Mais um dia atribulado no hosp



Bem pessoal, sei que estou sem atualizar já faz MUITO tempo, mas gostaria de dizer que não abandonei a fic. É que eu estava tendo alguns problemas na faculdade e em casa, mas a maioria já está resolvido. Fora isso, eu tive que reler os livros, para anotar coisas importantes, mesmos aquelas que ninguém julga importante, afinal, não dá pra pegar o livro e ficar procurando o que se deseja, não é verdade? Pois bem, mas não se preocupem, vou começar a atualizar no máximo de duas em duas semanas, exceto em época de provas, mas podem deixar que aviso com antecedência! E para provar que é verdade, o próximo capítulo já virá domingo que vem. Aguardem, e boa leitura!!!
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Mais um dia atribulado no hospital!


Assim que chegaram em casa, Molly tratou de fazer chocolates quente para todos, e enquanto esperavam, foram para a sala. O senhor Weasley logo tratou de acender a lareira; apesar de ser verão, a noite estava muito fria, como se antevendo o caos daqueles tempos.

- Coitado do Harry, nem chegou de Hogwarts direito e já aconteceu tudo isso. E ainda tem muita coisa para acontecer. Disse Rony com uma voz melancólica e muito triste, deixando-se cair no sofá.

- Realmente, o Harry não precisava, e nem merece passar por isso. Disse uma Hermione muito cansada e igualmente triste, sentando-se ao lado ao lado ruivo.

Gina olhou com uma cara de quem tinha algumas perguntas a fazer ante as frases ditas, mas limitou-se a sentar no outro sofá e se perder em seus próprios pensamentos. Os gêmeos Fred e Jorge estavam anormalmente quietos sentados no tapete da sala, enquanto o Sr. Weasley dirigia-se para a cozinha para fazer companhia a mulher.

Passados alguns minutos, a senhora Weasley apareceu na sala avisando que o chocolate quente estava pronto e perguntou se eles prefeririam que ela levasse para eles. Hermione, Rony e Gina concordaram com a cabeça, enquanto os gêmeos se dirigiam para a cozinha.

Os três ficaram em silêncio bebendo seus respectivos chocolates, absortos em seus próprios pensamentos. Enquanto tomavam seus chocolates, viram os gêmeos subindo para seus quartos e acenando com um fraco “boa noite”, respondido de forma igualmente triste pelas garotas e Rony. Assim que os gêmeos subiram, Gina virou para o irmão e perguntou, com uma cara muito séria:

- Rony, o que você quis dizer quando falou que ainda tinha muita coisa para acontecer com o Harry?

No início, Rony não entendeu a pergunta da irmã; levou alguns segundos para se lembrar do que tinha dito, e quando assim o fez, arregalou os olhos.

- Co... como assim... Gina?

- Bem Rony, e posso ser a mais nova, mas não a mais burra. Vendo que Hermione iría vir em ajuda do seu irmão, emendou. Nem gaste sua saliva Mione; não adianta falar que o que meu irmão quis dizer foi sobre Voldemort tentar matá-lo a todo instante. Sei que isso é verdade, mas também sei que há mais por trás disso, e seja o que for, é uma coisa muito ruim pelo que pude sentir.

- Por que você acha isso Gina? Perguntou uma Hermione muito curiosa.

- Eu não sei explicar, só sei que quando abracei Harry no St. Mungus, eu percebi que há muito mais do que eu sei pelas aventuras que vocês tem passado em todos esses anos.

- Bem Gina, não vou mentir e negar que Harry é um livro aberto para todos, mas infelizmente as “páginas negras”, somente Harry pode ler para os outros.

Gina ficou um tempo refletindo sobre as palavras da amiga. É verdade que queria muito saber o que estava acontecendo, mas isto não significava que iría começar a questionar todos e exigir respostas; a confiança e a amizade entre aquele trio eram muito fortes, e ela não iría forçar os dois a falar alguma coisa que Harry não quisesse. Respeitaria isso, e perguntaria a Harry quando tivesse oportunidade.

- Eu entendo Mione. Desculpa se estou sendo indiscreta, mas é que a sensação que tive foi como se Harry carregasse o peso do mundo sobre os ombros, como se ele achasse que cada coisa que Voldemort faz fosse culpa dele. Eu só queria saber o que está acontecendo com o Harry para poder ajudá-lo.

- Sabemos disso Gina. Só cabe ao Harry compartilhar seus segredos mais profundos. Não cabe a nós expor nosso amigo assim, mesmo que seja para a... bem a...

- Ex-namorada Mione. Disse Gina dando um sorriso amarelo. Outra coisa que gostaria de saber o porque, sabe, saber porque ele terminou comigo. Sei que em parte foi por causa de Voldemort, mas sei que tem mais coisa. Bem, vou dormir, a noite foi muita “agitada”. Boa noite aos dois.

Noite disseram Rony e Hermione em uníssono. Passados alguns instantes em que apenas o silêncio reinou entre os dois, Hermione ficou pensando em porque o amigo não contou para Gina. Foi despertada pela voz de Rony, que estava pesada de tão cansada que o amigo estava.

- Sabe, ainda não entendi o porque de Harry afastar minha irmã. Sei que ele quer protegê-la, mas isto não vai dar certo.

- Como assim Rony? Você sabe muito bem porque Harry se separou; ainda que eu não aprove esta atitude dele, achei que tinha ficado claro o porque.

- Bem Mione ficou muito claro, mas não vai adiantar e ele deveria saber disso já que convive com os Weasley’s há tanto tempo. Nunca deixaríamos um amigo sozinho, ainda mais nessa jornada que Harry irá partir. Agora, imagine Gina. Ela o ama desde muito tempo. Quando ela souber a loucura que ele está para cometer, com certeza dará um jeito de ir junto. E outra, pense bem Mione. Há essa hora, “Você - Sabe – Quem” já deve saber da proximidade de minha irmã com Harry. E você lá se esqueceu que somos “traidores do sangue?” Nossa família já é um alvo mesmo sem ele estar com Gina.

Hermione estava com uma cara no mínimo estranha. Rony nunca tinha falado desse modo, pelo menos, não que ela lembrasse. Desde quando Rony deixara de ser aquele menino desengonçado e que só ligava para quadribol e se tornara um homem tão consciente e maduro. Passado alguns segundos, ela saiu de seu torpor e respondeu a Rony.

- Bem Rony, como eu disse a Gina, só cabe ao Harry decidir para quem ele irá se abrir. Talvez ele ache que Gina seja um alvo em potencial ao lado dele; talvez ele não suporte a idéia dela se ferir caso ele permita que ela o siga. Somente o Harry próprio sabe todas as razões para tal atitude, mas acho que as que falei estão no topo da lista.

- Bem, talvez isso seja verdade Mione, mas não muda o fato de que querendo ou não, a Gina por si só, assim como todos nós, corremos um alto perigo de vida. Estamos numa guerra, e todas as guerras trazem perdas; o máximo que podemos fazer é viver cada momento que nos é permitido com toda a intensidade que podemos.

Bem, se Hermione estava perplexa com as palavras anteriores de Rony, agora então, nem se fale. Sabia que Rony não era mais aquele garoto de antigamente, e que por várias vezes já se mostrara mais maduro do que parecia, mas com certeza, nenhuma atitude ou palavra chegava perto das palavras que Rony dizia agora. Era como se só agora Hermione notasse o quanto ele havia crescido.

- É você tem razão Rony, mas só o que podemos fazer é torcer para que a escolha de Harry seja a melhor. Bem, estou muito cansada e é melhor irmos dormir; sua mãe falou que amanhã depois do almoço iremos visitar o Harry. Boa noite, Rony.

- Você tem razão Mione, já vou subir, eu só vou até a cozinha pegar um copo de água. Boa noite.

Ele ainda ficou um tempo ali sentado no sofá pensando nas próprias palavras de minutos atrás, e passado alguns minutos de reflexão, se levantou e começou a subir as escadas resmungando “viver cada momento que nos é permitido com toda a intensidade que podemos”. Muito bem Ronald Weasley, diga exatamente o contrário do que tem coragem para fazer.
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Harry estava deitado na cama do hospital admirando o branco do teto, perdido em pensamentos e tentando digerir as informações de horas atrás. Como era possível? Dumbledore tinha dito que somente ele sabia da existência das horcruxes de Voldemort. E outra Dumbledore nunca havia mencionado que possuía parentes vivos, a não ser é claro, seu irmão Aberforth. Mesmo que Paolo fosse realmente parente de Dumbledore, isto não queria dizer que o velho diretor tinha passado seu segredo para outra pessoa. Harry pensava em muitas coisas, mas o que mais lhe deixava perdido entre todas as informações de Paolo, foram suas palavras finais: “o maior mago da atualidade e guardião dos descendentes da família principal, Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore”. Como assim, guardião da família principal? Ou o Paolo era um tremendo de um gozador de mau gosto com ótimas informações, ou ele teria que explicar muita coisa.
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- Vamos Rony acorda logo, sua mãe já está chamando agente para almoçar.

- Já vou Mione, só mais cinco minutos.

- Cinco minutos nada Ronald Billius Weasley. Trate de levantar agora e descer para almoçar. Já está muito tarde e se demorarmos mais, não poderemos ficar muito tempo com o Harry.

Assim que ouviu seu nome completo, Rony amarrou a cara na mesma hora.

- Nunca mais me chame pelo meu nome completo. Pode sair, já estou acordado. Disse Rony, com um tom de voz que expressava muita raiva.

- Pois fique você sabendo que te chamo pelo nome que eu quiser, pois se você o tem, é para ser usado. E pode deixar que da próxima vez, eu deixo você ai dormindo seu grosso. E dizendo isso, saiu de nariz em pé e cara amarrada, batendo a porta.

- O menininha mais irritante essa viu. “Pois fique você sabendo que te chamo pelo nome que eu quiser, pois se você o tem, é para ser usado” – repetiu Rony com voz aguda – será que ela não poderia deixar de ser um pouco menos mandona?

Após terminar de se trocar, Rony desceu as escadas indo em direção a cozinha. Quando chegou, viu sua mãe em frente a pia terminando de fazer um delicioso suco de abóbora, enquanto Gina e Hermione conversavam animadamente, preparando a mesa do almoço. Assim que Hermione se deu conta que o ruivo estava entrando na cozinha, tratou logo de fechar a cara.

- Vamos Rony, sente–se logo – Disse a srª Weasley enquanto colocava o suco na mesa e servia Gina e Hrmione - não temos muito tempo. O tempo para visitas é menor... Por que demorou tanto para descer? Hermione já está aqui já faz quase quinze minutos.

- Estava me arrumando, disse Rony enquanto se sentava e era servido pela mãe. Onde estão os gêmeos?

- Ah, eles saíram logo cedo junto com seu pai. Disseram que iriam até a loja verificar como estavam as coisas, mas que logo após o almoço eles nos encontrariam no hospital.

O almoço transcorreu normalmente, com a senhora Weasley lamentando o ocorrido com Harry, mas, animando-se um pouco logo em seguida com a lembrança da carta que o marido lhe mandara mais cedo:

“Oi querida, dei uma passada rápida no Saint Mungus hoje só para ver como Harry estava, e adivinha? A curandeira responsável disse que se ele continuar se recuperando do jeito que está, amanhã é capaz de já ter alta! Bem, vou ficando por aqui, tenho que ir resolver um problema que surgiu, beijos, Arthur!
PS: passo ai logo depois do almoço para levá-los ao hospital.”


Quando Rony estava acabando de almoçar, o senhor Weasley entra pela porta da cozinha.

- Boa tarde família, disse o senhor Weasley. Estão todos prontos? O carro está aí fora. Ah, mais uma coisa, é... Bem...

- O que foi Arthur? Perguntou a senhora Weasley. Fale logo; é algma coisa com Harry? Terminou, deixando transparecer preocupação na voz.

- Não querida, o Harry está bem... É que...

- Arthur Weasley, o que você quer nos falar?

A senhora Weasley já estava ficando vermelha, e o senhor Weasley sabia que esse não era um bom sinal; ele tinha que falar logo.

- Não se irrite Molly querida. O ministro está no carro também.

A senhora Weasley, se possível, estava mais vermelha que seus cabelos e mandou um olhar dizendo Conversamos mais tarde .

Rony, Gina e Hermione escutavam tudo quietos no seu canto. Gina até tentou falar com a mãe, mas quando esta usou o nome completo do Senhor Weasley, ela viu que não tinha mais jeito.

Assim que todos entraram no carro, o mesmo saiu em disparada. O ministro estava indo na frente; o senhor e a senhora Weasley foram na parte do “meio” do carro, enquanto os garotos foram na parte de trás.

O dia estava muito quente; o sol ia alto, mostrando todo seu esplendor. Não havia nenhuma nuvem no céu, os pássaros cantavam alto, e infelizmente, havia uma guerra preste a estourar. Ela sabia que aquilo aconteceria, desde aquele ano, ela sabia que isso viria a acontecer; ela só queria poder ajudar, fazer mais. Queria poder ajudar Harry; seu herói, sua paixão de criança, seu amigo, seu amor. Por mais que ela temesse, ela sabia que ele estava envolvido naquela guerra, e o que ela mais gostaria era de poder fazer mais do que ficar assistindo.

Gina foi acordada de seus devaneios pela voz de Hermione.

- Gina, você está me ouvindo? Terra chamando Virgínia Weasley!

- Calma Mione, eu estou ouvindo. E da para não me chamar pelo meu nome? Você sabe que eu odeio. Disse Gina bufando.

- Desculpe Gina, é que eu já estava te chamando faz um tempão. Chegamos já, vamos, não temos muito tempo para visitas.

As duas saíram do carro e encontraram a senhora Weasley com uma cara muito brava; o senhor Weasley estava com uma expressão de desculpas; o ministro estava falando com o motorista e Rony com uma cara fechada. Os garotos foram se unir aos Sr. E Srª Weasley para esperarem pelo ministro. Quando este terminou de conversar e se juntou ao grupo, eles foram em direção do hospital.

Já lá dentro, eles encontraram os gêmeos esperando por eles, conversando com uma medibruxa.

- Então meninos, como ele está? Perguntou a senhora Weasley se adiantando na direção dos gêmeos.

- Bem mãe, ainda não fomos vê-lo, mas a medibruxa disse que ele está se recuperando espantosamente. Disse que se não fosse pela falta de sangue, ele poderia sair ainda hoje.

- Que bom. Agora vamos, vamos ver como Harry está.

E assim foram para o quarto andar; Molly estava um pouco mais aliviada com o que Fred havia dito, mas ainda assim, não estava gostando nada do ministro ali junto com eles. Da última vez o ministro tentara interrogar Harry, mas o novo membro da Ordem, havia o “impedido”. Mas ela não tinha certeza que isso se repetiria, e ficou aflita ao imaginar Harry sendo submetido a um interrogatório.

Assim que chegaram a porta do quarto de Harry, puderam ouvir o mesmo discutindo com o curandeiro sobre já estar melhor e querer ir embora logo.

- Caramba! O que é que você come pra ser assim, hein Harry? Foi atacado por comensais ontem, e hoje já está completamente sarado e está até brigando já? Isso que é disposição! Disse Jorge, terminando com uma gargalhada.

- Você fala isso porque não é você que tem que ficar o dia todo deitado. Disse Harry, de forma carrancuda.

Um a um, o pessoal foi indo cumprimentar o Harry. A senhora Weasley lhe deu um dos abraços mais apertado que ele já recebera, e olha que ele já tinha ganhado muitos assim da matriarca; em seguida veio o senhor Weasley; logo depois os gêmeos, seguidos de Rony e Hermione. Gina estava meio receosa de se aproximar da cama do moreno, quando Fred e Jorge prenderam os braços do mesmo impossibilitando que ele se mexesse.

- Pronto Gina, começo Jorge. Pode cumprimentá-lo sem medo agora, terminou Fred.

- Fred, Jorge, se vocês não soltarem o Harry agora mesmo, eu juro que vocês vão sentir o quão poderosas são minhas azarações! Gina estava muito vermelha, mas não era de vergonha, era de raiva.

Quando Gina terminou de falar, Fred e Jorge começaram a se encaminhar lentamente para a porta, não tirando os olhos de Gina.

- Bem Fred, acho que está na hora de irmos, você não acha?

- Com certeza meu caro Jorge. Eu prefiro mil vezes enfrentar o Roniquito a Gininha.

Bem, sabemos quando nossa vida está em perigo, por isso, até mais.

E dizendo isso, saíram deixando Gina e Rony vermelhos de raiva. Enquanto isso acontecia, Hermione conversava discretamente com Harry, para não chamar a atenção de ninguém no quarto.

- A Gina nos fez perguntas ontem sabia? Ela acha que tem alguma coisa além da guerra que impede você de ficar com ela. Acho melhor você contar a verdade para ela.

Assim que Harry abriu a boca para falar alguma coisa à amiga, foi interrompido por uma voz grave:

- Bem jovem Harry. Parece que hoje você está bem melhor, não é mesmo? Pois bem, acho que não lhe fará mal responder algumas perguntas, não é mesmo?

Todos na sala ficaram olhando para o ministro. Todos sabiam que ele viera exatamente para aquilo, mas não esperavam que ele começasse tão cedo. Não deixara nem o garoto ser cumprimentado por sua filha. Era uma falta de respeito por alguém enfermo, ainda mais sendo seu oitavo filho, não, ela não deixaria que isso continuasse:

- Bem senhor ministro, na verdade, acho que não está certo alguém que ainda não recebeu alta ser interrogado em plena cama de hospital, disse a senhora Weasley, com uma voz fria.

- Bem Molly, pelo que eu pude constatar conversando com o medibruxo, Harry está bem melhor! Só não recebeu alta ainda pois sua recuperação deu-se muito rápida e os curandeiros querem avaliá-lo para terem certeza que não terá nenhuma seqüela ou nada parecido.

- Mesmo assim ministro, o Harry ainda está de cama e não deve ser submetido a um interrogatório. Ele teve que enfrentar muitos comensais e é um milagre que ainda esteja vivo. Como o senhor ainda ousa perturbá-lo? O senhor deveria estar investigando como e os comensais conseguiram invadir a casa de Harry. A essas alturas, a senhora Weasley já estava muito vermelha, e sua voz se elevara a um nível bem alto.

- Bem Molly, eu sou o ministro. Eu tomo as decisões por aqui; eu decido o que deve ser, e o que não deve ser feito. E o que deve ser feito agora, é o interrogatório do senhor Potter. O ministro já não estava calmo; muito pelo contrário; seu rosto estava púrpura e sua voz parecia mais um rugido.

Quando a senhora Weasley abriu a boca para retrucar, foi ouvida a voz de Harry:

- Não se preocupe senhora Weasley, não tem problema eu responder as perguntas do ministro sobre o ataque à casa dos meus tios; eu não tenho nada a esconder.

A matriarca da família ainda tentou falar alguma coisa, impedir que o interrogatório começasse, mas quando ia falar alguma coisa, foi interrompida pelo ministro.

- Muito bem Harry; se não se importa então, gostaria de saber quem foi que invadiu a sua casa.

- Bem ministro, eu não sei muito, afinal eu desmaiei, efeito de um feitiço, mas os comensais que pude reconhecer foram Belatriz Lestrange, Fenrir Grayback, e Goyle; esses foram os que eu reconheci. Mas ainda pude ouvir ela falando os nomes dos outros: Aleco, Amico e Crabe.

- Muito bem, e como eles inadiram a sua casa?

- Presumo eu que foi pela porta da frente oras! Disse Harry de um modo sarcático, como se fosse óbvio.

- Não é disso que estou falando Potter. Todos sabemos que não seria possível te atacarem dentro da sua casa. Como eles conseguiram isso?

- E por que o senhor acha que eu tenho resposta a essa pergunta ministro?

O ministro ficou meio desconcertado com a resposta. Estava tão ávido por respostas, que não estava fazendo as perguntas certas.

- Certo Potter; e por que então o senhor não enviou uma coruja ao ministério? Temos aurores de plantão para caso de emergências como esse.

- Bem senhor ministro, perdi minha fé no ministério já faz algum tempo. Para falar a verdade, desde que zombaram do professor Dumbledore no meu quinto ano. Muitas coisas poderiam ter sido evitadas se ele tivesse sido levado mais a sério desde o início.

Harry, ao contrário do que muitos esperavam, estava bastante calmo com o que estava acontecendo. Sabia que o ministro viria lhe fazer perguntas; no começo, pensara em ser agressivo, ou fazer qualquer coisa para evitar aquele momento, mas uma visita que recebera durante a noite havia o mudado de opinião.

- Certo, então você chamou alguns amigos seus que são cohecidos como “Ordem da Fênix”, não é verdade?

- Pra falar a verdade não sei do que está falando senhor ministro; no dia em questão eu havia pedido para o professor Lupin ir me visitar e ele disse que viria de noite, porém, traria alguns amigos. Mas como disse anteriormente, eu desmaiei, por isso não posso dizer se ele realmente os levou. Pra falar a verdade, eu ainda nem sei o que aconteceu após o meu desmaio. Só sei que acordei aqui no St. Mungus.

Nessa última pergunta, Hermione achou que Harry ficaria sem ter como se safar, mas ele se saiu muito bem! Ela não estava acreditando, mas Harry estava se livrando muito bem das perguntas do ministro, não lhe dando nenhuma resposta concreta, a não ser os nomes que o mesmo já sabia.

- Então você não sabe o que aconteceu na sua casa? Não sabe como foi resgatado? Você tem a cara de pau de me dizer que não sabe nada?

Rufus Scrinmgour já estava muito irritado; não conseguira nada do Potter, a não ser os nomes de alguns prisioneiros que ele tinha em seu poder. Achou que o garoto sabia de algo, alguma coisa que o ajudasse a mostrar a comunidade bruxa que ele estava fazendo alguma coisa. Mas o maldito moleque não deixava escapar nada; era como se ele já soubesse as perguntas que seriam feitas a ele e tivesse pensado nas respostas o noite toda. Potter não entregava nada, e para não ser rotulado como alguém que não estava querendo colaborar, revelou os nomes dos comensais presos. Graças a isso, o ministro não poderia levá-lo a interrogatório sob a prerrogativa de que ele tinha informações que não queria fornecer. Mas ele não ia deixar assim, ele iria tirar alguma coisa dele, afinal, ele não era o ministro à toa.

- Não senhor ministro. Tudo o que eu sabia, e que o senhor perguntou eu disse com a mais sincera verdade. Tem mais alguma coisa que o senhor gostaria de me perguntar? Harry sabia que por enquanto tudo estava indo bem, mas sabia também que o ministro não era burro; mais cedo ou mais tarde, ele faria uma pergunta certa, e Harry não saberia o que falar.

- Claro que tem senhor Potter. O que o senhor foi fazer com Dumbledore longe dos terrenos de Hogwarts no dia em que o castelo foi atacado?

Pronto. Agora a coisa ia feder. Harry sabia que uma hora ou outra seria encurralado, mas não pensava que as perguntas chegariam a esse assunto. Achou que o ministro se contentaria apenas com o ataque a casa de seus tios. Ele já tinha dito ao ministro que era um assunto dele e de Dumbledore, mas sabia que não o ministro não iria ficar sem uma resposta concreta por muito tempo.

- Bem senhor ministro eu já dis...

- Não me diga que era um assunto seu e de Dumbledore garoto! Os assuntos podem estar relacionados, por isso pode ser vital para a investigação; agora, me fale tudo ou eu o levarei sob custódia.

As pessoas na sala não estavam acreditando no que estavam ouvindo. O ministro realmente estava pesando em prender o Harry. Mas eles não poderiam deixar. Quando a senhora Weasley ia falar alguma coisa, alguém entrou no quarto falando:

- Não acho que seria muito legal de sua parte ministro. Sabe, não cabe ao Harry falar sobre a sua vida particular, e sim, ao ministério averiguar o por que que depois de mais de vinte minutos que foi detectada atividades mágicas na rua dos Alfeneiros, é que os aurores chegaram ao local.

Rufus já não estava com paciência, e quando ouviu aquela voz que lhe atrapalhara na noite anterior, sua paciência esgotou.

- Sabe Paolo, não sei quem você é, não sei o que você tem a ver com o garoto, e isto me deixa muitas dúvidas. Procurei por informações a seu respeito, e não encontrei nada, a não ser a data de seu nascimento; nem o nome de seus pai eu sei. Então, se você não quiser se encrencar, é melhor deixar eu fazer o meu trabalho.

- Nossa ministro quanta hostilidade. Não precisa tanto não é mesmo? Se queria saber alguma coisa sobre mim, era só ter perguntado. E, como resposta para uma de suas perguntas, eu sou o guardião do garoto, portanto, posso me intrometer em todos os assuntos que lhe dizem respeito até a maioridade dele, e como isso ainda falta algumas semanas, acho que o senhor deve se dirigir a mim, e não ao Harry.

Todos na sala ficaram espantados. Afinal, não era segredo nenhum que para ser guardião de uma “criança”, a pessoas teria que ser da família, e isso era impossível.

- Guardião? Para mim está mais para mentiroso, senhor Chavarette. Não lembro de ouvir “Potter” como um de seus sobrenomes, portanto, não tem como o senhor ser guardião do garoto.

- Ora, como fui me esquecer de uma coisa dessas? Desculpa ministro, mas aqui está o documento que prova que sou guardião de Harry, e portanto, ele está livre de seu interrogatório.

O ministro pegou o pergaminho da mão de Paolo e começou a ler. A medida que ele ia lendo, seus olhos se abriam mais, mostrando toda a sua incredulidade. Não podia ser verdade o que estava escrito ali. Harry Potter, um... mas como? Não poderia ser verdade, afinal, uma informação dessas não poderia ter sido ocultada por tanto tempo.

- Este documento é falso, disse o ministro. Ele tinha que ganhar tempo; não podia deixar a oportunidade de interrogar o Potter passar, afinal, ele estava muito perto.

- Você sabe que não é ministro, pode ver o selo oficial. E não se esqueça, que assim que me devolver o documento, você não se lembrará do que estava escrito, apenas saberá que as informações são corretas e eu não estou mentindo, por isso, não adianta sair daqui para averiguar.

Neste momento, Paolo já não estava mais com seu jeito brincalhão; assumira uma postura séria e feroz, capaz de intimidar qualquer um. Fora obrigado a “abrir o leque” muito cedo, e não estava gostando da atitude do ministro. Não deixaria que ele levasse Harry para interrogatório.

- Muito bem então o garoto está livre do interrogatório, mas quanto a você...

- Eu também estou livre ministro, não se esqueça do que acabou de ler. Agora, por favor, me devolva o documento e se retire do quarto. O garoto precisa fazer alguns exames ainda, caso queira receber alta amanhã.

- Oras seu...

- Ministro, por favor, o documento. Não gostaria de apelar para prerrogativas.

Todos na sala estavam calados apenas assistindo a cena. É óbvio que nenhum estava entendendo nada, mas fosse o que fosse, era algo muito grande. Em um momento o ministro estava quase levando Harry sob custódio, e no outro, estava recebendo ordens de um estranho. Hermione ainda tentou ver o que estava escrito no documento, mas o máximo que conseguiu ver, foi parte de um desenho.

- Accio pergaminho. Obrigado ministro, por devolver o documento, agora, se puder nos deixar em paz... Paolo tinha visto Hermione tentar ver o documento e por isso fora forçado a ser um tanto rude, quanto a pegar o pergaminho de volta.

O ministro deixou o quarto com uma cara assassina para Paolo. Após a saída do ministro, todos ficaram quietos tentando entender o que tinha acontecido ali. Para quebrar um pouco a tensão, Paolo resolveu falar:

- Sabe senhorita Granger, sei que sua sede de conhecimento é alta, mas ainda não está na hora de respostas para certas perguntas.

Hermione ficou muito vermelha. Achou que ninguém tinha notado sua tentativa de ler o que estava escrito, mas pelo visto, havia falhado.

- Como assim, não é hora para respostas? Você aparece, diz que é guardião de Harry, despacha o ministro na cara dura, e ainda por cima diz que não é hora de respostas? Afinal quem é você e o que você tem a ver com o Harry? Disse Gina de um modo protetor, semelhante ao da senhora Weasley.

- Bem senhorita Weasley, é como eu disse, eu sou guardião de Harry, logo, como vocês sabem , eu sou seu parente, mesmo que muito, muito distante. Quanto a despachar o ministro, faz parte de ser acobertado pela “embaixada”; como eu disse ontem, eu vim da Itália, e por isso, estou sob proteção diplomática.

- Mas ainda assim não explica como pode ser parente de Harry; todos sabemos que... bem... Harry é criado pelos seus tios trouxas. A senhora Weasley não queria ter tocado naquele assunto; quase dissera que Harry não tinha nenhum parente vivo.

- Bem, senhora Weasley, é como eu disse, sou um parente muito distante de Harry. A senhora sabe que entre famílias sangue puro a ligação de sangue, mesmo que distante, não é uma coisa rara. Afinal, vocês mesmos, Weasley’s, se fosse possível traçar a árvore genealógica de sua família, junto com a família Potter, com certeza encontraríamos traços de parentesco. Portanto, como Tiago era sangue-puro meu parentesco com Harry não é difícil de ser aceito, mesmo que muitas gerações nos separem.

- Isso realmente é possível? Perguntou Rony, de uma forma curiosa.

- Claro que sim. Eu mesmo tinha um primo distante que era primo de sua mãe e de seu pai. Se as famílias sangue-puro deixarem seus filhos se casarem apenas com sangue-puro, a escolha fica muito reduzida, gerando um parentesco entre muitas famílias diferentes.

- Mas mesmo assim, o que nos prova que você é realmente parente de Harry? É como você disse, nós também podemos ser, então papai poderia ser o guardião de Harry. Gina ainda não estava certa se aquela história era verdadeira. Ta certo que conhecia sobre essa lei de “guardião”, mas mesmo assim, não sabia nada sobre aquele estranho.

- Bem, só que no caso, eu sou o parente mais próximo de Harry, além de ter o documento onde mostra minha ligação com o Harry. Além do mais, não precisa desconfiar de mim ruiva, seu pai sabe que sou de confiança.

Gina olhou para seu pai, como se esperando uma confirmação de que o que Paolo estava dizendo era verdade.

- Sim minha filha, isto é verdade. Paolo veio até nós alguns dias antes do ataque a Harry. Ele trouxe documentos e checamos sobre ele. Ele é de confiança.

- Bem, já que tudo foi explicado, acho que já posso voltar para meu quarto. Não sou tão jovem quanto o senhor Potter ai, portanto, ainda vou demorar algum tempo antes de me recuperar totalmente. Tenham uma boa tarde.

Enquanto estava se dirigindo a saída, pode perceber que Harry iria falar alguma coisa, mas antes que o garoto dissesse qualquer coisa, ele disse sem se virar: Não se preocupe; quando eu sair, nós conversaremos. E, dizendo isso fechou a porta do quarto.
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Bem pessoal, espero que tenham gostado do capítulo. Sabe, sei que não tem batalhas, mas algumas perguntas já foram colocadas na cabeça de vocês, não é mesmo?... hsuahsuauhsa
Comentem e digam o que estão achando da Fic!
Pessoal, estou pensando em fazer algumas alterações na fic, entre uma destas, é a mudança do título. Ainda não sei ao certo, mas caso eu mude, aviso antes.

Beijos e abraços!

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