Sentimentos E Confusões



** O vídeo do capítulo 8 será repostado em breve!!


8 Sentimentos E Confusões



Hermione andava pelo corredor de Hogwarts com pensamentos perdidos. Pensou em inúmeras coisas para dizer a Rony e Harry, pedidos de desculpas talvez não funcionassem. Àquela hora já estava tudo escuro, e ela como monitora não podia andar pelos corredores quando já deveria ter se recolhido a seu quarto.
Ela parou em frente ao quadro da Mulher-Gorda, lembrava perfeitamente da senha, mas a coragem de entrar onde seus amigos estariam não queria aparecer. Sentiu o coração acelerar o passo ao ver que o quadro abria lentamente e por ele se revelava uma figura ruiva, muito bem arrumada.


– O que está fazendo aqui? – Rony passou pelo quadro encarando Hermione com o cenho franzido.

– Eu é que te pergunto o que faz saindo desse jeito há essa hora! – Rony parecia confuso – Rony, você passou – Hermione se aproximou mais do amigo com uma cara surpresa – perfume?

– É que – pigarreou – bem, eu vou me encontrar com a Luna. Combinamos de nos ver agora à noite escondidos do Filch.

– Acho difícil conseguir se esconder do Filch com tanto perfume que passou. – Hermione tentou sorrir para Rony, que não correspondeu – Rony, eu queria falar com você sobre tudo o que aconteceu e também...

– Olha Hermione, – interrompeu a Castanha – hoje o meu dia já não foi muito bom com toda essa história que você arranjou. Já tive que escutar muita piada dizendo que eu e o Harry fomos passados pra trás, já levei xingamento da Gina porque eu disse que ia acabar com essa história, e a Luna faltou me colocar de castigo quando eu disse que não falaria mais com você. – Hermione emudeceu esperando Rony terminar – Mas a verdade é que, por mais que eu tente, não consigo deixar de falar com você por muito tempo Mione. – Hermione continuava muda, sentindo-se mais aliviada escutando o ruivo – Não estou dizendo que concorde com esse namoro ou que fique feliz com isso, porque aí já é uma coisa que está além da minha bondade. Mas eu só posso te prometer que ele vai se ver comigo caso não cuide bem de você.

– Oh, Rony! – ela enlaçou o pescoço de Rony, lhe dando um abraço forte – Eu fico tão feliz que não esteja mais chateado comigo. Eu também não ia agüentar ficar muito tempo sem falar com você.

– Você me faz muita falta Mione. – Rony continuava abraçando Hermione, que deu um sorriso tímido para o amigo – Na aula de Poções eu pude ter a certeza do quanto você me faz falta. Aquela pergunta que o Snape fez... – Hermione saiu dos braços de Rony, indignada.

– Então é só pra isso que eu sirvo Rony? – cruzou os braços com irritação – O que te faz falta é só o meu cérebro?

– Não Mione! Estou pouco me lixando para o seu cérebro e... – Rony atropelava as palavras. Hermione se sentiu ofendida.

– Quer dizer então que o meu cérebro é uma porcaria? Que eu sou uma burra? – arregalou os olhos, mais irritada ainda.

– Não Mione! O seu cérebro me faz falta também... quer dizer... você me faz falta e não o seu cérebro... er, eu queria dizer é que eu não preciso do seu cérebro. – Hermione arregalou os olhos, furiosa – Não, eu preciso do seu cérebro... er... Ah Mione, assim você me confunde! – Rony olhou nervosamente o relógio – Nossa! – fingiu surpresa – Eu já estou atrasado no meu encontro com a Luna. Beijo Mioninha. – deu um beijo rápido na testa de Hermione – Não esqueça nunca que eu te amo tá? – Hermione olhou Rony assassinamente – Er, hum... tchal!


Rony correu o mais rápido possível antes que Hermione explodisse. A Castanha somente rolou os olhos irritada e entrou bufando pelo quadro da Mulher-Gorda. O Salão Comunal estava anormalmente vazio, ainda eram 9:00. Ela sentou em uma das poltronas que ficavam de frente para a lareira, sentindo aquele peso no coração tão comum: o peso da culpa. Talvez Harry estivesse até agora chateado com ela, com toda a certeza, e talvez nunca mais quisesse olhar na cara dela, e aquilo ela não iria querer nunca.

Ela escutou barulho de passos descendo as escadas, e deduziu que vinham do dormitório masculino. Hermione espiou vagarosamente quem descia as escadas, e pôde ver claramente o cabelo de Harry. Sentiu seu coração pular quando o viu com o mesmo semblante triste que viu na aula de Snape. Harry se aproximava lentamente de um sofá que tinha perto da poltrona em que Hermione estava, e ela achou que era melhor se revelar logo.


– Harry! – Harry se sobressaltou ao ver Hermione levantando da poltrona com as mãos no bolso – Eu preciso falar com você! – Harry já ia voltando o mesmo caminho que tinha percorrido, mas Hermione segurou o seu braço fortemente – Por favor Harry, fala comigo!

– O que veio fazer aqui? – encarou Hermione com os braços cruzados – Veio jogar na minha cara que está muito feliz com o Malfoy? Sinto muito, mas não estou nem um pouco aí pra isso!

– Será se não tem como me escutar pelo menos uma vez? – suplicou – Você ainda não me deu nem tempo para que eu pudesse me explicar e...

– Existem coisas que não têm explicação, Hermione. – interrompeu – E uma dessas coisas é esse seu namoro estúpido! Agora, com licença que eu tenho mais o que fazer.

– Você não vai a lugar nenhum enquanto não terminarmos a nossa conversa. – Harry se assustou ao ver Hermione com a varinha apontada para ele – Não me obrigue a te azarar, Harry.

– Está me ameaçando, Hermione? – sorriu irônico – Vejo que já está aprendendo muito rápido com o seu namorado. Está virando outra garota, quem sabe se torne também uma pessoa de péssimo caráter! – a mão de Hermione que tinha a varinha em riste tremeu – Por que está com o Malfoy? Porque ele é um cara popular? Hum, – coçou o queixo, pensativo – talvez por que ele seja rico?

– Não fale besteiras Harry! – Hermione tratou de olhar pra cima impedindo que uma lágrima descesse – Você não tem idéia do quanto as suas palavras doem em mim! – desabafou.

– E tem idéia por acaso do quanto as suas atitudes doem em mim? – riu tristemente – Não, não tem! Se tivesse não faria isso.

– Olha, eu não vim aqui pra que você me insultasse ou me humilhasse. – parou, sentindo que a sua voz iria embargar – Eu vim aqui pra conversar com você, para nos acertarmos. – Harry ainda lhe olhava com dureza – Eu não quero que se entristeça comigo porque isso dói em mim de uma forma que você não tem um pingo de noção. Ficar longe de você me machuca muito. – Harry se sentou no sofá, encarando a lareira, enquanto Hermione gurdava a varinha nas vestes – E me magoa muito saber o que você pensa de mim.


Hermione se calou. Harry ainda continuava a olhar as chamas crepitantes da lareira sem dizer uma palavra qualquer, nem ao menos arriscou olhar alguma vez para Hermione. A Castanha continuava em pé, olhando para as costas de Harry, sem ter a coragem de sentar ao seu lado ou pelo menos falar mais algumas das coisas que lhe corroíam por dentro: a vontade de gritar que ele nunca quis saber pelo menos dos sentimentos dela em relação à ele, pois sabia que era uma coisa tão óbvia que era praticamente impossível ele nunca ter percebido um gesto sequer dela. As palavras de Draco dizendo que ele preferiu Gina à ela ainda ecoavam no seu cérebro, e lembrar que no dia que ele e Cho se beijaram era justamente o dia em que ela ia dizer pra ele tudo o que sentia ainda surgia de vez em quando na sua memória.


FLASHBACK

Estavam mais um dia em reunião na Armada de Dumbledore. Hermione via que Harry observava timidamente todos os passos de Cho, e sentiu que seria naquele dia deveria falar com ele, contar seus sentimentos, pois sabia que ele já deveria ter percebido. Resolveu esperar até o fim do encontro e falar a sós com ele no Salão Comunal.


– Nós podemos praticar em pares. – disse Harry – Vamos começar com a Azaração de Impedimento, por dez minutos, e então nós podemos pegar as almofadas e tentar Stunning de novo.


Todos se dividiram em pares, Hermione ficou com Rony, Cho com uma amiga sua Marietta, e Harry com Neville como de costume, e os outros alunos foram se juntando aos poucos. A sala estava cheia de intermitentes coros de ‘Impedimenta!’. Pessoas congeladas por um minuto enquanto seu parceiro fitava a sala, vendo os outros pares trabalhando, para então descongelar e fazê-los voltar à azaração. Hermione tentava se concentrar nos feitiços, mas só de lembrar da decisão que tomara, sentia um frio percorrendo sua barriga, que vez por outra lhe tirava a concentração.

Harry parecia muito orgulhoso com Neville, mas Hermione percebia que a atenção dele estava praticamente o tempo todo voltada par Cho, que sempre sorria quando ele a olhava. E aquilo a incomodava e ela notava que de alguma forma Gina também percebia e, caso estivesse zangada, escondia muito bem. No final de uma hora, Harry pediu para que parassem.


– Vocês estão ficando muito bons. – Harry disse sorrindo – Quando voltarmos do feriado vamos começar fazendo algo de grande, talvez até o Patrono.


Todos os alunos ficaram excitados com o que Harry falava, mas só Hermione parecia se concentrar mais no que realmente iria acontecer mais tarde quando finalmente falasse com Harry. Eles se juntaram em duplas para sair da sala. Hermione ia saindo com Rony, mas antes foi até Harry.


– Eu queria falar hoje com você Harry. – Harry, que arrumava algumas almofadas, encarou Hermione com o cenho franzido – Não se preocupe, não é nada muito importante.

– Pode deixar Mi! Me espera pra gente conversar então. Mas vê se não vai dormir antes de eu chegar. – Harry sorriu para Hermione fazendo com que a garota sentisse um frio no estômago.


Ela e Rony já estavam no corredor da Sala Precisa quando viu que Cho se despedia de Marietta e pedia para que não a esperasse. Hermione no fundo já imaginava o que poderia acontecer, tinha vontade de arrancar Cho pelos cabelos da sala e fazer com que ela se afastasse de Harry. Mas sabia que o que tivesse de acontecer naquela sala só aconteceria se ele quisesse, e isso fazia seu coração doer mais ainda.

A primeira coisa que Hermione fez quando chegou ao Salão Comunal foi escrever compulsivamente uma carta para Vítor Krum. Tinham ficado amigos desde o último ano e quando tinha qualquer coisa que lhe dava raiva, se colocava para escrever seja o que fosse: uma carta para os seus pais, para Vítor... Ainda não tinha um diário e sentia que tinha que comprar um depressa, antes que passasse a noite toda escrevendo cartas para Deus e o mundo para liberar a sua raiva. Rony somente se jogou no sofá com uma expressão sonolenta.

Harry voltou meia hora depois, o que pareceu para Hermione uma eternidade. Sentia que de alguma forma tinha perdido para sempre a oportunidade de falar para Harry o que sentia por ele. O Salão Comunal já estava vazio, e Harry entrava tentando diminuir o barulho dos passos para não acordar ninguém, ao contrário de Hermione que só tinha vontade de gritar.


– Por que demorou? – Hermione não conseguiu guardar a vontade de perguntar. Rony agora tinha abandonado toda a cara sonolenta.


Harry não respondia, talvez estivesse em estado de choque ou talvez estava tentando conter a vontade de gritar para todo mundo o que quer que tivesse acontecido naquela sala. Hermione não sabia identificar o que poderia estar passando pela cabeça de Harry aquele momento, só sentia que a cada segundo seu coração despedaçava mais.


– Você está bem Harry? – Hermione perguntou, observando o rosto de Harry com uma expressão que variava de felicidade para confusão. Harry encolheu os ombros, sem saber o que responder.

– O que houve? – Rony perguntou interessado.

– O que aconteceu? – Hermione voltou a perguntar algo a Harry, sentindo que todo aquele silêncio a matava mais – É a Cho? – criou coragem. Harry balançou a cabeça em sinal de afirmação.

– Então, er, o que ela queria? – Rony perguntou interessado na resposta do amigo.

– Ela... – Harry começou, roucamente, limpou a garganta e tentou novamente – Ela... Er...

– Você a beijou? – Hermione perguntou tentando deixar ao máximo não transparecer na sua voz toda a decepção que sentia.

– Beijei. – Harry falou rapidamente, olhando para os próprios pés.


Rony abriu a boca em um sorriso tão largo que fez Harry se sentir muito melhor. O ruivo dava uns tapas nas costas do amigo para logo tornarem a falar sobre o que aconteceu. Nenhum dos dois parecia perceber que Hermione ficou calada não participando da comemoração. Ela levantou da mesa em que estava escrevendo a carta, juntou a sua pena junto com o restante das coisas e saiu rumo ao dormitório feminino. Ela já estava subindo as escadas quando Harry levantou rapidamente ao ver Hermione e a chamou.


– Ei Mi! – Hermione virou com dificildade, tentando esboçar um sorriso – Sobre o que você queria conversar?

– Não é nada de mais Harry. – Hary franziu o cenho, desconfiado – Sabe que eu até esqueci!

– Então você senta ali no sofá com a gente até lembrar. – brincou – Vamos, nós conversamos aí você se lembra do que se tratava.

– Ah Harry, é que eu estou realmente com sono. – mentiu – Não dormi nada essa noite e se eu não dormir agora é bem capaz de não acordar cedo amanhã.

– Bem Mione, se é assim... – ele sorriu para ela, fazendo com que agora ela sentisse tristeza por saber que esse sorriso só podia ser de amizade – Então vai descansar que amanhã vamos ter que aturar dois horários do Snape logo pela manhã. Boa noite! – ele ia retornando para o sofá, mas parou ao escutar a voz de Hermione.

– Harry! – o moreno virou para a Castanha – Eu, er... – sentiu a voz embargar – Fico feliz por você.


Se ele falou algo em agradecimento ou se falou qualquer outra coisa para Hermione ela não pôde escutar. Subiu as escadas antes que derramasse a primeira lágrima na frente dele. Parecia que cada passo era difícil de dar, tinha a impressão que uma parte de todo aquele peso que sentia no coração tinha passado para os seus pés. Era a péssima sensação de ter o coração despedaçado. Se arrependia por não ter falado com Harry antes. Mas do que adiantaria se era da Cho que ele gostava? E se confessasse tudo pra ele e ele risse e dissesse que preferia a Cho? Se ele soubesse o quanto aquilo a machucava... Era a primeira vez em toda a sua vida que tinha sofrido uma decepção amorosa e não desejava pra mais ninguém viver aquilo.

Entrou no quarto calmamente, ao contrário do que se passava dentro de si, tentando não acordar ninguém para que a vissem daquela forma. Ela jogou as coisas que carregava sobre a cama e entro no banheiro para fazer a única coisa que restava naquele momento: chorar.


FIM DO FLASHBACK


E lembrar que depois de tudo isso Cho Chang ainda correu para os braços do ex-namorado de Gina fazendo como se Harry fosse coisa do passado.

Ter lembranças daquele tipo ainda doía em si, mas vendo Harry ali, magoado com ela, talvez doesse mais. Certamente ele deveria estar assim porque estivesse achando que ela traiu a amizade deles, nada mais além disso, por mais que no fundo ela ainda se surpreendesse querendo que a chateação dele fosse por outros motivos...

Seguiram-se vários minutos em que eles ainda estavam na mesmo posição. Harry estava de uma forma que, ao ver de Hermione, ele estava completamente alheio da presença dela ali. Aquele silêncio já estava constrangedor de mais, pelo menos para Hermione, que resolveu quebrá-lo.


– Não vai dizer nada? – perguntou esperançosa.

– O que quer que eu diga? – perguntou indiferente.

– Nada! – Hermione sentiu um nó na garganta que quase não a deixou continuar – Não diga nada! – ela já ia seguindo rumo à saída, quando a voz de Harry a parou.

– O que te fez estar com ele, afinal? – perguntou ainda sem encarar Hermione.

– Bom, nós temos alguns objetivos em comum. – Hermione se voltou novamente para Harry e percebeu que ele dava um sorriso irônico.

– Acho que objetivos em comum não é o suficiente para engatar um namoro com uma pessoa odiável, irritante e que até outro dia vivia te ofendendo.

– Eu descobri que o Draco – Harry bufou – não é esse monstro todo que ele aparenta ser. Ele é um pouco diferente e pode até ser legal às vezes. – Hermione se controlava para manter a voz firme em cada mentira que saía de sua boca – Nós conversamos e nos demos bem... e resolvemos tentar. – Hermione continuava encarando as costas de Harry, esperando que ele explodisse a qualquer momento, mas ao contrário, ele continuava com a sua voz firme.

– O que espera de mim me falando essas coisas? Espera que eu o cumprimente a partir de hoje? Ou que eu dê risadas e concorde com tudo isso?

– Não é isso que eu quero de você Harry. – Hermione tomou coragem e contornou o sofá em que Harry estava, ficando na frente dele. Harry desviou o olhar da lareira para encarar Hermione, tentando manter a firmeza no olhar.

– Então, o que quer? – perguntou, tentando deixar a voz livre de emoção, inutilmente.

– Eu quero que você entenda também o meu lado, que me compreenda e entenda os meus motivos. Eu gosto muito de você Harry, do Rony também, e pra mim a coisa mais difícil é não ter vocês dois comigo. Juntos nós somos o trio insuperável, lembra? – Hermione esboçou um leve sorriso, mas Harry ainda parecia imóvel – Eu estou te pedindo Harry. – olhava firmemente nos olhos verdes do moreno – Fica do meu lado pelo menos dessa vez, por favor!

– Eu não sei se posso Hermione. – ele apoiou os cotovelos sobre a perna cobrindo o rosto com as duas mãos – E ainda mais agora que eu te perdi pra ele.

– Você não me perdeu. – Hermione sentou-se ao lado dele o abraçando fortemente. Harry hesitou por um instante, mas logo abraçou a amiga de volta – Você vai sempre me ter Harry, não fale como se eu tivesse te abandonado.

– Você não entende Mione. Nunca vai entender. – Harry afastou um pouco Hermione para encará-la nos olhos – Mas tendo você aqui perto de mim só me dá mais a certeza de que eu não quero nunca perder a sua amizade. Isso é muito difícil pra mim, você não tem idéia. Mas eu posso te prometer que por você eu vou tentar não pular no pescoço do Malfoy todas as vezes que eu vê-lo contigo. – ele limpou as lágrimas de Hermione, que sorria timidamente – Mas não vai pensando que eu vou ficar amiguinho dele ou qualquer coisa do tipo porque eu ainda sou muito orgulhoso viu? – sorriu para Hermione – Eu também já estava ficando com saudades suas.

– Oh Harry, você não sabe o quanto eu fico feliz que me apóie. Eu não sei o que faria sem você, realmente não sei. – ela abraçou Harry mais uma vez e disse perto do ouvido dele – Sempre amigos então? – Harry respirou pesadamente e sorriu.

– Sempre amigos!








Hermione entrou no quarto de Draco sem bater na porta, mas logo se arrependeu por isso. A visão dele em uma calça folgada de moleton e totalmente sem camisa lhe paralisou por completo. Ela ficou somente alguns segundos, o que pareceu pra ela uma eternidade, só admirando aquela barriga tão comentada pelas meninas que tiveram o privilégio (porque agora ela achava que aquilo era um privilégio) de ver. O abdome dele era tão perfeito, desprovido de pêlos e completamente malhado que fez Hermione levar inconscientemente a mão à boca para ver se estava babando. Aquela barriga tanquinho naquele loiro era realmente uma tentação que Merlin colocou na Terra.


– Está atrasada! – Draco falou friamente ainda ajeitando suas roupas, o que consistia em jogar tudo em cima de uma mesa, tirando Hermione de seu transe.

– Não marcamos horário Malfoy! – entrou receosa no quarto, tentando ao máximo não dar outra conferida no corpo de Draco – Por que não coloca uma camisa?

– Eu te perturbo? – Draco sorriu marotamente.

– Só o fato de você respirar me perturba! – respondeu grosseiramente.


Draco pegou o livro francês que tinha no malão e se jogou preguiçosamente na cama. Hemione olhava para os lados ou pra qualquer outro lugar que não fosse Draco, com medo de cair na tentação de olhar para ele.


– Não vai mesmo colocar uma camisa? – Draco se concentrava em abrir o livro.

– Eu gosto de ficar assim no meu quarto. – foleava o livro com pouco caso – E além do mais estou com calor.

– Mas é que está frio. – Hermione se aproximou da janela do quarto que estava entre-aberta – Olha, o tempo está fechado. – mentiu – Está ventando absurdamente, e parece que vai chover. Acho que não quer resfriar, não é mesmo?

– Hermione, não te culpo por querer olhar para o meu corpo ao mesmo tempo em que não me culpo por ter nascido assim, perfeito! – Hermione rolou os olhos – Agora senta logo que já estou perdendo a paciência.


Hermione puxou a cadeira da escrivaninha e sentou de frente pra Draco. Ela ainda continuava a mirar qualquer coisa que não fosse o garoto a sua frente, mas parecia que de certa forma seus olhos teimavam em querer desobedecê-la.


– Você tem o livro? – mirava o livro nas mãos do loiro.

– Ao contrário de você, eu sou responsável e costumo ler o que mandam na lista de materiais. – Hermione ignorou o comentário de Draco.

– Então antes de começar a ler, me conta pelo menos a história do livro.


Draco começou uma narração do que para Hermione certamente deveria ser a história do livro, mas nesse momento já não importava. Ela voltou a olhar o que tanto evitou: o corpo inteiro de Draco; e sabia que, em algum lugar no quarto, Draco falava algo que ela não conseguia identificar. Ela ficava olhando para a barriga dele sabendo que por ela mesma ficaria ali o dia todinho só admirando aquele abdome definido... Ela tentava inultimente tirar os olhos de lá e só conseguia escutar algumas palavras desconexas como: ‘assim’, ‘talvez’, ‘ela foi’; e só conseguiu despertar de todo aquele transe quando escutou a última frase de Draco.


– E é assim que a história se desenrola. – finalizou.

– Hã? – Hermione voltou a olhar no rosto de Draco – Como desenrola o quê?

– Não escutou nada do que eu disse, não foi? – Draco fitava Hermione.

– É que eu... bem, ultimamente eu... – olhava para a janela – eu não ando escutando muito bem e ainda mais que eu estou aqui, é bem... a distância você entende? E... eu não estou te ouvindo direito.

– Hum. – pareceu desconfiado – Senta aqui pra ver se ouve melhor dessa vez.

– Aqui onde? – pareceu confusa.

– Na cama Hermione! – apontava para o lado dele – Não se preocupe, não passou por um momento na minha cabeça tentar te agarrar.

– Idiota! – ela foi andando ainda um pouco desconfiada até a cama de Draco. Hermione sentou ao lado dele, tentando apoiar as suas costas no encosto da cama – Isso aqui é desconfortável! – reclamou.

– Toma. – Draco jogou de qualquer jeito um dos travesseiros que tinha embaixo das costas – Agora cala a boca! Se a gente for nesse ritmo não vamos terminar nunca de ler isso aqui! – ele percebeu que Hermione encarava somente os próprios pés e parecia não querer dar atenção à ele – Tá bom, você venceu! Deixa eu colocar uma camisa.


Draco levantou ainda de forma preguiçosa da cama e caminhou até o seu guarda-roupa. Hermione, que continuava olhando para os pés, deixou escapar um suspiro de decepção.
Draco se jogou na cama novamente de forma despreocupada e voltou a folear o livro.


– Como eu estava dizendo, esse livro conta a história de Sophie e Anton. – Hermione agora prestava atenção – Eu só não sei em que século essa história se passa, mas não deve ser algo muito antigo. Eles eram de famílias ricas e rivais e se odiavam bastante mesmo sem se conhecerem pessoalmente. Anton vinha de uma família bruxa puro-sangue e Sophie era de uma família trouxa que tinha várias propriedades pela Inglaterra. No começo do livro, a família de Sophie ainda não sabe que a família que eles odeiam tanto é de bruxos, mas isso eles descobrem no decorrer da história. – Draco parou, demonstrando cansaço – A família de Anton, como legítimos e superiores puro-sangue – Hermione bufou – odiavam a família da sangue-ruim, e claro que obviamente nunca iriam querer qualquer tipo de aproximação com gente assim.

– Dá pra contar logo a história e parar com esses comentários idiotas? – perguntou irritada.

– Se calar a boca eu continuarei mais rápido. – respondeu friamente – Continuando: eles se conhecem em um baile promovido por algum amigo que eles têm em comum, mas só que eu não lembro o nome. – Draco deu uma pausa para voltar a narrar de forma mecânica – Desde esse baile eles passam a se encontrar pessoalmente sem saber que deveriam se odiar. Só que com o tempo, como acontece em toda história melosa, eles descobrem de que família cada um vem, mas mesmo assim se apaixonam. Os pais de cada um descobrem aí vem todo aquele blá-blá-blá chato de toda estória melosa e sem sal, e por aí vai.

– Nossa! Essa explicação foi magnífica. Parabéns Draco! Você superou todas as minhas expectativas. – comentou irônica. Draco apenas analisava a primeira página do livro, não dando atenção para Hermione.


Hermione olhava para as estrelas pela janela. Era horrivelmente desconfortável estar assim tão perto de Draco, sobretudo estar sentada na cama dele. Se ele estava sentindo a mesma coisa não deixava que em momento algum transparecesse e ela também tentava demonstrar que não estava se afetando nem um pouco.

Draco começou a ler despreocupadamente as linhas do livro e falando tudo em voz alta. Hermione até que tentava, mas era impossível não fazer caretas de que não estava entendendo nada. Draco lia rapidamente com um sotaque perfeito, mas a Castanha já se estressava.


‘Avec licence Sophie, quelqu'un ici voulant parler avec toi.’ – Draco falava mecanicamente sem dar tempo de Hermione respirar – Sophie a souri ouvertement. ‘Ce serait un plaisir. Mais où il est Amèlie?’ Audrey a souri. ‘Elle était avec Charles.’ – Hermione bufou impacientemente interrompendo Draco.

– Eu não estou querendo que leia historinhas pra mim. Eu quero é que traduza esse livro. – Draco arqueou uma sobrancelha, irritando Hermione.

– Olha, já é um saco ficar lendo um livro como se eu estivesse em um Jardim de Infância acompanhando uma criança retardada no seu primeiro dia de aula. Então faz um favor: fica aí quietinha, caladinha, não respira, não boceja, não espirra, não se mexe, não reclama, não me enxe o saco. Resumindo: faça como se não estivesse aqui! Vai ser melhor pra nós dois.


Hermione somente bufou e ficou calada. Era realmente um saco e constrangedor de mais ficar perto de Draco. Vontade de xingá-lo não faltava, mas também não poderia perder a única chance que tinha de saber o que estava escrito naquele livro.

Ela respirou pausadamente e voltou a olhar pela janela e fazer uma das poucas coisas que lhe acalmava: admirar as estrelas. Não havia outra coisa para fazer a não ser isso e esperar que Draco traduzisse logo tudo o que ele estava falando. E pelo visto aquela noite iria realmente ser bem longa.








– Mione, que olheiras são essas? – Luna parecia interessada em olhar Hermione – Que semblante horrível é esse? Mas que cara inchada é essa? O que aconteceu? Não dormiu direito? Dormiu mal? Ou não dormiu? Nossa, você está péssima!

– Ok Lun... – a Castanha abriu a boca em um largo bocejo – Não precisa ficar repetindo o que eu já sei.

– Ou alguém não te deixou dormir? – Luna perguntava inocentemente, não percebendo a careta que Harry fez ao imaginar quem poderia não ter deixado Hermione dormir – Bem, mudando de assunto: hoje vai estrear no jornal da escola uma coluna feita por mim. Por mim, Ron! – Ela abraçou Rony, dando um longo beijo nele – Você acredita? Até agora eu ainda não acredito que vou poder seguir os passos do meu pai. Sabia que ele também começou escrevendo para o jornal da escola?


Hermione observava que Rony parecia não prestar bem atenção ao que Luna falava e sim na própria garota. Era estranho imaginar que ele, que a chamava sempre de lunática, estaria agora babando aos pés dela. Era certo que Luna se tornara uma garota mais bonita, segundo Gina desde que a sua amiga se descobriu apaixonada por Rony, mas mesmo assim ainda era estranho vê-lo tão babão daquele jeito.

Ela olhou para o outro casal à sua frente e suspirou tristemente. Harry parecia agora bem distraído dando o café da manhã na boca da namorada. Gina era o tipo de garota decidida e que realmente chamava a atenção onde estava. E, querendo ou não, às vezes sentia inveja disso.
Eles formavam o típico casal feliz, daqueles que nasceram um para o outro, mas, mesmo assim, ainda era difícil pelo menos esboçar um sorriso quando os via juntos. Hermione respirou pesadamente, reconhecendo que o que um dia sentiu por Harry talvez já não fosse mais a mesma coisa, mas ainda assim era difícil ficar feliz vendo-o feliz... e com outra garota.


– Ai Ron, eu estou tão nervosa. – Luna esfregava as mãos feneticamente – Essa demora toda do jornal está me matando. Você não acha estranho ainda não terem entregado o jornal? E se fecharam o jornal?

– Quanto a isso não se preocupe. – Hermione falava desinteressadamente – Coisa ruim não acaba de uma hora pra outra. – Luna ainda mantinha o mesmo semblante nervoso, ignorando o comentário de Hermione.

– Geralmente eles entregam às 7:00 e já são 7:30. – Luna já bebia o seu terceiro copo de suco – E caso eles não publicarem? E se acharam a minha coluna mal-feita? – Rony abraçou a namorada – Eu estou tão ansiosa, Ron!

– Vai dar tudo certo, você vai ver. – Rony acalmava Luna com beijinhos – Quem seria o louco de não publicar algo que você fez? – Gina e Hermione se encararam tentando conter um sorriso.

– À propósito Luna, sobre o que é a sua coluna? – Gina perguntava realmente interessada.

– É sobre moda. – respondeu sorrindo. Hermione desviou o olhar para o outro lado na tentativa de camuflar a vontade de rir. Como alguém seria louco de deixar Luna escrever uma coluna, ainda mais sobre moda? – Eu vou dar dicas de moda uma vez por semana. – ela olhava para os lados procurando por Collinn – Ai, isso tá demorando tanto! Logo hoje, na minha estréia!


Hermione continuava olhando pra qualquer outro lugar que não fosse Luna. Realmente só alguém sem noção deixaria ela escrever uma coluna sobre moda. Sem nem perceber, a Castanha demorou o seu olhar na mesa da Sonserina, e pôde ver que Draco não estava lá. Mas o que ele estaria fazendo para ainda não ter ido tomar o café? Afinal, já era 7:30 e as aulas já iriam começar.


– Alguém viu o Draco? – perguntou distraidamente para os amigos.


Harry e Rony se entreolharam com a cara mais assassina do mundo. Embora não falassem, aquele era um assunto terminantemente proibido quando estivessem juntos. E não haveria assunto pior do que Draco Malfoy.


– Eu acho que não fazemos bem questão de saber por onde anda aquela serpente albina. – Rony começou – Mas se realmente quiser saber a minha opinião, espero que ele tenha descido aquelas escada que mudam constantemente de lugar e tenha errado o degrau. – Hermione rolou os olhos – Não estou falando que o quero machucado, o quero de preferência morto.


Hermione bufou enraivecida. Custava somente dizer se o tinham vistou ou não? Iria cair a língua de alguém? Não que aquele também não fosse um desejo seu... Mas custava dizer?

Já estava na hora do primeiro horário começar. Teria todos os horários da manhã com a Corvinal e não teria nenhum com a Sonserina. Pelo menos se livrar da presença de Draco depois de horas a fio escutando ele falar quilos e quilos de palavras estranhas a madrugada toda era melhor. Ela levantou junto com os amigos e com uma Luna cabisbaixa rumo à primeira aula. Mas a dúvida de onde poderia estar Draco ainda pairava sobre a sua mente.








– Vocês não acham estranho o Draco ainda não ter aparecido? – Hermione colocava o almoço no prato – Sei lá! Já é hora do almoço e ele ainda nem apareceu. – Harry e Rony bufaram – Vocês têm alguma idéia de onde ele poderia estar? – perguntou.

– Não sei não quero saber e tenho raiva de quem sabe! – Harry respondeu, mal-criado – E se você que é a ilustríssima namorada da Doninha não sabe, quem dirá nós.

– Não precisava ser grosso Harry! – respondeu – Eu só fiz uma pergunta simples, não era preciso me responder nesse tom.


Hermione não percebeu a aproximação de alguém perto dela. Só sentiu um arrepio percorrer toda a sua pele quando sentiu o toque de uma pessoa que já estava conhecendo bem.


– Oi meu bem! – Draco disse cinicamente dando um longo beijo no pescoço de Hermione, que ficou envergonhada. Harry mostrou a língua para baixo fingindo um vômito.

– Draco! – desviou-se timidamente – Por onde andou durante todo o dia?

– Estava com saudades é? – sorriu frouxamente. Hermione o olhou dando a entender que a última coisa do mundo que realmente sentiria era saudades dele – De qualquer forma agora serei só seu durante o dia todo para que possa desfrutar de mim. – Hermione lhe olhava com reprova tentando fazê-lo entender que não precisava exagerar – E te trouxe um presentinho em primeira mão.


Hermione pegou o jornal da mão de Draco ao mesmo tempo em que ele se afastava indo em direção à mesa da sua Casa. Ela ainda não tinha entendido o que era o tal presentinho, mas não precisou nem abrir o jornal todo para ver a reportagem de capa e perceber do que realmente se tratava. Ela sentiu que o usual barulho que tomava conta do Salão Principal naquele horário tinha cessado por completo e que a única coisa que era possível escutar era o barulho de dedos frenéticos foleando o jornal com tamanha curiosidade.



Eles são o casal mais popular de Hogwarts. Ele, um dos mais famosos herdeiros da sociedade bruxa. Ela, bom, ela é uma CDF simpática. Mas o que Draco Malfoy e Hermione Granger têm em comum? Bom, é justamente isso que nós queremos descobrir com essa entrevista mais do que exclusiva que eles deram ao Hogwarts Vespertino.


Collinn: Primeiramente, obrigado por terem cedido esse tempo pra essa entrevista. Sabemos que, como todo casal popular, vocês estão atrasados para outros compromissos.
Hermione: Oh Collinn! Nós é que agradecemos. Não sabe o quanto é importante para nós dois falarmos sobre o amor que sentimos um pelo outro. É realmente uma ótima oportunidade para divulgarmos a importância desse sentimento.

Collinn: Certo, então acho que é a hora de falar sobre tudo. É de conhecimento púlico que vocês se odiavam. Como podem explicar como surgiu todo esse amor?
Draco: Essa é uma longa história, não é meu bem? Bom, acho que no fundo mesmo, por trás de todo aquele ódio que a Mione sentia por mim, era na verdade somente frustração porque eu nunca a tinha notado. Acho que hoje em dia ela entende que, como uma cara bonito que sou, é difícil notar uma garota que a gente achava um pouco sem graça já que têm centenas delas se jogando pra cima de você. Mas aí um dia você vê aquela garota e se pergunta: Por que eu nunca a tinha notado? Foi isso que eu pensei quando olhei a Hermione com uma mini-saia vermelha perto do Lago. Acho que aquela realmente foi uma visão de privilégio somente meu. Afinal, ela pelo menos tem pernas bonitas.
Hermione: Draco! Acho que tem certas coisas que não é necessário que você conte. O que vão pensar?
Draco: Vão pensar que você tem as pernas mais lindas que eu já vi!

Collinn: Caham! Desculpem a interrupção desse momento romântico de vocês, mas eu gostaria de saber da Hermione como foi que ela se apaixonou. Hermione, conte-nos por favor.
Hermione: Ah Collinn, você sabe quando olha para aquela pessoa e diz para si mesma que ela é o grande amor da sua vida? Bom, foi assim que aconteceu comigo e com o Draco. Eu olhei para esse loiro lindo e forte e disse: Esse é um cara que vale a pena. E foi assim que comecei a me apaixonar por ele. Mas como é que alguma garota nesse mundo não vai se apaixonar por ele? Ele é loiro, lindo, forte, charmoso, sexy, inteligente, entre outras muitas qualidades que se eu for dizer não vai caber no jornal inteiro. Mas, continuando, ele é tão lindo que não tem como não se apaixonar por ele, e, quando o vi pela primeira vez, foi amor à primeira vista.

Collinn: Certo, certo... Acho que posso entender essa euforia toda, mas... Bom, também é de conhecimento público o seu romance rápido com o Capitão do time de Quadribol da Lufa-Lufa Miguel Corner. O que aconteceu para tudo acabar tão rápido assim?
Hermione: Miguel Corner? Miguel Corner... Quem é Miguel Corner?
Draco: Querida, Miguel Corner é aquele cara feio e sem graça que acha que teve algum romance com você.
Hermione: Ah sim, o Miguel. Bom, acho que nós dois descobrimos que na verdade não tínhamos nada em comum. É praticamente impossível uma garota que se preze e em sã consciência conseguir ficar muito tempo perto de um cara que ao menos lhe atrai. Com o Draco é diferente. Eu já mencionei que ele é loiro, lindo e sexy? Bom, acho que já! O Draco realmente é um garoto que vale a pena! Garotoas inteligentes como eu só tem como escolha garotos inteligentes como ele. Seria burrice continuar um relacionamento como uma pessoa totalmente desinteressante, enquanto você tem a oportunidade de ter ao seu lado o melhor partido de Hogwarts.

Collinn: Ainda temos aqui um pergaminho quilométrico lotado de perguntas para fazer. Então vamos começar por... deixe-me ver... Ah, Quadribol! Minha cara Hermione, o que você acha da performance do seu namorado como jogador?
Hermione: Ah, o Draco é realmente fantástico como apanhador. Ele tem uma pegada... Ainda não vi ninguém que tenha um porte atlético melhor do que ele. Ele mergulha no ar para pegar o pomo com uma leveza indescritível. Nem o Vítor, que é considerado o melhor jogador de Quadribol, consegue jogar tão bem quanto o Draco. Eu posso dizer que ele é o meu herói.

Collinn: Mas temos a pergunta que não quer calar: Você colocou ou não um par de chifres no seu ex-rápido relaciomento com o seu atual namorado?
Hermione: Você está falando da Sala de Teatro? (risos) Bom, o que aconteceu exatamente...

(Continua na página 2)




Hermione entrou em um breve estado de choque. Como poderiam divulgar em um jornal uma reportagem com ela que nunca existiu? Claro que isso só poderia ser obra de Draco. Mas por que em tudo o que ele fazia tinha sempre que levantar o ego dele?

Ela desviou o olhar para a mesa da Sonserina e via a cara de espanto de Zabinni e Leonardo. E como não poderia deixar de ver, Draco tinha a feição mais séria e cínica que Hermione já poderia ter visto e ainda afirmava veemente para quem escutasse que não tinha culpa de ser assim, tão gostoso.

Hermione segurou a sua raiva e a vontade de conter um palavrão para olhar agora para outro lugar: a mesa da Lufa-Lufa. Um sorriso de satisfação surgiu em seus lábios ao ver Miguel tendo um ataque de tosse depois de ter lido o jornal. Pelo menos algo bom tinha que acontecer depois de toda aquela palhaçada que Draco tinha aprontado. Miguel, depois de recuperado da crise de tosse, não conseguiu deixar de olhar na direção de Hermione e lançar um olhar que poderia traduzir toda a raiva que, possivelmente, estaria sentindo naquele momento. Era um olhar que Hermione sabia que, além de tudo, ainda passava desprezo e, ela podia também jurar, que tinha um sentimento de culpa por trás de tudo aquilo. Ela, fingindo uma inocência fora do comum, sorriu para ele, acenando. Ele desviou o olhar, com os punhos cerrados, e olhava com fúria para Draco. Ela não sabia dizer o que poderia ter naquele olhar tão furioso de Miguel na direção de Draco, mas implorava para que fosse pelo menos um pingo de ciúme. Ela não imaginava que o ciúme era a principla razão...

Hermione sabia que o sentimento de vingança não era o melhor que ela poderia estar sentindo naqueles dias, mas aquilo lhe deixava de certa forma leve. Ver a expressão sem graça de Miguel estampada no rosto dele enquanto aquela multidão de cabeças aglomeradas no Salão Principal olhava para ele, era de longe o que iria lhe satisfazer. Só uma crise de tosse não bastava. Humilhá-lo sim... E vê-lo pedindo para ter outra chance com ela seria muito melhor.


– Hermione, Hermione!! – Collinn surgiu rapidamente na mesa da Grifinória com o sorriso mais largo que podia dar – Eu nem sei como agradecer a entrevista que você deu. Nossa, aquele foi realmente um fim de tarde bem agradável! Nós três conversando sobre todos aqueles assuntos... E como não poderia deixar de dizer, essa foi a matéria que mais me rendeu dinheiro. – Hermione não conseguia profeirir uma palavra qualquer imaginando como Collinn poderia ser tão cínico sabendo que ela nunca deu qualquer entrevista na vida, muito menos àquele jornal que ela fazia questão de contar aos quatro ventos que odiava – Quando você apareceu ontem no editorial dizendo que aceitava dar a entrevista que eu tanto te pedi não tem a idéia do quanto me deixou feliz. Nós vendemos todos os jornais. TODOS! Já estão fazendo novas impressões para atender a demanda. – ele remexia na bolsa como se procurasse algo – Aqui estão algumas edições que eu separei para distribuir. – ele distribuiu todos os jornais que tinha pela mesa da Grifinória. Algumas meninas histéricas quase se engalfinharam para conseguir o último jornal que estava na mão de Collinnn – Quando estiverem prontos vou esperar vocês dois para a sessão de fotos que me prometeram.


Enquanto Collinn se afastava com uma multidão de alunos ao seu redor tentando comprar uma edição do jornal, Hermione apenas emudeceu, atônita. Talvez pelo choque ou bem provavelente pela raiva.

Harry apenas pegou o seu jornal e a contragosto começou a ler a primeira página. Cada vez que os olhos dele percorriam uma linha, ele deixava que a sua boca primeiro abrisse em espanto, para depois contrair em um ódio repentino. Hermione via que as mãos de Harry tremiam com os punhos cerrados sobre o jornal, e ela podia jurar que ele deveria estar olhando naquele momento atentamente a uma foto dela e de Draco se beijando intensamente, e que vale dizer que ela ao menos lembrava que naquele momento estavam tirando fotos de todos os ângulos possíveis.


– Caramba Hermione, mudaram o nome do jornal para Hogwarts Vespertino só por causa de vocês! – Gina lia a sua edição junto com Luna, enquanto Harry comia concentrado em seu prato com um péssimo humor e Rony xingava todas as gerações de Malfoys.

– Isso não foi nem um pouco justo Hermione! – Luna parecia desolada – A minha coluna foi para um canto totalmente sem importância, enquanto a sua reportagem, que devo lembrar que nem tinha dito pra gente, ocupou nada mais nada menos que dez páginas. DEZ PÁGINAS! Isso é completamente injusto! – Luna suspirou – Vou te desculpar só porque eu acho esse teu romance com o Malfoy muito lindo, viu? Só por isso! – Hermione engasgou com um suco que começava a tomar. – Mas tudo bem! Quando se trata de amor eu não fico tão chateada assim!

– Você pirou Luna? – Hermione se irritou, batendo com força na mesa – Quem foi o imbecil aqui que ao menos citou a palavra amor? – Hermione bufou tão alto que deixou Luna pálida.

– Calma Hermione, não precisa ficar nervosa! E quem falou em amor foi você. Bom, e, pra dizer a verdade, você fala isso no jornal todo. – Hermione deu um sorriso sem graça.

– Ah... C-Claro! É que toda essa história do jornal me deixou tão nervosa. – Hermione tentou se concentrar no seu almoço tentando esconder a sua cara sem graça – Eu nunca pensei que uma entrevista boba dessas fosse repercutir tanto...

– Pelo Amor de Merlin Hermione, essa é a entrevista do ano! Na verdade vocês são o casal do ano. – enquanto Gina falava empolgada, Hermione entupia a boca de arroz pra não soltar um palavrão bem alto – Aiii, eu nem acredito que a minha melhor amiga está tão famosa! Cara, esse vai ser o assunto do ano, melhor, do século!

– Eu pensei que o seu herói fosse eu! – Harry tinha se manifestado pela primeira vez, não conseguindo esconder a sua mágua – Você sempre disse que só assistia Quadribol pra me ver jogar, Mione. E sempre me disse que eu era o seu herói!

– É que... hahahaha... Ah Harry, é que, bem... hahahaha... Eu disse isso foi? – ela dava um sorriso constrangido enquanto Harry confirmava, irritado – Mas a gente pode ter dois heróis, não pode? – Harry ignorou Hermione continuando a tentar se concentrar no seu prato de comida, com uma cara que fez Hermione sentir calafrios.


Hermione seguiu o mesmo gesto de Harry e abaixou a sua cabeça enfiando colheradas do almoço na sua boca e, impedindo assim, que pudesse ao menos responder às perguntas que lhe eram feitas sem parar pelos seus colegas da sua Casa. Lilá e Parvati soltavam gritinhos a cada linha que liam. Hermione bufou vendo o histerismo das meninas e desviou o olhar novamente para o jornal que estava sobre as suas pernas. Ela olhou para a foto que ocupava quase toda a primeira folha do jornal e amaldiçoou as fotos bruxas que mostravam com tantos moviementos o beijo. Ela nem se lembrava que tinha pressionado tanto a nuca de Draco daquele jeito, e xingou mais ainda Collinn por ter tirado aquela foto na hora do almoço sem ela ao menos perceber.

Ela notou um pequeno papel escondido pelo jornal e pegou rapidamente. Ela ainda não tinha percebido um bilhete que provavelmente era de Draco. Ela abriu o bilhete impacientemente tentando conter a raiva e sem deixar de escondê-lo sobre as suas pernas.



Gostou da surpresinha? Eu sei que sim, então vou perguntar só uma vez. Odeio escrever bilhetes grandes de mais, ainda mais pra você. Então, me encontre depois do almoço no Campo de Quadribol. Como teríamos agora à tarde aula com McGonnagall e como a velha está viajando felizmente não vou olhar aquela cara enrugada. E como eu sei que está morta de saudades de mim, eu vou te dar esse prazer de me olhar por mais algumas horas.

Do seu querido e idolatrado namorado,
Draco Malfoy




– Por que você tá aí de cabeça baixa Hermione? – Rony ainda mantinha a face vermelha de raiva e se concentrava em manter o olhar sobre Hermione, que escondeu o bilhete rapidamente – Deve estar com vergonha depois dessa entrevista ridícula! Se eu soubesse que ia dar nisso já tinha dado um fim na Doninha Quicante há muito tempo. – ele puxou Luna pela manga da camisa tentando chamar a atenção dela – Você está vendo no que deu Luna? Você está vendo? A Hermione se transformou numa legítima adoradora de serpentes. E tudo culpa daquela criatura albina que está bem ali! Então, se te consola, fica aí de cabeça baixa se envergonhando pelo resto da vida por pelo menos achar aquele troço charmoso. E isso eu não admito! Você me ouviu? Eu não admito! – ela rolou os olhos.

– Ah Ron, vê se não enche!


Hermione podia jurar que aquele tinha sido o pior almoço de todos. Ela olhou várias vezes para a mesa da Sonserina e viu que Draco, sempre com o seu olhar impassível e superior, também olhava toda hora na direção dela. E todas às vezes ele ainda tinha o cinismo de acenar e mandar beijinhos. “Caramba! Como é que ele pode ser tão cínico?” Talvez ter umas aulas com ele de ‘Como Ser Uma Tremenda Cara-de-Pau’ ajudasse naquele momento.

Depois de terminado o almoço ela ainda permaneceu um tempo sentada, esperando toda a usual multidão se dissipar. Mas sentia que todos os olhares lhe fuzilavam a todo o momento. Já estava até bem acostumada com os olhares das meninas invejosas.

Ela caminhou pisando forte no chão até o Campo de Quadribol, tendo a impressão que deixava todas as suas pegadas no caminho. Ela já segurava o jornal de tal maneira que, se Draco aparecesse ali na sua frente, era capaz de com um só golpe derrubá-lo no chão e lógico, deixar a bela marca do jornal gravada no rosto dele.

Ele estava de costas com a sua vassoura repousada no chão ao seu lado. Era incrível como o cabelo dele balançava com o vento, arrepiando um pouco, mas sem deixar de brilhar. O vento parecia querer brincar com a mente de Hermione, correndo pelo corpo de Draco e fazendo com que a blusa colasse um pouquinho mais dando a ela a exata lembrança do corpo dele. Ele parecia ali tão sereno, passando as mãos pelo cabelo, olhando para o horizonte, sem nenhuma preocupação em mente.

Hermione desviou o olhar se xingando pelo que passou na sua cabeça. “Fala sério Hermione! Quem está bem ali é o babaca do Malfoy, e a única coisa que ele merece é uma bela de uma porrada bem no meio daquele rosto sem graça que ele tem e se possível deixar jorrar muito sangue!”


– O que foi idiota? – ela se aproximou dele – O que tanto quer comigo?

– Primeiramente: Boa tarde meu amor! Como você está? O seu almoço foi bom? – Draco tentava controlar um sorriso diante da careta entediada de Hermione.

– Você está com sorte de não levar um belo de um tapa! – Draco tremia as mãos fingindo uma cara de medo – Então faça o favor de agradecer por eu estar me controlando bem e não quebrar agora esse teu nariz torto agora! – Draco fechou a cara.

– Ei, o meu nariz não é torto! Tá é com inveja porque não são todas as pessoas que nascem com a sorte que eu tenho de ser tão perfeito! – Hermione rolou os olhos – Gostou da minha surpresinha? – ele ria descontroladamente – Eu sou um gênio! Pode admitir Hermione, eu sei que tá louca pra me agradecer pelo resto da vida pela minha brilhante idéia! – Hermione cruzou os braços observando com raiva o ataque de risos de Draco – Viu a cara do Corner? Hahahahahaha Aquilo merecia uma foto! Hahahahahaha Admite Hermione, vai admite: não teve idéia melhor no mundo que a minha!

– Não teve idéia pior no mundo do que a sua, isso sim! – ele ainda sorria – Mas que idéia imbecil foi aquela? ‘Eu já mencionei que ele é loiro, lindo e sexy?’ Que ridículo! – Hermione já se preparava para declamar uma lista de xingamentos nada amigáveis quando veio uma dúvida em sua mente – Mas, afinal, como foi que você fez tudo aquilo?

– Eu pensei que não ia perguntar isso nunca! – ele tomou um ar importante já esperando a explosão da Castanha – É simples, eu falei hoje de manhã em particular com o Creevey e expliquei todo o nosso plano para ele.

– Ah claro, isso é meio óbvio e... O QUÊ? D-Draco você enlouqueceu? Pirou? Ah seu maldito filho da mãe, entregou tudo assim de bandeja pro Collinn? Ah, mas eu vou te matar! É sério, EU VOU TE MATAR!

– Poupe o seu tempo pensando em mil formas de me matar e pelo menos escuta. – Hermione calou a boca esperando Draco, que retomava o seu tom superior, terminar de falar para depois pensar em um jeito de assassiná-lo ali mesmo – Primeiramente: EU faltei às aulas hoje pela manhã só para fazer esse favor para VOCÊ que me responde com toda essa ingratidão.

– Isso não é um favor, é nada mais que a sua obrigação...

– Continuando, – pigarreou, cortando Hermione – eu falei com o Creevey hoje pela manhã para dar início ao meu plano. Na verdade, ele que formulou todas as perguntas e eu as suas respostas. – ele deu um breve sorriso – Aí, deu o que você viu. – Hermione já ia falar algo, mas Draco interrompeu – E antes que me esgane não se preocupe, ele não se lembra de nada, e ainda acha que realmente demos a entrevista. – Hermione mal abriu a boca e Draco interrompeu novamente – E antes que também pergunte, eu não usei nada ilegal para conseguir isso, apesar de ter que confessar que um Imperius seria bem mais rápido. Mas um Obliviate deu conta do recado.

– Mas isso é loucura! Draco, você sabe o quanto os feitiços de alteração de memória são perigosos. Você poderia apagar a memória do Collinn pra sempre ou então colocar coisas que nunca existiram. Esses feitiços dão errado constantemente, sabe disso.

– O importante é o resultado. E teve um ótimo resultado!

– Sabe qual vai ser o resultado de tudo isso? – Draco deu de ombros – Eu vou ficar conhecida por uma semana como a Menina Da Mini-Saia Vermelha. E tudo culpa sua!

– Não seja apressada Hermione. Esse foi só o primeiro passo.

– Ah é? – sorriu sarcástica – E qual seria o ilustríssimo segundo passo?

– Esse!


Só agora Hermione havia percebido que olhar de Draco não estava nela e sim em algum ponto atrás dela. Ela virou rapidamente temendo o que Draco poderia estar tramando e quase deu um grito assustado ao ver Miguel se aproximar com todos os armários do time de Quadribol da Lufa-Lufa. E ele não estava nada feliz em vê-los ali.


– Sinto muito atrapalhar o casalzinho, – ele olhava diretamente para Hermione – mas agora é hora do nosso treino. E, se o casal tão popular não se importar, a presença de vocês não é necessária aqui!

– Oi pra você também Miguel! – Hermione deu um sorriso fingidamente inocente. Miguel apenas olhou com profundo desprezo. – Ahn, acho que já podemos ir Draco! – Hermione ia puxando Draco pela mão, mas ele a parou.

– Nada disso meu bem! Aqui é um local público e ainda não vi nenhuma placa que impessa de estarmos aqui. – Hermione se encolheu um pouco, com medo da reação de Miguel com tantos brutamontes amigos dele – Então Corner, pode continuar esse treino ridículo. Ninguém aqui vai te atrapalhar, não se preocupe. – Miguel permanecia a encarar Draco firmemente nos olhos – Vamos Mi! Acho que na arquibancada tem um ótimo lugar pra nós dois.


Draco recolheu a sua vassoura do chão e puxou Hermione pelos ombros, forçando um abraço. Eles andavam calados, de vez em quando com alguma piada de Draco, mas o silêncio era na maioria das vezes absoluto. Os dois subiram juntos as escadas e foram sentar em um local onde tinham uma visão privilegiada de todo o Campo. E Miguel também teria uma visão realmente privilegiada deles dois.


– Ok Draco! – Hermione se sentou – O que você pretende com tudo isso?

– Tá querendo uma Poção da Memória? – ele se sentou ao lado dela – Estou fazendo a minha parte, oras!

– Mas como assim fazendo a sua part...


Hermione não conseguiu terminar de falar, só se espantou com Draco deitando no banco e repousando a cabeça no seu colo.


– Agora acaricia o meu cabelo! – ordenou.

– O quê?? – Hermione fez uma careta – Acho que não está no seu melhor juízo.

– Eu disse: acaria o meu cabelo! – Draco pegou com rapidez a mão de Hermione e colocou sobre o seu cabelo – Será que vai ser preciso eu desenhar?

– Olha Draco, é que...

– Rápido! Ele já vai olhar. – Hermione se apressou em acariciar o cabelo de Draco – Ai! Eu falei pra acariciar o meu cabelo, não pra puxar.

– Não me peça pra ser gentil quando se trata de você! – Draco rolou os olhos – Isso é impossível! Sabe, já é algo determinado geneticamente.

– Ahn? Algo gen o quê? – Hermione revirou os olhos – Odeio quando fala esses nomes trouxas!


Hermione acariciava grosseiramente o cabelo de Draco e não deixava de dar um sorriso todas as vezes que ele dava um grito de dor. Ou então falava: ‘Nossa, que namorada carinhosa que eu fui arranjar!’ Por mais que ela quisesse esconder o sorriso quando ele fazia esses tipos de brincadeiras, quando via já estava lá, mas tentava ao máximo disfarçar qualquer coisa que indicasse que ele poderia causar uma crise de risos nela. Aos poucos ela foi se sentindo mais à vontade e, sem nem perceber, acariciava lentamente os cabelos platinados de Draco.

Ela desviou sua atenção para Miguel e via que ele dava ordens histericamente para os outros jogadores. Ele mergulhava no ar atrás do pomo enquanto gritava outras inúmeras ordens para o restante. Ele realmente voava bem, mas não era melhor que Harry e nem melhor que... “Draco? Fala sério! Eu não tava pensando no Draco! E eu NUNCA pensaria nele. Até uma lesma pega o pomo mais rápido que ele! Ele é PÉSSIMO, joga PÉSSIMO e ainda usa aquele uniforme verde e prata PÉSSIMO!”

Miguel voava na sua vassoura com rapidez. Tentava a todo custo não desviar o seu olhar do treino para um casal que estava bem próximo dali. Ele travava uma batalha interna tentando de todas as formas fazer vencedora a parte de não olhar. Mas não foi bem isso que aconteceu.

Ele olhou justamente na hora em que Hermione deu um leve sorriso ao perceber que Draco estava dormindo. E, por mais que não quisesse, cerrou os punhos. Ela parecia realmente gostar de estar acariciando os cabelos daquele loiro aguado e aquilo não lhe fazia bem, não lhe deixava bem. Agora a batalha que ele travava era para impedir a vontade de ir até os dois e pegar Draco pela gola da camisa, sem esquecer de jogá-lo da arquibancada. Sorte dele, ou de Draco, que a sua consciência voltou com mais rapidez e, à contragosto, voltou a tentar prestar atenção no treino. Sem muito sucesso.


– Acorda Draco. – Hermione falou perto do ouvido dele – Draco! Dracooo!


Ela hesitou por um momento. Ele parecia dormir feito um anjo, bem diferente do que já estava acostumada todos os dias. E daquela forma ele não parecia nem um pouco com a mesma pessoa que a ofendia, que ofendia os seus amigos. E se ele não fosse assim? E se ele não fosse esse monstro que ela imaginou todos os anos? Se ele fosse diferente, talvez... Ela balançou a cabeça para afastar qualquer pensamento bondoso que pudesse ter em relação à ele e fixou na mente uma lembrança dele lhe chamando de sangue-ruim.


– DRACO, ACORDA LOGO ANTES QUE EU TE JOGUE DA ARQUIBANCADA! – Draco levantou de uma vez do colo de Hemione, assustado. Ele ainda tonteou um pouco, mas se segurou antes de qualquer coisa. Ele soltou inúmeros palavrões, indignado. – O treino da Lufa-Lufa já acabou. Acho que já podemos ir. – ela via a cara de mal-humor de Draco e aproveitou para fazer uma brincadeira – Nossa, você tá todo babado!

– Eu, babado? Onde? – ele passou a mão no canto da boca – Ainda está? – ele seguia Hermione, que já estava no final da escada.

– Hum! – ela virou pra ele – Ainda está! – Draco limpava insistentemente uma baba invisível, enquanto Hermione escondia o seu sorriso.

– E agora? – eles já estavam na metade do Campo. Hermione virou mais uma vez pra ele e fez que sim com a cabeça – Droga, preciso de um espelho!


Hermione olhou um pouco desconfiada uma dezena de jogadores da Sonserina vindo na direção dos dois. Ela virou para trás na intenção de encontrar o olhar de Draco e o viu arrastar uma pequena mala onde eram guardadas todas as bolas que se jogava no Quadribol. Ela respirou tediosamente já imaginando que teria que enfrentar mais uma hora vendo treino de Quadribol.


– Não vai me dizer que vai treinar agora. – Draco fingia não perceber Hermione – Draco, não tá falando sério não é?

– Acha que eu te chamei aqui pra quê?

– Mas de jeito nenhum! Eu não assisto mais uma chatisse dessas nem se me paguem. – ela já ia saindo do Campo, mas deu meia-volta quando viu que Miguel, já de banho tomado, vinha na mesma direção – Pensando bem, acho que mais um treino chato desse esporte idiota não vai me fazer mal, não é mesmo?

– O que faz aqui? – Draco perguntou secamente.

– Acho que o óbvio não é? – Miguel tinha o cabelo ainda molhado e exalava um perfume, que se fosse há 4 dias atrás, Hermione até acharia sedutor – Vim aqui assistir ao treino.

– Sinto muito, mas a sua presença aqui é totalmente dispensável. – Draco se colocou ao lado de Hermione.

– Aqui é um local público e acho que não tem nenhuma placa que me impessa de estar aqui. – Draco olhou Miguel por completo, mas retomou o seu tom superior fingindo não se irritar por ele usar a mesma frase que Draco tinha usado antes.

– Que seja! – Draco deu de ombros, tentando não se irritar.


Draco puxou Hermione pela cintura e deu um beijo rápido nela, deixando-a, mesmo sem querer, desnorteada. Ele caminhou na direção do seu time, mas não deixando de dar uma última olhada em Miguel.

Draco fez um gesto para que o time o seguisse. Ele ainda olhou para trás e viu que Hermione estava do mesmo jeito: parada, olhando para qualquer lugar que não fosse Miguel, e isso de alguma forma lhe deixou mais tranqüilo. Ele olhou para Miguel e não pôde deixar de se inquietar. Ele estava lá, no horário do seu treino e pior: do lado de Hermione. Não que ele se importasse com ela, mas ela estava ao lado dele, e isso não deixava a situação muito boa. Ela era sua namorada, por mais que fosse tudo fingimento, mas era a sua namorada. Talvez devesse ter demorado mais no beijo para mostrar que ela não era mais dele... Ele sorriu só de pensar na idéia boba de beijá-la mais demoradamente. Não iria fazer isso, não queria fazer isso. Mas ela estava ali... ao lado dele...


– Então está mesmo com ele! – Hermione não respondeu. Eles dois permaneciam em pé um do lado do outro, nas extremidades do Campo, sem se encarar. – Me esqueceu tão rápido assim?

– Acho que deveria perguntar se eu ao menos faço questão de lembrar. – Miguel respirou fundo, ainda sem encarar a Castanha – Não sei por que faz essas perguntas.

– Eu só queria entender. – ele criou coragem e olhou na direção dela.

– Entender o quê? – ela continuava a fitar qualquer ponto no horizonte.

– Por que não gosta mais de mim. – Hermione sentiu o seu sangue ferver e virou o seu rosto para encarar os olhos castanhos dele.

– Ainda me custar pensar o quanto consegue ser tão cínico. Foi você quem quis assim, não eu. – ele sentiu o seu coração apertar de uma forma diferente – Sabe, eu realmente gostei de você. – ela emudeceu. Não deveria falar essas coisas, ainda mais para ele. Hermione se irritou internamente por estar falando daquela forma, por estar sendo sincera.

– Não fui eu que quis. As coisas caminharam para esse rumo. – ele respirou fundo novamente. Ela era pra ser só mais uma garota, só isso. Ela era uma aposta que ele ganhou. Era pra ser assim... mas não estava sendo – Você disse que tinha se apaixonado. – mudou de rumo.

– Disse? – ela voltou a fitar o horizonte – Às vezes a gente se engana. E eu acho que eu me enganei com você. – ela desviou novamente o olhar para ele – Mas você também se enganou comigo.

– Se a gente conversasse, colocasse em pratos limpos... – ela sentiu que ele se aproximava mais e deu mais um passo para o lado na intenção de se afastar.

– Acho que não temos mais nada para conversar. – ele tentou dar outro passo, mas ela se afastou indo em direção às arquibancadas novamente – E, à propósito, – parou no meio do caminho, voltando a atenção para Miguel – você tinha razão. Disse que eu ia encontrar o cara certo pra mim, e eu encontrei. – Hermione tornou a caminhar rumo ao seu destino – Mas ele não é você.


Miguel continuou estático, vendo Hermione se afastar. Sabia que estava a ponto de falar alguma besteira como ‘Eu queria você’. Ele não queria isso, afinal, já estava com Cho e ela era bem mais bonita. Tudo isso era só orgulho ferido, só podia ser isso! Não estava acostumado a ser deixado de lado tão rápido. Sabia também que, se quisesse, estava com a garota que queria quando queria. Mas achar que no dia seguinte Hermione ainda imploraria por uma chance e quando na verdade ela apareceu com outro e, pior, dizendo que gostava mais, lhe deixava com uma certa mágua. E, por mais que tentasse não deixar, lembrar dela sendo tão sincera com ele com o olhar cheio de expectativa quando simplesmente ele destruiu tudo lhe deixava um pouco mal. ‘Nós temos que terminar’ era a única coisa que realmente lembrava-se de ter falado. Mas ela era sincera com ele, foi sempre sincera e, de alguma forma, sentia lá dentro uma culpa que não queria sentir...

Hermione subia novamente as escadas da Arquibancada, bufando. Como ele tinha coragem de falar naquele cinismo todo? Era realmente inacreditável... A raiva era tanta que ela não tinha nem percebido um balaço vindo em sua direção.


– Cuidado! – um garoto, que surgiu aparentemente do nada, se jogou sobre Hermione, abaixando-a.


Ela, ainda meio tonta, se levantou devagar. Sentia os braços doloridos pelo impacto da queda, e notou que o garoto ainda estava no chão. Ela ainda não sabia quem era, mas devia ao menos um agradecimento a ele.


– Ei! – chamou – Você está bem? – ele se levantou um pouco embaraçado, mas fez que sim – Quer que eu te ajude a levantar? Ou chame alguém?

– Não, não é preciso. – ele se levantou lentamente e se sentou no banco – Eu estou bem.

– Er, obrigada. – ela olhava diretamente para o garoto e reconhecia-o de algum lugar, só não sabia exatamente qual – Muito obrigada mesmo. Se não fosse por você acho que estaria agora desacordada na Ala Hospitalar.

– Não foi nada. – sorriu – Já fico feliz que esteja bem. – Hermione sentou-se ao lado dele – Está sozinha aqui?

– Bem, na verdade não. Estou com ele. – apontou para uma figura loira que voava velozmente sobre a sua vassoura – E vou ficar aqui até o treino acabar. – ele sorriu timidamente. Hermione voltou a olhá-lo sabendo que já tinha visto esse rosto. Ele tinha o cabelo negro com os fios finos, e tinha os olhos tão azuis quanto os de Rony. E tinha um rosto que lembrava a Hermione muito um bebê. – Eu conheço você de algum lugar, mas não me lembro da onde.

– Eu faço a mesma série que você. – Hermione sorriu sem graça por não tê-lo reconhecido – E você é a Hermione Granger.

– Ai, que vergonha! – ela escondia constrangida o rosto entre as mãos – Ainda não tinha te reconhecido! Você sabe até o meu nome e eu nem sei direito quem você é.

– Na verdade você é bem conhecida. Bom, não é todo mundo que é considerado o primeiro da classe e muito menos é notícia todos os dias no jornal de Hogwarts. – disse brincalhão arrancando sorrisos de Hermione – Me chamo Richard Doherty. Mas pode me chamar de Ricky.

– Prazer Ricky. – ela sorriu para ele fazendo-o corar – Mas, você não é da...

– Sonserina? – sorriu novamente – Sim, sou. Estou aqui pra fazer um teste. Já estou há algum tempo tentando a vaga de artilheiro do time e o Draco disse pra eu vir aqui hoje.

– Sonserina... Você não me parece da Sonserina. É muito educado para ser de lá. – parecia desapontada – Não conheço pessoas boas que vem de lá. Tem certeza que não te colocaram na Casa errada?

– Na realidade na Sonserina não têm só pessoas ruins, também têm muita gente boa lá.

– Duvido muito...

– Mas pra dizer a verdade, também não sei o que faço lá. Me sinto muito deslocado e não tenho muitos amigos. – olhava para os pés.

– “Como é que ele pode se sentir deslocado Meu Merlin? Com tanta garota que deve se jogar pra cima dele com esse rostinha de bebê que ele tem e ainda se sente deslocado?” – Acho que agora você já tem uma amiga! – ele sorriu, tímido.

– Er, obrigado! – ele levantou do banco e caminhava até às escadas novamente – Bom, já está quase na hora do meu teste. É melhor eu me apressar pra não causar uma má impressão.

– Vou torcer por você! – ele corou e deu um breve sorriso.


Durante o treino da Sonserina a única coisa que realmente Hermione se preocupava em pensar era que por ser a tão comentada ‘namorada’ de Draco teria agora que ficar confinada em uma arquibancada vendo um treino totalmente idiota de um monte de brutamontes correndo atrás de uma bola e uma lesma correndo atrás de um pomo. Ela viu que Miguel ainda estava sentado em um banco nas extremidades do Campo enquanto Ricky praticamente corria até o amontoado de Sonserinos. Sabia que já tinha o visto, mas não realmente notado. Sempre levou muito à sério a política de que grifinórios não falam com sonserinos. Mas talvez ele não estivesse assim tão errado de que naquele antro de serpentes havia alguma alma que ainda poderia ser salva...

Ela agora notava que ele não parecia ser percebido pelos outros. Muitos garotos passaram por ele sem ao menos cumprimentá-lo. “Sonserinos! Humpf!” Ele estava bem nervoso quando Draco o mandou subir na vassoura e mostrar o que sabia fazer. Ele subiu velozmente, certamente tentando controlar a sua ansiedade, e ficou cara a cara com o gol. Ele não era exatamente perfeito de corpo, mas também não era o tipo rejeitado pelas meninas. Muito pelo contrário. Ele era realmente um garoto lindo com um sorriso tímido, mas que parecia preferir se esconder no seu canto. Hermione nunca tinha entendido muito bem de Quadribol, mas sabia que ele era muito bom e faltava gritar quando ele fazia algum gol. Nunca chegou a pensar na vida que pudesse torcer pelo bem de algum sonserino que não fosse pra cair da vassoura. Mas ele a tinha salvo de um balaço, pelo menos isso ela talvez devesse a ele.

Ele desceu da vassoura ainda com o mesmo semblante nervoso. Mas, ao contrário de antes, agora estava mais confiante. Draco coçava o queixo tentando analisar o que realmente deveria fazer. Não estava com uma expressão realmente satisfeita, mas por dentro não podia negar que um artilheiro como Richard até que faria um bem pro time. Hermione pôde ter a certeza que Draco tinha admitido Ricky no time quando o viu dar outro sorriso tímido, e tentou lá do alto da arquibancada chamá-lo para dar os parabéns.

Hermione se apoiou no parapeito tentando gritar um pouco mais alto o nome de Richard. Ela sentiu a sua correntinha se desprender do pescoço e esticou o braço para tentar alcançá-la. Mas sentiu que ela lhe escapava das mãos e, num impulso, se jogou para pegá-la. Hermione ainda sentiu a sua testa bater contra o parapeito enquanto caía e o sangue escorrer por ela. A sua cabeça girava de uma forma que ela nunca tinha visto antes, a sua mente não conseguia raciocinar nada. Ela só sentia que, enquanto caía, o vento batia contra o seu rosto em uma espécie de chicotadas cegas. O chão nunca chegava e essa era provavelmente a mesma sensação de cair em um buraco sem fundo. Os seus olhos se recusavam a abrir, e Hermione sentiu o seu corpo ser tomado por uma sonolência instantânea e achou que a sua mente tinha se separado dele. Antes de tudo cair em um breu total, ainda conseguiu escutar uma voz distante que vinha de algum lugar embaixo dela gritar ’Accio Hermione’, e teve a sensação de que seu corpo foi puxado para algum local que ela não tinha a mínima idéia, e ser envolvido por braços que ela não sabia de quem.


– Hermione! – a voz falava com desespero – Acorda, por favor!


Não sabia se era uma voz conhecida, só sabia que soava preocupada. Sua testa pulsava no local do machucado, mas nada disso ela parecia sentir agora. Abriu os olhos com muita dificuldade, mas, ainda assim, era como se não conseguisse discernir nada ao seu redor. Viu que uns olhos azuis lhe espreitavam e que tentava inultimente tirar os seus cabelos negros da frente dos olhos. Estava naquele momento nos braços de Richard, e não sabia quem era.


– “Eu morri?” – ela sorriu brevemente para ele como se estivesse acabado de acordar de um sonho bom – “E você é o anjo que veio me buscar?”


Ricky olhava preocupado para Hermione, sem saber direito o que fazer. Ela ainda sentia a sua cabeça girar, e vários pares de olhos azuis lhe encararem. Ela deu outro sorriso como se estivesse em um delírio e teve a impressão que a sua voz voltava. Queria falar, mas não conseguia. Era como se a sua boca estivesse presa ou seu cérebro não estivesse mandando as informações corretas. Mas finalmente sentiu que a sua voz voltava ao mesmo tempo em que um torpor tomava conta de si.


– Você é um...


‘Anjo lindo’, ela estava a ponto de dizer. Mas antes que pudesse ter pelo menos a mínima chance de falar ou mesmo a chance de abrir a boca, sentiu que outra pessoa lhe tirava sem aviso algum dos braços de Richard e levava apressadamente por um caminho que, naquele momento, não conseguia reconhecer.


– Você está bem? – agora era outra voz, bem diferente da primeira – Anda Hermione, me responde!


Hermione abriu bem os olhos e, mesmo com o Campo de Quadribol ainda girando ao seu redor, coseguia ver que estava saindo dele e que os olhos que a miravam agora eram castanhos, e bem castanhos. Ela se espantou como se acordasse de um transe. As portas do Castelo estavam bem próximas agora, e ainda assim a sensação de leveza não lhe deixava.


– Eu só quero saber se está bem! – insistiu – Fala qualquer coisa, por favor.

– Onde está o Draco? – foi a primeira coisa que veio na mente dela.

– Queria que falasse de preferência uma coisa agradável! – se irritou.


Ela ainda tentou mais uma vez erguer a cabeça, mas isso parecia a tarefa mais difícil naquele momento. Se apoiou no pescoço dele na tentativa de analisar o que estava acontecendo. Tudo agora parecia fazer mais sentido, parecia estar em um plano mais real. Ela estava sendo carregada por Miguel para dentro do Castelo. Mas uns passos apressados que vinham logo atrás de si estavam dispostos a impedir isso.


– O que acha que está fazendo? – agora outros braços tentavam tirá-la dos de Miguel – Quero que solte minha namorada agora!

– Se eu soltar ela cai no chão! É isso que quer?


Draco, sem qualquer aviso prévio, avançou sobre Miguel tentando pegar Hermione. Miguel ainda ensaiva tentar passar por Draco com Hemione no colo, mas o loiro não deixava que ele furasse qualquer bloqueio. Hermione sentia a sua testa arder na ferida recém adquirida e sua cabeça parecia querer explodir a cada palavrão que um gritava para o outro. Era uma luta completamente infantil pela posse dela, e aquilo já estava realmente começando a irritar.


– QUEREM PARAR COM ISSO? – Hermione colocou as duas mãos sobre a cabeça na intenção de impedi-la de explodir – VÃO ACABAR ME DERRUBANDO DESSE JEITO!

– Eu só vou te levar pra Ala Hospitalar. – a voz de Miguel soou calma.


Draco sentiu que o seu sangue fervia nas suas veias. Ela era a sua namorada! E quem aquele idiota pensava que era pra querer cuidar dela? Ele que ia fazer isso, e ai dele se desse mais um passo! Draco pegou Hermione pelos braços e a puxou para ele. Mesmo com a relutância de Miguel, ele não se daria por vencido. Apoiou Hermione nos seus braços e saiu rumo à Ala Hospitalar com os olhos casatanhos, de quem agora ele considerava mais que inimigo, fuzilar a sua nuca. Miguel até que tentou, mas ao sentir que Draco tirou Hermione dos seus braços não conseguiu evitar que viesse junto a sensação de perda. Sabia que estava sendo ridículo, mas evitar estava sendo impossível.

Foi a primeira vez nesses poucos minutos que Hermione se sentiu segura. Os braços de Draco lhe envolviam passando mais firmeza e em cada passo que ele dava era como se não pisasse no chão. Pelos corredores que passavam, todos os alunos direcionavam o olhar para o casal. As meninas não deixavam de suspirar ao ver a cena e Hermione não sabia onde enfiar a cara.


– Esse é o pior mico da minha vida! – resmungou, já com a cabeça enterrada no pescoço de Draco na tentativa de se esconder.


Draco pisava firme pelo piso lustrado do Castelo. Não demonstrava nenhum incômodo por passar pelos corredores cheios de alunos cochichando sobre o que acabavam de ver. A sua mente estava em outro lugar bem diferente... Não viu Hermione caindo, sequer viu quando Richard a pegou no colo. Estava voando muito alto para escutar ou ver qualquer coisa. Quando estava voando mais baixo viu Hermione ser levada no colo por Miguel e aquilo lhe fez desviar por completo a atenção do jogo. Voou rapidamente para onde eles estavam e saltou da vassoura logo atrás, não que estivesse preocupado com os ferimentos dela, mas sim porque tinham um acordo que ele deveria fazer o papel de namorado ciumento, e acordos não poderiam ser quebrados. Era só isso... pelo menos era ssim que tinha que ser. Embora a sua expressão séria pela recém discussão com Miguel esivesse estampada na sua face, por dentro ele sentia como se algo não estivesse no lugar. A raiva que ele sentiu foi real de mais pra ele, e aquilo não estava certo. Era para ser tudo fingimento assim como foi no outro dia, assim como estava sendo nesse, e não como tinha sido há pouquíssimo tempo atrás. Ainda sentia que as suas veias pulsavam contaminadas pela raiva tão repentina e, ao mesmo tempo, uma sirene no seu cérebro tocava anunciando que estava chegando em uma área bem perigosa. Mas, mesmo assim, convenceu a sua mente de que estava enganado. E tinha a certeza de que se preocupar com ela, jamais...

Ela sentia um perfume invadir as suas narinas. O perfume de Draco era realmente bom e lhe causava mais sonolência do que sentiu antes. A sua cabeça ainda doía, mas agora parecia ser com menos intensidade. Os olhos azuis que ela viu logo que abriu os olhos voltavam à sua mente. Só podia ser de Richard, é claro. Hermione fechou os olhos e começou a lembrar do rosto preocupado dele, dos seus cabelos negros na frente dos olhos e, sem querer, essa imagem se tranfigurava em outra: ela via no lugar um par de olhos de um azul-acinzentado lhe olhar com preocupação e uns cabelos loiros-platinados insistindo ficar na frente desse mesmo par de olhos.
Sua mente queria escurecer outra vez, e, por mais que tentasse desfazer aquela imagem, ela continuava ali...








Hermione abriu os olhos com dificuldade. Olhou ao seu redor e pôde ver que estava em uma das camas da Ala Hospitalar. Não era difícil a sua visão se acostumar, estava já escuro àquela hora. Ela olhou por uma pequena janela, que ficava na parte superior de uma das paredes, que o céu estava limpo, e podia ver com perfeição todas as estrelas, e aquilo era uma das poucas coisas que lhe acalmavam.


– Está há muito tempo acordada? – Hermione desviou o olhar para a porta. Apesar do breu, ela reconheceu Draco, que estava encostado na porta com uma expressão pacífica.

– Está há muito tempo aí? – respondeu com outra pergunta.

– Não muito. – cruzou os braços – Só o suficiente para ver que estava acordada.

– É muito tarde? – Draco apenas confirmou com um aceno de cabeça – Por que eu dormi a tarde toda?

– Madame Pomfrey te deu um remédio. – Hermione se levantou vagarosamente da cama apoiando-se com os cotovelos – Você chegou aqui desmaiada, e ela achou que era melhor descansar pelo dia todo – ela permaneceu calada olhando para os próprios pés – O que deu em você para querer se matar daquele jeito?

– Perdi a minha correntinha. – respondeu com simplicidade.

– Não acho que isso seja motivo para querer a morte. – ela sentiu que tinha um certo tom cômico no que Draco falou, mas mesmo assim não tinha vontade de rir.

– Você já teve algo de muito valor e que acabou perdendo?

– Eu perco coisas caras a todo o momento, e nem por isso me jogo de arquibancadas para recuperá-las. – deu de ombros.

– Eu não estou falando de valor financeiro, Draco. Estou falando de valor sentimental. – ela voltou a olhar pela janela, sentindo um vazio no seu pescoço e também no coração – Essa correntinha era muito importante para mim. Era da minha avó e a minha mãe me deu quando eu vim para Hogwarts. – Hermione sorriu tristemente – Disse que era para me dar sorte na minha nova vida.

– Bobagem. Objetos não dão sorte. – disse convicto.

– Pode ser bobagem, mas era o objeto mais valioso que eu já tive em toda a minha vida. E agora eu o perdi. – ela voltou a olhar para ele – Nunca teve nada de valor sentimental?


A pergunta de Hermione pegou Draco de surpresa. Sempre teve na vida o que quis, sempre aprendeu que os seus caprichos eram lei, mas nunca quis saber de coisas com valor sentimental. Talvez porque nunca teve nada assim, ou talvez porque os seus pais nunca lhe ensinaram o que realmente era sentimento. Ele buscava na mente qualquer coisa que ele pudesse ter ganhado que tinha algum desses tipos de valores. Mas como saber se ao menos ele sabia o que era sentimento?


– Não. – respondeu sinceramente.

– Então nunca vai saber do que eu falo. – ela voltou a olhar para os pés – Só quem realmente sabe o que é sentimento entenderia o que estou sentindo.

– Acha que eu não sei o que é sentimento? – Draco olhava diretamente para a Castanha.

– O que você acha? – perguntou com ironia.

– Acho que não me conhece. – ele abriu a porta que estava atrás de si e se encaminhou para fora – E talvez nunca conheça.


Draco fechou a porta com um estrondo. Hermione não conseguiu evitar a sensação de culpa pelo que falou. Não achava que estava errada, mas talvez também não estivesse completamente certa. ‘Na realidade na Sonserina não têm só pessoas ruins, também têm muita gente boa lá.’ Era pior ainda ficar lembrando da frase de Richard como se fosse o eco da culpa que estava sentindo. Mas não podia deixar de lado todo o sentimento cultivado há anos de ódio pela Sonserina, em especial pelo próprio Draco. Sempre achou que sentir esse ódio por ele era a forma mais saudável de viver. E, por um instante, ela teve medo de que essa convivência levasse a sua vida para um rumo bem diferente...

Draco caminhava pelos corredores escuros de Hogwarts com a intenção de ir ao seu quarto. Mas as palavras de Hermione dizendo que ele não conhecia o que era sentimento não lhe deixavam em paz. Sabia que ela tinha razão, mas ter aquilo jogado na cara o incomodou de uma maneira que ele nunca chegaria a pensar. Essa talvez foi uma das piores noites que ele já passou na vida. Não era para que o seu sono fosse atrapalhado por uma conversa de uma menina boba e sobre um assunto totalmente sem nexo. Mas a palavra ‘sentimento’ ecoava no seu cérebro tirando qualquer vestígio de sono que ele poderia ter e lhe deixando pela primeira vez preocupado com o que sua vida poderia se transformar, ou no que Hermione poderia transformá-la...


N/A: Oi galerinha do meu coração!!! Bom meninas, capítulo atrasado, eu sei!! Mas espero que este capítulo gigantesco com 26 páginas de Word aquiete esses coraçõezinhos sedentos por sangue de vocês! Se alguém conhecer algum guarda-costas me apresentem por favor, porque depois de tanta ameaça de morte que eu andei recebendo nessas últimas semanas eu acho que vou precisar!! Huhauhauhauhauhau O que acharam desse cap? Apesar de não ter beijos D/Hr nesse cap, ele é um dos que eu mais gostei de escrever até hoje. Acho que é nele que o lado sentimental de cada um começa a se revelar.

Espero que também tenham gostado do vídeo. A música é In My Place do Coldplay, e eu tinha olhado em um vídeo de uma fic R/G que eu tinha visto. Achei a música superfofa e fiquei séculos procurando na certeza que já tinha ouvido antes. Aí, em um belo dia, esssa mente atormentada aqui descobriu que já tinha a música há uma eternidade no computador.

Bom, apresentando para vocês o meu mais novo PO: Ricky, queridas leitoras. Queridas leitoras, Ricky. Na verdade esse é o meu segundo P.O. já que primeiro foi o Leonardo Connel, amigo do Draco. E não, o Miguel não é o personagem criado por mim. Ele é mesmo da titia Jk! Se eu não me engane Miguel Corner foi a tradução que colocaram em português para o Michael Corner, ex-namorado da Gina e que no final do livro 5 ficou com a Cho. É à ele que me refiro no flashback da Mione lá em cima.

Eu já vou adiantando que no próximo cap vai ter uma adiantadinha no tempo. E pra quem não agüenta mais que acabem com o visual da Mione desse jeito, provavelmente no prox cap vou dar um up nela.

Acho que já disse um milhão de vezes que amo os coments de vocês, mas também não canso de repetir isso!! AMO OS COMENTS DE VOCÊS, ENTÃO PLEASEEE COMENTEM!!!


Hermione J. Granger: muito obrigada por ainda acompanhar a fic e também pelos elogios. Crime também é perder um capítulo da sua!! Sempre quando posso eu passo por lá, mas é que ultimamente entrar aqui no site está cada vez mais difícil. Espero que desculpe também o meu sumiço, e assim que der dou outra passada lá na sua, que está muito linda! E quanto à história dos Comensais, tô achando que vou ter que andar com um guarda-costas agora, pq depois de tanta ameaça que eu venho sofrendo... hauhauhauhauhauh

Hanna Black Malfoy: ah Hanna, muito obrigada mesmo pelos seus elogios ao cap anterior. Me sinto aliviada pelo cap ter evitado de eu levar um crucio. Tomara que esse aqui também me ajude. E esse Harry ciumento?? Tudo bem que eu até que gosto do Harry, mas só agora que ele foi mostrar essas crises qndo foi passado pra trás?? É, acho que ele merece levar um toco da Mione. Olha que a tua proposta de comentar na minha fic todo dia pra eu atualizar mais rápido até que foi tentadora... huahahahauhuahuha Mas é uma pena que os problemas já sejam outros... Ah, mas tudo bem, já fico muito feliz que esteja gostando dessa fic e vindo comentar!!

FeRNaNDiNHa*^^*: ok, eu sei que a Mione está muito esculhambadinha, coitada!! Mas, bem provavelmente, ela vai ficar mais apresentável no próximo cap. Não sei se vai gostar, mas passa aqui pra ver ok???

Evelin Lovegood Black: poxa, fico super feliz que tenha gostado do outro capítulo!! Sim, eu amo o Harry, mas vamos combinar que ele tem que sofrer, nem que seja, assim, um pouquinho!! Eu fiquei horas e horas pensando se o beijo ficaria legal sem ficar muito chato! E aí vc me diz que eles não ficaram enjoativos e eu fiquei super aliviada!! Sabe como é, nenhuma experiência de como passar algum beijo legal pro papel. E quanto a NC, eu vou te dizer que também não curto nada pesado. Eu sei que pode até soar meio brega e talz, mas eu ainda sou uma romântica incorrigível!! E acho que NC’s pesadas tiram muito o romantismo da história. Mas eu ainda não tenho muita certeza do que colocar, mas pod ter certeza que não vai ser algo assim, digamos, muito NC?? Hauhahauhuah seria algo muito mais leve!! Bom, obrigada por ter comentado e ter dado a sua opinião quanto à esse problema!! :)

Malu Chan: ah Malu, nem se preocupe de só estar comentando agora, o importante é que você comentou e isso já me deixou dando pulos aqui de alegria e risos histéricos. Eu concordo contigo: não notou a melhor amiga, agora já era!! E a Pansy certamente já deveria estar internada há muito tempo no St. Mungus!! Ow, valeu mesmo pelos elogios à fic e obrigada por ter comentado viu??!!

carol cardilli: carol, você me deixou mega feliz com aquele comentário gigantesco. Eu concordo contigo: tem uma hora que os heróis lindos e perfeito dão no saco!! Cara, é sério, nessas horas e que eu prefiro um bad-boy assim, como o Dracoooooooo!!! E o beijo no pescoço digamos que foi um simples delírio de uma mente atormentada por viver em um mundo sem o draco!! Oh céus, isso é tortura! Ah, e a música acho que tem tudo haver com o Miguel, mas também com o Harry também. Aí, deu mole agora já era!! Huhauhauhauhauh, não, espera lá, tô rindo até agora lendo as tuas vinganças!! Cara não dá pra não rir. Aquela de ter pedido para um amigo gay chegar num garoto para fingir que tinham um caso foi PERFEITO!! Eu nunca tinha pensado em fazer isso. Olha, acho que vc me deu uma boa idéia pra fazer com o desgraçado que deu um toco em uma amiga minha!! Ia ser hilário. Ahhhh... o Tom Cruise!! Tem cara mais gato que ele nesse mundo?? Bom, acho que até hoje, desde pirralha, os meus musos sempre foram o Tom Cruise e o Brad Pitt. Ai que inveja das esposas deles. Caras assim tinha que ser solteiros para sempre, afinal, eles deveriam ser considerados patrimônio público!! Ok, chega de delirar... Continua comentando ok?? E me deixar nesse estado deplorável babando em cima do teclado... hauhauahuhauhua... Ah, e quando postar a sua fic não deixa de me avisar ok?? É melhor eu parar por aqui senão acabo sem tempo de responder aos outros coments... ahuahuahuhau

Carol Souza Potter Radcliffe: não é por nada não, eu gosto muito do Harry, mas mais ainda quando ele está com ciúmes!! Fala sério né?! Não notou antes a melhor amiga agora já era!! Vingativa não? Quem bom que tenha gostado do outro capítulo e tomara que tenha gostado desse também!!

Thaís Potter Malfoy: ohhhhh!! Fico tão feliz que a minha fic esteja nos seus favoritos!! *baba* A sua tbm está nos meus viu?? Que bom que gostou do outro cap!! Assim eu fico mais feliz ainda hein!! E quanto a Mione quem sabe ter um caso com o Harry eu não posso te garantir, mas que eu estou amando esses ataques do Harry eu estou!! Enfim, espero te ver aqui outras vezes, ok??

Belzitah Black: eu já te disse que adoro quando chama o Harry de cuca-mole?? Bom, eu acho que não!! Ahahuahuahu... Bom, eu também acho que imaginar a cena do Miguel bufando de Harry deve ser bem cômica!! Dá vontade de dizer: ‘Agora já era, otário!!’ ahuahuahuahu Cara, eu me empolgo com isso, mas não tem como não se empolgar. Acho que se isso acontecesse na vida real comigo faria uma coisa bem parecida, se eu não matasse antes lógico... Ah, e eu concordo contigo quanto a existir um feitiço para diminuir a lentidão de uma mente tão retardada quanto a do Miguel, e lógico que sem matar. Afinal, até que um cara gostoso a menos no mundo seria um baita desperdício!! Huhauhauhuahuah Anyway, espero ter te ajudado em como colocar a capa!! E espero também te ver muitas outras vezes aqui hein??

hgranger: aiai, com um loiro daqueles não tem como não esquentar a situação não é mesmo?? Fico feliz que tenha gostado do outro cap e tomara que tenha gostado desse também!! E quem não queria um jeito daqueles de calar a boca?? Lógico que com um ser perfeito que nem o Drcao não tem como não querer... Ahhhh... esse loiro ainda vai me fazer pirar!! :)

Kate M.J.: ainda duvida que seja só amor??? Bom, eu acho que não!! E, cara, desculpa aí a tortura psicológica tá bom?? Hauhaahuhauh E tomara que tenha gostado desse capítulo aqui!! Continua vindo aqui está bem??

Vivian Alves: que bom que gostou do outro cap. E me lembre de da próxima vez comprar uns fogos de artifício!! Ahahuhuahuah... pra comemorar oras!! Obrigada por ter comentado!!

tanne: bom tanne, começando a responder ao seu coment lindo, perfeito e gigantescoooo... Quem bom que gostou da dedicatória!! E obrigada também pelos parabéns!! Thanks!! Eu também amo os momentos de raiva do Harry e do Rony, principalmente do Harry. Aiii, eu fico imaginando às vezes como é que um draco Malfoy da vida deve beijar... ahhhh... deve ser perfeito não é mesmo? E não contar pra a Gina faz parte, afinal, querendo ou não nós meninas acabamos sendo bem bocuda às vezes !! hauahuhauhau Bom, e quanto à NC, eu realmente ainda nem sei se vou colocar, mas andaram surgindo coisas nessa minha mete doentia (UAIII!!) depois de ter recebido os e-mails. Bem, caso eu decida colocar (Que fique bem claro que eu ainda não sei) não vai ser nada do tipo pesado. Até pq eu não saberia como escrever algo assim e até pq eu tbm naum curto mto sabe? Para mim se tiver NC tem que ser leve e bem romântica!! Querendo ou não ainda sou uma romântica incorrigível! E concordo plenamente com vc q se realmente ter não pode ser algo de uma hora para outra pq aí já tiraria todo o sentido da fic!! Anyway, espero que tenha curtido esse cap!! E continua vindo aqui e comentando está bem?? :)

Laís Potter Black: o Draco bem malvado hein?? Hahahauhauhuahu eu amo esse loiro meu Merlin. Ele é, digamos assim, PERFEiTO?? Isso parece bem pouco pra ele!! Ahhhh.... continua vindo aqui ok?

Anna fletcher: ai, esse Draco nos leva à loucura!! O que tem de chato tem de gostoso!! Ahahauhauhau... O Harry tá muito ciumento!! É sempre assim, a gente só dá valor ao que perde. Então, fazer ele sofrer um pouquinho até que não seria tão ruim... *risada maléfica* Aiai, obrigada por ter comentado!!

Patricia Cristina Nalini: ai, que bom que está gostando da fic!! Tomara que também tenha gostado desse cap Aqui!!

taaa_hp: fico muito feliz que tenha gostado do outro cap. E espero que continue comentando!! :)

Dyone Smith: primeiramente: mal mesmo por não ter mais passado na sua fic!! Como eu disse aqui antes, o tempo tá muito curto e nunca mais mesmo eu tinha vindo aui no site. Mas, voltando, QUE BOM QUE GOSTOU DO OUTRO CAP!!! Bem, o draco já não tenho nem mais o que dizer dele. O Miguel, esse aí tem que rastejar mesmo!! E o Harry, bom... até que fiquei com uma dó dele, mas em tanto... Acho que ele tbm tem que sofrer um pouquinho. Cara, eu acho que eu estou muito má!! Ahauhauhauhuh Assim que der vou passar lá na sua fic está nem?? Espero que seja ainda nessa semana!! E obrigada por ter comentado!

miione_: bom, eu gosto muito do Harry, mas como minha mãe sempre diz: “Tudo o que vai, volta!!” hauahuahuhau... odeio qndo ela fala isso, mas pra esse caso (Harry e Mione) até que cai bem. É assim mesmo: não notou a melhor amiga, dançou!! E fico super feliz que tenha comentado!!

JuOh Granger: fico super feliz que tenha gostado do outro capítulo!! E quem não queria estar vendo ao vivo e à cores a cena da Mione e do draco se beijando?? Aiai, se não pode ser comigo acho que eu deixo o Draco um poquinho pra ela... ahuahuahuahuha Sério mesmo!! Espero que venha mais vezes e comente também!!

Jacque Malfoy: eu também amo esse Draco. Sei lá, com esse estilo ‘tô nem aí’ me deixa horas e horas babando na frente do computador. Bom, o capítulo está aí e espero de todo o coração que tenha gostado dele!!

Christine Martins: o Draco está terrível não é mesmo?? Bom, mas o que podemos fazer se ele é gato e perfeito??? Triste a nossa situação de meninas desesperadas por um Draco Malfoy... hauhauhaua Quem bom que gostou da parte do abraço, eu tabm amei!! Espero te ver aqui mais vezes ok??!!

Lalah Evans Potter Lupin Black: ow amore, mil perdões por ainda não ter passado na sua fic, mas prometo aqui que passo logo que der na sua fic!! Estou ansiosíssima para ver como ficou a sua capa! E muito obrigada por ter gostado do capítulo anterior e mais ainda por ter comentado!!! :)

Becca malfoy: que bom que tenha gostado do cap anterior!! Esse Draco e essa Mione ainda não caíram na real, mas não vai demorar muito pra perceberem que um nasceu para o outro!! Olha, ainda não deu tempo pra passar na tua fic, mas eu prometo que assim que der lá vai ser a primeira fic que eu vou passar ok?? E desculpa mesmo por ainda não ter ido. Anyway, espero que tenha gostado desse cap aqui!!

B. Black: fico tão feliz que enha gostado do outro capítulo!!! E esse Harry? Esse ciúme todo é bem suspeito... E o Draco?? Ahuahuahuahuahuhau tava aqui rindo do que vc falou: Tem um Seboso na sua frente, e um Gato Loiro do seu lado, que que vc faz? Olha para o Seboso ou agarra o gato? Bom, eu também fico com a segunda opção!!! Fala sério, não tem como querer olhar o seboso quando tem um deus grego ao seu lado. Ahhhh... esse draco nos leva à loucura não é mesmo??

Miss Padfoot: bom, quem não queria um beijo daqueles? Ainda mais com um loiro daqueles?? É, acho que não existe nenhma garota nesse mundo que iria deixar uma beldade loira daquelas de lado. E o Harry? Eu gosto muito dele, mas essa história de ter ataque de ciúmes só agora tá ficando bem chato. Bom, bobeou perdeu não é mesmo? E muito obrigada mesmo por ter comentado!!

Júlia Weasley: o Draco realmente parece ser um bom ator!! Quem dera se ele quisesse desempenhar um papel desses comigo... aiaia... Bom, obrigada pelo coment!!

Mione Malfoy: oie!! Ah quanto tempo hein??!! Bom, eu tbm tenho q me desculpar por não ter mais aparecido na sua fic mais-que-perfeita, mas eu passei ainda essa semana lá e deixei um coment. Cara, aquele final foi mais que fofo viu?? Obrigada por ter passado aqui e comentado! :)

Licca_Weasley_Malfoy: que bom que o outro cap ficou legal pra você!! Bom, esse cap não teve nenhuma cena, digamos assim, com mais ação entre eles dois. Mas bem provavelmente o nove vai ter!! Espero que volte aqui!!

NaH Potter Malfoy: aiiii, que bom que está adorando a fic!! Não sabe o quanto me deixa super feliz! Espero que continue vindo aqui e comentando, está bem?

Reena Turvalick: oi Reena!! *Se protegendo dos avadas* Quando eu li o seu coment eu juro q me emocionei. Sério mesmo! Não é assim que eu não tenha coração sabe... só de vez em quando!! Ahuahuahuahuh... Puxa, sua consciência tem nome?? Olha que essa moda pega viu?? Quem sabe um dia eu te imite! Ahuhaua E sim, eu li os seus argumentos. E cara, DESCULPAAAAAA!!! Bom, as razões você já sabe né?! Eu estou lendo a sua fic e deixei lá um coment gigantesco! Espero que tenha gostado dele... Ah, e assim q der eu passo novamente lá pra ver se vc já atualizou... Tô muito curiosa!! Pois é, espero que esse cap evite que eu leve uns crucios sabe... :)

Anna Voltaire: bem, o capítulo novo está aí postado!! Espero que tenha gostado dele!!

Nawally: valeu mesmo por achar essa fic perfeita!! Cara, eu fico até sem palavras, sério mesmo! Obrigada por ter comentado e espero qe continue vindo aqui e comentando ok??

Flávia Medeiros: oie!!! Que bom que está gostando da fic, e espero que continue gostando dela!! E quanto às fics dos seus amigos, quando eles postarem você me dá o endereço das fics para eu poder publicar aqui ok??!!

Maisa_Malfoy: o cap está aí!! Espero realmente que tenha gostado dele!! Continua vindo aqui e comentando tá bom??

Bella Caminoto XXXX: bom Bella, depois de todos esses problemas aqui do site o cap está aí. Espero que goste!


Recomendação de fic:

  ~*~ O Mistério dos Sonhos ~*~ D/H & R/H ~*~
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=14241

Uma fic D/Hr e R/Hr da Hermione J. Granger
Quem leu sabe o quanto a fic é ótima. Quem não leu não sabe o que tá perdendo.

Ufa!! Acho que já disse pra vocês um milhão de vezes as razões de eu não estar postando com rapidez os caps. É que além de tudo isso (estudo, cursinho, etc...) quando eu chego em casa lá pelas 9 da noite (isso depois de ter saído às 7 da manhã) minha mãe sempre tá em casa e aí não dá pra sentar o meu popô na frente do computador e tentar escrever alguma coisa, já que ela nem sonha que eu ando escrevendo fics. Primeiro pq ela não tem nem idéia do que seja isso e segundo pq ela acha HP uma perda de tempo. Bom, eu amo a minha mamãezinha querida do meu coração, mas agora ela tá pegando e muito no meu pé!! É por isso que eu não tenho muita idéia de quando vou ter o 9 pronto, mas prometo tentar escrevê-loo mais rápido que puder! E espero de todo o coração que vocês não deixem de comentar e me dar mais força pra continuar com essa fic. Bom meninas (até agora não teve nenhum menino por aqui né?!), eu espero que me entendam e não deixem de comentar na fic e de votar também!! É, acho que era só isso. Então, bjimmm e FUI!! Até o cap. 9!!!!!!!


Srta. Granger Malfoy

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