A maior das Travessuras

Sabe que Hogwarts sempre foi o berço dos grandes criadores de travessuras. Suas passagens secretas e salas escondidas permitiam que eles escapassem sem nenhuma punição.Mas tudo isso mudou, comigo. Eu implantei a moda de ser pego ao fazer (certas) travessuras. Motivo? Simples. Qual é a graça que tem fazer uma mega – piada com alguém, ter um trabalho gigantesco e no final não levar o crédito quando dá certo?Graça nenhuma! E é por isso mesmo que eu vou contar essa travessura em especial, acho que foi uma das maiores que eu fiz, a melhor do 1º ano, e tenho certeza que o ninguém nunca vai esquecer dela


Havia alguns dias que Tiago e Sirius andavam cochichando o tempo todo. Passavam as aulas em conversas silenciosas e andavam pensativos. July, com seu alto poder de persuasão (se é que você me entende) logo fez os dois contarem o que estava por vir:

- O zelador Crabbes vai se aposentar. Então nós queremos dar uma recepção calorosa ao novo zelador. – disse Tiago.

- Só isso? Quero detalhes, Potter! Detalhes! – falou July.

- Nada disso July! – disse Sirius. – Estragar a surpresa jamais! Amanhã, quando saírem, protejam a cabeça com qualquer coisa que lhes garanta ar durante todo o dia, certo?

- O que vocês vão fazer Sirius? – perguntou Lílian.

- Digamos que... as coisas por aqui vão explodir. – respondeu ele. – Mas, o melhor é pra amanhã.

e no dia seguinte...

July, Lílian e Amanda estavam na entrada do Salão Comunal, que por alguma razão misteriosa havia sido trancada. Estavam com a cabeça protegida por uma bolha, e temiam o que iriam ver.

Quando a porta abriu, elas viram... Hogwarts virara um circo!
Canos esquisitos e de cores variadas pendiam do teto jogando as mais variadas coisas em quem passava embaixo, as armaduras vestiam roupas de palhaço e contavam piadas quando as pessoas passavam. Poças esquisitas no chão faziam as pessoas escorregarem das mais variadas formas, dependendo da cor, a mesa da Sonserina havia desaparecido, e em lugar dela havia uma estátua em tamanho real de Lúcio Malfoy, ladeado por Belatriz Black, Régulo Black, Narcisa Black e os Lestrange, vestidos (respectivamente) de bobo da corte, mulher barbada, contorcionista, transformista e palhaços, onde na base lia - se PERDEDORES. As outras mesas estavam multi – coloridas, e seus bancos haviam sido substituídos por mini – elefantes, leões e ursos que se mexiam de verdade e eram super dóceis.
Lílian, Amanda e July apenas riam com tudo aquilo.

- A – do – rei! – disse July. – Ficou perfeito! Vocês se superaram mesmo!

- Ficou totalmente incrível! – parabenizou Amanda. – Vocês devem ter tido muito trabalho!

- Nem tanto. – disse Sirius. – Que bom que vocês gostaram!

- É louco? Ver Malfoy dar uma volta de 360º graus depois de escorregar naquela poça verde – limão no pé da escada, valeu o dia! – disse Lílian.

- E essa estátua é o máximo! – disse July. – Mas, será que isso não vai dar confusão?

- Claro que vai! – disse Tiago. – Essa é a graça.

- Peraí, deixa eu ver se eu entendi. Vocês querem ser responsabilizados por isso? – perguntou Amanda.

- Sim. – respondeu Tiago. – Qual é a graça de fazer uma mega – confusão e não leva a culpa e os créditos por ela? Nenhuma!

- Entendo. – disse Lílian. – Mas, acho que com um feitiço isso tudo sai, não é?

- Não. – respondeu Sirius. – Só sai na vassoura, água e produtos de limpeza. O zelador novo vai ter muita diversão por aqui.

- POTTER! BLACK!

- Doce, doce nome! – exclamou Tiago, fingindo estar sonhando.

- Fala que eu te escuto, voz sem dono. – gritou Sirius na mesma altura.

- Tira aquela estátua dali agora! – era Malfoy, que vinha andando depressa até eles.

- Deixa eu pensar... não! – respondeu Tiago. – A propósito, não sei se você já reparou, mas está verde – limão.

Todos no Salão caíram na gargalhada.

- Foi a sua maldita poça. – respondeu ele, espumando de raiva. – Agora, você vai tirar aquilo dali agora!

- Quem disse? – perguntou Sirius,

- Eu disse. – respondeu Malfoy.

Tiago e Sirius se entreolharam por um instante, e depois caíram na gargalhada.

- E quem é você pra dizer alguma coisa Malfoy? – perguntou Tiago.

- POTTER E BLACK!

- Certo, já perdeu a graça. – reclamou Tiago. – Quem será dessa vez?

A professora McGonagall entrou pisando forte no Salão, suja de azul.

- Olá Mimi! – cumprimentou Tiago. – Esse azul realça seus olhos, sabia?

- Não tem a menor graça! – retrucou ela. – A escola está um caos e ninguém consegue tirar isso.

- Essa é a parte que tem graça. – disse Sirius. – Não sai assim tão fácil não.

A professora fechou os olhos e contou até 37,5, antes de se voltar novamente pra eles:

Mimi perde a paciência com muita facilidade, e é uma pessoa bem... digamos... maluquete, se você tirar toda aquele sisudez dela. Sirius e eu sempre irritávamos ela, mas um dia perdeu a graça. Que triste. Por que as coisas boas perdem a graça com tanta facilidade? Aprenda isso pequeno Harry: quando você estiver vivendo algo bom, ou vai acabar logo, ou vai acontecer algo ruim depois. Essa é uma das leis, sem noção e sem piedade que regem a vida.

- Detenção para os dois, hoje à noite. Na minha sala às 8. – disse ela.

E em seguida saiu.
Vendo que não teria sucesso, Malfoy saiu espumando de raiva.
Os dois sentaram – se à mesa com um ar vitorioso.

- Vocês estão felizes por levarem uma detenção? – perguntou Lilly incrédula.

- Sim. – respondeu Tiago. E vendo a expressão incrédula de Lílian, acrescentou: - Isso é reconhecimento de trabalho, entende? Um professor não lhe dá detenção se ele não tiver certeza total que foi você que fez.

- Quer dizer que vocês se encrencaram só pela fama? – perguntou Mandy.

- Não adianta Tiago, elas nunca vão entender.

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