A surpresa de Snape



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Era inacreditável o que Harry via diante de seus olhos. Tinha sobre as mãos um exemplar de uma obra de seu pai, Tiago Potter, e nunca soubera da existência da mesma. Em verdade, havia muitas coisas das quais Harry não fazia idéia, que permaneciam ocultas. Quiçá, somente esperando que o maroto estivesse realmente pronto.

O moreno foi tomado por uma dupla preocupação. Primeiramente, não conseguira imaginar o porquê de Snape exigir aquela poção como forma para avaliá-lo. Por certo, aquele livro era conhecido por seu professor, que embora tenha designado aquela tarefa a Harry, em nenhum instante mencionou que seu pai havia desenvolvido anteriormente um trabalho sobre o mesmo assunto. As coisas não faziam sentido ainda, mas uma certeza Harry tinha: Severo objetivava algo mais com aquela tarefa.

― Snape quer alguma coisa - refletiu Harry -, mas deve ser algo que não obteria sozinho... algo que exigia de alguma forma meu envolvimento, mas o quê? E Mione? Por que, afinal, ele escolheu a Mi para fazer o trabalho comigo? - um turbilhão de pensamentos invadiu a cabeça do garoto.

Potter olhou mais uma vez o livro enquanto imaginava mil respostas para os seus inúmeros questionamentos. Foi então que começou a se dar conta da intenção de Snape ao impor a parceria com Hermione, o objetivo não era prejudicá-lo, condicionando-o ao fracasso no fabrico da poção, porém justamente o contrário! O obscuro professor sabia que ao aliar a inteligência de Hermione com o talento e coragem de Harry, um bruxo nato, obteria um resultado positivo: a poção seria feita. E assim o foi.

Potter continuaria a ponderar os motivos ocultos por trás do pedido de Snape se Hermione não tivesse acordado. A morena dera pela falta de Potter na cama, despertando do sono, sobressaltada.

― Harry? - chamou Hermione enquanto se erguia da cama. - Aconteceu alguma coisa?

― Não, Mi... - respondeu o menino, afastando o livro do campo de visão de Mione. - Apenas levantei para pegar um pouco de água... Pode voltar a dormir.

O garoto não queria preocupar Hermione além do necessário. Ele estava temeroso diante do último acontecimento, inclusive, receava pela própria segurança da marota. Já havia perdido sua família e não tencionava perder o seu amor.

― Não quero dormir sem você - afirmou Mione com um ar de fragilidade que, mesmo atípico, caía-lhe muito bem. - É que estou tendo um sono inquieto, não sei o que é...

Harry se aproximou de Hermione novamente, desfechou um delicioso beijo em sua boca e a tranqüilizou, acomodando-se junto a ela.

― Vai ficar tudo bem - disse Potter, ainda tentando se convencer e sem mencionar o incidente do livro, que ficara sobre a ponta da cômoda, longe da visão de Mione.

Pela manhã, arrumaram-se cedo para estar de volta a Hogwarts antes do início da aula de Severo Snape. Acondicionaram a poção em um pequeno frasco de vidro bastante seguro. Queriam evitar que os árduos trabalhos fossem perdidos. Assim, utilizando-se do pó de Flú, logo chegaram à Escola de Magia, dirigindo-se para o salão comunal de Grifinória.

Harry então olhou para Hermione quase que a perguntar como procederiam dali em diante um com o outro, mesmo sem proferir sequer uma palavra. O silêncio foi quebrado com um discreto e terno beijo após Mione se certificar de que eles ainda estavam completamente a sós.

― Mi... - falou Harry. - Você e eu... - Hermione interrompeu com outro beijo, desta vez mais intenso, como numa despedida.

― Eu não me arrependo de nada, mas sei que agora não é o momento. Vamos nos arrumar para a aula - afirmou a garota convicta.

― Está bem... mas uma coisa é certa, eu te quero hoje muito mais do que ontem, quando tinha você ao meu lado, e não vou perder isto! - disse Harry sem deixar de fitar os olhos de Hermione.

Foi desse modo que cada um seguiu para o seu quarto e se arrumou para a aula de Snape. Harry e Hermione tinham a certeza do que fizeram e a convicção de que desejavam tornar a fazer, todavia, o momento ainda não seria aquele.

Potter continuava a pensar no livro de seu pai enquanto cruzava os corredores em direção à fria e escura sala onde ocorria a aula de Poções. Hermione já estava lá e Severo aguardava com um sorriso macabro o horário exato para principiar a cobrança dos trabalhos.

― Bem - disse Snape secamente -, quero que depositem sobre minha mesa os frascos com as poções para que eu as avalie.

Draco Malfoy sorriu desdenhoso para Hermione, imaginando que dificilmente a “sangue ruim” haveria acertado o ponto da poção que foi exigida pelo professor.

― Certamente, não conseguiu! - disse Draco entre risos. Mas nem Harry, nem Hermione perderam tempo em responder a provocação. Rony olhava apreensivo para os amigos, que não vira o fim de semana todo, ao passo que Severo analisava a “Poção da Felicidade” com expressão de descrença.

― Não é possível! - bradou Severo num misto de raiva, prazer e surpresa.

Todos olhavam silenciosamente, aguardando a sentença...

― Está correta!

O barulho tomou conta da sala de Snape. Foi como se a balbúrdia tivesse feito morada naquele lugar tão sombrio quanto o professor da matéria.

― SILÊNCIO! - gritou Snape, que não precisou repetir a bronca. - Como vocês conseguiram? Como? - neste instante havia no seu olhar uma nota de macabra admiração.

Harry e Hermione se entreolharam e preferiram nada dizer sobre onde tinham feito a poção.

― Apesar dos esforços... - falou Severo, recobrando a sua frieza habitual. - Confiro somente 3 pontos a Grifinória e não 5, uma vez que os alunos não informaram como fizeram a poção.

Pouco adiantou a indignação de Harry e Hermione. Ao menos não haviam perdido no trabalho. A aula se encerrara estranha naquele dia e ambos tiveram quase certeza de que havia algo oculto no olhar que Snape dispensava aos dois.

Ao fim do dia, Harry e Hermione ainda não haviam tido oportunidade de conversar sozinhos para tecer hipóteses sobre o que de fato tinha ocorrido. Rony continuava entre os dois, durante o café, curioso para saber como tudo se desenrolara, mas também feliz por ver que Harry e Mione estavam se falando, apesar de ficar evidente um traço de ciúmes.

― Puxa!, cara, que bom que tudo deu certo! - falava Rony com sua cordialidade displicente.

― É verdade! - afirmou Harry sorrindo para Hermione. - Melhor do que o planejado...

Neste momento, a garota corou. Potter e Mione notaram que dificilmente conversariam aquela noite. Despediram-se após o café, deixando apenas que os olhos falassem algo mais.

― Você estão estranhos - disse Rony indo para o quarto. - Mas pelo menos não estão mais brigados. Vou dormir.

Potter quis ficar um pouco mais com Hermione, contudo, preferiu não confirmar qualquer suspeita, dirigindo-se também para seu quarto. Na cama, ele não conseguia parar de pensar com a obra entre as mãos. Passou a se questionar como o livro chegara, como souberam da sua viagem à casa de Hermione; não havia contado nem a Ron.

Harry reiniciara a leitura de “A Poção da Felicidade”, que narrava como esta foi criada por Lílian e Tiago, juntos. A cada nova linha lida, mais dúvidas o tomavam. Com certeza, precisava de conselhos... teria de falar com Alvo Dumbledore.

Continua...

Arwen Undómiel Potter

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Fanfic escrita por Arwen Undómiel Potter
Capítulo revisado pela beta-reader Andy “Oito Dedos”

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Agradecimentos:

Meus queridos,

E então? Espero que muitas das apostas de vocês se confirmem!
Desculpem-me pela demora na postagem... tentarei continuar a postar com brevidade (está difícil, mas tentarei em respeito a vocês!).
Bruna, querida, não deu mesmo para postar antes, viu? Desculpa-me!
Punk, aí vai a atualização!
Ah, Julia, fico feliz que esteja gostando! Fica com Deus também, minha linda!
Quero agradecer mais uma vez a todos!

Beijos e até breve,

Arwen Undómiel Potter.

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