CAPITULO I



Hermione largou a pena e pegou os recados que sua secretária deixou em sua mesa. E pediu:
- Sarah, será que você conseguiria quatro entradas para a copa estadual de quadribol? O ministro está louco pra assistir – Hermione franziu a testa ao ler o recado – Beaves o mordomo do Malfoy disse que as flores não são. Não são o que?
- Frescas, presumo – disse Sarah - Essa idéia de usar flores trouxas não foi muito boa. E Beaves não quis entrar em detalhes estava muito atordoado. Ele queria falar com você, mais eu disse que você estava muito ocupada organizando o próximo jantar.
- Realmente, esses jantares estão se tornando mais freqüente, mais precisamos desse ingrediente para acabar logo a poção da invisibilidade. Acho que de próxima vez eu vou pedir a Malfoy para autorizar o Beaves fazer magia.
- Melhor, as flores que eles mandaram estava murchas, pareciam ter ficado sem água horas e horas – comentou Sarah – O Sr. Malfoy pediu para você dar uma passada no escritório dele.
- Ok, eu preciso falar com ele mesmo.
Hermione bateu na porta de Draco Malfoy e sem esperar pela resposta, entrou.
A sala era espaçosa e ficava no centro de Londres, o sol de fim de tarde brilhava nas vidraças e, enquanto Draco Malfoy levantava-se da escrivaninha de ébano, o monumental brilho atrás dele contornou-lhe a cabeça, nesse momento Hermione prendeu a respiração, e o analisou. Nos altos do vinte e seis anos de idade, Draco Malfoy era a beleza em pessoa, sempre fora bonito na época de Hogwarts onde estudaram juntos e eram inimigos, mas com o passar do tempo à beleza se acentuou nos cabelos louros bem claros, os olhos azuis cinzentos, frios, a pele pálida e alva, o corpo atlético, ele ainda jogava quadribol com Harry de vez em quando, na época da grande guerra Draco passou para o lado do bem e lutou junto com o Harry e os outros, agora nós dois trabalhávamos no departamento de mistério do Ministério, somos os chamados inomináveis. O mais importante era que não havia homem ou mulher que o ignorasse. Olhava diretamente nas pessoas, tinha aperto de mão firme, sorriso sincero.
- Alo, Hermione – ele acenou com a mão.
Seria a voz? Ela pensou. Grave e quente, inspirava confiança.
- Desculpe-me por ter demorado tanto – disse – Estava tentando resolver um problema de ultima hora. Alias, ter usado flores trouxas não foi uma idéia muito boa, eles vieram murchas e Beaves não sabe o que fazer, da próxima vez por que você não o deixa usar magia?
- Simples minha cara, porque ele é uma negação em magia, não podia correr o risco.
- Certo, foi só uma sugestão.
- E como vai a visita do ministro?
- Você quer um relatório sobre os planos dele?
- Não. Tenho certeza que você mantém tudo sobre controle. Apenas diga-me quando e onde é.
- E o que usar? – disse sem pensar e soou meio grosseiro – Desculpa.
Ele abriu um sorriso enorme.
- Você esta de bom humor, que ótimo. Então posso pedir um favor?
- Claro.
- Daria pra você passar no meu apartamento e ver se está tudo direito?
- Só isso?
- E fique por lá até a festa começar, não é elegante, os convidados serem recebidos só pelo mordomo.
- Ok, mais não posso me demorar o Harry vai me levar pra jantar.
- Sei. Você e o Harry têm um caso? – perguntou com malicia
- Lógico que não – respondeu ríspida – Somos apenas amigos. E eu acho melhor ir indo. – disse se retirando.
- Me desculpe.
- Não foi nada.
- Mais uma coisa, sobre aquela conversa da semana passada, por que você tem tanta certeza que eu não me casarei? Acha, sem a menor duvida?
Havia centenas de maneiras para Hermione responder a essa pergunta, e todas elas verdadeiras. Porque todas as mulheres que você namorou o ano inteiro não duraram nem seis semanas. Porque você deve escrever o nome delas em algum lugar para lembrar com que está no momento. Porque está mais casado com o trabalho do que ficaria com qualquer mulher.
Mais Hermione não respondeu nada, virou as costas e foi embora. Ou se tivesse mais coragem ia perguntar: Posso anunciar seu casamento com a Penélope Worth? Quem sabe assim ele pararia de fazer perguntas ridículas.


Hermione logo chegou ao apartamento de Draco, cumprimentou o porteiro e entrou no elevador rumo a cobertura. Embora o edifício fosse antigo, ele ainda conservava o luxo e só abrigava pessoas de nível social muito alta.
Ela tocou a campainha e Beaves abriu a porta:
- Eu tinha certeza que a senhorita viria, não me deixaram falar com a senhorita.
- Eu sei Beaves eu estava ocupada, meu desculpa, mais qual é o problema?
- As flores naturalmente, o sr. Malfoy não me deixa usar magia e olha como elas estão e o serviço de buffet não mandou um garçom extra e não tinham substituto.
- Eu posso ficar organizando as coisas na cozinha enquanto você ajuda os garçons – sugeriu Hermione.
- Isso seria ótimo senhorita. Mais não posso permitir, o sr. Malfoy não vai gostar.
- Não preocupe com ele.- sorriu – Agora vamos, prepare uma lista do que temos que fazer e eu vou ver as flores.
E Beaves estava certo, as flores pareciam ter ficado sem água durante muito tempo e com um aceno de varinha:
- Orchideus – um monte de flores apareceram.
Nesse momento Beaves apareceu.
- Srta. Granger, receio que os convidados estejam para chegar.
- E o sr. Malfoy ainda não está aqui?
- Chegou há alguns minutos, porém a sra. Worth não chegou.
Hermione olhou para o relógio, já passava muito do tempo que uma boa anfitriã deveria ter chegado.
- Tudo bem. As bebidas já foram postas?
- Sim. A bandeja já está em cima da mesa – ele a olhou – Se à senhorita quiser se arrumar um pouco.
Hermione olhou para seu terninho amassado demais, e duvidou que ia conseguir arrumá-lo facilmente, mais aceitou a sugestão assim mesmo.
- Você acha mesmo que minha roupa vai melhorar? – e foi para os dormitórios.
Nunca tinha passado para a parte mais intima do apartamento, mais estava curiosa para ver. A sala e a sala de jantar com seus tetos altos e molduras de carvalho, mostrava o bom gosto de Draco, os tapetes orientais e móveis elegantes finalizavam a decoração. Os sofás eram de couro verde confortáveis. Mais adiante havia umas três portas abertas, na primeira que entro deu de cara com um escritório bem amplo, com uma grande mesa de mogno, cadeira de mogno e o estofado verde de seda, e as paredes forradas de livros e uma lareira. Ela saiu de lá e foi para a segunda porta que imaginava sendo o banheiro, ela entrou e viu o banheiro mais lindo do mundo de mármore verde, aliás, ele gostava muito de verde como ela percebera, ela lavou as mãos, deu uma penteada no cabelo e retocou a maquiagem, alisou a saia o máximo que pode e nem assim se sentia satisfeita dada por vencida ela saiu do banheiro e deu de cara com o Malfoy saindo da outra porta. Ele a olhava de modo muito estranho, mais também não esperava encontrá-la na parte mais intima do apartamento.
- Obrigado por ter ficado até agora Hermione.
- Penélope chegou?
Draco passou os olhos pela sala vazia e respondeu:
- Pelo visto, não.
A campainha tocou, e alguns minutos depois Beaves apareceu com os primeiros convidados. Um casal.
Todos os outros chegaram logo depois, e Beaves começou a servir as entradas na sala. A campainha tocou de novo. Hermione tirou a bandeja das mãos de Beaves e mandou que ele atendesse a porta.
Penélope entrou arrastando a estola de cetim pelo chão e correu ao encontro de Draco, ignorando completamente os convidados.
- Desculpe-me por ter chegado tarde – disse – Espero não haver perdido nada de interessante. – ela ofereceu o rosto para ser beijado e lançou um olhar ao redor. – Não, vejo que não perdi. Mas que empregada elegante você arranjou, Draquinho. Ah, não, é apenas a nossa Hermione. Sinto muito, querida, por confundir você com algo que não é – disse num falso tom de desculpa.
Por outro lado, Hermione pensou, nunca me iludi sobre o que você realmente é.
Ela passou a bandeja para Beaves e disse à convidada com quem falava:
- Talvez mais tarde tenhamos chance de acabar com nossa conversa, sra. Stewart.
Minutos depois, na cozinha, Hermione deu à vasilha da sopa uma violenta mexida e derrubou um pouco do caldo ao lado, pegou a ponta do avental e limpou o estrago. Depois do jantar, ela deu ainda mais valos aos garçons, mordomos e principalmente aos elfos, ela conseguira convencer Draco a libertar o seu e contratar um empregado.
- Não sei como você consegue fazer tudo isso sozinho Beaves, eu de minha parte, pretendo ir logo para casa para descansar. – comentou.
Beaves terminou de arrumar e disse:
- O sr. Malfoy quer falar com a senhorita mais tarde.
- Teria ele se referido, como o “mais tarde”, amanhã? – ela perguntou
- Creio que não. Ser quiser esperar na biblioteca, posso levar uma xícara de chá e um pedaço de torta.
Ela aceitou e foi para a biblioteca onde a lareira estava acesa e o ambiente aquecido, ela sentou em uma poltrona em frente à lareira, e viu que tinha uma exemplar de Hogwarts: Uma história aberta, ela não resistiu e começou a ler, quando escutava vozes vindo da sala:
- Finalmente a sós, traga uma bebida para nós amor – disse Penélope.
- Eu acho que você já bebeu demais – ele disse – Hoje eu lhe pedi para ser minha anfitriã Penélope e isso inclua chegar cedo e esconder sua insatisfação quanto aos convidados.
Penélope ficou sem reação e apenas o olhou. Hermione que estava ouvindo tudo queria se fazer visível e pensou em derrubar acidentalmente o livro, mais achou que Draco ia achar um pecado, então ela foi para perto do fogo, onde poderia fazer sombra e funcionou porque a viu Penélope perguntar num tom seco:
- O que ela ainda faz aqui?
- Não é da sua conta Penélope. Isso é um assunto meu e dela.
- Ah Draco querido, se você não percebe a intenção dela...
Aproximando-se de Draco, Hermione disse:
- Olha Draco, se você não se importa, tenho certeza que o que você quer dizer para mim pode esperar amanhã.
- Não, por favor, espere, não vou demorar – ele olhou para Penélope – Nós vamos falar sobre nós agora.
- Ah Draco, você é tão ingênuo, como aparenta ser?
- Sua analise sobre mim é duvidosa. Eu pedi hoje, pra você ser a anfitriã, você sabe como esse ingrediente é importantíssimo para a poção.
- E eu só pedi pra você convidar alguns dos meus amigos!
- Ah claro, para fazer um contraste?
- Com certeza, se você espera que eu faça o papel de boa anfitriã, no mínimo deveria ter feito isso.
- Mas não se preocupe, não a farei mais fazer o papel de anfitriã nas festas.
- Ótimo, agora você entendeu como tem pedido coisas difíceis, e se você convidar meus amigos, eu com certeza na próxima vez serei mais amigável com os seus.
- Não, você talvez não tenha me entendido, não precisamos mais convidar ninguém, você não precisa mais ser a anfitriã.
- Você está terminando comigo? Depois de tudo que eu fiz por você?
- Me poupe, discussões e chantagem emocional comigo não vale.
Penélope lançou um olhar mortal a Hermione e passou por ela e Draco arrastando sua estola. Quando a porta bateu, Draco se largou no sofá e fechou os olhos, parecia que ele estava sofrendo. Hermione levou um susto, nunca pensara que Draco tivesse coração mole. E agora parecia que ele tinha a esquecido, nem lançou mais um olhar a ela, talvez ele quisesse que ela ficasse pra servir de testemunha, por isso resolveu se pronunciar.
- É Draco...
- Sente-se Hermione.
- Como foi a festa?
- No geral foi boa, o ministro foi se acalmando e creio que tudo sairá conforme o planejado. E eu também vou precisar de uma carta, peça a Sarah para escrevê-la, por favor.
- Não será necessário, eu já rascunhei.
Ele a olhou atônito.
- Que foi?
- Por acaso, na sua família não tenha tido uma adivinha?
- Não, são todos trouxas, mas por que?
- Você adivinhou que eu apresentaria a proposta ao ministro esta noite?
- Não. Na verdade foi preguiça.
- Preguiça, por que?
- Porque com certeza, eu teria que revisar a carta antes de entregar a você, e teria que fazer isso correndo, portanto eu rascunhei e Sarah poderá só fazer alguns ajustes.
- Preguiçosa – havia um brilho nos seus olhos - E foi preguiçosa o bastante também para ficar e ajudar Beaves no jantar.
- Ahh isso? Não, foi só para comer as sobras.
Hermione só disse isso, pra fazê-lo rir e quebrar o clima tenso, mais não foi o que aconteceu e com uma voz séria ele disse:
- Você percebeu como está sempre presente? Sempre quando eu preciso você está lá antecipando as coisas, fazendo o que é necessário.
- Mas isso não é nada, faz parte do meu trabalho.
- Naturalmente e você o cumpre muito bem.
Apesar do elogio, Hermione não se entusiasmou, talvez estivesse cansada demais. Ela percebeu que ainda estava com o livro nas mãos. E o colocou na mesa.
- Gosta dos meus livros?
- Você sabe que eu tenho uma paixão por livros.
- É verdade, como pude me esquecer. – ele a olhou bem nos olhos – Penélope te deve desculpas.
- É, ela me deve mesmo.
- Posso me desculpar por ela?
- Ah que é isso, você não me deve nada.
- Mas eu a convidei.
- Tudo bem – Hermione sorriu – Nesse caso eu aceito as desculpas. Estou muito contente por você ter terminado com ela. Ela... Ela... Não é boa pra você.
- Suponho que você também não queira me contar por que diz isso.
- Suponho que não. Portanto...
- Você me lisonjeou ontem de tarde, ao dizer que eu não sou do tipo que cede a chantagem.
- Mas eu nunca pretendi lisonjeá-lo – Hermione protestou.
- Sei que não, por isso teve valor.
Draco se manteve em silencio por algum tempo antes de dizer.
- Hermione, quer casar comigo?
Ela esbugalhou os olhos e ficou olhando como se ele não fosse Draco Malfoy, o cara filho de comensal, que foi seu inimigo em Hogwarts, pedindo-a em casamento.
- Como? O que você disse?
Ele não respondeu, foi até o bar e pegou duas cervejas amanteigadas. E estendeu um para ela.
- Não obrigada. E se você precisa ajuda para repetir a pergunta, vamos parar com o assunto. Não acha melhor?
- Não acho. Não tenho medo de repetir a pergunta, apenas penso que não nos levara a lugar nenhum. Prefiro lhe dizer o porque pedi isso.
- Contudo não é...
- Necessário? O que foi que você me disse ainda na semana passada sobre a necessidade de ter todas as informações antes de tomar uma decisão, para que seja certa?
- Eu falava de um contrato importante.
- E o que eu sugiro não é importante também?
- Ah, por favor, não me diga que deu conta que me ama? Acho isso absurdo.
- Tem razão, é absurdo.
- Que tipo de mulher você procura Draco?
- Melhor falar as que eu não procuro, não quero mulheres que só tenham aparência.
- Que bom, pensei mesmo que você pensasse assim.
- Não quero dizer, que eu não a ache bonita. Mais beleza não é suficiente. Não quero também uma mulher que pense apenas em si. E quer que eu a distraia sempre.
- Como a Penélope – Hermione disse sem pensar.
- E várias outras. – Draco concordou – As mulheres que namorei, não são as que procuro para casar.
- Quem sabe, esteja procurando em lugar errado.
- Por incrível que pareça essa idéia me ocorreu. Essa é a principal razão, que estamos tendo esta conversa, porque quando olhei ao redor eu vi...Você.
- O que me faz ser a “mulher para casar?”.
- As qualidades? Você é uma mulher inteligente, sensata, sólida e com espírito prático – e tomou um longo gole de cerveja amanteigada.
- Muito lisonjeiro para mim.
- Na verdade quero que seja. Ou você prefere que eu recite um poema sobre seus lindos olhos castanhos?
- Claro que não – respondeu indignada.
- Pensei mesmo que não. Você vem fazendo exatamente o que uma esposa faz, sabe disso não? Por isso tenho certeza de que é a pessoa certa para isso.
- Então, o que você está propondo é um casamento de negócios. É isso?
- Com vantagens é claro.
- Mas por que isso? Para nunca mais ter que se preocupar com anfitriãs, e livrar-se de mulheres como Penélope?
- É e também porque eu acho que combinamos, trabalhamos bem juntos.
- Isso é um beneficio em seu ponto de vista?
- Com certeza.
Como seria bom, se pudesse ficar sentada ali, perto do fogo, apenas conversando, pensou Hermione. Mas Draco lhe fizera uma pergunta e ela precisava responder.
- Olha, estou muito lisonjeada com seu pedido. Mas sinto muito...
- Não se precipite, Hermione.
- Tudo bem, vou ser franca. Minha resposta é não. Não leve isso para o lado pessoal, pois não é você que eu estou recusando. É que, mais do que um casamento por conveniência eu pretendo constituir uma família, não agora, é claro. Portanto entenda que honestamente, não posso...
- Mas eu também quero constituir uma família – ele disse.
Draco ficou silencioso por tanto tempo, que Hermione se preocupou em ter sido rude demais.
- Eu também quero constituir uma família – ele repetiu – Mas, como você, eu não estou com pressa.
- Vamos então deixar nossa decisão para mais tarde?
Era triste pensar que Draco achava que estava oferecendo o melhor que um casamento poderia proporcionar. E como seria mais triste ainda se, depois de casados, aparecesse na vida dele a mulher que realmente amava. Com o senso de honra que possuía, ele jamais romperia com seu compromisso.
- Obrigada por tudo – disse Hermione – Eu estou realmente muito honrada. Mas... – ela não conseguiu terminar.
- Mas sua resposta ainda é “não?”.
- É. E ouça também as palavras do seu interior Malfoy.
- Você não pode acabar com esse Malfoy, Hermione?
- Desculpe.
Pelo modo como seus olhos ficaram frios, ela percebeu que atingiu seu objetivo.
- Algum dia – ela explicou – Uma mulher pela qual você se apaixonar aparecer na sua vida e você sentir a magia do amor, saberá a diferença.
- Essa tal de magia do amor, você já experimentou no passado, eu vejo. Ou está experimentando agora, no presente?
Hermione suspirou. Quando exatamente ela teve tempo de apaixonar?
- Nem todas as mulheres são como Penélope – ela disse – E, quando você encontrar uma e descobrir que eu estava absolutamente certa sobre a magia do amor, mande-me um agradecimento ok?

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