O sono dos amantes



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Uma tensão se instalou entre os dois amigos, esperavam a transformação de tonalidade observando atentamente o caldeirão, mas a alteração de cor não veio. Hermione então desabou:

― Oh, Harry, e agora o que faremos? Depois de tantas horas! - A morena foi tomada por um acesso de raiva ao se lembrar do semblante de Snape e sem perceber bateu com o pé no caldeirão, machucando-o. Ela se jogou no sofá sentada, levando as mãos ao rosto para esconder as lágrimas que escapavam copiosamente.

― Mi, calma, vamos encontrar uma maneira. Eu sei que vamos. Juntos nós podemos tudo! - e Harry correu para abraçar a amiga, apertando-a suavemente contra seu peito.

Hermione mais uma vez sentiu uma calma a invadir enquanto Harry se preocupava com o seu pé que agora já estava um pouco inchado. Ele a deitou confortavelmente no sofá para examiná-lo melhor.

― Mi, você torceu o pé - disse Harry sem titubear, com um ar de preocupação. - Se estivéssemos em Hogwarts, Madame Pomfrey certamente daria um jeito, como deu no pulso de Neville... Bem, mas aqui teremos de cuidar disto sozinhos – o garoto falou no mesmo instante em que a levantava nos braços.

― Harry, você está me carregando! - disse Hermione surpresa e envergonhada. - Para onde vai me levar?

― Para seu quarto - afirmou Potter com um ar sério enquanto subia sem dificuldades o conhecido lance de escadas. - Você não vai poder, de modo algum, forçar o seu pé. Vou te levar para o quarto e te por no banheiro, depois...

― Depois o quê, Harry? - interrogou Hermione temerosa pela resposta, mas ansiosa com o que viria. - Você não está pensando em me dar banho, não é? - falou em tom divertido.

― Não! - corou Harry, que na verdade havia pensado sim, entretanto, jamais admitiria. - Apenas vou te levar até o chuveiro e deixar tudo o que você precisa à mão. Quando você acabar e estiver vestida, basta me chamar que a pegarei.

Enquanto Hermione se banhava, Harry se apressou também e fez o mesmo, descendo em seguida até a cozinha para preparar o lanche da amiga. Estava pondo tudo em uma bandeja meticulosamente arrumada, quando ouviu a voz de Hermione:

― Harry! Harry! Acabei!

Potter subiu rapidamente a escadaria e, antes de abrir a porta do banheiro, tomou o cuidado de perguntar:

― Posso entrar?

― Pode sim - disse Hermione sem jeito.

Ele não conseguiu deixar de reparar quão linda estava Hermione. Apenas uma camisola rosa cobria seu corpo. Até perdeu o fôlego, tratando de recuperá-lo depressa para que ela não percebesse o modo como ele a olhava. Mas Hermione era inteligente demais para não ter notado. Harry sorriu para ela e a apanhou no colo mais uma vez com muito cuidado, como se carregasse uma frágil e preciosa obra de arte sobre suas mãos. Repousou-a na cama e pediu que ela esperasse um minuto. Segundos depois, retornara ao quarto com uma linda bandeja sortida de coisas deliciosas e ornamentada com uma rosa recém colhida do jardim da mãe de Mione. Na outra mão, Harry trazia uma compressa de gelo para o pé da morena.

― Ah, Harry! Por que tanto trabalho? Não precisava, eu poderia ter descido sim... - mas ele a interrompeu.

― Mi, você tem cuidado tanto de mim. Deixa-me fazer isto um pouco hoje, por favor - ele pediu com aqueles olhos verdes que guardavam um oceano dentro e ela foi incapaz de dizer não, foi incapaz de não se perder neles.

Harry depositou a compressa sobre o pé de Hermione delicadamente e já ia sair do quarto quando ela pediu com um olhar frágil:

― Fica aqui comigo, Harry.

O universo se abriu no sorriso que ele deu para ela. Hermione se afastou para que Harry pudesse sentar ao seu lado na cama e juntos compartilharam aquela refeição, aqueles momentos de inteira cumplicidade. Depois, ele recolheu a bandeja a uma peça que ficava próxima e passou a observá-la falar enquanto esta teorizava sobre o que poderia ter dado errado na poção. Olhou-a com ternura e devoção, sentindo uma euforia se irradiar do seu coração para todo o seu corpo.

Hermione, percebendo o modo como o amigo a admirava, encostou-se sobre o peito dele, calando-se naquele preciso momento. Eles haviam chegado novamente naquela encruzilhada onde as palavras se tornam incapazes de explicar alguma coisa. Para surpresa de Harry, Hermione levantou o olhar para o dele, trazendo com as mãos a face do maroto para perto da sua. Por mais um instante, ele pôde sentir o doce aroma de Hermione invadindo suas narinas enquanto suas mãos afagavam os cabelos da menina de outrora, agora tão feminina.

― Mi, preciso te falar que... - mas Hermione não o deixou completar a frase. Apenas levantou mais sua face para que aqueles lábios ansiosos por se encontrarem, enfim fizessem daquela procura o encontro.

E deste modo, a boca de Harry que há muito desejava os lábios de Hermione pôde sentir a doçura dos mesmos, ao passo que oferecia em troca o frescor e a ternura dos dele. Beijaram-se por horas e então adormeceram. Agora, Harry não possuía apenas o seu corpo coberto pelas vestes de sua querida, já que usava o roupão dela, tinha-a toda repousando sobre ele.

Sem dúvidas, naquela noite não havia homem mais feliz no mundo, nem uma mulher mais plena.

Era certo que a manhã de domingo lhes traria um dia de longos trabalhos para o preparo da Poção da Felicidade. Mesmo assim, o que importava? A verdade é que não havia nada mais perfeito que o sono compartilhado de duas pessoas que se amam. Eles possuíam isso e com isso tinham tudo.


Continua...

Arwen Undómiel Potter

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Fanfic escrita por Arwen Undómiel Potter
Capítulo revisado pela beta-reader Andy “Oito Dedos”

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Agradecimentos:

Beijos especiais para Bruna!!!

Naninha, será que você está certa? Logo vamos ver...

Ana Souza, desculpa-me por não ter postado logo, mas o meu servidor falhou, viu?

Barbara Ceni, fico extremamente feliz por você estar gostando, um beijão para ti também!!!

Aos meus queridos que estão acompanhando, mais uma vez, meu muito obrigada!!!! Espero que tenham se animado com este último capítulo!!!! Em breve posto o próximo.
Ah, continuem me ajudando com comentários, pois vocês são a razão de ser desta história!!!!!! Valeu queridos!!!!

Beijos,

Arwen Undómiel Potter.

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