Saudades do lar



Capitulo1. Saudades do lar

O sol estava se pondo majestosamente em Paris, na França, outrora azul anil, agora alaranjado.

O bairro Le’ Mond era conhecido por suas graciosas residências antigas e também pelo fato de abrigar muitos “Comensais da Morte”.

As ruas ainda eram de pedra, e as praças ainda tinham coreto, porém, a maioria das casas tinham um ar terrivelmente sombrio.
Dentre todas as casas, uma se destacava pelo seu tamanho e pela suas grandes paredes de pedra. A mansão tinha um ar onipotente e seu jardim surpreendentemente quebrava esse ar sombrio, pois era bem cuidado.

Na varanda de uns dos grandes quartos da mansão, encontrava-se uma garota de feições tristes e pele alva, os cabelos loiros meio que platinados que lhe batiam abaixo dos ombros como uma cascata ate a metade das costas. Seus olhos eram azuis com um toque acinzentado, que a tornava tão delicada quanto uma boneca de porcelana. Ann Malfoy tinha apenas 16 anos, e era a filha mais nova de Lucius e Narcisa Malfoy.

A garota pensava na época em que estava em sua casa, morando com sua família, no tempo que discutia bastante com seu irmão Draco.

- Se ao menos soubesse que passaria seis anos sem vê-lo, teria aproveitado para passar mais tempo com ele, de preferência sem brigar por besteiras! - pensava a loira.

Estava com muitas saudades de sua casa, da cidade, dos pais e do irmão. Necessitava do carinho de seus pais novamente, mesmo que não os desse, precisava vê-los pessoalmente, afinal de contas, desde seus 10 anos de idade que não os via e mantinha contato apenas com o irmão por correspondências.

Aos 10 anos ela fora mandada para a casa dos tios, Andrew e Lucy Cyprus. Lucy era a irmã mais nova do seu pai, Lucius. No começo considerava o lugar horrível, mas depois passou a ser muito bem tratada pelos tios. Apenas uma coisa a enojava: o fato de conviver diariamente com Comensais da Morte.

Apenas ficar pensando em seus pais e irmão não iria resolver o seu problema. Precisava agir de alguma forma para poder voltar ao seu lar.Uma idéia surgiu em sua mente, e tratou de realiza-la. A garota desceu a lance de escadas e dirigiu-se a sala de estar.

O aposento tinha uma decoração sombria e antiga, repleta de quadros e castiçais. A garota lembrou-se de quando fizera 11 anos, e brincava de castelo pela casa.

Seus tios estavam sentados em poltronas diferentes, um em frente ao outro, saboreando ambos uma taça de vinho bruxo francês. A garota contemplou os tios por alguns minutos, até conseguir reunir coragem suficiente.

- Tio Andrew! - começou a garota olhando para seu tio, que possuía cabelos e olhos cor de mel com massa muscular relativamente grande - Tia Lucy! - disse Ann olhando agora para a tia, que parecia-se muito com ela.

- Oi Ann, minha sobrinha! Quer beber alguma coisa? Uma taça de Gim, um uísque de fogo, ou ate esse vinho bruxo francês feito por duendes e que por sinal está esplendido! - ofereceu Andrew

- Andrew querido, Ann tem apenas 16 anos, não tem idade para Gim, uísque de fogo ou ate mesmo vinhos! - reclamou Lucy sorrindo.

- Tia Lucy, tio Andrew, eu preciso muito conversar com vocês. - disse sentando-se em uma poltrona perto da tia.

- O que foi minha querida?-perguntou Lucy, desviando seu olhar do marido para a sobrinha.

- Sabe tia, já fazem 6 anos que moro aqui com vocês e...bem, eu achei que ia ser legal me afastar um pouco dos meus pais naquela época, porque viviam reclamando quando ajudava Dobby, em vez de castiga-lo, ou ate mesmo elogiando trouxas, achando eles um máximo ao invés de despreza-los...

- Foi por causa dessas coisinhas que seu pai lhe mandou para cá! - interrompeu Andrew.

- Mas eu sinto muito a falta deles! - continuou Ann, como se seu tio não ativesse interrompido. Seus olhos começaram a lacrimejar. - Até mesmo do Draco, que não via a hora de me livrar dele, eu estou sentindo saudades. Por favor, vocês precisam me deixar voltar para casa.

- Ann querida, Lucius disse que tinha que ficar aqui até aprender a lição de não ajudar trouxas e muito menos os elfos domésticos, que nos servem. - comunicou Lucy.

- Tia, naquele tempo eu tinha apenas 10 anos, era uma criança, agora tenho 16 anos, e sou praticamente uma mulher! Posso garantir que aprendi a lição! - respondeu a garota.

- Tem certeza que aprendeu mesmo? - perguntou Andrew.

- Absoluta! – respondeu.

- Ann, veja só, vamos fazer o juramento negro. Ann Malfoy, juras pelo seu mestre, o Lord das Trevas, que respeitará regras básicas como: detestar trouxas, elfos domésticos e sangues-ruins? - perguntou Andrew muito sério.

- Eu juro! - respondeu ela forte, porém de pernas cruzadas. Estava quase impossível não rir naquele exato momento. Que juramento idiota!

- Tudo bem, você vai poder ir, vou imediatamente escrever para os seus pais que vai hoje mesmo para a Inglaterra.

- Não tio! Eu quero fazer uma surpresa para eles! Quero ver se me reconhecem depois de todos esses anos sem me ver! - disse Ann limpando seu rosto, antes repleto de lagrimas.

- Tudo bem! Vá arrumar suas malas que eu vou atrás da sua passagem de trem!

- Trem? Tio Andrew, trem não é aquele transporte comprido e veloz dos trouxas?

- Sim, mas eu e sua tia não podemos aparatar com você, pois o Lord das trevas nos deu um trabalho para ser feito hoje!

- Tio, eu sei aparatar desde os 11 anos, do mesmo jeito que eu sei magia negra!

- Ann, lembra-se que a ralé do ministério da magia não permite que menores de 17 anos aparatem? - falou Lucy

- Ok! Vou arrumar as malas!

Ann subiu as escadas até seu quarto, tirando todas as roupas do espaçoso guarda-roupa. O juramento que acabara de fazer invadiu-lhe os pensamentos. Era realmente ridículo, pois ela nunca teve Voldmort como um mestre, e muito menos aprendeu a respeita-lo. Ela era obrigada a admirá-lo, mas o desprezava por matar tanta gente inocente.Na realidade, não entendia o que ele tinha na cabeça. Paranóia de ser o dono do mundo só podia ser.

Ann terminou de arrumar suas coisas e pertences pessoais e desceu novamente as escadas. Os três entraram no carro de luxo, dirigido por um homem robusto. A viagem até a estação parisiense fora longa e silenciosa.

- Ann, não desobedeça a seus pais ok? Queremos que apareça como uma visita, e não por que seus pais pensaram em um castigo! - recomendou Lucy.

- Tudo bem tia! - respondeu a garota

- Você é, e sempre será como uma filha para nós! Amamos-te muito. - disse Andrew, abraçando a sobrinha, e em seguida a esposa, que se encontrava em prantos.

- Eu também amo muito vocês! – falou ela.

- E nós pensamos que você era uma daquelas crianças insuportáveis, mas se mostrou uma moça, uma verdadeira Malfoy! - falou Lucy ainda em prantos.

Ann não queria chorar, mas acabou derramando uma grande quantidade de lagrimas. Aprendeu a gostar dos tios com o tempo.

Após se despedir dos tios, entrou no trem decidida. Procurou onde se sentar, mas o trem já começava a andar, e não dera para ver seus tios novamente.

- Finalmente, após 6 anos de espera, estou voltando para minha casa! - falou junto com um suspiro de alegria, de satisfação.

N/A.: Primeiro capítulo no ar...
espero q gostem!!

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