Epílogo



Harry estava em uma casa escura como breu, muito antiga e corroída pelo tempo. Uma grossa camada de pó cobria os móveis e as teias de aranha por toda parte, só contribuíam para sinistro que pairava ali. Um calafrio percorreu sua espinha, tendo a sensação de que não deveria estar ali.
- Lumus!- Da ponta de sua varinha acendeu-se um clarão, que inundou todo aposento. Harry estranhamente sentiu como se conhecesse cada palmo da casa, como...como se já tivesse estado ali antes! “Não é possível...não é possível!”E balançou vigorosamente a cabeça, como que para afastar tal idéia absurda.
Junto à parede oposta, havia uma escadaria. Harry subiu por ela lentamente, quase como se pudesse pressentir algum perigo iminente. Mesmo com passos leves, os degraus rangiam sob seus pés. O garoto respirou mais aliviado quando finalmente chegou ao patamar. Um corredor longo estendia-se à sua frente, porém parecia que sabia exatamente onde deveria ir.
Nas frestas da porta à sua frente, rasgos de uma luminosidade esverdeada podiam ser vistos, como se fossem finas lâminas cortando o escuro. Harry sentiu o impulso súbito de abrir a porta e descobrir o que se escondia por trás dela. Antes que pudesse pensar, sua mão já girava a maçaneta. A luz ofuscante o cegou. O silêncio de repente foi quebrado por uma risada...a mesma risada de seus sonhos...a mesma risada que matara seus pais...

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