Encontros



Emily saiu correndo da torre, deixando Charlotte sem entender nada. Ela ainda não conseguia acreditar no que havia lido. Charlotte, ela era herdeira de Voldemort... Então havia acontecido, mas como? No segundo ano havia mesmo acontecido.... Foi Lúcio Malfoy. "Agora me lembro.... Ele disse que me levaria a Voldemort.... daí Charlotte chegou. E Harry apareceu? Acho que eu já havia desmaiado... mas...?..."
O pensamento de Emily foi cortado pelo retrato da Mulher Gorda. Ela estava tão pensativa que nem reparou por onde andava, indo automaticamente para a sua sala comunal.

_ Vai entrar ou não?
_ Oh, desculpe! Pinkypunks.

O retrato abriu-se e apareceu a Sala Comunal da Grifinória. Todos estavam conversando e brincando. Emily foi subindo as escadas, e pensando no que lhe havia ocorrido. Quando estava quase chegando em seu dormitório sentiu um puxão em seu braço. Era Harry.



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"O que aconteceu? Draco deve ter dito alguma coisa a ela...!"

Charlotte estava voltando para a sala comunal. Não conseguiu mais falar com Emily, e ela também não desceu para jantar. Algo muito sério tinha acontecido. "Draco não é flor que se cheire! Ele simplesmente não iria andar poraí babando por uma garota, e ainda da odiada Grifinória. Tem alguma coisa por trás disso tudo!" . Ela estava distraída com seus pensamentos quando, em uma esquina do corredor, deu um encontrão com alguém.

_ Será que vai ser sempre assim? Em todo o santo lugar eu tenho que esbarrar com você? _ Draco se levantou e estava seguindo novamente seu caminho furioso da vida quando Charlotte entrou na frente dele:

_ Espere Malfoy!

_ O que quer agora?

_ O que realmente você quer com a Emily?

_ De novo! Eu já te falei tudo hoje de tarde! Pra falar a verdade, nem sei porque falei justo pra você! Agora dá licença!

_ Toda. _ disse Charlotte abrindo passagem.

Draco seguiu resmungando algumas palavras como "Doida" e "devia ter ido para a Lufa-lufa", mas ela não deu muita importância para isso. O que mais lhe chamou a atenção foi a atitude dele. Será que Draco estava mesmo tentando se aproximar de Emily a pedido do pai? Ela tinha que descobrir isso, e logo.


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Harry estava muito feliz. Emily voltou a falar com ele. Além do mais ele conseguiu falar para ela que sentia que algo os unia, de alguma forma ele sentia algo por ela. "Eu consegui!" pensava Harry maravilhado.

De repente o quadro da Mulher Gorda se abriu e ele viu Emily, muito pálida, nem um pouco parecida com a Emily sorridente que conhecia e que vira a tarde. Ela foi subindo as escadas e Harry foi atrás dela. Puxou ela pelo braços e ela o olhou. Estava chorando.


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Emily soltou seu braço e limpou suas lágrimas.

_ Emily, está chorando...

_ Harry me deixe por.... _ disse ela entrando no dormitório.

_ Não vou deixar você assim desse jeito. _ Ele entrou também olhando se não tinha mais ninguém lá dentro _ Venha sente-se aqui vamos conversar.

Emily desmoronou em cima e uma cadeira em quanto Harry permaneceu de pé.
_ O que está acontecendo Emily?

_ Me desculpe Harry, eu não sabia, desculpe, eu.... _ Ela olhou para o chão _ ... Charlotte, é que....

Harry olhou Emily com uma cara assustada:

_ Emily, você me pediu desculpas hoje a tarde e conversamos muito.

_ Eu fiz isso.... quer dizer ...Claro! Claro, mas quero pedir desculpas. Eu.... não te escutei. Meu pensamento estava longe.

_ Você não se lembra de nada?

_ Háááá.. Não! _ vendo a cara de espanto de Harry ela complementou soluçando _ me desculpe! Eu não queria...

_ Tudo bem. _ Disse ele em um suspiro.

_ Ficou desapontado? _ Perguntou ela fungando e parando de chorar _ Eu sabia que iria se chatear. Desculpe.

_ Não, é... tudo bem....

_ Harry eu queria te dizer uma coisa.... você jura que não conta para ninguém?

_ Claro.

_ Sabe por que não te escutei a tarde inteira?

_ Por que?

Ela abriu a boca, mas não saiu som algum. Ela pensou por um momento e depois disse:

_ Olha, não me pergunte porque fiz isso! Foi por uma causa justa! Eu não sei o porque que Charlotte aceitou, mas...

_ Charlotte?

Emily começou a soluçar de novo, mas não parou de falar.

_ Nós... fizemos a poção Polissuco e..... acho que você entende né...

_ Vocês tomaram a poção? Eu não acredito!! Eu falei aquilo para Charlotte?!!

_ Bem. Não sei o quê você disse, mas... sim! A propósito, o quê você disse prá ela?

Harry corou e quando Emily ia repetir a pergunta, Fred chegou.

_ O que está acontecendo?

Emily falou um "Nada" e se retirou, deixando Harry e Fred sem saber o que fazer.
Ela se trancou em um banheiro. Daqui a pouco tinha aula, e o pior: com a Sonserina. Teria que ver a herdeira de Voldemort, a espiã: Charlotte.



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Harry viu Emily sair e fez menção de sair quando Fred o segurou.

_ O que vocês estavam conversando?

_ Nada Fred. É que a ... mãe! É, a mãe dela está doente, daí ela estava chorando e eu vim consolá-la....

_ Nada disso, quero a verdade.

_ Eu já disse Fred.

_ Harry não minta para mim.

_ Não estou mentindo. _ respondeu Harry impaciente e saiu do dormitório.

Harry desceu as escadas e foi ao encontro de Hermione e Rony. Ele tinha prometido a Emily. E iria cumprir. Não iria desapontá-la.


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Emily foi para sua aula predileta: DCAT. O professor Lupin era mesmo muito querido. Sabia dar aulas como ninguém. Charlotte sentou atrás de Emily e tentava toda hora falar com ela. Quando acabou a aula, olhou em seu horário viu que tinha aula de Adivinhação com a professora Sibila. "Aquela mulher é caduca!" pensava Emily. Toda vez que ela entrava na sala, Sibila não tirava os olhos dela. Assim que Emily se sentou, viu Cho Chang, sozinha. Ela segui para aquela mesinha perguntou a colega:

_ Posso me sentar?

Cho a olhou:

_ Sente-se.

Depois de Emily se sentar, Cho ficou encarando ela.

_ Você anda com o Potter, não?

_ Vamos dizer que sim. Por que?

_ É... é que eu...bem...

_ Está a fim dele?

Cho corou.

_ É que... ele foi tão bom comigo depois que Cedrico..._ ela não conseguiu acabar de falar.

_ Bom, quer me pedir ajuda? Posso tentar.

_ Obrigada. _ Ela ficou quieta um pouquinho _ Sempre vejo você com uma loirinha cadê ela?

_ Ela é da Sonserina. Se chama Charlotte.

_ Humm. Já ouvi falar dela. Dizem que ela e Draco não podem se ver pela frente! Ela é legal?

Emily olhou-a assustada e disse:

_ É..... é bem... legal. _respondeu com um sorrizinho amarelo. Nessa hora Sibila falou das sombras.

_ Bom dia meus queridos alunos. Hoje vamos rever Quiromancia. Vamos ver a página 365 do livro.

Ouviu-se um barulho de folhas e então a professora começou.

_ Bem não vou explicar novamente a matéria. Mas preciso que vocês a revisem para prosseguirmos com a matéria. Vou dar um exemplo. _ Ela percorreu os olhos pela sala e chamou _ Hailey, por favor venha até aqui querida.

Emily sentiu um friozinho correr sua espinha quando se levantou foi até a mesa da professora.

_ Dê-me sua mão. Muito bem. Humm, vejo um amor em breve, um grande amor, e oh meu Deus!! Os segredos relacionados com seu passado vão aparecer. Nossa, sua linha da vida é curtíssima, mas a do amor é muito grande... Aqui diz que você tem uma amizade muito forte com alguém e essa amizade pode... não consigo entender... Muito bem querida vá e sente-se.

Todos olharam para Emily enquanto ela seguia até sua mesa, e sentou-se ao lado de Cho Chang:

_ Emily, quem será esse seu grande amor?

Emily a olhou e balançou os ombros como se dissesse "Não faço idéia...." , mas na verdade ela sabia quem era: Era Draco Malfoy.



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Charlotte encontrou Rony no caminho, perguntou por Emily e ele lhe falou que ela estava na biblioteca "Biblioteca?" . Ao entrar de primeira vista não a viu. Ela andou por entre as estantes e viu o vulto de alguém. Era Emily... com Draco?!!! Agora ela tinha certeza de que ele estava planejando alguma coisa.


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Depois da aula com a Sibila, Emily se animou um pouco. Tinha grandes expectativas agora e achava melhor falar logo com Draco. Nesses cinco anos confiou em Charlotte, até Catherine ficou em segundo plano, mas agora as coisas iriam mudar muito. Decidiu não contar nada por enquanto, mas quando ela visse as coisas tomarem um rumo perigoso para Harry, não iria pensar duas vezes em denunciar a espiã.

Ela foi até a biblioteca. Era raro ela aparecer por lá sem motivo, mas ela queria distância de tudo por agora. Estava pensando em mil coisas ao mesmo tempo. Seus sonhos eram marcas do passado que estava vindo a tona agora, mas ela não conseguia ligar peça com peça.

Estava tão distraída fingindo que lia um livro sobre vampiros, que tomou um susto quando uma mão tocou o seu ombro.

_ Emily!

_ Ah, oi Draco!. _ Ela abriu um sorriso.

_ Eu quero falar com você.

_ Pode falar!

_ É que não dá pra ser aqui.

_ Por quê?

_ Vem comigo! _ Ele a puxou pela mão.

_ Pra onde?

Ele a levou para trás de uma das estantes aonde ninguém poderia vê-los.
_ Emily... eu... _ ele tomou impulso e a beijou.

Ela que foi apanhada de surpresa não precisava dizer nada. Só sentir. Emily sentia que tudo estava iluminado. Que tudo estava bem. Sentiu-se segura e o principal... Feliz. Olhou para Draco, e ele retribuiu. Ficaram se olhando por bem uns cinco minutos. O tempo não passava perto deles. Ela o amava e sentia que ele também a amava. O silêncio foi cortado por Charlotte.

_ Emily... Emily... EMILY!!!

_ Anh, que? _ ela olhou confusa para os lados, e viu a cara de Charlotte falando por entre os livros.

_ Eu preciso falar com você imediatamente.

_ Sobre o quê? _ perguntou Emily fechando a cara.

_ Você sabe do que.

_ Tudo bem. _ disse ela num suspiro de contrariação. Emily olhou para Draco e ele entendeu. Depois ele olhou para Charlotte que o fuzilava com os olhos. E quanto Emily dava a volta, ele ouviu Charlotte sibilar para ele:

_ Você ainda vai ter que me explicar isso direitinho! _ Deu a volta e seguiu com Emily.
Draco ficou em tempo ainda olhando as duas se afastarem:

_ Não... _ resmungou ele rindo _ você é quem vai ter que me explicar tudo direitinho sua estraga festa!



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Emily estremeceu. Por um momento tinha esquecido tudo o que tinha acontecido naqueles últimos dias. Mas, andando com Charlotte pelo corredor, lembrou-se das palavras escritas naquele diário. Lembrou-se do que ela era. Ela era a espiã . A herdeira de Voldemort..

_ Emily, o que você fez? Pelo jeito conseguiu o que queria.

_ Sim... eu... con... segui _ nisso Emily lembrou-se _ O quê Harry disse para você... ele ficou tão desapontado quando disse que eu não lembrava!

_ É, bem, ele disse que... _ respondeu ela embaraçada _...que ... queria mostrar o álbum da família dele.

_ Só isso?

_ É só isso.

Emily percebeu que Charlotte escondia algo. Como antes. Se não fosse a poção. Quem sabe nunca teria descoberto quem ela era! Mas agora não iria falar para ela. Ela lhe aplicaria novamente o feitiço do esquecimento. Não podia estragar tudo. Não agora, que podia salvar-se e salvar Harry das garras dela.

_ Charlotte, esses dias sonhei com o pai de Draco Malfoy. Estranho né, nem conheço ele!

Emily percebeu a mudança do rosto de Charlotte. Ela estava entrando em pânico. "Então era verdade!!!" pensou ela.

_ Acho que é por que você está muito iludida com o Malfoy Júnior! _ respondeu ironicamente Charlotte.

_ Agora, _ disse Emily corando e sorrindo _ mas não antes.

Emily sentiu uma dor em sua cicatriz. Não, não agora que estava para descobrir a verdade.

_ Porque resolveu contar agora sobre este sonho?

_ Só estou dizendo o que aconteceu comigo, você é minha melhor amiga!

Ela pensou: "Era! Você era minha melhor amiga..."

_ Emily, sei que está feliz, mas..._ Charlotte parou olhando estranhamente para ela _ .... Emily o que houve?

_ Não sei, minha cicatriz, não para de doer.

_ Vamos para a enfermaria.

_ Chega de enfermaria! Eu já cansei de enfermaria.

Emily ia saindo quando ela ouviu uma voz.

_ Aonde vocês vão?

Era Harry.

_ Harry, me ajude. _ Ela se escorou na parede mas não ouviu resposta. Com muita dificuldade ela abriu os olhos e viu Harry branco como um lençol olhando para Charlotte. A dor a cegou e ela caiu no chão. Logo em seguida ouviu um banque surdo que indicava que Harry tinha caído no chão também.

Ela ouviu Charlotte se afastar ofegante como se estivesse assustada e...

_ Srta. Ollest?

Agora Charlotte saiu correndo. Emily a ouviu alguma coisa caindo e em seguida a dor passou. Ela olhou em volta e viu o professor Lupin ajuntando alguma coisa no chão.

_ Professor?

_ Emily você está bem?

_ Harry?

_ Eu... estou bem Emily _ respondeu Emily levantando

_ Professor! A Charlotte, professor, ela me congelou eu não consegui fazer nada e... e minha cicatriz começou a doer e... _ Harry olhou em volta _ ... parecia que Voldemort estava por aqui!

_ Bom _ Lupin estava concentrado olhando para o quê encontrou no chão _ talvez não diretamente ele...

_ O quê o senhor quer dizer com isso?

_ Eu não sei ainda Harry mas assim que eu tiver uma pista eu juro que você será o primeiro a saber! Agora, Emily você e Charlotte faltaram a aula de poções, Snape está atrás de vocês... É melhor se esconderem.

Ele continuo o corredor com Harry atrás dele. Emily ficou para revisando mentalmente as palavras de Lupin. Harry tinha sentido a presença de Voldemort... Será que ela deveria contar para Lupin o que sabia?



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A noite Charlotte estava na sala comunal da Sonserina em uma daquelas poltronas compridas que não tem como se ajeitar nelas (mas fazer o quê? Sentar no chão frio?), olhando fixamente para as chamas da lareira quando ouviu alguém a chamando:

_ Srta. Ollest! _ Era Snape a chamando. _ Posso saber porque não apareceu na minha aula hoje?

_ Desculpe professor, mas eu tive que resolver um probleminha, prometo que nunca mais faço isso!

_ Bom, como você é uma aluna aplicada não vou tirar pontos da Sonserina por causa disso. Ah! Mais uma coisa. O professor Lupin queria conversar com você, ele está aguardando na sala dos professores.

Charlotte saiu pela passagem e foi direto para a sala dos professores. Será que Emily tinha falado alguma coisa? Ela empurrou a porta e pediu licença para entrar. O professor Lupin estava sentado em um da grande mesa, olhando para alguma coisa em suas mãos.

_ Charlotte! Achava que você não iria vir mais.

_ É que o professor Snape não foi muito... direto com o recado.

_ Imagino. Mas isso não importa! Eu queria te mostrar isso _ ele ergueu o que estava olhando _ você reconhece?

_ É meu... eu ganhei de... de aniversário.

_ Você sabe o que significa esse M?

_ Na verdade não, não sei nem que me enviou isso.

_ Então... você não pode me ajudar. Pode voltar para a sua sala comunal.

_ Mas... professor pode me devolver?

Ele a olhou com interesse:

_ Por quê?

_Ora, porque é meu!... E também _ ela olhou para o lado _ mesmo eu não sabendo quem me deu isso, ela pediu para guardar. E se eu não tiver ele talvez nunca vou saber quem me mandou.

_ Bom, isso lhe pertence. Eu não iria ficar com ele de verdade. _ ele sorriu _ pode ir Charlotte!

Ela saiu e fechou a porta. Voltou para a sala da Sonserina aliviada. Afinal, Emily não tinha contado nada, ela podia confiar nela.



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Emily estava andando pelo seu dormitório. Estava muito escuro lá. Foi até a janela. Olhou e viu um vulto com um capuz correndo para a floresta proibida. O capuz escorregou e ela viu Charlotte. De repente a cena mudou e ela estava num corredor escuro e viu um senhor na sua frente. Ele se apresentou, era o pai de Draco. Ele aplicou Cruciatus nela. De repente viu Charlotte vindo em sua direção. Gritou "Expelliarmus" e tudo ficou escuro. Ela abriu os olhos e viu que já tinha amanhecido.
Quando estava descendo pelo corredor mais cedo do que de costume, meio sonhando meio olhando para onde ia, ouviu vozes a chamando. De repente percebeu. Era alguém a chamando. Olhou para trás e viu quem menos esperava: Draco Malfoy.

_ Oi Emily. Que bom que você acordou cedo, já estava pensando que não iria adiantar nada vir aqui.

_ Draco, e o que faz aqui?

_ Vim vê-la. Ou não posso?

_ Desculpe, só achei estranho aparecer por aqui.

_ Tudo bem, já me acostumei com isso. Como se sente?

_ Melhor, eu acho.

_ Você não parecia acordada, estava sonhando? Comigo né?

Emily riu:

_ Não... coisas sem sentido.

_ Mas não vamos falar em sonhos. Vamos falar da realidade, vamos falar de nós.

_ Nós?

_ Claro, nós, ou já se esqueceu que nos amamos e nascemos um para o outro?

_ Oh, é disso que está falando.

_ Como assim "é disso que está falando?"

_ Draco, por favor, vá direto ao assunto.

_ Ok, ok, taí é que... bem...bom...

_ Desembucha Draco! _ Falou ela impaciente.

_ Quer namorar comigo?

Emily corou.

_ Posso pensar?

O sorriso de Draco sumiu.

_ Por que pensar? Achei que já tinha se decidido ontem? Ou quem sabe é o "Potter" que está no meu caminho?

Emily riu novamente e deu-lhe um beijo rápido.

_ Não seja ciumento, é claro que aceito.

_ Ufa, já pensei que teria que bater no Potter. Não que eu não queria bater... mas, nunca mais faça isso. Um Malfoy nunca pode perder.

_ Tudo bem.

Draco olhou Emily durante alguns minutos e disse:

_ Pensei que não iria conseguir te falar.

_ Pois já falou. Agora não tem mais volta. Por que o medo?

_ É que um Malfoy nunca pode perder.

Uma frase veio em sua mente: "Vou te levar para Voldemort, para que ele me devolva o que me tirou..."

Emily não escutou Draco a chamar. "Era de Lúcio Malfoy..." pensou Emily. "Um Malfoy nunca pode perder, Voldemort tirou algo de Lúcio e ele está querendo me dar para o Voldemort, para que este o devolva... Oh meu Deus eu sou a missão que Charlotte disse, mas o que Harry tem a ver com isso?"

_ Emily, oh Emily está me escutando? EMILY!!!

_ Desculpe. Acho que dormi acordada.


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