O Embarque



Dois dias haviam se passado depois da última viagem... e nada! Nada de Hermione
Granger despertar de seu sono profundo. Snape demonstrava sinais de exaustão e
raiva. O que aquela garota tola estava pensando, afinal? Por que ela não voltava
de vez?!





Ele teria que fazer nova viagem, mas antes foi até St Mungus verificar com os
próprios olhos o estado clínico da mulher. Analisando friamente os fatos, tudo
ainda poderia ser uma alucinação pregada pela poção que usava. A probabilidade
de que tudo fosse apenas um delírio não estava totalmente descartada, muito pelo
contrário: era meio a meio as chances de aquilo estar mesmo sendo real quanto
apenas delirioso.





Chegando em St Mungus, Snape encontra o medibruxo Terry Boot, que parecia muito
contente em vê-lo, mas o sorriso do jovem médico desaparece ao fixar sua atenção
ao semblante pálido e doentio de seu antigo professor.





_Snape, você tem dormido e se alimentado direito? Sua aparência está péssima.
Terei que levá-lo ao ambulatório para alguns exames.





_Não. Não vim aqui para me consultar, Dr Boot. – Snape lançava seu olhar mordaz
ao medibruxo que apenas retribui com um olhar triste. Lidar com Snape era sempre
muito difícil, pois ele sempre achava que estava certo e tudo bem.





_Sei, veio ver a Srta Granger... mas você tem que se cuidar, Snape! Não adianta
você se preocupar com a saúde dela enquanto a sua se esvai desse jeito. Ela
acabará acordando e não o encontrará aqui. É isso que quer?





_Apenas quero que ela desperte... o resto não importa.





_Mesmo? Então eu terei as coisas fáceis assim, sem um oponente a quem competir
por ela? A terei somente para mim, sem uma pedra no caminho?





Snape parou abruptamente o caminho que fazia pelo corredor, acompanhado de Terry.
Olha-o com raiva nos olhos, sua expressão piorada com sua aparência doentia.





_Do que está falando, moleque?! Por acaso anda tomando ácidos para se manter
acordado em seu plantão?!





_Snape, vamos ver a Srta Granger, está bem? Tenho certeza que gostará de saber
que saiu do estado de coma...





_O QUÊ?!





*





Hermione mantinha-se sentada em seu habitual banco, ainda voltada para o lado
esquerdo da plataforma. Mesmo estando de volta ao seu estado letárgico, ainda
conseguia sentir o calor daquele momento, daquele beijo. Foi como flutuar por
uma brisa morna. Jamais sentiu algo parecido, mesmo os dois curtos meses em que
esteve com Harry.





_A diferença é que Harry não me amava... nunca amou.





Baixou a vista para seus sapatos de salto alto e bico fino. Ainda trajava o
mesmo conjuntinho social de saia e blazer de cor salmão que usava no dia em que
foi atacada por comensais em pleno centro comercial da Londres trouxa. Tudo se
tornara mesmo muito diferente nos últimos oito anos... até mesmo sua vestimenta.
Jamais se imaginava em roupas tão formais, passando dias inteiros trancafiada
dentro de um sisudo e frio escritório, trabalhando no mundo trouxa.





_Quando criança queria ser dentista, como papai e mamãe... daí fui pro mundo
bruxo e perdi tudo isso. Não restou nem mundo mágico, nem a mamãe e nem o papai.





Mas agora havia uma chance de mudar isso. Aliás, uma chance de dupla
alternativa. Sua vida mudaria de qualquer forma, fosse qual lado optasse por
seguir.





_Não sei o que há para mim adiante e esse desconhecimento é até excitante... mas
se eu voltar...





Novamente lembrou-se do que viveu algum tempo antes nos braços de Snape. Aquilo
era ainda mais incrível que crer que a vida é eterna... Severus a amava? Ao
menos fora isso que ele disse. Não, não foram meras palavras! Ele demonstrou
isso de uma forma maravilhosa que ela jamais poderia imaginar. Aquilo seria o
Nirvana? Sentiu a paz em sua plenitude... seria essa a verdadeira essência do
amor?





Mas ela própria não o amava e jamais, em qualquer momento, cogitou tal
possibilidade. Mas também não o odiava... nunca o detestou. Ele era injusto e um
sádico tirano na maior parte do tempo, e a irritou muitas e muitas vezes. Depois
de ter passado por tudo o que passou, ela, ao menos, compreendia o porque de
Snape ser como era... ele sofrera muito e o sofrimento tende a enrijecer as
pessoas, uma forma de auto-proteção contra esse mundo bárbaro.





Na verdade, ela até o admirava, por tudo o que ele fez, não pelo que se tornou.
E agora também entendia o quando de si mesmo ele deve ter abdicado. E fez isso
por todos os outros. Fez com que pensassem que ele odiava a tudo e a todos, mas
sempre protegeu, sempre lutou para que os outros ficassem bem. E agora, ele
lutava por ela...





E mesmo com tanta dor e amargura em sua alma ele era capaz de amar assim, tão
profundamente, a ponto de lutar contra as Leis Naturais e pôr a própria vida em
xeque!?





Hermione escondia o rosto em suas mãos. Sentia-se envergonhada. Vergonha por sua
fraqueza. Vergonha por ter sucumbido. Mas seus pais foram mortos de forma tão
brutal... como esperava que se comportasse, como agisse? E se tivesse tido todo
o apoio necessário de seus amigos...? Se tivesse conhecido o amor de Snape
naquela época...?





Mas ele jamais se aproximou dela, nunca, sequer, haviam conversado alguma vez. O
contato entre eles era resumidamente aluno-professor e militantes pela Ordem da
Fênix. Nunca trocaram palavras que não fossem estritamente referentes a esses
assuntos...





_Eu só tinha olhos para Harry, talvez não tenha percebido algo a mais vindo
dele... ou de qualquer outra pessoa. Apesar de tudo eu era apenas uma
adolescente mimada que só se preocupava consigo mesma.





Hermione levantou-se e caminhou lentamente para o lado direito da plataforma, o
lado por onde passava o trem do regresso. Abraçando a si própria, relembra
novamente o momento em que esteve com Severus. E ela teria isso se voltasse...
Será que teria mesmo?





Não havia do que duvidar, afinal ele não estaria vindo até ela à toa, apenas
para se mostrar herói aos olhos de alguém, mesmo porque isso não era de seu
feitio. Ao menos, tinha a certeza de que Snape só falava ou fazia quando tinha
plena convicção do fato. Era real, de verdade. Ela teria esse amor se
regressasse, teria uma nova vida. Mesmo ela não o amando agora, não seria um
empecilho, afinal, aprender a amar mesmo que por retribuição não deve ser algo
difícil ou penoso.





Ademais, o futuro para todos é o mesmo: seguir adiante. Se ela não o fizesse
agora, o faria algum tempo depois. Afinal, a única certeza da vida é a morte e
dessa ninguém escapa. A tendência da natureza é sempre a evolução e o
aperfeiçoamento. E ela não teria que temer se o futuro é esse. Ela não perderia
a sua chance de se aprimorar, ela apenas adiaria.





E se tudo fosse apenas uma ilusão? De qualquer forma, havia apenas um jeito de
se descobrir isso. Uma decepção a mais não pioraria o que já estava bastante
ruim. E se tivesse que retornar ao mundo mágico para isso? De uma forma ou de
outra, esse mundo não deixou de existir apenas porque ela passou a ignorá-lo e
ironicamente ela estava ali naquele Limbo por causa dele, mesmo tendo o evitado
por tantos anos.





E mesmo que por muito tempo não quisesse admitir, mas os melhores anos de sua
vida foram passados lá. E era lá que estavam as pessoas que a estimavam, mesmo
que ela tenha lhes virado as costas.





Era hora de voltar. Encarar de cabeça erguida o que lá estivesse esperando por
ela. E, de qualquer forma, a segunda opção sempre estaria ali, do lado esquerdo
da plataforma, para sempre. E um dia, relutante ou não, iria seguir adiante.





A sua evolução estava assegurada pela natureza. A maior certeza da vida jamais
lhe escaparia.





*





Diante do leito de Hermione, Snape permanecia estático, admirando o belo rosto
da moça que apresentava sinais claros de boa saúde. Sua face estava corada e não
havia mais qualquer sinal de olheiras. Os cabelos estavam com um brilho extra e
se espalhavam soltos e macios sobre o travesseiro. Seu semblante estava sereno e
a impressão que se tinha era que ela estava mesmo apenas dormindo.





_Ela tem mostrado boa resposta aos estímulos aplicados em nossos testes. Não
está consciente ainda, mas está tendo reflexos, e isso é muito bom. Há dois dias
atrás, entre três e três e meia da tarde, ela praticamente despertou do coma.





_Mesmo?! – Snape olhava de súbito para Terry, seu olhar num misto de
incredulidade e alegria.





_No mesmo horário da outra vez em que ela apresentou pela primeira vez uma
reação. Ela abriu os olhos, por breves instantes. Sabe... algo me diz que o
senhor tem alguma coisa a ver com isso, Snape.





_Como é que é? – Snape dirigia um sorriso cínico ao medibruxo. _De onde o doutor
tirou essa brilhante idéia?





_Não sei ao certo... – Terry cruzava os braços e olhava para a parede branca,
com um falso ar de sonso. _Talvez seja por causa do seu apego à magia negra, e
também a sua súbita preocupação com a moça e porque eu acho ter ouvido você
falar sobre fazer algo por ela...





_Realmente, brilhante conclusão, Dr Boot! Faz jus à casa da Corvinal. – Snape
falava entediado, ainda com o sorriso cínico nos lábios. Por ele, pouco
importava se descobririam ou não sobre suas viagens astrais.





_Que ironia... como as coisas mudam, não é Prof Snape? Ah, se ouvisse falar isso
na minha época de Hogwarts... acharia que estava sob a maldição Imperius!





_Entenderei isso como um elogio, meu caro. Agora, com sua licença, voltarei para
a sua antiga escola.





Snape já dava as costas à Terry, saindo, quando o jovem médico o interrompeu.





_Seja lá o que esteja fazendo por Hermione, isso o está consumindo, Snape.
Cuide-se, professor. Será muito ruim quando ela despertar e não o encontrar
aqui... o sujeito que a trouxe de volta.





_Você está aqui, não está? Como lhe falei, garoto, o importante é a vida dela de
volta. Por mais que isso me desagrade, acho que você cuidaria muito bem dela.





Terry Boot permaneceu parado e sério, com os braços cruzados diante do peito,
vendo Snape desaparecer pelo corredor de acesso à UTI. Voltando-se para
Hermione, aproxima-se de seu leito, e toca levemente com a ponta de seus dedos a
testa da moça, acariciando seu rosto. Com um esboço de um sorriso, lhe sussurra
algumas palavras:





_Como conseguiu isso, garota? Como pôde fazer Snape amar alguém desta forma tão
incondicional? Ele está totalmente entregue a você. Isso é incrível, sabia?





*





Hermione estava novamente sentada no banco de espera da plataforma, perdida em
pensamentos, quando sentiu, com grande alegria, a aproximação daquele calor tão
confortante que lhe era já conhecido – e desejado.





Olhou, com um leve sorriso que a letargia ainda lhe permitia, para cima, vendo
aquele homem alto parado ao seu lado. Hermione levanta-se para observá-lo
melhor, e vê uma grande tristeza em seus olhos.





_Por que ainda está aqui, Hermione? – Snape falava calmamente, enquanto levava
sua mão aos cabelos da moça, enterrando seus dedos entre os cachos. _Posso estar
sendo ridículo e tolo, mas esperava que você voltasse.. por mim.





Hermione não respondeu de imediato. Tudo o que ela queria era que aquele momento
de antes de repetisse. Com um passo, aproximou-se de Snape, abraçando-o pela
cintura e pousando o rosto em seu peito. Fechou os olhos para sorver ainda mais
aquele precioso calor, aquele momento. Snape retribuiu o abraço, apertando-a
ainda mais contra si. Ela lhe era tão real e concreto que sentiu seu perfume.
Era a mesma fragrância de quando ela ainda era uma menina, a mesma da época em
que estivera na Ordem da Fênix, a mesma da Hermione que jaze em sono profundo no
hospital.





Snape escondeu o rosto sobre os cabelos de Hermione, fechando os olhos para
poder captar todas aquelas emoções e sentimentos que pairava sobre ambos naquele
momento.





_Eu... estive analisando a situação, ponderando qual a melhor opção a seguir.
Não sei quanto tempo passou...





_Muito tempo... – Snape respondeu num sussurro, sem levantar o rosto ou sequer
abrir os olhos. _... tempo demais para estar longe de todos nós, Hermione...
tempo demais para ainda vê-la naquele leito.





_Eu já me decidi, Prof Snape...





Snape nada disse, manteve-se abraçado à Hermione, com o rosto sobre seus
cabelos. Apenas abriu os olhos e ficou na expectativa para ouvi-la completar a
sua sentença.





_Desculpe-me por não amá-lo.. por jamais ter percebido isso de você... mas eu
retornarei... e retornarei por você, Severus...





Apertando-a ainda mais contra o corpo, Snape respira profunda e lentamente de
alivio. Começa a beijá-la, descendo seus lábios pelo rosto de Hermione até
encontrar os lábios dela. Desta vez, o beijo foi ainda mais caloroso e
apaixonado do que fora o primeiro. Era como se fosse o último, como se fosse uma
despedida...





Um silvo agudo vindo dos trilhos anunciava a chegada de um novo trem na
plataforma. Antes que ele aportasse ali, Hermione e Severus cessaram o beijo,
afastando-se um pouco, um do outro. A moça estava com um largo sorriso no rosto,
que parecia irradiar luz. Snape, apesar da sua presente exaustão, estava mesmo
muito feliz, e esboçava um sorriso.





O trem parou ao lado direito da plataforma, anunciando sua chegada com um longo
apito, abrindo, assim, suas portas.





_Já está na hora de embarcar, Hermione...





_É verdade.. mas gostaria de parar neste momento, para sempre, com você.





_Teremos muitos momentos como esse, se você quiser. Agora vá!





Hermione abraça Snape pela última vez, tendo seu abraço retribuído por ele.





_Obrigado por tudo, Prof Snape...





_Não é necessário agradecer, querida... eu te amo, muito!





Hermione afasta-se com um sorriso, dando as costas à Snape. Sem relutâncias,
finalmente embarca no trem do retorno, que encontrava-se totalmente vazio. As
portas do vagão fecham-se instantes depois da moça entrar. Hermione vira-se para
olhar para Snape pelo visor da porta.





Snape acompanha a saída do trem até este desaparecer em segundos pelo abismo
negro que se imagina ser um túnel. Ainda com um semblante tranqüilo e levemente
sorridente, olha por cima do ombro ao sentir a já conhecida aproximação daquele
ente que controla a passagem das pessoas naquela estação.





*





Ao abrir os olhos, depara-se com um ambiente branco, mas mergulhado numa leve
penumbra. Sentia a cabeça pesada e a garganta seca. Tentou levar a mão até o
rosto, mas o braço pesava muito. Tentou fechar as mãos em punho, mas não tinha
qualquer força para isso.





Aquele lugar lhe incomodava e sentia uma leve pontada nas costas. Sentia com se
tivesse dormido por dias seguidos. Uma leve e enjoada enxaqueca começava a doer
num ponto acima dos olhos. Reunindo toda a força e energia que tinha, apóia-se
sobre os braços e, com muito esforço, senta-se na cama.





Respirando profunda e lentamente, tenta firmar a vista para observar o ambiente
estranho em que se encontrava. Estava escuro e silencioso, então deveria ser
noite. Olhou a sua volta e viu leves cortinas balançarem suavemente com alguma
brisa que corria ali. Olhou para o lado direito da cama e viu uma mesa de
cabeceira com um grande buquê de flores miúdas ornamentando o local que parecia
muito desinteressante.





Olhou para o outro lado e viu uma igual mesa de cabeceira com um outro vaso de
cerâmica que ostentava um lindo buquê de rosas e sempre-vivas. Haviam duas
caixas embrulhadas para presente e, sobre estas, alguns envelopes.





Com certa dificuldade, vira-se sobre a cama, colocando os pés no chão, que toca
sobre algo macio e felpudo. Estica a mão trêmula para alcançar os envelopes,
levando-os até a altura dos olhos, para enxergar os escritos.





“_Para Hermione Granger...”





Apenas a sua curiosidade era maior que a sua letargia. E abriu todos os
envelopes e mesmo com certa dificuldade viu que eram cartas e cartões lhe
desejando melhoras.





_Margareth... Profª Minerva... Prof Dumbledore... Hagrid...





_Afinal, o que aconteceu comigo?!





Sentindo-se mais disposta e com suas forças se estabelecendo, levanta-se
cuidadosamente e caminha pé ante pé até as cortinas, afastando-as. Viu que
estava numa sala e havia outros leitos como o seu. Deduziu estar num hospital...
e parecia ser St Mungus.





Um vulto branco parecendo surgir do nada, aproxima-se de si rapidamente,
segurando-a fortemente pelo braço. Hermione assustou-se com a aparição abrupta e
quase caiu, sentindo suas pernas se enfraquecerem.





_Srta Granger! Finalmente despertou! Venha, sente-se em sua cama. Você não pode
sair fazendo esforço logo assim que acorda.





O homem ajudava-a a sentar-se na cama. E era verdade o que dizia. Não devia ter
se movimentado tanto. Estava sentindo seus músculos se contraírem e comichão nos
pés e nas mãos. Abraçou ao próprio corpo, sentindo-se com calafrios.





_Lumus!





Com um leve aceno de varinha, o espaço reservado do leito de Hermione
iluminou-se de forma suave a aconchegante, mas que deixava o ambiente claro o
suficiente para se estar nítido. O medibruxo conjura em seguida uma grossa
colcha de linho de tom claro. Carinhosamente, envolve a moça que já tremia com
um frio inexistente, ajoelhando-se no chão, para manter seus olhos nos mesmos
níveis dos olhos dela.





_É maravilhoso que tenha despertado, Srta Granger! Estávamos torcendo muito por
isso. E você nos deu muito trabalho, sabia?





_O que aconteceu? Por que estou aqui? – Hermione tremia muito e o medibruxo a
fez deitar-se novamente, cobrindo-a com a colcha de linho.





_Logo conversaremos e responderei a todas as suas perguntas, está bem? Antes
preciso chamar os enfermeiros. Precisamos cuidar da senhorita antes.





_Eu.. eu não quero ficar aqui sozinha...





_Não ficará. Eu voltarei o mais rápido possível.





O medibruxo se retirou apressado. Hermione encolhia-se sob a colcha, sentindo-se
muito desconfortável com aquele espasmos e um frio que parecia não querer ir
embora. Poucos minutos depois o medibruxo reaparecia acompanhado de uma mulher
que carregava uma bandeja com uma garrafa e um copo.





_Eu disse que voltaria logo... vamos, você precisa beber isso, para sentir-se
mais confortável.





O medibruxo ajudava Hermione a sentar-se novamente na cama, tomando o cuidado
para que ela não ficasse descoberta. Alcança-lhe o copo com um liquido escuro e
fumegante, ajudando-a a segurar o recipiente.





Com certa relutância, Hermione bebe todo o conteúdo, que tinha um agradável
sabor adocicado. Em instantes sente seu corpo se aquecendo e o espasmo cessando.
O medibruxo entrega o copo à enfermeira, que se retira de imediato.





_Como se sente, senhorita? – O medibruxo mantém um sorriso feliz no rosto,
enquanto arrasta uma cadeira para sentar-se em frente à Hermione.





_Muito melhor... mas, o que aconteceu, afinal? Não consigo me lembrar de quase
nada...





_É uma historinha um tanto longa... se você não se importar...





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Fim do 11º capítulo - continua

By Snake Eye's - 2004

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