antes que pudesse pensar em qualquer coisa uma Gina emburrada sentou ao seu lado.


– Amiga ingrata! Onde você estava ontem que me deixou chupando dedo pra saber do encontro.

– ENCONTRO? – Harry e Rony ecoaram.


O barulho que inundava o Salão Principal logo diminuiu, e todos os alunos da mesa da Grifinória olhavam para o grupo de amigos esperando por mais um espetáculo igual ao do dia anterior.


– Mione, posso saber do que se trata tudo isso? Então você foi mesmo se encontrar com ele ontem não foi? – Harry lançou um olhar severo para a castanha.

– Olha... – Hermione não conseguiu terminar a frase, sendo interrompida por uma Lilá eufórica.

– Hermione eu não acredito! É verdade que você ficou com o Malfoy? – ela esperava a resposta da castanha com curiosidade.

– O que acont...

– MALFOY?? – os dois gritaram ao mesmo tempo, dessa vez atraindo a atenção dos demais alunos das outras mesas.


Ela olhou para a mesa da Lufa-Lufa e agradeceu por Miguel ainda não estar lá, e quase inconscientemente percorreu com o olhar a mesa da Sonserina e sentiu-se aliviada por ver que Malfoy ainda não tinha aparecido.


– POR ACASO QUER QUE EU ENFARTE JOVEM? – Harry a olhava escandalizado.

– VOCÊ ENLOUQUECEU HERMIONE GRANGER? TÁ QUERENDO MATAR A GENTE? – Rony levantou de uma vez do banco.

– PELO AMOR DE MERLIN! EU NUNCA FICARIA COM AQUELA COBRA! EU TÔ FICANDO VELHA, MAS AINDA NÃO TÔ CADUCANDO! – ela olhou pra Rony que bufava de raiva e parecia que iria logo começar com mais uma sessão de gritos – E PARA COM ESSA MANIA DE GRITAR COMIGO QUE EU NÃO ESTOU MAIS SUPORTANDO!

– EU NÃO TÔ GRITANDO COM VOCÊ!

– E O QUE FOI QUE ACABOU DE FAZER ENTÃO?

– PENSEI QUE FOSSE MINHA AMIGA! COMO É QUE VOCÊ NÃO ME CONTA QUE FICOU COM AQUELE DEUS GREGO? – Gina olhou pra Harry que lhe devolveu um olhar cortante. – Desculpe Harry é que...

– Depois a gente conversa Virgínia Molly Weasley. – cuspiu as palavras – Agora o assunto é com essa adolescente rebelde aqui. – ele olhou com dureza para Hermione – O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO HERMIONE? TÁ ME TRAINDO COM ELE? – todos olharam espantados para Harry, Gina que tinha levantado caiu de uma vez pálida no banco.

– AGORA VAI QUERER DIZER QUE ALÉM DE “FICAR” COM O MALFOY EU TÔ FICANDO COM VOCÊ TAMBÉM? – ela colocou as mãos na cintura de forma mandona.

– Você está com o Harry, Mione? Eu pensei que a namorada dele fosse a Gina... – Parvati falava inocentemente.

– É CLARO QUE EU NÃO ESTOU IDIOTA!

– O que eu quis dizer foi traindo a amizade. – ele olhou sem graça para Gina, que continuava pálida.

– EU PENSEI QUE VOCÊ TIVESSE MAIS JUÍZO! JÁ NÃO BASTA AQUELA GALINHA BOIOLA VAI QUERER A BARBIE AMBULANTE TAMBÉM? – Rony bateu com força na mesa.

– Ai Hermione, me passa esse teu mel que eu tô precisando. – Lilá dizia de forma sonhadora.

– É IMPRESSÃO MINHA OU TÁ TODO MUNDO DOIDO AQUI? EU NÃO FIQUEI COM ELE! PELO AMOR DE MERLIN OLHEM PRA MIM! – todos olharam espantados para a castanha, inclusive os alunos das outras mesas – COMO VOCÊS PODEM TER A CORAGEM DE DIZER QUE EU FIQUEI COM AQUELE SONSERINO REPUGNANTE? PENSEI QUE FOSSEM MEUS AMIGOS, PORQUE SE FOSSEM NÃO ESTARIAM DESCONFIANDO DE MIM A ESSE PONTO! – Rony e Harry olharam para ela envergonhados. A castanha respirou bem fundo para recuperar o ar. – Estou muito decepcionada! Se vocês não acreditam em mim então meu lugar não é ao lado de vocês. – ela já ia levantando do banco, mas Gina a conteve.

– Espera Mi. É claro que acreditamos em você! – ela olhou pra Hermione que parecia tentar conter uma lágrima – Você sabe o quanto esses meninos são cabeça dura. – ela sorriu fracamente para a castanha – E ainda mais agora com esse ataque de ciúmes.

– Ciúmes? Quem foi que falou em ciúmes aqui Weasley? – Harry falou com rispidez para Gina. Ele poderia negar até a morte, mas aquela do deus grego lhe doeu fundo.

– Dá pra parar de me chamar de Weasley? – ela colocou as mãos na cintura parecendo uma miniatura da senhora Weasley – Eu não falei aquilo por mal! Mas se quer que eu me desculpe, então eu me desculpo Potter. – cuspiu as palavras

– Você está ouvindo alguma coisa Rony? Eu senti um vento soprar aqui no meu ouvido, mas eu não estou vendo ninguém. Deve ser alguma adoradora de serpentes. – ele disse olhando para Rony, que preferiu fingir que não estava vendo nada.

– Pare de falar como se eu não estivesse aqui! – todos os alunos olhavam agora atentamente a briga de Gina e Harry. Hermione estava achando a atitude dos amigos totalmente infantil, mas agradecia a Merlin por não ser mais o foco do assunto.

– Ainda está aí? – perguntou irônico – Por que não vai correndo atrás dele? Pelo que eu saiba o seu deus grego aqui não sou eu. – Gina ficou completamente corada.

– Olha, Harry não foi isso que eu quis dizer...

– O que quis dizer então?

– Eu ia falar...

– Que ele é melhor do que eu?

– Eu não disse isso! – ela já começava a se irritar

– Mas ia dizer! – ele se levantou do banco

– VOCÊ NÃO SABE DO QUE ESTÁ FALANDO! – levantou também

– EU SÓ NÃO ENTENDO O QUE AINDA ESTÁ FAZENDO AQUI?

– VAI ME EXPULSAR AGORA?

– VAI LÁ NA MESA DA SONSERINA PERTO DAQUELE TROÇO!

– EU LEMBRO MUITO BEM DE TER SIDO ESCOLHIDA PARA A GRIFINÓRIA E NÃO PARA A SONSERINA, SENÃO EU JÁ ESTAVA LÁ!


Hermione tentou sair de fininho, aproveitando que o foco da discussão agora era outro. Enquanto os amigos gritavam, ela levantou-se do banco e foi saindo do Salão Principal. Rony, que ainda esperava Luna aparecer, teve que ficar escutando mais uma discussão dos dois fingindo que não ouvia nada.

Uma figura loira aparecia perto da mesa da Grifinória. Luna Lovegood chegou apressada perto de Rony assistindo atentamente a briga do casal ao lado.


– Gent... – ela tentou acalmá-los em vão

– ENTÃO ADMITE QUE QUERIA FICAR PERTO DELE, WEASLEY?

– Será se vocês pod...

– NÃO COLOQUE PALAVRAS NA MINHA BOCA POTTER!

– Vamos acabar com iss...

– VOCÊ QUE ADMITIU!

– Eu acho que aqui não é o melhor lug...

– EU NÃO DISSE NADA!

– MAS NÃO PA...

– CALEM ESSA BOCA POR MERLIN!


Todos os alunos do Salão Principal agora olhavam atentamente para Luna, nunca ninguém havia visto a garota perder o controle. Ela agora parecia bem distante do seu jeito lunático de sempre e parecia soltar fogo pelas narinas. Ela desviou o olhar dos amigos para mirar o namorado.


– E VOCÊ RONALD WEASLEY?

– O que foi docinho? – os alunos tentavam abafar os risos.

– POR QUE NÃO FEZ NADA?

– Mas o que eu poderia fazer? – ele deu de ombros

– SEU MELHOR AMIGO E SUA IRMÃ ESTÃO QUASE SE MATANDO E VOCÊ NÃO FAZ NADA? – ela gritava, olhando incrédula para o namorado.

– LUNA ASSIM NÃO DÁ! VOCÊ PENSA QUE EU SOU BABÁ DA GINA PRA TOMAR CONTA DA VIDA DELA?

– POIS DEVERIA! NÃO É NADA MAIS QUE SUA OBRIGAÇÃO COMO IRMÃO!

– OLHA HARRY, POR SUA CULPA ELES DOIS ESTÃO BRIGANDO! – a ruiva bateu com força na mesa

– AGORA EU SOU O CULPADO DE TUDO, ADORADORA DE SERPENTES? – ele bateu com mais força ainda na mesa


FLASH! A atenção que de todos que estava exclusivamente voltada para os quatro foi desviada para um garoto que parecia muito empolgado tirando uma foto do “evento”. Colin Creevey, um quintanista da Grifinória, tirava uma foto que ele considerava um flagra perfeito do cotidiano de Hogwarts. Luna parecia meio zonza com o flash, Harry, Rony e Gina permaneceram estáticos sem falar nada. Gina se recuperou do choque primeiro. Ainda pensou em soltar milhares de palavrões que vinham em sua mente para o seu colega de turma, mas antes que pudesse abrir a boca, um Colin correu desesperado para fora do Salão Principal, e com um sorriso de orelha a orelha.








“O que eles pensam que eu sou? Por acaso passou pela cabeça do Harry que eu passei a noite com o Miguel? Tudo bem que não seria uma má idéia... huahuhuahua, mas falando sério, O QUE ELE PENSA QUE EU SOU? Precisava esse dois darem aquele ataque de ciúmes? Que ridículo! Mas olhe pelo lado bom Hermione, agora pelo menos o Harry sabe pelo que eu passei nesses últimos anos! Aiii, como eu odeio ciúmes, como eu odeio ciúmes!”


– HERMIONE!


A Castanha, que estava andando na direção do Lago de Hogwarts, deu de cara com um Miguel com cara de poucos amigos. Ela fingiu que não percebeu o olhar questionador que ele lhe lançava e se aproximou com um sorriso nos lábios.


– Miguel! Desculpa por não ter me encontrado com você ontem, mas é que aconteceram tantas coisas... – ela deu um selinho nele, que não correspondeu.

– Como por exemplo o seu encontro com o Malfoy? – ele a olhou com desconfiança


“Ai, como eu amo ciúmes! Pelo menos pra isso aquele loiro aguado tinha que servir!”


– Eu não tive nenhum encontro com o Malfoy e sim com McGonagall. – ela dizia calmamente como se estivesse que explicar para uma criança de dois anos.

– Então comece logo a me explicar o que é isso que andam comentando por aí! Acha que tem escrito ‘BURRO’ bem no meio da minha testa por acaso?

– Em nenhum momento eu disse que você era burro! O que eu acho é que houve um surto coletivo por aqui! – cruzou os braços

– Ah claro, um surto coletivo. – dizia irônico, jogando as mãos para cima – Mas então o que me diz de todo mundo estar comentando que viram vocês dois se agarrando? Vai me dizer que todo mundo resolveu mentir pra mim agora? Ou é você quem está mentindo pra mim? – ele alterou a voz.

– Nesse pouco tempo em que estamos juntos acho que você já deve me conhecer o suficiente pra saber que eu e o Malfoy somos inimigos mortais. – ela o olhou com seriedade – Eu nunca mentiria pra você!

– Eu simplesmente não sou nenhum idiota Hermione! Não pode estar todo mundo se confundindo! – ele a olhou com dureza – E não foi você quem foi acordada com um monte de cartazes escrito ‘CORNA’. – ela deu um leve sorriso – Eu sinceramente não estou achando graça nenhuma nisso!

– Eu não disse que isso foi engraçado, apenas acho que está fazendo tempestade em um copo d’água!

– Está achando que eu estou exagerando? Era com o Malfoy que você estava! Eu odeio aquele imbecil e pensava que você também sentisse o mesmo.

– Mas é claro que eu sinto! – ele lhe olhou com descrença – Tem uma explicação lógica para tudo isso.

– Então explique-se! – cruzou o braço de forma irritada

– O que aconteceu foi simplesmente um mal entendido. – ele a olhou desconfiado – McGonagall queria se reunir com alguns alunos...

– E o que ela queria? – perguntou impaciente. Hermione somente lhe lançou um olhar de censura – Ok, pode continuar.

– Como eu ia dizendo, ela queria se reunir com alguns alunos para falar de uma apresentação em uma festa que Hogwarts vai promover como uma espécie de confraternização entre algumas escolas. – ele continuava de braços cruzados como se não estivesse acreditando muito na história – Ela pediu para que eu e o Malfoy chegássemos mais cedo. Quando cheguei nessa reunião o Malfoy já estava lá. – ela ignorou a parte de que o viu tocar piano e, principalmente, que gostou muito – E, como sempre nunca dá certo dividir um mesmo cômodo com o Malfoy, nós acabamos discutindo por qualquer coisa que eu nem lembro mais.

– Certo, mas isso não explica o fato de terem encontrado vocês dois agarrados. – estava quase aos gritos

– É que não dá pra me controlar perto do Malfoy! – ele a olhou espantado – Eu queria dizer é que ele é simplesmente um idiota, ele tem um poder de me irritar além do normal. Eu não consegui me controlar e acabei avançando nele. – ela o olhou envergonhada – Eu sei que foi uma atitude impensável, algo totalmente irracional, mas não tem como não querer bater nele. Ele é irritante de mais. Bem, acho que você entende... – encarava os próprios pés.

– Acho que eu posso entender. – ele levantou delicadamente o queixo da Castanha – Eu só não quero sair machucado de toda essa história. Sabe, eu tenho muito medo de sofrer com uma desilusão. – a olhou com tristeza.

– Eu nunca faria nada que pudesse te machucar Miguel. Eu realmente gosto muito de você pra te querer mal. – pousou carinhosamente a mão direita sobre o rosto do garoto.

– Está apaixonada por mim? – ele lhe lançou um olhar sedutor

– Apaixonada? – estava na dúvida

– É, apaixonada. Está? – insistiu mais uma vez, passando uma mão levemente pelo cabelo da Castanha.

– Claro que eu estou! – ela respondeu de uma vez, ele sorriu. Apaixonada? Ela não sabia mesmo se estava, mas havia algum problema se apaixonar por ele?


Ele não falou mais nada, somente a puxou para um beijo que a fez esquecer da discussão anterior. Ele puxou o corpo dela mais para si com uma mão, e com a outra puxou o rosto dela calmamente pelo queixo. Ela sentia a mão forte dele a puxando pela cintura, os lábios dele grudados de forma enlouquecedora nos seus. Ele pediu passagem com a língua e ela cedeu. Logo já estavam em um beijo de tirar o oxigênio de quem via.

Ela poderia ficar horas, dias, meses somente naquele beijo, mas a lembrança de que o primeiro horário era de McGonagall, e que com toda a certeza ela já estava atrasada, a despertou daquele momento que ela pedia para que não acabasse: a sensação de que alguém gostava dela.


– Eu tenho que ir! – disse depois de ter recuperado o ar – Agora é horário de McGonagall e sinceramente eu não quero mais ouvir os gritos dela. – eles sorriram

– E você vai me deixar sozinho aqui? – ele a enlaçava pela cintura, fazendo cara de magoado.

– Se eu não estiver enganada você também tem aula agora espertinho. – deu uma piscadela divertida – Eu não queria ir, mas o dever me chama. – ele sorriu

– Então nos vemos depois?

– Claro que sim! – ela pegou os livros que estavam no chão – Te vejo no almoço.


Ela se afastou correndo para a sala onde iria ter a aula de Transfiguração. Ainda ficou andando de costas e encarando aqueles olhos castanhos que pareciam sorrir com a distância entre os dois. Passou pelo Salão Principal e notou que Harry e Rony não estavam mais lá, provavelmente já tinham ido pra aula. Ela se repreendeu mentalmente inúmeras vezes por estar chegando atrasada na aula, sempre reclamou tanto dos atrasos de Rony e agora era ela o mau exemplo.


“Droga, esqueci de falar qual pro Miguel qual era a apresentação! Talvez seja até melhor mesmo ele não saber. Não quero nem pensar o mico que eu vou pagar quando contar que vou ser a protagonista, e fazer par justo com aquela doninha.”



– Com licença professora. – Minerva a olhava séria – Desculpe pelo atraso.


Hermione atravessou a porta da sala e caminhou silenciosamente, e sob os olhares curiosos dos alunos, até uma carteira que Rony e Harry indicavam pra ela e que parecia ser a única vazia. Ela sentou no maior silêncio que pôde, ignorou as caras de tédio dos amigos e gelou ao perceber que McGonagall aproximava-se da sua carteira.


“Meu Merlin, por favor, atenda ao pedido dessa reles mortal e faça com que a professora McGonagall não tenha vontade de iniciar mais uma Sessão Tortura com aqueles sermões!”


– Atrasada Srta. Granger! – Hermione encarava a professora com um olhar medroso, esperando pelas milhares de reclamações que ela iria fazer – Espero que isso não se repita mais. – ela respirou aliviada. “Ufa!” Ela olhou ao redor. “Pelo menos hoje a aula é com a Corvinal.”

– Não pense que esquecemos. – Harry sussurrou para a amiga enquanto McGonagall se afastava em direção à mesa – Nós só apenas adiamos nossa conversinha da manhã. – ela rolou os olhos.

– Nossa isso já está ficando ridículo! Eu ainda não entendo pra quê tudo isso. – deu de ombros

– Nós só queremos proteger a sua integridade. – ela riu cínica – Esse é o nosso dever como...

– Dois perfeitos babacas que são! – Rony cruzou os braços irritado, Harry fechou a cara – Agora façam o favor de me deixarem prestar atenção na aula porque isso eu não faço há algum tempo.

– Mas é claro! Agora só fica pensando nele. – ela lançou um olhar assassino à Harry.


Hermione nunca pensou que pudesse achar uma aula de transfiguração tão cansativa. Já era a quinta vez que McGonagall reclamava com Neville e era a quinta vez que Neville não conseguia transfigurar com sucesso sua agulha em uma flor. E como sempre, a vontade de ir lá até a carteira de Neville e transfigurar seja o que for milhões de vezes perseguia os seus pensamentos. Mas nenhum pensamento persistia mais que a dúvida de como iria falar com McGonagall. Nunca desejou tanto que uma aula acabasse logo. Ela assistia a tudo com total apreensão, imaginando quando a professora iria terminar de falar, de dar explicações, de brigar com Neville e terminar logo aquela aula chata. CHATA? É definitivamente ela não estava bem.


– Vejo todos na próxima aula. E espero que da próxima vez não haja mais atrasos por parte dos alunos. – olhou de soslaio para Hermione que se encolheu na carteira. – Sr. Longbottom – Neville tremeu – quero uma redação de 40cm sobre a transfiguração e seu uso na Idade Média para a próxima aula. – ignorou a cara de decepção de Neville e virou para encarar a turma – Agora se encaminhem para o Salão Principal onde será servido o almoço. – todos alunos, exceto Hermione, Rony e Harry, saíram correndo da sala.

– Professora, eu preciso falar com a senhora só um instante. – ela indicou com o olhar a saída para os amigos, que continuavam a olhá-la com curiosidade antes de saírem derrotados.

– Sou toda ouvidos.

– Bem – ela hesitou por uns instantes – É a respeito do livro que a senhora indicou e que nós vamos fazer a peça. – ela hesitou mais uma vez – É que... bem, eu realmente não cheguei a ler o livro. – Minerva arregalou os olhos

– Você sempre foi tão dedicada a leituras que eu pensei que não tivesse deixado de ler esse livro. Mas por que não leu o livro?

– É que tinha acabado a versão em inglês. – mentiu sem jeito. “Eu acho que eu não nasci pra mentir.”

– Eu posso entender. – disse distraída. – E como faremos agora para que você saiba do que se trata toda a história?

– Professora, não quero que fique chateada por eu não poder mais participar da peça. – fingia uma voz triste – Sabe, eu realmente já estava me acostumando com a idéia – prendia um riso – mas sinto não estar à altura do papel.

– Com isso não precisa se preocupar. – a Castanha fechou a cara – Não quero perder de jeito nenhum a oportunidade de lhe colocar no papel principal. – Hermione já estava desesperada – Do jeito que seus pais me falaram você tem uma voz perfeita nós precisamos de você. – ela abandonou a cara de desespero para um tom importante. – Já foi na biblioteca? – a Castanha balançou a cabeça afirmativamente – Ótimo!

– Ótimo? O livro está todo em francês. – olhava irritada para Minerva. – Eu não entendo como tem todos aqueles alunos para fazer a peça se eu tenho certeza de que quase ninguém ali sabe francês também e que com certeza talvez nem tenham a versão em inglês. – ela lembrou do que Madame Pince havia lhe dito.

– Teve uma peça baseada no livro durante as férias. – “E como eu não soube disso? Ah claro, eu não assino mais aquela porcaria de jornal.” – Eu chamei aqueles alunos porque me disseram que haviam assistido à peça. – ela ficou pensativa – Sinto não poder lhe ajudar srta. Granger, mas conheço alguém que sabe muito bem francês e que vai poder lhe ajudar.

– E quem é? – perguntou ansiosa

– Draco Malfoy. – disse com simplicidade


“AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!! Nem morta eu peço ajuda para aquela trasgo! Sou muito orgulhosa pra isso! E mesmo se eu pedisse tenho certeza de que ele não me ajudaria a não ser que eu prometesse depois que iria me matar pra não contar a ninguém que ele me ajudou em alguma coisa.”


– Será se não há uma outra opção, digamos, um pouco mais sensata? – olhava desesperada para a mulher a sua frente.

– Sinto muito, mas acho que não há outra opção. – Hermione se sentou de uma vez na cadeira da professora, sem se preocupar com o olhar desta – E acho melhor que se apresse a pedir a ajuda dele. O tempo está passando e suas notas dependem muito do seu desempenho na prova que eu irei elaborar. E tenha a certeza de que eu não pouparei esforços para fazer uma prova muito bem feita, ou seja, muito difícil. – Hermione continuava num transe – Será que é pedir de mais para que levante da minha cadeira? – olhou irritada para a grifinória

– D-Desculpa! – olhou sem graça para McGonagall para logo em seguida pegar seus livros e sair correndo daquela sala.


O que iria fazer agora? Pedir ajuda pro Malfoy? Oh Merlin isso será muita humilhação. Mas o que fazer? “Convença-se Hermione, não há saída!”

Ela caminhou em direção ao local onde iria ser servido o almoço. Não comeu nada pela manhã, mas mesmo assim quase não sentia sua barriga roncar de fome. A preocupação agora era outra: como convencer o Malfoy a lhe traduzir o livro. “Será se é pedir de mais pra que ele me traduza um livrinho de nada que só tem 400 páginas? Ah, eu acho que sim!”


– O que você queria falar com McGonagall? – Harry interrogava a amiga enquanto ela sentava derrotada ao lado de Rony.

– Falar sobre o livro, a peça... – cruzou os braços em cima da mesa apoiando a cabeça de forma entediante.

– Livro? Peça? Do que você está falando? – Hermione levantou a cabeça para encarar Rony.

– Da peça oras! – falava como se fosse óbvio – Ah, eu já estava esquecendo que não falei de nada disso pra vocês. E como? Já que resolveram promover mais um show hoje de manhã. – ela olhou para os lados procurando por Miguel na mesa da Lufa-Lufa. “Combinamos de nos encontrar no almoço, por que ele ainda não apareceu?”

– Mione, quantas vezes quer que eu diga que nos preocupamos com você. – ela rolou os olhos – Você ainda é uma menina ingênua, pode acabar caindo nas garras de qualquer pilantra com uma boa lábia.

– Oh sim papai Harry, eu ainda sou uma menininha muito ingênua, e olha que eu só tenho 16 anos e que por alguma acaso da vida é a mesma idade que a sua e eu não sei nem porque às vezes tenho atitudes mais maduras que vocês dois juntos. – imitava uma voz infantil

– Isso é sério Mione! – olhava sem graça para a amiga que parecia querer conter um riso – E vê se não tenta enrolar e conta logo o que você queria com McGonagall. E claro, vamos ter que continuar aquela nossa conversinha da manhã.

– Cadê a Gina e a Luna? – era tão freqüente a visão dos dois casais namorando em todos os almoços que a ausência delas duas assustou Hermione.

– Nós só tivemos uma pequena discussão pela manhã. – ele olhava para o prato

– Se chama aquele barraco de pequena discussão... – deu de ombros

– Não enrola Hermione!

– OK! – disse derrotada – Vai ter um baile aqui na escola pra reunir as diretorias de Durmstrang, Beauxbatons e Hogwarts em uma espécie de confraternização para aproximar mais as escolas. – ela colocava a comida no prato e recomeçava a falar de forma mecânica – McGonagall chamou a mim e ao Malfoy para nos informar que os nossos quartos de monitores-chefes já estariam liberados – só agora eles entendiam o porquê dela não ter dormido na torre da Grifinória – e aproveitou para nos informar que no dia do baile vai ter uma apresentação de uma peça baseada em um livro francês e que eu vou atuar como protagonista. – crispou os lábios com nojo.

– Que bom Mione! – Rony parecia entusiasmado

– Que péssimo você quer dizer! – ela pensou em repetir o prato, mas a lembrança de ter que implorar por uma ajuda de Malfoy lhe tirava o apetite. – Eu vou fazer par romântico com o Malfoy.

– O QUÊ? – os dois gritaram ao mesmo tempo


Ela ainda pensou em dizer milhares de coisas que vinham em sua cabeça naquele momento, como odiava aquilo, como repugnava a idéia de ter que fazer par romântico com aquele sonserino egocêntrico, como amaldiçoou a hora que McGonagall teve aquela péssima idéia... Mas uma figura loira que levantava da mesa da Sonserina lhe chamou a atenção. Ele passava pela mesa como se fosse o rei do local, as meninas sorriam bobas quando ele passava e ele retribuía com um sorriso galanteador. Algumas meninas acenavam para ele entusiasmadas ou simplesmente davam uma conferida no seu corpo quando o viam passando, e aquilo o fazia se sentir ainda mais importante. Os meninos acenavam sorridentes como se buscassem sempre a amizade dele, e ele apenas acenava de volta com desdém. Uma menina de cabelos lisos e muito negros que iam até os ombros não deixava de segui-lo a todo o momento com cara de boba. Ele parecia ter discutido alguma coisa com ela fazendo com que ela voltasse à mesa da Sonserina com uma cara chorosa. Draco saiu sozinho do Salão Principal e seguiu um caminho que ela não tinha a menor idéia de qual era, só tinha a certeza que a oportunidade perfeita era aquela. Era a hora da humilhação, e ela sabia disso. Ainda pensou em não ir falar com ele, mas sabia que se não fosse àquela hora com certeza não seria mais.


– Onde pensa que vai? – Rony segurou num dos braços de Hermione para que ela não levantasse, Harry fez o mesmo com o outro como que para ter a certeza de que ela não fugiria.

– Olha, eu prometo que nós conversamos depois sobre o que vocês quiserem. Eu vou deixar que me estuporem, que me joguem um crucios, que façam qualquer coisa que quiserem, mas por favor, que isso seja depois. Agora eu tenho que resolver um problema muito sério. – eles olharam desconfiados pra Hermione sem saírem da posição anterior – SERÁ SE DÁ PRA SOLTAR O MEU BRAÇO? – eles obedeceram a Castanha a contragosto.


Hermione foi seguindo o caminho que Draco trilhava, mas sem antes deixar de dar mais uma olhada na mesa da Lufa-Lufa, e ver que Miguel ainda não estava lá. Ela não sabia bem onde Draco estava indo, só sabia que tinha que segui-lo. Enquanto ele andava pelo meio da multidão, a vontade de voltar correndo tomava conta dela. Pensou em centenas de coisas pra dizer que com cereteza funcionaria se a pessoa a quem ela necessitava do favor não fosse Draco Malfoy.

Ele entrou na biblioteca sem notar que ela o seguia, rumou para uma das inúmeras estantes que tinham por lá. Um garoto acenou sorridente pra ele e ele apenas passou reto com um ar importante, e aquilo lhe deu mais medo ainda em Hermione. Mas o que estava acontecendo? Ela era uma grifinória, certo? E grifinórios são corajosos, não são? Ela respirou bem fundo, tomou coragem e seguiu rumo à estante em que Draco estava. “Vamos lá Hermione, vamos iniciar mais uma Sessão Humilhação com Draco Malfoy. Caraca, isso tá parecendo até nome de programa!”


– Malfoy! – chamou baixo. Draco virou instantaneamente para ver de quem se tratava, mas ao ver a grifinória em sua frente tratou logo de fechar a cara.

– O que foi Granger? Ainda não desistiu de cansar a minha beleza? – ela mordeu a língua pra não responder um ‘Vai à merda seu gay!’, mas se conteve e deu um sorriso amarelo.

– É que eu queria muito falar com você. – ela olhava para os lados

– Falar comigo sobre exatamente o quê? Algo sobre a monitoria? – disse ríspido

– Não é bem sobre a monitoria. – ele parecia analisá-la – Eu gostaria muito de lhe pedir um favor... – falou quase num sussurro

– Dá pra falar mais alto?

– Eu preciso de um favor seu. – falou baixo, mas teve a certeza de que Draco a escutou. Ele conteu um sorriso de satisfação por vê-la naquela situação quase implorando e fez cara de desentendido.

– Acho que eu não escutei. Será se dá pra falar mais alto ou tá difícil?

– Isso é muito humilhante pra mim ok? – se irritou – Será se não tem como fazer um favor pra mim ou quer que eu implore de joelhos?

– E o que te faz achar que eu te ajudaria em alguma coisa? – cruzou os braços

– Eu sei que aí dentro de você tem um coração solidário que adora ajudar aos outros e...

– Chega dessas baboseiras garota! Não adianta nem me convencer com esses sermões idiotas que aqui todos sabem que solidariedade é uma palavra que não está no meu dicionário. – ela olhava para os pés como se procurasse qualquer palavra que pudesse comovê-lo – Era só isso?

– Olha, isso é muito importante mesmo pra mim e eu não tenho pra quem pedir. – ele se mostrava indiferente e ela já começava a se irritar. Tentar ser humilde com Malfoy não estava dando muito certo – Se eu tivesse outra pessoa pra quem pedir pode ter a certeza de que eu não estava aqui! – ela se alterou

– Ótimo! Procure então uma outra pessoa, vai me poupar de ter que ficar vendo essa sua cara que me enjoa. – ela mordeu o lábio inferior pra conter um palavrão.

– Espera! – ela segurou forte no braço dele fazendo-o parar – É que eu não tenho outra pessoa.

– E? – disse indiferente olhando para a mão dela no seu braço, que ela tirou quase imediatamente.

– Como assim e? Eu estou aqui me humilhando pra pedir um favor seu e ainda tem a coragem de dizer e?

– Já ia esquecendo de dizer que bondade e paciência também não estão no meu dicionário. – ela respirou fundo

– Nós podemos fazer uma troca! – disse esperançosa

– O que te faz pensar que eu quero alguma coisa sua em troca? – olhava para a grifinória com desdém

– Sei lá, podemos fazer uma troca! Não é possível que não tenha algum desejo. – ela já estava quase suplicando. Ele arqueou uma sobrancelha – Pensa em alguma coisa que você queira, qualquer coisa! – ele abriu um largo sorriso e bem malicioso que fez a Castanha se arrepender do que tinha dito.

– Hum, eu posso pensar no seu caso. – ele olhou de novo pra ela que parecia estar arrependida por estar ali – E o que é que tanto quer de mim? Sinto muito, mas um beijo não vai ser possível, isso seria um sacrifício muito grande que está além da minha cota de bondade do dia. – sorriu irônico. Ela fingiu que não ouviu, pois se realmente queria um favor dele era melhor tentar controlar o impulso de derrubar uma estante em cima do loiro.

– A única coisa que eu quero é que me ajude a traduzir este livro aqui. – ela tirou o livro da bolsa – McGonagall me disse que sabia francês e eu estou precisando de alguém que me diga o que tanto tem escrito nisso aí. – jogou o livro nas mãos dele

– O livro que McGonagall indicou. – ele parecia analisar o livro – Então não sabe francês? – ela lhe lançou um olhar como se aquilo fosse óbvio – Isso é muito simples. – fechou o livro e devolveu pra ela.

– E então, vai me ajudar? – o olhou esperançosa

– Como eu disse isso é simples pra mim! – ela sorriu – Mas é claro que eu também vou querer algum favor em troca. – ela fechou a cara e dessa vez foi ele quem sorriu – E trate de não contar pra ninguém que estou quebrando uma das minhas preciosas regras da família Malfoy ajudando uma sangue-ruim que não seja pra morrer. – ela rolou os olhos

– Então temos um acordo, certo? – ele balançou a cabeça afirmativamente e olhando para os lados para evitar que alguém o visse conversando com uma grifinória – E qual vai ser o favor? – ela tremeu ao perguntar isso. O que ele ia querer dela afinal? Alguma coisa fora das regras da escola? Torná-la sua escrava?

– Ainda vou pensar, amanhã conversamos. – ela o olhou apreensiva – E vê se não conta pra ninguém aquela história de ter me visto tocar piano, por que senão eu arranco a sua cabeça, está me ouvindo? – ela rolou os olhos – E não esqueça: isso morre aqui! – ele foi se afastando e deixando uma Hermione cheia de minhocas na cabeça.








Hermione voltou pro Salão Principal com uma cara ainda pior. Se antes ela tinha medo de ir falar com Malfoy agora ela tinha medo do que ele ia falar pra ela. Ela ficou pensando em tudo que seria possível dele fazer com ela, com certeza algo para humilhá-la. E o que seria? Se tinha alguma coisa pior do que uma verdade jogada na cara essa coisa era a dúvida pelo que poderia acontecer. Agora era tentar controlar os piores pensamentos e torcer pra seja qual for o favor dele que não seja algo tão drástico assim. Isso era possível vindo de Draco Malfoy? Com certeza não...


– Demorou Mi. Onde foi? – Rony a olhava desconfiado

– Fui andar por aí. – disse distraída, sentando no banco. – Eu não acredito que ainda está comendo! – olhava incrédula para o ruivo.

– Ora, eu tava com fome! – deu de ombros

– E então? – Harry cruzou os braços

– E então o quê? – lançou um olhar de tédio para o moreno.

– A nossa conversa Mione! Você prometeu que conversaríamos. – ela suspirou

– O que querem saber?

– Pripeiojsu, ongejyu estavhas...

– Hã? Será se não tem como traduzir isso? – lançava um olhar reprovador para Rony que falava de boca cheia. Harry interferiu na conversa.

– Primeiro: Que encontro foi esse ontem; Segundo: Que história é essa de estar namorando com o Malfoy; e Terceiro: Quer que eu morra jovem? – ela respirou com dificuldade e virou para encarar Harry.

– Primeiro: O encontro foi com McGonagall sobre a peça de teatro e eu já falei disso. Segundo: por Merlin, de onde tirou essa idéia? Primeiro dizem que eu estava ficando e agora eu já estou namorando! Será se amanhã eu já vou estar casada com ele? Quem sabe já esteja esperando um filho dele? – Harry a olhou com seriedade – Eu nunca seria maluca o suficiente para querer namorar com o Malfoy, ele é nojento! O que aconteceu foi uma simples briga e quem presenciou interpretou de uma outra forma. Foi só isso ok? Terceiro: Vai parar ou não de me encher o saco?

– E também...

– Ah não Harry, por favor! Eu já expliquei tudo, será se não tem como me dar um desconto? Eu não agüento mais falar sobre isso, minha cabeça tá pra explodir com tanta idiotice que eu já tive de escutar desde quando eu acordei. Então antes que eu pegue essa faca que está a centímetros da minha mão e saia cometendo atrocidades pela escola ou simplesmente me suicide aqui na sua frente, que eu tenho certeza que você ia ficar com a consciência pesada pelo resto da vida, cala essa boca que vai ser melhor pra todo mundo. – depois de todo o discurso da Castanha, Harry ainda demorou pra recuperar a fala.

– Está muito estressadinha esses dias! Sabia que estresse não leva a nada? – Harry arqueou uma sobrancelha, fazendo Hermione lembrar que Malfoy disse a mesma coisa no dia anterior. E não sabia se foi pelo que ele falou ou somente por ter levantado uma sobrancelha lembrando muito do loiro odiável que a sua raiva aumentou ainda mais.

– Eu odeio quando me chamam de estressadinha, e você sabe disso muito bem! – olhou assassinamente para o moreno.

– Ok, ok. Vamos deixar isso de lado que temos uma aula pra assistir agora. – Hermione concordou com a cabeça lembrando que foi a coisa mais sensata que Harry havia falado nas últimas horas – E dá pra parar de comer Rony?








Ai diário, eu sei que não escrevo em você há muito tempo eu sei que tenho sido uma péssima dona, se quiser pode me jogar um crucios agora que eu vou te agradecer. O que mais poderia acontecer de pior na minha vida? Eu sei que isso soa muito melancólico, mas é que você não sabe quanto o meu dia foi uma droga. Só pra começar tive que passar o dia dizendo pra todo mundo que eu não fugi do St. Mungus e que ainda estou bem de saúde. O que estavam pensando? Que eu estava tentando agarrar o Malfoy na Sala de Teatro? Sinto muito ter que dizer mais ainda sou uma pessoa normal. Ainda tive que agüentar os olhares invejosos que todas as meninas me lançavam como se eu fosse uma devoradora de homens. Pior do que isso foi ter que agüentar a Padma Patil, que quase nunca fala comigo, perguntando se ele tinha uma boa pegada. Merlin o que é que está acontecendo por aqui? Mas eu ainda me consolo por saber que tem gente que acredita em mim e sabe que inimigos mortais não se beijam. Como será que essas meninas podem ser tão cegas ao ponto de achar que o Malfoy pode ser sexy! Não é porque ele tem aquele cabelo que não tem mais gel e que fica balançando com o vento que ele vai se tornar sexy não é mesmo? Não é porque ele toca piano de uma forma tão inebriante e tem aqueles braços fortes que ele vai ter um pingo sequer de charme. Eu não entendo como pode ter menina que acha ele um deus grego, isso é muita idiotice para uma mente só! Só porque ele tem uns olhos... ahhh uns olhos... QUE ME DÁ COMPLETA NÁUSEA! O que eu estou fazendo? Merlin, eu não posso acreditar que estou ocupando preciosas linhas do meu diário com aquele imbecil que não se toca! Ele só vive se preocupando com a própria aparência, não que eu ache que ele precise... AI QUE HORROR! O que eu quis escrever é que ele é um gay completo, e não vai pensando que eu ia escrever que ele é um gato ou qualquer coisa do tipo porque não! Agora até o meu próprio diário está desconfiando de mim?
O que mais me deixa feliz de toda essa história é saber que o Miguel confia em mim. Em falar nisso, onde foi que ele se meteu hoje? O caso é que combinamos de nos encontrar no almoço, mas ele não apareceu. Ainda tentei perguntar pro Harry, mas ele só me respondeu um “Tenha mais consideração comigo e não pergunte dele pra mim!”. E não sei o que deu em mim pra ainda arriscar perguntar pro Rony, acho que foi só mesmo pra ouvir ele me falando “Por acaso acha que eu ando vigiando a vida de homem? Ainda mais ele? Acho que eu tenho mais o que fazer!”, claro que isso só os fez fecharem mais ainda a cara pra mim. Céus, o que custa responder se o tinham visto! Mas a verdade é que eu não o vi o dia todo. Nem a Gina e a Luna eu vi, ainda mais depois do barraco que teve pela manhã! Fiquei preocupada de não vê-lo, será se ele entendeu que eu o queria ver pelo almoço? Bem, eu tenho a certeza de que falei isso. Mas eu não sei se isso me preocupa mais do que o Malfoy vai querer em troca amanhã. Não dá pra dormir com essa dúvida! Será se ele vai querer que eu saia gritando amanhã para os quatro ventos que eu estou louca por ele e que ele é o cara mais gostoso de Hogwarts? Que eu vivo assediando ele e querendo um beijo? Ou então vai querer me tornar sua escrava pelo resto da vida? Só de me imaginar limpando as coisas dele, fazendo os seus trabalhos escolares dá uma dor aqui dentro!
Será se dá pra alguém me dizer o que fui fazer pedindo um favor dele? Eu sei que foi o mais absoluto desespero, mas era bem mais fácil me enforcar no meio do Salão Principal e dá pra McGonagall uma bela visão no café da manhã pra a fazer perceber que a merda que ela fez provocou a morte de uma aluna e, modéstia parte, a aluna mais inteligente do sexto ano. Mas parando de delirar por aqui, CÉUS EU NÃO VOU CONSEGUIR DORMIRRRRRRRR!!!! E tudo culpa daquela barbie metida!








Draco entrou no Salão Comunal da Sonserina. Blaise Zabini, um amigo seu, o chamou para sentar no sofá onde se reunia vários alunos. Uma música alta tocava e vários alunos dançavam feito loucos. Se algum diretor tivesse pelo menos a idéia de que em plena terça-feira e àquela hora da noite estava havendo em Hogwarts uma festa daquela proporção com toda a certeza os sonserinos levariam dois anos de detenção limpando os banheiros. Aquelas festas já eram tão comuns pela Sonserina, que eles nunca se preocupavam de verdade. Usavam feitiços silenciadores por todos os locais, pra quem passasse por perto não ouvir qualquer barulho que fosse.
Ele sentou ao lado de Zabini, um dos seus melhores amigos, e aceitou a garrafa de cerveja amanteigada que esse lhe oferecia. Ainda viu de longe Leonardo Connel, um outro amigo seu, dançando completamente bêbado abraçado à uma septanista da Sonserina.


– O Leo cansou de te esperar, já bebeu todas. – Zabini deu mais um gole da cerveja amanteigada – Demorou muito hein?

– Só tive que deixar organizado o horário das monitorias. – ele se serviu de um gole da cerveja olhando para os lados como se quisesse evitar encontrar alguém indesejado.

– Procurando pela Pansy? – Draco fez cara de nojo – Ela tava o tempo todo perguntando por você.

– Ainda mais essa? Se possível eu quero aquela mala beeeeemm longe de mim. – Zabini gargalhou.

– Cara eu sinto muito, mas a sua mala está vindo aí. – Draco respirou pesadamente.

– Ain Draquinhooo, cê demorou hein? – fez biquinho, fazendo Draco rolar os olhos.

– Eu não lembro de ter pedido pra me esperar. – ela sentou no colo dele acariciando os seus cabelos platinados.

– Ah, mas você sabe meu bebê que não é nem preciso pedir. Eu vou sempre estar te esperando por aqui. – ele virou a cara pro outro lado e deu de cara com Zabini contendo um ataque de risos e repetindo a palavra ‘bebê’.

– Vai me largar nunca não, hein encosto? – ele a olhou sério, ela pareceu não entender.

– Ain Draquinhoo, eu só vou te largar no dia em que eu tiver a certeza de que não me ama mais, o que até hoje ainda não aconteceu! – ela deu umas risadas que mais pareciam grunhidos, ele rolou os olhos mais uma vez. – Você continua tão lindo como no dia que me pediu em namoro, lembra? – dizia num tom sonhador. Draco a empurrou para o lado tirando-a do seu colo.

– Namoro? Enlouqueceu por acaso? – ela o olhou confusa – Olha Pansy, nós sempre tivemos um relacionamento bem aberto – Zabini murmurou um ‘E bota aberto nisso!’ para em seguida prender o riso mais uma vez – e nós nunca namoramos!

– Ô meu bebê, não precisa ficar envergonhado! – ele bufou – O seu pedido de namoro foi tão lindo... – ele a olhou como se olhasse para uma aberração – Se lembra do aniversário da mãe do Zabini que você apareceu com um buquê de flores pra mim.

– Aquele buquê era para a mãe do Zabini. – ele falou devagar como se explicasse algo para uma pessoa retardada.

– Ain bebêêê, não precisa se envergonhar não, eu sei que foi pra mim! – ela sorriu e se jogou no colo dele mais uma vez – Eu mal espero quando me pedir em casamento! – ela o beijou forçadamente

– “Enlouqueceu de vez mesmo! Quem disse que eu sou homem de uma mulher só?” – Olha Pansy, faz o seguinte: sobe lá, vai tomar um banho, coloca uma roupa bem à vontade e demora pelo menos uma três horas, aí vai ver se eu tô na esquina, ok? – sorriu falsamente.

– Tomar banho, colocar uma roupa à vontade e ver depois de três horas se você tá na esquina... – ela repetia como um mantra – Mas Draquinho, em qual esquina você quer que eu vá? – ele bufou impacientemente

– Sei lá, escolhe qualquer uma! – ele a tirou de novo do colo.

– Então vou escolher uma bem bonita viu? – ele fez que sim com a cabeça – Tchau meu fofinho, vou te esperar. – ela o beijou mais uma vez e saiu correndo saltitando pela escada.

– É uma doida mesmo! – Zabini caiu na gargalhada – Onde será que esconderam o cérebro dela?

– Essa aí já nasceu sem cérebro. – ele olhou pra Zabini e começou a rir também – Mas pelo menos ela não precisa de cérebro pra ficar gostosa! – Zabini concordou rindo também.

– Mas vai ficar argolado hein?! – Draco o olhou impaciente.

– Pirou também? Acha que aquela ali vai me prender? – Zabini fez que sim – É, pirou mesmo! – voltou a tomar um gole de firewhyskie.

– Ei Leo senta aqui! – Leonardo foi cambaleando até os dois amigos e sentou perto de Zabini, ainda sem reconhecer Draco – Sabia que o Draco vai noivar com a Pansy? – ele perguntou em tom de brincadeira, Draco bufou.

– O Dlaco vai noivar? – falava com a língua embolada pela bebida. Ele olhou para a figura loira à sua frente – É você que tá aí Dlaco? – Draco rolou os olhos e riu do estado do amigo – Almigão, cê não alpalecia aqui mais! – ele deu um abraço em Draco que recusou gargalhando – Quem vai ser o padlinho?

– Cara isso foi só palhaçada do Zabini! Ainda não entendeu porque tá bêbado. – Zabini o olhou desafiante.

– A Pansy te prendeu mesmo!

– Tô começando a achar que aqui ninguém é normal. Eu ainda sou o pegador daqui! – se alterou

– Ah Draquinhoooooo – Draco bufou – vamos combinar que você não pega garotas difíceis.

– Eu quero é ver que garota eu não pego! – ele olhou assassinamente para Leo que ficava repetindo o tempo todo ‘O Dlaco vai casar, o Dlaco vai casar, o Dlaco vai casar, o Dlaco vai casar...’

– Ah – ele tomou um gole de cerveja amanteigada – então podemos fazer uma aposta bebê! – Draco se irritou com a ironia de Zabini, mas concordou – Eu e o Leo vamos te indicar uma garota e você vai ter que provar que vai consegui-la!

– Isso é muito fácil! – disse com tédio, fingindo que não escutava Leonardo com o coro ‘O Dlaco vai casar’.

– Mas não é só isso! – agora Draco e Leo escutavam atentamente o que Zabini iria falar – Você vai ter que fazer com que ela queira namorar você.

– Só isso? – Draco sorriu sarcástico.

– E vai levá-la pra cama! – os dois o olhavam interessados – Ou pelo menos fazer com que ela queira ir com você!

– É mais fácil que tirar doce de criança!

Hic! Quem vai ser Zalbini? – Leo o olhava com interesse.

– Eu ainda não sei. – ele coçou o queixo – Não pode ser uma Pansy da vida, seria muito fácil. Talvez a Carolina...

– Já peguei!

– Ah, já sei! A Suzana.

– Essa aí já faz tempo!

– A Bruna? Essa é uma garota difícil de mais.

– Bruna da Corvinal? – Zabini balançou a cabeça afirmativamente – Essa é passado!

– E que tal a Glanger? – Leo disse inocentemente, sorrindo da sua sugestão. Draco riu com desdém.

– Bingo! – Draco cuspiu todo o firewhyskie que bebia – Caraca, Leo tenho que te dizer que você fica um gênio quando bebe! – sorriu.

– Acho que há um problema por aqui! – os dois olharam para Draco – Eu ainda não enlouqueci e nem quero me contagiar. A Granger? Pode ser qualquer uma menos ela. – “Logo agora que eu já estava fazendo uma lista de coisas para ordenar que ela fizesse nos restos dos dias de escravidão que eu estava planejando. Mas que droga!”

– Tá com medinho bebezinho? – Zabini fazia biquinho pra Draco, Leo ria descontroladamente.

– Fala sério! Ela é horrorosa, chata, metida à sabe-tudo, tem aquela juba na cabeça e ainda por cima é uma sangue-ruim. Eu me recuso a isso! – se alterou

– Ah tah Draquinho, então você não é de nada! – Zabini sorriu desafiadoramente.


“Não, eu não posso deixar que eles pensem que eu não posso conquistar qualquer garota! Sempre foi muito fácil, até as consideradas as garotas mais difíceis de Hogwarts já passaram pelas minhas mãos, por que não a Granger? Aquela lá é uma mala, não sei como eu vou conseguir convencê-la que eu bati a cabeça e fiquei apaixonado por ela. Vai ser difícil, mas eu tenho que conseguir!”


– Há-há! Então vamos ver! Eu vou ter a babaca da Granger em minhas mãos mais rápido do que vocês dois podem pensar. – Leonardo ria descontroladamente de Draco – Ah Leo, vá se ferrar!

PelaDlaco! É que é tão englaçado você achar que vai conquistar a Glanger... – Leo voltou a rir acompanhado de Zabini, que concordava plenamente.

– Pois então veremos! – os dois o olharam tentando aparentar seriedade, em vão – E vocês dois não perdem por esperar! – “E eu não perco por me ferrar!”







N/A: Oi gente! Capítulo atrasado de novo, mas dessa vez por bons motivos. Esses dois últimos meses eu estava viajando direto, até coloquei uma explicação aqui na fic, mas ao que tudo indica por uns tempos eu não vou voltar a viajar.
E lá vou eu quebrando mais uma promessa minha: é, realmente dessa vez não deu, eu tentei deixar esse capítulo do tamanho do anterior de 15 linhas, mas ele acabou ficando com 20 linhas certinho. Já tô até com medo do próximo que finalmente eu vou poder escrever melhor em casa.
O que vocês acharam da Mione pedir um favor pro Draco? Do Miguel tá meio sumido? E do Draco apostando que consegue fazer a Mione se apaixonar por ele?

E pedindo mais uma vez: comentem pleaseee, é muito importante mesmo pra mim!

E agradecendo a todos os coments. Ameeeiiii... Eu tô me sentindo a própria Xuxa respondendo a esses coments, só não vai ter o “Beijo pro meu pai, pra minha mãe, pra minha irmã, pro meu cachorro, pro meu vizinho, pro cachorrinho da minha vizinha, pra vovó, pro vovô e pra você Xuxa.” Huhauhuahuhuahuaua, isso era um saco!


Evelin Lovegood Black: amei, simplesmente amei o seu coment. Ai meu Merlin, quem é que não queria ser Hermione Granger? Ter dois amigos gatos e ainda ter por perto um loiro gostoso... huahuahuhauhua. Eu coloquei o Draco tocando piano pq eu sempre acho isso tão fofo... e ainda mais sendo ele.

Lola_pottermaniaca: oi, demorei a postar o capítulo, mas espero que tenha gostado desse aqui!

Christine Martins: eu sei que eu demorei muito a postar o novo cap., mas foi por uma boa causa! E muito obrigada mesmo por estar lendo a minha fic.

Hanna Black Malfoy: uiii, eu também tô achando esse Miguel muito sumido! Sabe, até que eu vou com a cara da Gina nos livros, mas tem fic que eu tenho vontade de matá-la, ainda mais em fics que ela rouba o Draco da Mione (Isso não pode!), mas ela até que é uma personagem legal! E eu amoo o Rony, acho ele muito fofo. Amei muito mesmo o seu coment, viu?!

carol cardilli: aaaaêêêêêêê… demorou mas veio! Eu odeio quando algum autor demora a atualizar e o pior é que eu fiz a mesma coisa *Priscila de joelhos* desculpa mesmo pela demora viu??!! E você sabe que eu adorooo os seus coments, nunca esqueço da Mione pervertida!

Licca_Weasley_Malfoy: fico feliz que tenha gostado desse capítulo e a ação entre Draco e Hermione não vai demorar muito, eu espero. Tomara que tenha gostado desse capítulo também!

Hermione J. Granger: Aiii, que bom que gostou do capítulo anterior, tomara que neste eu não tenha decepcionado! Eu acho que foi uma fic sua D/Hr que eu olhei ontem, está super fofaaa!

Thaís Potter Malfoy: eu estou gostando mesmoo da sua fic e sem dúvida para um autor um comentário é sempre bem vindo... naquela hora eu tbm queria um beijo mas talvez seja melhor deixar isso mais pra frente. Continua vindo aqui ok??!!

Jacque Malfoy: Fico muito feliz que tenha gostado do capítulo anterior, espero aqui de dedos cruzados que tenha gostado desse também. Continua vindo aqui tá bom?!

taaa_hp: piano é sempre tão fofo! E imagina o Draco tocando piano ahhhhh... Já o Miguel, prometo que no próximo capítulo você vai saber! Ai como eu sou má *risada maléfica*

Belzitah Black: ahhh, adorei o seu comentário. E não precisa ficar sem graça por não ter comentado antes vc comentou agora e isso já me deixou mega feliz! Eu passei na sua fic e tô gostando muito mesmo dela! Continua vindo aqui tá bom?!

Dyone Smith: que bom que achou a fic boa! Eu fico realmente muito feliz quando alguém acha que essa fic é boa! Espero que tenha gostado desse capítulo aqui.

BяUทI.ทhá Potter Malfo: aiii, eu tbm adoro fics D/Hr, elas são sempre tão emocionantes... estou mega feliz com o seu comentário, e quanto a escrever outras fics eu ainda estou planejando, mas com certeza vou escrever umas shorts quando terminar essa aqui.

Cla Coral: oi, eu estou lendo a sua fic e estou gostando muito e fico muito feliz que tenha gostado da cena do “agarramento”, é o meu sonho de consumo com Draco... estou esperando tbm atualização na sua fic!!

Raísa de Almeida Souza: quem é vivo sempre aparece, não é? Huahuahuahua... que bom que voltou, espero que tenha gostado desse capítulo.

Debyh Wood: eu acho então que isso acontece com nós duas. Essa história de pedir pra que uma coisa ruim não aconteça e no fim das contas vem uma pior tbm vive acontecendo comigo... hauhauhauhau. Eu não sei se a peça de teatro vai agradar muito, mas eu prometo me esforçar. E muitooo obrigada pelo coment.

JuOh Granger: obrigada mesmo por ter divulgado a minha fic lá na sua! E espero de coração que tenha gostado desse capítulo aqui!

Jéssy Granger Black Potter: a Mione e o Draco se agarrando, ou melhor, não se agarrando, realmente foi bem legal. E qual será a do Miguel? Eu sei! Huahuahauhau, mas no próximo todos vão saber 

Mione Malfoy: não dá pra não dizer que eu estou amandoooo a sua fic! Oh meu Merlin aquilo foi um beijooo! E sem dúvida a Mione saiu no lucro naquele “agarramento”. Céus, o que será estar agarrada com draco Malfoy? Eu também querooo!!

Tanne: eu também prefiro e muito as fics D/Hr, e que booooommmm que está gostando da fic! Tomara que tenha gostado desse capítulo!

Pri Potter: o Miguel pode até ser um gato, mas meu Merlin o Draco é TUDO! Espero que continue vindo aqui e comentando viu?!

LuanaH²: na realidade vai haver dois acordos entre o Draco e Mione, o primeiro já deu pra saber o que é e o segundo eu sei que tá muito na cara huahuahua mas no próximo capítulo eu vou colocar! Ameeeii mesmo o seu comentário!

Sonekinha_89: o capítulo novo está aí, espero muito mesmo que tenha gostado! Continua vindo aqui tá bom?!


Tem uma fic bem legal pra quem quiser ler:


O Valor De Uma Marota

http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=15745
Fic T/L da Belzitah Black


->-> E já sabem: quem tiver uma fic legal e quiser divulgar por aqui é só deixar o endereço na parte do comentário com o nome da fic, ok??!!


Não esqueçam de dar um voto e deixar um comentzinho por favor, e me digam o que estão achando... Um bjaum pra todo mundo que está lendo. FUI!!


*Se alguém quiser me add no orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=3589054055666084976*



Srta. Granger Malfoy


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