Conselhos e Pedidos



Rony ouvia no rádio bruxo a declaração do atual Ministro da Magia, que por motivos de saúde, renunciava oficialmente ao cargo, e também que já apoiava um novo candidato: Ronald Weasley, da Seção de Aurores do Ministério da Magia. Rony desligou o rádio e foi para a frente da lareira, que havia na sala de sua pequena casa em Londres, e onde a cabeça de seu melhor amigo, Harry, flutuava por entre as chamas.
_Então, você está mesmo decidido?- Harry perguntou- Quando foi que o aceitaram?
_Três dias atrás.- Rony repondeu pensativo, lembrando-se daquela noite, mas por uma estranha razão não queria contar a Harry, não queria dividir Hermione com ninguém. Além do mais, aquela podia ter sido apenas uma ilusão. Ficara sem vê-la por cinco anos, e agora aquilo! - Sinto falta dela.- deixou escapar em voz alta.
_Eu também, Rony. - Harry suspirou, entendendo.- A Hermione faz muita falta.
_Eu queria tanto que ela estivesse aqui!- Rony sentou no chão, seus olhos perdidos, a expressão desolada.- Nada, absolutamente nada do que eu sentia por ela passou.
_Tudo teria sido tão diferente se ela estivesse viva, não é?- Harry exitou, então falou.- Uma vez, eu estava saindo do Caldeirão Furado, e tive a impressão de vê-la, do outro lado da rua. Eu tinha me esquecido do acidente, então corri e a chamei agitando os braços. Ela parou, olhou, e voltou a andar. Eu parei sem entender, então me lembrei do que aconteceu. Não era ela, era só uma mulher parecida.
_Mas, podia ser ela! - Rony gritou esperançoso.
_Não.- Harry sacudiu a cabeça- Quando perdemos alguém que amamos muito, sentimos ou vemos ele em qualquer lugar, entende? Precisamos de algo que nos diga que ele está bem, mesmo que não seja real. Lembra dos meus pais, e do espelho de Ojesed, ou quando no terceiro ano lutei contra os dementadores, e achei que fora meu pai quem nos salvou? Nós tendemos a vê-los em qualquer lugar. Aquela não era nossa Hermione.
_Às vezes, - Rony continuou, corando, e mexendo nas franjas do tapete - quando estou na neve, sinto-a viva, ao meu lado.
Harry ficou calado por um tempo, então falou:
_Cara, não quero que esqueçamos a Hermione, mas você tem que superar isso! Ela se foi, e não há nada que possamos fazer. Ela iria querer que você continuasse a viver, isso que você me disse é muito triste!
_Olha para quem fui contar o que sinto.- Rony brincou.
_Ei! O legume sem sentimentos é você, e não eu! - Harry riu, Rony riu um pouco.- Agora, preciso ir. Luna está chamando para o jantar. Tem certeza que não quer vir aqui almoçar com a gente?
_Muito obrigado, mas tenho uma campanha para fazer. - Rony ficou de pé.- Manda um oi para a Luna por mim.
_Pode deixar.
_E, Harry...- Rony chamou o amigo- Cuide bem dela, você não descobre o quanto a ama, até perde-la.
_Obrigado.- Harry assentiu, e desapareceu.

Oito anos antes-

Hermione estava sentada em sua cama no hospital mágico St. Mungus, lendo um livro, mas não conseguia se concentrar. Estava ali à duas semanas, desde o encontro com os Comensais da Morte. Ela e Rony escaparam, mas ela se machucara muito na luta. A cicatriz, memória de seu quinto ano, voltara a doer, duas vértebras haviam quebrado, entre outros ferimentos. Lembrava-se da carta que havia mandado a Rony ainda no dia anterior, mas ainda não recebera reposta. Meio envergonhada, pegou uma camisera de Rony, embaixo do travesseiro. Apertando-a forte contra o rosto, ela podia sentir Rony um pouquinho mais perto. Ela não conseguia ficar longe dele, e quando ele não estava olhando surrupiara uma de suas camisetas, para ter uma lembrança dele junto dela.
De repente, bateram na porta. Apressadamente ela escondeu a blusa debaixo do travesseiro, fingindo que lia, quando alguém carregando muitos balões entrou. Os balões diziam coisas como 'Melhoras' e 'Eu te amo!'. Hermione não precisava pensar duas vezes, já sabia quem era.
_Rony!- gritou, sentindo uma felicidade inexplicável, já não se sentia doente.
_Como sabia que era eu?- Rony perguntou decepcionado, tirando os balões da frente do rosto.
_Quem mais me traria balões, e me faria tão feliz?
_Ok, você tem um bom argumento.- Rony sorriu, amarrando os balões na cabeceira da cama. Estavam em um dos poucos quartos particulares do hospital, por isso ele pode se sentar na cama, ao lado dela, e abraça-la com força. Era horrível ficarem afastados, mas era preciso. Ela precisava se recuperar, e ele prender os pouco Comensais da Morte, ainda livres.
_O está acontecendo lá fora?- Hermione quis saber, descançando a cabeça no ombro de Rony, fazendo carinho na mão dele.
_O jornal já não tem informações o bastante?! Bem, você é a Hermione, não é? Informações nunca são o bastante. Conseguimos prender a maioria deles, incluindo Lúcio Malfoy.
_E como a Gina reagiu?- Hermione perguntou incerta, o caso entre Gina e Draco Malfoy já fora motivo de muita briga e tristeza entre os Weasley, e para Harry.
_Ela ainda não sabe, fugiu com Draco Malfoy dias atrás. - Rony explodiu, ficnado vermelho e furioso. Hermione estava chocada, não sabia que os dois se gostavam tanto a ponto de fugirem juntos. Olhou para Rony que parecia prestes a explodir e mudou de assunto.
_Recebeu minha carta?
_Recebi.- Rony respondeu, se acalmando um pouco. Então, olhou para Hermione e seus olhos se suavizaram.- Também senti sua falta, Hermione.
E segurando a mão dela, desceu para o chão, se ajoelhando.
_Eu sei que este não é o momento mais romântico, e que você merecia algo muito melhor, mas... - e pergando o balão do 'Eu te amo', mostrou uma caixinha pendurada nele.- Você ainda quer se casar comigo?
Hermione sentiu seu coração disparar, e achou que poderia morrer de felicidade, e abriu a caixinha, que estava vazia.
_Você tem que responder primeiro.- Rony sorriu, ao ver a expressão confusa dela.
_Sim, eu aceito!- ela o beijou, e ele escorregou anel no dedo dela. Era de ouro branco com um pequeno diamante, tão bonito, que ela começou a chorar emocionada. Ele devia ter gasto todas suas economias com ela.
_Hum, eu não pude comprar um anel melhro, desculpe.- Rony disse depressa, vermelho.- Mas, foi o mais bonito que encontrei! Se quiser trocar...
_Não.- Hermione riu- Eu tô chorando porque adorei o anel, e porque quero, quero muito me casar com você!
_Vocês está chorando por que está feliz?- Rony ergueu as sombrancelhas.- Eu devo mesmo ser o insensível que você diz que sou, por que não estou entendendo.
Hermione riu e Rony também, e os dois se beijaram.
_Vamos ser felizes, muito felizes.- Hermione falou, a testa encostada na testa dele.
_Se você estiver do meu lado, vamos sim, porque você é a minha felicidade, Hermione.- Rony disse sincero, mas se arrependeu, porque Hermione recomeçou a chorar.- Tão feliz assim?- ele perguntou e ela fez qui sem com cabeça. E quando foi arrumar o travesseiro para ela, para ficarem mais confortáveis, que ele reconheceu algo.- Ei, essa não é minha camiseta?

N/A- Mais um capítulo, que nem foi muito revelador. Mas, bem bonitinho. Quero agradecer aos comentários. Agradeceria um por um, mas já são onze da noite, e tenho aula às sete amanhã. E terceiro colegial não é nada fácil. Espero que estejam gostando, beijos, Mary.

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