Sonho Ruim



Cap 1 – Sonho Ruim

O que acontece é que essas férias estão realmente tediosas. Quase sinto falta da montanha de deveres que tínhamos, enquanto estávamos lá em Hogwarts. Não que agora não tenha (na verdade, os professores adoram nos encher de deveres para fazer durante as férias), o agravante é justamente não estarmos em Hogwarts. Eu falo, assim, no plural porque sei que o Rony também está sentindo falta de lá embora, obviamente, não sinta falta dos trabalhos.

O que ele mais sente falta, eu suponho, é da companhia do Harry. Depois de todo o alarme sobre a volta de Você-Sabe-Quem, e agora que todos REALMENTE acreditam, (por algum motivo que não me explicaram) Harry não pôde vir passar as férias aqui, na Toca, conosco. Ele escreveu a Rony contando que Dumbledore acha mais seguro que ele permaneça lá. Eu não entendo porquê...sei lá é uma casa de trouxas, certo? Que tipo de magia de proteção eles podem ter que nós não tenhamos na Toca?

Então, eu não acho que “Dumbledore acha que tem que ser assim, será assim” é uma justificativa. Quer dizer, todo mundo confia em Dumbledore - eu não sou diferente - e, além disso, acredito que ele tenha seus motivos, mas era justamente isso o que eu gostaria de saber.

Porquê nunca nos contam a parte fundamental pro entendimento da coisa toda? Eu acabei de completar 16 anos, não posso ser considerada uma criança! Mas, na verdade, não sei do que estou reclamando, já que Rony tem 17 anos (e pela lei, ele é um...adulto acesso de riso não-contido) e também não parece saber o real motivo do Harry ter que ficar làcom os trouxas.

Falando em Harry...eu fico imaginando como ele deve estar se sentindo. Quero dizer, essa coisa toda com Você-Sabe-Quem. Primeiro ele perde os pais, depois vê o Diggory morrer na sua frente, e agora Sirius... A vida não tem sido muito gentil com ele. Mamãe fala o tempo todo que adoraria poder trazer Harry pra morar conosco, mas alguma coisa impede isso, como eu já disse antes. Alguma coisa que aparentemente só Dumbledore sabe.

Bem, ainda no tópico “Reclamando sobre as férias”, pelo menos Fred e Jorge estão aqui. Quero dizer, eles passam a maior parte do tempo na loja que eles montaram há quase dois anos no Beco Diagonal e, de vez em quando, eu até vou lá dar uma ajuda. Isso quando a mamãe tá de bom humor, é claro. Ela tem essa coisa de pensar que a qualquer momento um Comensal pode sair de um buraco qualquer e nos levar pra longe.

Não é querendo me gabar, mas quando tivemos que enfrentar alguns deles, ano passado, acho que me saí razoavelmente bem. Claro que não seríamos nada sem a ajuda de Harry e toda a Ordem que apareceu depois, mas ah, eu me lembro muito bem...eu acabei com Draco Malfoy!

Malfoy. Eu tinha esquecido completamente dele. Lúcio Malfoy, quero dizer. Um pouco depois que ele e outros Comensais foram presos, os Dementadores abandonaram Azkaban e, dizem, se juntaram a Você-Sabe-Quem. Mas quanto aos Comensais, ninguém sabe, ninguém viu. Papai contou que o Ministério ainda estava procurando novos guardas, e contando, nesse tempo, com os Aurores para ficarem temporariamente de olho na Prisão, mas houve uma fuga em massa e TODOS os Comensais fugiram.

O Profeta relatou que vários Aurores saíram feridos, e que diziam que os Comensais tiveram ajuda dos próprios Dementadores. Eu não duvido...quem melhor do que os Dementadores pra conhecer aquela Prisão? Dá um certo medo (aliás, MUITO medo) pensar naqueles monstros horríveis andando por aí, livremente...Mas pensar nos Comensais é o que mais tem preocupado meus pais. O papai porque trabalha no Ministério e, embora não trabalhe diretamente com esse departamento, está determinado a ajudar como puder (inclusive na Ordem)...e a mamãe porque tem sete filhos, além de um marido que trabalha numa área não muito prestigiada e segura, no momento.

Os bruxos de toda a parte estão ressentidos com o Ministério, já que agora acreditam que tudo o que Dumbledore e Harry falavam há tempos, é verdade. Mas, no fundo, tem aquele clima de união entre os bruxos (percebe-se pelo aumento no número de participantes da Ordem). Afinal de contas, Comensais, Dementadores e sabe-se lá quantos outros grupos estão se unindo a Você-Sabe-Quem.

Isso me faz lembrar... Hermione me disse que o Hagrid tentou conseguir o apoio dos gigantes para o nosso lado, mas ainda não obteve resultado. E sobre os duendes, Gui acha que talvez eles nem se metam nessa provável Guerra. Mas como isso é possível? Quero dizer, eles todos vão simplesmente cavar um buraco e se esconder durante a coisa toda? Não dá...

Puxa, o assunto desviou mesmo aqui. Estou cansada de toda essa história de “Guerra”. Principalmente porque não temos como ajudar efetivamente, já que nem podemos entrar na Ordem (Dumbledore proibiu isso a todos os alunos, dá pra acreditar? Nem mesmo o Harry!... Mas pensando bem é bastante óbvio o Harry não participar da Ordem da Fênix; já imaginou como seria se ele tivesse que sair a cada alarme de que Dementadores apareceram na cidade tal, Comensais foram vistos fazendo não-sei-o-quê, não-sei-aonde...? Não faz sentido, na verdade... Talvez isso seja trabalho para os mais experientes mesmo (mas aqui cabe outro parêntese... mais experientes que Harry?)).

(Grande suspiro)

Bem, o fato é que eu não vejo a hora de voltar pra Hogwarts. Estou com saudades dos meus amigos. Luna, por exemplo, me escreveu da Escócia, hoje. Ela tinha me dito que ia com o pai para a Suécia (parece que eles tinham planos de cruzar com um Bufador de Chifre Enrugado (ou seria Liso?), seja lá o que isso for...), mas parece que eles mudaram de planos e foram parar na Escócia.

A Luna é incrível. Tudo bem que eu me achava a pessoa mais cética do mundo (sobre qualquer tipo de criatura que não estivesse descrita no livro “Animais Fantásticos e Onde Habitam”), mas depois que você conhece a Luna, você passa a pensar que tudo é possível. A carta dela dizia o seguinte :

“Assim que chegamos na Escócia, fomos direto pro tal Loch Ness e é fabuloso, Ginny! O lago tem umas cavernas submersas que os trouxas não conseguem explorar, mas nada que um simples feitiço de CABEÇA DE BOLHA, não resolva. E nós tivemos a sorte de encontrar o famigerado Monstro do Lago Ness, você já ouviu falar, né?

(bem claro que já...mas eu achei que era lenda!)

Papai conhece um pessoal que mora por lá e conseguimos reunir um ótimo material para a revista do mês que vem, conseguimos, inclusive, tirar várias fotos. É engraçado, porque deixaram essa história vazar e alguns trouxas acham que Nessie Nessie?Ela ficou íntima do Monstro? existe, mas outros teimam em não acreditar...bem, mas mesmo com todas as fotos que tiramos tenho certeza de que alguns bruxos também não vão acreditar, então, quem pode culpar os trouxas?”.

(Nesse momento, eu pensei logo na Mione e não pude deixar de rir. Por Merlin, eu serei a primeira a comprar o Pasquim próximo mês e ninguém pode me culpar por isso! Depois de tanto suspense...)

Será que a convivência com a Luna vai me deixar tão maluca quanto ela? Ah, por favor, você há de convir que normal ela não é...Mas se uma conversa com ela não é realista, pelo menos é engraçada. Não que ela se incomode com isso, a maior parte do tempo as pessoas riem dela e ela não tá nem aí. E eu não rio dela, mas as coisas nas quais ela acredita...puxa, nem o Rony tem tanta imaginação assim (e olha que quando ele está inspirado, ele vai longe...).

(pequena pausa)

Mamãe acaba de bater na porta do meu quarto, pedindo para que eu desligue a luz. Nossa, eu fiquei escrevendo e nem me dei conta, mas já são 23h10. Bem, só espero não sonhar com o simpático Nessie.


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Ginny se encontrava sentada admirando o pequeno lago que tanto lhe trazia momentos de calmaria, desde pequena.

Mas lembrava-se muito bem de quando era pequena e estava disposta a aprender a nadar, e os gêmeos amedrontavam a ela e ao Rony, dizendo que no fundo do lago havia uma serpente gigante que só levantava à superfície para respirar e se alimentar à noite e que, se eles quisessem tomar banho em paz no lago, teriam que sacrificar um bicho, que viraria jantar da serpente, tal como faziam seus ancestrais.

Ela não conseguiu dormir por duas noites e na terceira, quando resolveu dar uma olhada pela janela, viu uma espécie de ritual, no qual via muito claramente um dos gêmeos (só com a luz da lua nem a Sra. Weasley saberia dizer qual dos...bem, saberia sim) erguendo o que parecia ser (ela deduziu logo) o corpo de um bicho razoavelmente grande, mas que estava coberto com um lençol.

Ela viu que os gêmeos não estavam sozinhos, seu irmão mais novo parecia estar junto. Rony. Ele parecia estar seguindo as instruções dos gêmeos e foi entrando no lago. Quando Ginny se deu conta disso, ele já estava com água pela cintura e ela deu um grito tão alto, que tinha certeza que PERCY (que tinha o quarto vizinho ao dela) podia ouvir um zumbido agudo até hoje.

O desenrolar da história foi o de praxe: os gêmeos ficaram de castigo pelo resto do verão e, pela primeira vez, Rony também. Tinha sido tudo armado pra assusta-la, é claro. Ginny ficou em choque, porque Fred e Jorge aprontavam com ela o tempo todo, mas...Rony? O castigo deles três foi terem que se revezar pra dormir no chão do quarto dela, até que ela parasse de ter pesadelos.

“Demorou muito pra que eles aprontassem uma brincadeira tão braba quanto essa” a Ginny, um pouco mais velha pensou, enquanto ainda observava o lago. E foi aí que ela notou uma coisa submergindo e, logo em seguida, mergulhando no lago.. “Por Merlin! Parecia...parecia a cabeça de um dragão!”, ela pensou alarmada, “Mas, definitivamente, não era uma serpente” constatou, um pouco mais aliviada.

Mas não era exatamente isso que a preocupava. Ela nunca tinha visto nada como aquilo e sabia que o máximo que se encontrava naquele lago eram uns peixes e grindylows amigáveis e aquela coisa de repente tinha aparecido e sumido, assim, do nada?

Ela se levantou para observar melhor, olhou atentamente para o ponto onde tinha certeza que ele aparecera e quando ela forçou a vista mais um pouco tentando ver aquele bicho de novo, algo enorme, muito próximo da margem, emergiu e por um momento ela teve a certeza de que seria engolida. Tudo que conseguiu foi gritar.


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“Ah, se prepare Senhorita Lovegood, porque a primeira coisa que vou fazer quando chegar em Hogwarts é acabar com a sua raça” eu pensei depois que minha mãe, meu pai e os meus irmãos saíram do meu quarto, ontem à noite.

Juro que nunca mais dou ouvidos a Luna. Como é possível? Eu devo ter ficado muito impressionada mesmo pra sonhar com algo tão...bobo. Bem, bobo não é a palavra, porque eu confesso que acordei tremendo, ainda com a imagem de um monstro gigante, feio e...

Oh, Deus. Sinto-me, novamente com sete anos. Será possível que TUDO me aterroriza? Quer dizer, quando eu finalmente acho que me livrei dos pesadelos que eu tinha com Tom Riddle, eu passo a ter pesadelos com...monstros?

Bem, me passou uma idéia pela cabeça agora. Será que isso é uma peça do meu subconsciente? Quero dizer, em relação a sonhar com monstros...talvez o monstro desse sonho tenha sido o basilisco que Harry matou na Câmara Secreta

(pensando)

Não...parecia mais com um...bem, dragão. Excetuando o fato de que eu não conheço nenhum dragão que resida em um lago, é claro.

(suspiro)

Estou cansada de ter pesadelos, isso não pode ser normal. Lembro que quando comecei a ter pesadelos constantemente com Tom Riddle, Hermione me deu um livro que falava sobre sonhos e pesadelos.

Ele dizia basicamente “O que acontece é que, na grande maioria das vezes, não damos a mínima importância para os sonhos. Eles então precisam chamar a nossa atenção, principalmente quando se trata de algo muito importante. A melhor maneira de chamar a nossa atenção é nos causando impacto. Assim, temos os nossos pesadelos. Sonhamos com algo que tememos”.(Mas, é claro que eu temo ser atacada por um monstro, quem é que não teme? Mesmo assim eu não vejo 1 zilhão de pessoas sonhando que estão sendo atacadas por monstros).

”A mensagem realmente está nos detalhes e normalmente vem em mais de um sonho. (Ah, que ótimo. Eu já tenho pesadelos suficientes para passar essa tal mensagem para meio milhão de pessoas que não sonham que estão sendo devoradas por dragões, monstros e afins). Enfrente o objeto do seu medo no sonho e então uma nova porta se abrirá”. (Esplêndido, então eu só devo me concentrar e, no próximo pesadelo, eu levo minha varinha pra duelar com o monstro, Tom Riddle, ou quem mais se atrever...é, certo. Estou começando a achar que Hermione perdeu o juízo. Não é possível que ela concorde com isso. Bem, eu nunca conversei com ela sobre esse livro, vou fazer isso quando voltarmos à Hogwarts).

Fora que meus pais ficam super preocupados e é horrível você descer para o café e ter três irmãos mais velhos que te olham de cima a baixo e perguntam de minuto em minuto se está tudo bem. Tá, essa última parte até que não é tão ruim, porque eu realmente adoro os meus irmãos (mas matarei, sem nenhum remorso, qualquer um deles que um dia ousar TOCAR nesse diário).

Mas até que Fred e Jorge foram prestativos. Quando eu garanti, pela quarta vez, naquele café da manhã, que estava bem, que tinha sido só um pesadelo bobo, sem Tom Ridlle, Fred olhou pra mim e disse:

“Certo, Gin. Olhe, deixe-me dizer uma coisa...o último produto que Jorge e eu bolamos é o terror dos irmãos mais novos, se você não se importa que eu diga isso”, disse, sorrindo, com a boca cheia de torta de maçã “Nós chamamos temporariamente de ‘Ajude Aquele Seu Irmão Mais Novo A Sonhar Com Absolutamente Qualquer Coisa’.”

Com isso, Jorge se animou e enquanto passava geléia na torrada acrescentou “É, o nome ainda não está bom, gasta muito espaço no catálogo, mas a idéia é boa e por enquanto temos três opções disponíveis. 1) Sonhando com exames finais, 2) Aquele seu animal de estimação morreu, e a culpa foi sua, 3) Você é adotado.”.

Com isso, Rony quase caiu da cadeira de tanto rir, mas eu olhei pra eles dois e perguntei, embora também tivesse achado engraçado “E o que exatamente eu tenho a ver com isso?”.

Jorge olhou para Fred que, por sua vez, me olhou solenemente, engoliu de uma vez toda a torta e disse:

“Nós prometemos que vamos descobrir como se faz o contra-feitiço. Quero dizer, se existe uma maneira de criar sonhos – e nós, genialmente, descobrimos – deve haver também para aniquila-los”.

Eu só pude piscar, quanto a isso. Eu fiquei meio sem jeito de dizer o que estava pensando, porque, bem, eu tinha achado muito fofo da parte deles aquilo, mas depois eu disse, tentando soar meio vaga:

“Er...mas vocês sabem que existe uma poção, não sabem? A Poção Sem Sonhos”, eu mesma já havia tomado essa poção umas quinze vezes e podia garantir que ela tinha um gosto horrível, fora que você fica meio aluada todo o dia seguinte.

Jorge respondeu, com ar de quem sabe das coisas “Ah, isso. Bem, é uma poção, dá trabalho pra preparar, tem efeitos colaterais e tudo mais. Não é como simplesmente mastigar um chiclete antes de dormir e não sonhar mais com essas coisas que tanto te perturbam”, ele fez uma pausa como se estivesse pensando no que disse e olhou para Fred “Ei, cara. Chiclete. Já pensou se a gente misturasse chiclete com guelricho? Aquele troço seria muito melhor. Engolir aquilo deve ser como comer uma das meias do Rony, depois de sete partidas de Quadribol seguidas”.

E enquanto ele dizia isso, foi se levantando junto com Fred que, já fora da cozinha, eu ouvi dizer “Você está sugerindo simplesmente fazermos as pessoas mastigarem a meia do Rony ao invés de engoli-la? Genial, cara”.

Eu não pude nem dizer que a idéia deles era ótima, muito boa mesmo. Não a do chiclete, já que eu não me importava em como eles iam fazer aquilo, mas com a da Poção Sem Sonhos. Eu me peguei torcendo para que eles realmente conseguissem fazer algo como aquilo. ‘E por mim’, eu pensei. Onnn.

Rony, que tinha se calado depois de tentar inutilmente gritar para as costas dos gêmeos que ele não tinha chulé e que suas meias eram perfeitamente limpas, olhou pra mim de um jeito que me dizia que algo estava errado, já que ele desviou os olhos quando eu perguntei “Que foi, Rony? Aconteceu alguma coisa? Você não se aborreceu verdadeiramente com Fred e Jorge, não é?”.

Eu pude notar as orelhas dele ficarem vermelhas quando ele balbuciou “Ahn...não, Gin. Não são eles. É, só que...é só que eu queria perguntar uma coisa.”. Eu achei aquilo tão estranho. Rony anunciando que iria perguntar alguma coisa? Normalmente ele perguntava antes mesmo de se dar conta que tinha perguntado. Mas mesmo assim eu o encorajei “Sim?”.

Ele tossiu um pouco como se tivesse se engasgado e tentou, pelo que eu pude notar, parecer natural “É sobre o seu pesadelo. Teve mesmo a ver com aquilo que aconteceu quando éramos crianças? O ritual estúpido e tudo o mais?”. Oh.

Ele estava falando aquilo porque eu, naquela noite, num momento de infantilidade mor, tinha dito pra mamãe e pro papai que no meio do pesadelo, cenas daquela brincadeira apareceram e bem, foi verdade, mas eu realmente não queria que ele se culpasse assim.

“Olha, Rony. Eu já te perdoei por aquilo há muito tempo”, eu disse, mas ele ainda não parecia convencido, então eu fiz o que sempre faço quando quero deixa-lo sem-graça, porém seguro. Dei um beijo na bochecha dele. “Xadrez?” perguntei, antes que ele tivesse tempo de se sentir ainda mais sem graça.

“(...)Não vão embora daqui, eu sou o que vocês são

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