A Poção Polissuco

A Poção Polissuco



Quando Emily desceu para a sala comunal na manhã seguinte, encontrou Harry, Rony e Hermione. Ia passando reto por eles, mas Harry a chamou:

_ Emily! _ Ela se virou e olhou para ele sem dizer nada _ M-me desculpe por ontem a noite... eu não queria...

_ É melhor você descer para o café! Não quero que a Grifinória perca pontos!

_ Mas...

Emily saiu pelo retrato da mulher gorda e, enquanto estava mancando furiosa para o salão principal, ouviu uma voz conhecida:

_ Hailey! Que bom te encontrar aqui!

_ Oi Malfoy!

_ Soube que se machucou. É verdade?

_ Bem, não foi bem um machucado, mas se for assim... olhe _ ela lhe mostrou o pé inchado. Tinha conseguido colocar o sapato antes de desce, mas nunca iria conseguir amarrar os cadarços com o pé daquele tamanho.

_ Madame Pomfrey não conseguiu curar um pé inchado? _ perguntou Draco indignado.
_ Não Draco é que... posso te chamar assim?

_ Você pode chamar do que quiser _ respondeu ele sorrindo, o que fez Emily corar.
_ Obrigada. _ Ela tentou dar uma passo para frente e tropeçou. Draco a ajudou a levantar. _ Será que você poderia...

_ Não precisa nem perguntar _ disse Draco em quanto passava a mão pela cintura dela. "Estou no céu!" pensou Emily.

_ Emily _ Draco agora a olhou novamente com seu olhar sarcástico de sempre _ Sabia que você é muito bonita para se misturar com gente como o Potter?

_ Eu não fico mais com o Potter, eu odeio ele agora!

_ Que bom! Agora somos dois!

_ Mas eu tenho um motivo, e você?

_ Hum... _ ele ficou pensativo por alguns instantes _ Acho que é de família! Meu pai nunca gostou de gente da laia dos Potter... também pode ser porque ele é da Grifinória...

_ Ei! Eu também sou da Grifinória!

O sorriso de Draco voltou:

_ Mas você não é o Potter! Mas vamos parar de falar nele, vamos falar de você.

_ Isso! Muito melhor!

Nesse momento Fred e Jorge apareceram no fim do corredor.

_ Ora, Ora! Os necessitados chegaram _ Draco não escondeu o tom de desapontamento na voz.

_ Draco! _ Disse Emily e depois se virou para os gêmeos _ Oi Fred, Jorge.

_ Emily não prefere uma ajuda melhor?! _ Perguntou Fred com cara de quem estava prestes a matar alguém. _ Não pegaria bem para uma Grifinóriana andar com alunos da Sonserina, ainda mais se esse aluno for o Malfoy!

_ Desculpe Fred, mas eu...

_ Tudo bem Emily _ Draco sussurrou no seu ouvido alto o bastante para os gêmeos ouvirem _ Depois a gente conversa!

Draco piscou para ela enquanto se dirigia para o salão principal.

_ Não gostamos dele! _ Disse Jorge ainda fuzilando Draco com os olhos. _ A família dele já fez muito mal para o nosso pai.

_ Tudo bem Jorge _ respondeu Emily sorrindo acompanhando Draco com os olhos até ele virar o corredor _ Mas eu gosto dele, e não quero que fiquem falando mal...

Ela foi enterrompida por Jorge que colocou a mão na testa dela enquanto Fred resmungava.

_ Acho que você tem que voltar para a ala hospitalar _ ele tirou a mão da testa dela _ Essa coisa te afetou até o cérebro!

_ Emily?!!! ... Não diga que você gosta dele?! _ perguntou Fred de repente, ficando branco.

_ Não! Bem.. eu gosto dele... mas como amigo Fred! _ ela estava com o rosto em chamas, mas respondeu depressa vendo a cara de fantasma do amigo _ Não vai cair o mundo por causa disso!

Fred deu um suspiro desconfiado e a ajudou até o salão principal.



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Depois do almoço, Harry procurou Emily por toda a parte, mas não a encontrou. Tentou se desculpar pela manhã, só que ela foi totalmente fria com ele, como das outras vezes. Viu ela sair e voltar depois de algumas horas rindo. Adorava o sorriso dela. Ela era linda. Não conseguia esconder sua felicidade ao vê-la. Estava pensando, quando sentiu uma mão no seu ombro:

_ Harry, viu a Gina?

_ Não Rony, por quê?

_ Ela desapareceu, _ disse ele sentando ao lado de Harry _ não a encontro em nenhum lugar.

_ Não, não a vi.

_ Você está bem? _ perguntou Rony se sentando ao seu lado.

_ Você sabe que não. _ ele respondeu com os olhos fixos na mesa.

_ Vou pedir para Hermione falar com ela, quem sabe...

_ Mione já falou com ela. Não adianta, ela me odeia e tudo por causa daquela Charlotte!... e pra piorar ela tá toda a hora com Draco.

_ Com o Draco?! Ela deve estar mesmo furiosa com você para fazer isso... Ah Harry, tadinho de voce!

_ Também não é pra sentir pena! E... Rony, a Gina tá ali no final da mesa.

_ Ah é, pois é né! _ Rony riu _ Foi só uma desculpa para começar uma conversa.



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Charlotte entrou no dormitório com um potinho de leite e olhou para o teto:

_ Vai descer ou não? _ Ela suspirou zangara e resmungou colocando o potinho no chão _ Não pode ficar a vida inteira ai em cima! _ ela pegou o diário apontou para ele._ Tá vendo? Ele não morde! Pode descer.

O alagatus se encolheu mais ainda.

_ Tudo bem! _ ela foi até sua cama e colocou o diário em baixo do travesseiro _ Eu não vou perder nada se você não quiser descer.

De repente a porta do quarto se escancarou:

_ Charlotte!

_ Draco?! _ ela o fuzilou com o olhar _O que você está fazendo aqui?

_ Emily _ ela deu um passo a frente _ Calma! Eu não fiz nada com ela. Ela tá lá em baixo, quer falar com você!

_ Na sala comunal?

_ Não besta! No corredor que leva para o salão principal. Ela tá esperando é melhor você andar logo! _ Ele olhou para o teto. _ Aquela coisa com assas já morreu?
_ Não! Aquela coisa com assas tem nome. Obliviate, tá?!

Draco se segurou para não rir.

_ Obliviate, sim! Agora saia da frente antes que eu te transforme em uma doninha branca como o Alastor fez.

_ Tente!

Charlotte pegou a varinha e colocou na testa de Draco que não saiu do lugar.

_ O que foi? Está com medo? _ perguntou ele sem se mover de olhos fixos na varinha.

_ Não. _ respondeu ela rindo e tirando a varinha da testa dele _ Accio Alagatus! _ ele desceu conformado (já estava ficando acostumado a ser pego desse jeito) _ Segura ele pra mim. _ Charlotte saiu deixando Draco segurando o bicho. _ Cuidado! Ele é arrisco!

_ Mas... _ Draco olhou para ele agora com os pêlos arriçados e mostrando os dentes afiados _ Calma... gatinho lindo... _ Draco andou devagarinho e o colocou na cama de Charlotte. _ Fica aí... _ o alagatus abriu as assas e deu um miado estridente. Draco deu um passo para trás, tropeçou no potinho de leite e caiu. _ Charlotte! _ disse ele se levantando e correndo para fora do quarto _ Espera só, eu vou trazer um dragãozinho para brincar com essa coisa!



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Emily pediu para Draco chamar Charlotte e, depois de um tempo, ela apareceu junto com ele:

_ Oi Emily! Vem vamos andar poraí _ ela olhou para Draco que desceu correndo as escadas _ Qualquer coisa que você tenha para me dizer não interessa aos outros.

_ Tudo bem. _ ela acenou para Draco e saiu com Charlotte.

Elas saíram do castelo e estavam andando pelas margens do lago. O dia estava um pouco úmido com as chuvas do outro dia, mas o Sol já estava se encarregando de secar tudo.

_ O que houve? _ pergunto Charlotte.

_ É que... aquele dia... eu não me lembro.

_ Certamente! Se aplicaram um feitiço em nós, como iríamos se lembrar?

_ É mesmo _ ela riu _ que idéia a minha. Mas não era isso que eu queria te perguntar, eu queria te pedir um favor.

_ Fala!

_ O que você acha do Draco?

_ Aquele nojentinho do quinto ano? Bem ele é... _ ela viu que Emily esperava uma resposta boa _ um amor de pessoa!

_ Tá, mas você pede uma coisa para o ele?

_ O quê?

_ É... _ Emily ficou vermelha _ pede se... Não, não pede! Descobre de quem ele gosta pra mim.

_ Eu Descobrir? _ O rosto de Charlotte se iluminou, e se ela não fosse tão séria podia ter um imenso sorriso ali _ Porque você mesma não descobre?

_ É que... é meio difícil né, Charlotte!

_ Não. Não se você fosse eu e eu fosse você!

_ Como?

_ Já ouviu falar em poção Polissuco?

_ Harry já me falou alguma coisa, mas...

_ É uma poção que faz você se tornar a pessoa que quiser.

_ Ah! _ Agora o rosto de Emily se iluminou em um sorriso _ Você faria isso por mim?
_ Claro, sou sua amiga não? Mas a poção demora alguns dias, e eu tenho que pegar alguns ingredientes com o Snape.

_ Você acha que o Snape vai te dar o s ingredientes?

_ Claro! Mas isso não deve ser revelado para ninguém!

_ Tá, então! Vamos!



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Um mês se passou e finalmente a poção ficou pronta. Emily não agüentava mais a espera. A raiva que sentia por Harry já tinha passado, mas ela não se rebaixava a conversar com ele. Queria que ele viesse pedir desculpas. Sua perna já tinha sarado a custo de muito tempo.

Depois do almoço de Sábado, Draco iria ter folga do treino de quadribol. Esse seria o momento perfeito para por o plano em pratica. Ele foi até uma torre afastada, na qual ela tinha combinado se encontrar com Charlotte. Ela já estava esperando com dois copos de poção.

_ Até que enfim!

_ É muita escada pra subir, sabia!

_ Escadas não são nada. Me de um fio do seu cabelo.

_ Pra quê?

_ Pra poção fazer efeito, né!

_Tudo bem _ ela arrancou um fio de seu cabelo e Charlotte fez o mesmo. Elas colocaram na poção que começou a borbulhar e ficaram com cores esquisitas. _ Credo! Isso não é toxico?

_ Não.

_ Você já experimentou antes?

_ Não.

_ Então...

_ Bebe logo!!!

Emily virou todo o copo de uma vez e sentiu seu estômago girar. Ela caiu no chão e por um momento ficou paralisada. Ela olhou para a sua mão e viu ela esbranquiçar e a cicatriz desaparecer. Quando o rodopio parou ela se levantou e viu ela mesma olhando séria para ela.

_ Você tá uma gracinha Charlotte!

_ O mesmo para você! Qual é a senha?

Depois da troca de senhas elas combinaram um outro lugar para se encontrarem daqui uma hora e desceram as escadas. Chegando no final da escadaria cada uma tomou um rumo. Emily percebeu que Charlotte andava meio cambaleando e se segurando nas paredes.



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"Cega, cega, cega!" pensava Charlotte enquanto procurava a entrada da Grifinória "Complemente cega! Como ela não percebe isso?" . Não parecia ser um efeito da poção, Emily precisava usar óculos. Charlotte só via uma imagem embaçada na sua frente.

Ela conseguiu chegar até o quadro da mulher gorda e disse a senha. Mas entrando lá dentro ficou perdida. Ela parecia vazia, não tinha nenhum movimento. "Que bom! Posso procurar a vontade que..."

_ Emily?

_ Harry! _ ela andou para a direção da voz. _ Ainda bem que eu te encontrei!

_ Você não está mais zangada comigo? Ei! _ Charlotte arrancou os óculos de Harry e os colocou.

_ Não melhorou cem por cento, mas está bem razoável!

_ Que idéia é essa? _ perguntou Harry agora forçando os olhos para poder enxergar direito.

_ É só por um tempinho Harry, eu já te devolvo.

_ Tá... Mas você ainda está zangado comigo?

_ Porque eu deveria estar zangada com você? _ perguntou ela olhando distraída em volta

_ Bem, você quase me matou aquela vez que eu acusei a Charlotte e depois disso nunca mais falou comigo!

_ É... _ Charlotte deu um sorrizinho forçado _ Mas... já faz tanto tempo né! Vamos esquecer o passado!

_ Sério mesmo?!

_ É! _ Disse ela balançando a cabeça positivamente.

_ Então já que você me desculpou eu queria te falar uma coisa. Senta aqui!
Eles se sentaram nas poltronas perto da lareira.

_ É que... Faz tempo que eu queria te dizer isso, mas...

_ Fala! _ Charlotte já estava ficando impaciente, se Harry não saísse ela não iria poder procurar nada.

_ É que... Emily _ ele pegou na mão dela _ acho que eu estou apaixonado por você!
Charlotte ficou vermelha e não sabia o que falar.

_ Eu não tinha coragem para contar, mas depois desse tempo todo que eu fiquei sem falar com você... Fred, Draco, se eu não tomasse coragem até Rony iria passar na minha frente. Olha, se você não gosta de mim pode falar, eu vou compreender.

Charlotte engoliu seco:

_ Eu... é... _ ela tirou a mão das mãos dele _ Acho que é melhor eu descer, o professor Snape vai me dar umas aulas de reforço e... tchau! _ ela foi em direção a porta _ Ah! _ Ela voltou e lhe entregou os óculos _ Até depois!

_ Mas... _ ele colocou os óculos de novo e viu uma Emily um tanto desajeitada correr até a passagem _ Snape...?...



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Emily abriu devagarinho a porta do dormitório de Charlotte, não tinha ninguém. Ela se sentou na cama de Charlotte e ficou olhando em volta. Não dava para comparar os dormitórios da Sonserina com os da Grifinória. "Tadinha dela, aqui deve ser o lugar mais frio do castelo no inverno!" . Ela parou o olhar no travesseiro de Charlotte. Tinha um calombo como se alguma coisa estivesse ali em baixo.

Ela esticou o braço para ver o que era. De repente alguma coisa pulou do teto em cima do travesseiro. O alagatus que ela tinha dado para Charlotte agora mostrava os dentes para ela.

_ O que foi? _ ela riu e afagou a cabeça dele _ Não me reconheceu? Você é mais esperto do que me disseram. Mas a Charlotte não vai ficar brava se eu ver o que tem ai.

Ele saiu de cima do travesseio e Emily o levantou. Tinha uma espécie de livro lá em baixo. Na hora em que ela o abriu o alagatus abriu suas enormes assas e voou para o teto novamente, se escondendo nas sombras deixando apenas seus olhos amarelos a vista.

_ Gato louco!

Ela virou uma página:

"Um ano foi suficiente para eu conhecer o castelo como a palma da minha mão. No meu segundo ano Harry Potter entrou para a escola. Eu já estava mais que preparada para tudo."

_ Que ridículo.

"A primeira etapa foi posta em prática, mas Quirrel era um desmiolado! Ele me chamou até a floresta para pedir informações. Eu descobri que estava bebendo sangue de unicórnio, e por uma distração ele me controlou com o medalhão. Sorte e azar para mim: Emily me salvou mas também ouviu de mais. Tive que aplicar o feitiço do esquecimento nela. Agora, talvez por causa disso, meu pai quer que eu apanhe ela também. No final, Quirrel inventou um história totalmente doida, e com seus truques de hologramas, fez Harry acreditar que era meu pai quem estava na cabeça dele. Bom, isso não faz sentido pra mim. Por fim Quirrel ficou tão maluco que se matou. Eu não gostava nada, nada dele mesmo!"

_ Hããn?!

Ela virou a página.

"Meu terceiro ano de Hogwarts. Sem querer eu acordei o basilisco, meu pai ficou doido da vida e me deu um dia para pensar em alguma coisa. Montei uma espécie de diário (nem comparar com esse, é claro) e Lúcio o deu para Gina. O plano seguiu um curso inesperado, mas totalmente certo. Meu pai ficou orgulhoso. A culpa do diário ficou com o Lúcio mesmo, mas fazer o quê? Se não fosse aquele elfo dele entender tudo errado, ele sairia ileso."

_ Basilisco! O que é isso?_ ela ria como se não estivesse acreditando em nada.

"Quarto ano. O imbecil do Pedro se deixou apanhar por Harry e seus amigos. Ele quase botou tudo a perder! Se eu não estivesse seguindo eles pelas sobras, certamente o teriam apanhado. Eu o escondi até o final das aulas. Sirius apareceu, isso não estava nos planos, mas agora tínhamos mais uma peça para encaixar no quebra cabeça. Estava ficando cada vez mais interessante!"

_ Espera aí... _ ela virou outra folha.

"Quinto ano. Esse foi o mais legal de todos! Meu pai estava entediado. E falou que não queria esperar mais um ano. Fez um teatrinho no final do campeonato tribruxo, e todo o pessoal de Hogwarts achou que estávamos entrando em guerra. Causou uma tremenda confusão, o que acabou por dividir o mundo bruxo em dois. Isso não durou muito! Mas Dumbledore ainda está acreditando que ele vai voltar."

_ Mas...

"Esse ano, ele falou que vai aparecer. Se tudo correr bem quem sabe ele desista e deixe para o último ano de Harry. Ele poderia simplesmente me tirar a chance de receber um diploma, será que ele pensou nisso?

Ele deu um prazo de dois meses para eu acabar de descobrir os pontos fracos dos feitiços protetores de Hogwarts. Lúcio não agüentou (acho que ele endoidou! Também, desde que eu me conheço por gente ele trabalhou para nós) . Bom, Emily (de novo) foi a vítima. E quase que Harry estraga tudo. Tive uma trabalheira para aplicar o feitiço de esquecimento neles e fugir das perguntas de Dumbledore. Ele definitivamente não vai com a minha cara."

_ Não... não pode... como?

Ela virou algumas folhas e leu alguns trecho em meio as anotações da amiga:

" Meu nome? Charlotte... Ollest. Sobrenome falso, é claro! Não tenho permissão para revelar outras informações. Mas quem irá me impedir?!..."

"...Tenho uma missão. Fui treinada desde o dia em que nasci para realiza-la..."

"...Feliz?! Não conheço essa palavra!..."

"...Tudo o que aprendo ao máximo, posso usar um dia para ser alguém. Foi a primeira lição que me ensinaram. é o que ele sempre me lembra... Cada ano, cada dia, a cada minuto..."

"...Simples! A herdeira do Lord das trevas não poderia ser de outro jeito!"

Ela jogou o diário na parede e saiu correndo do quarto. O alagatus desceu, ajuntou o diário e o escondeu em baixo do travesseiro novamente.

Emily desceu as escadas que levavam aos dormitórios da Sonserina correndo. Não via nada na sua frente, até que trombou com alguém.

_ Quando vai perder essa mania de não olhar por onde anda Charlotte?!

_ Draco?

_ Quem mais podia ser?

_ Eu queria mesmo conversar com você.

_ Ora, ora! Quem diria! Conversar? Você tá passando bem?

_ Ah, cala a boca e me escuta. O que você acha da Emily?

_ Lá vem você com essa história de novo de que meu pai mandou eu vigiar ela. Da onde você tirar essas histórias?

_ Não é isso. Só me diz o que acha dela!

_ Linda, maravilhosa, divina! Satisfeita?

_ Valeu! Tchau! _ Ela saiu correndo de novo.

_ Ei... Pelo menos olha por onde anda agora!



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Emily chegou ao lugar aonde tinham combinado. Ela sentou no chão e esperou Charlotte voltar. "E agora o que eu faço? Se eu fazer perguntas... não! Ela pode... é melhor eu fingir que não vi nada..." Ela abaixou a cabeça e olhou fixamente para o chão.

_ Emily? _ Charlotte vinha se apoiando nas paredes _ Você tá aí?

_ Aqui! _ Quando ela levantou a cabeça, ela não viu a Charlotte-Emily, mas sim a Charlotte-Charlotte. Estava tão pensativa que nem notou que tinha acabado o efeito da poção.

_ Ainda bem! _ Disse Charlotte esfregando os olhos _ Eu não agüentava mais. Emily! Sabia que você tem que usar óculos?

_ Eu enxergo perfeitamente bem! _ Disse ela se levantando e saindo correndo.


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