O trio maravilha



14) O trio maravilha


Bocejou e abriu os olhos, ainda cansada. Era como se a noite não tivesse sido suficiente. Desejou poder permanecer na cama mais algumas horas, mas sabia que não podia, tinha que levantar e preparar o café da manhã. Quando seu olhar recaiu sobre o relógio do criado-mudo, Hermione pulou da cama. Eram nove e meia da manhã. Amaldiçoou o despertador, e questionou-se mentalmente por que não teria tocado, enquanto caminhava, apressada, para o banheiro.

Após um banho rápido, vestiu-se e abandonou o quarto. Mil e uma maldições vinham à sua mente e Harry seria o alvo de todas elas por ter permitido que dormisse tanto. Começou a chamar o moreno, mas não obteve resposta. Parou na sala e cruzou os braços, irritada, “Onde ele se enfiou?”, perguntou-se.

Seguiu para a cozinha e sua irritação desapareceu ao ver a mesa de café da manhã pronta para ela. Havia até um vaso de flores brancas e perto dele um cartão. Após abrir o envelope, sorriu ainda mais, porém, ao lembrar que Harry não a acordara, tentou ficar chateada com ele novamente. Resmungou algo inaudível e sentou.

- Maldito! Nem começamos a namorar e eu já me derreto por um simples café da manhã e flores. – ela rolou os olhos.

Quando finalmente conseguiu deixar o apartamento, eram quase dez horas. Caminhava apressada, mas então se sentiu estranha, como se alguém a seguisse. Tentou ignorar, continuando a andar, mas seu coração já estava acelerado e a sensação de estar sendo seguida não passava. Se realmente não fosse apenas uma sensação, tinha quase certeza de que era alguém vinculado ao seqüestrador de Sara. E ao mesmo tempo em que temia ser pega e assassinada, não podendo mais ajudar Sara, temia que aquele homem fosse sua única chance de chegar até a menina.

Respirou fundo e fingiu parar para olhar a vitrine de uma loja. Discretamente, olhou para trás e voltou-se, logo em seguida, para o reflexo no vidro da loja, mas não conseguiu enxergar ninguém que parecesse suspeito. Decidiu continuar seu caminho e apenas torcer para chegar ao Ministério em segurança. Lá, pensaria melhor no que fazer.

Alcançou o prédio do Ministério, e seguiu rapidamente para sua seção. Apenas desejava bom dia para quem aparecia em sua frente, mas não parava para conversar com ninguém. Nem passou em sua sala, entrou diretamente no departamento de aurores e então na sala de Harry. Ao avistar o moreno, começou a falar, sem perceber que ele não estava sozinho.

- Harry Potter, como se atreve a me deixar dormindo até nove horas da manhã? O que fez com meu despertador, eu posso saber? – perguntou visivelmente irritada.

- Eu pensei que o super café da manhã te acalmaria. – Harry brincou com um pequeno sorriso.

- E eu pensei que você tinha me dito que voltaram a ser amigos. – uma terceira voz fez Hermione virar-se, encontrando Rony sentado no sofá.

- Rony?

- Olá, Mione. – o ruivo sorriu para a antiga amiga e, após levantar-se, caminhou até a morena e a abraçou – Eu realmente senti sua falta.

- Eu também. – ela correspondeu ao abraço e fechou os olhos – É tão bom ter vocês de volta.

- Fiquei muito feliz quando Harry me disse que se acertaram. Contudo, estou triste pela minha sobrinha.

- Contei a Rony o que aconteceu. Acho melhor só nós três sabermos o que houve, pois se a notícia se espalha pode ser pior para Sara. – Harry falou.

- Eu concordo. Mas o que vai dizer para Gina? Ela foi para a casa da mamãe desesperada ontem, porque você havia saído e não retornou.

- Ela ficou preocupada porque eu não dormi em casa! – o moreno revirou os olhos – A Gina é surpreendente.

- Calma, Harry. Podemos dizer à Gina que a Sara passou a noite em minha casa. Depois inventaremos outra desculpa. – Hermione sugeriu.

- Por enquanto, nenhuma pista, certo?

- Sim. – Harry suspirou, tristemente.

- Bom... Não é bem uma pista, mas preciso contar algo a vocês. Enquanto eu vinha para o Ministério, estava com a sensação de que alguém me seguia.

- E você está bem? Está machucada? – o moreno perguntou, fazendo Rony rir.

- Estou bem, nada aconteceu. Agora, se não foi apenas uma sensação, esta pessoa vai continuar me seguindo, até me pegar. Só que eu sugiro...

- Pegá-la primeiro! – Rony completou.

- Exato. Quando o expediente acabar, eu sairei sozinha, mas vocês vêm logo em seguida. Posso conseguir alguma poção polissuco para disfarce. Finjo não perceber que estou sendo seguida e “facilitar” uma captura. Nesse momento, vocês o capturam antes.

- É muito arriscado, Mione. – o ruivo comentou, olhando para Harry que parecia concordar.

- É nossa única chance de conseguir uma pista sobre a localização da Sara.

- Não agüentaria te perder também. – Harry disse. Ela sorriu e se aproximou dele.

- Você não vai me perder, Harry. Nós vamos conseguir, eu tenho certeza.

- Tudo bem, mas precisamos arrumar melhor esse plano. – o moreno disse. Os amigos concordaram.

- Ah, mas não pense que eu esqueci a história do despertador.

- Ih, Harry... Detenção! – Rony brincou. Harry e ele, então, gargalharam – Pelo visto o espírito de monitora-chefe continua firme e forte na nossa Mione.

- Bobos! – ela acabou sorrindo também.

***********************

Durante o aperfeiçoamento do plano, decidiram que Harry seria o responsável por conseguir a poção polissuco. Então, às três da tarde, o moreno seguiu em busca da poção, enquanto Rony e Hermione retornaram à sala de Harry, onde o aguardariam. O ruivo parecia realmente muito feliz em ter a amiga de volta. Rony nunca entendera direito o motivo da briga.

- Quando tudo se resolver, e tivermos a Sara conosco, você precisa ir à minha casa conhecer minha esposa. Eu sei que você a viu no restaurante aquele dia, mas eu gostaria que fosse amiga da Clarissa.

- Eu vou adorar, Rony. Ela me pareceu uma ótima pessoa, e não será difícil nos tornarmos amigas. – Hermione sorriu – E filhos?

- Temos dois meninos. Philipe de sete anos, e John de três. – ele buscou algo nas vestes. Após retirar a carteira, procurou algumas fotos – Aqui estão.

- Ah... São uns amores. Sua família é muita linda, Rony.

- Obrigado. Eu só queria que estivesse aqui conosco naquele tempo.

- Eu também queria. – ela baixou a vista.

- John ainda não tem padrinhos, você gostaria de ser a madrinha dele? – Rony perguntou.

- Jura? – ele confirmou, então Hermione o abraçou forte – Eu adoraria. Prometo ser a melhor madrinha do mundo!

- Eu tenho certeza que será sim. Não confiaria meu filho a qualquer pessoa. – ambos sorriram.

- É bom estar de volta, não só de volta à Inglaterra, mas de volta aos meus melhores amigos.

- É maravilhoso ter você de volta. – ele segurou a mão da amiga – Eu nunca entendi o que houve...

- Sinceramente? Eu também não. Só me arrependo de ter deixado minha felicidade escapar de minhas mãos com tanta facilidade. Eu desisti muito rápido da amizade de Harry, você mesmo sabe o quanto eu sou orgulhosa... E por isso acabei perdendo a sua amizade também, o carinho dos Weasley’s. Não foi apenas Harry que eu perdi naquele dia, foi toda uma família.

- Eu prometo que não deixarei isso se repetir. Eu também me culpo, às vezes, Mione. Eu vi vocês se afastarem, mas jamais pensei que acabaria assim. Além disso, Gina é minha irmã, e por mais que notasse que o amor possessivo dela estava isolando Harry de todos, eu não sabia como reagir. – Rony disse.

- Eu entendo, Rony. Acho que todos víamos que Harry estava “cego” naquele tempo, mas eu fui a única que tive coragem de tentar trazê-lo para a realidade. Pena que o que eu fazia era visto de uma forma distorcida, por ele e pela Gina. Eu jamais quis separá-los.

- Tenho pena da Sara, sabia? – o ruivo confessou – Logo depois que você foi embora, a Gina apareceu grávida, e no início era tudo maravilhoso, pois Voldemort já havia sido derrotado, mas depois que ela nasceu e minha irmã percebeu que teria que dividir os carinhos de Harry com a filha, ela mudou. É terrível admitir isso, mas ela é uma péssima mãe. Pobre Sara, não sei como seria a vida dela se não tivesse o Harry.

- Ele é um pai muito dedicado.

- Sim, Harry é louco pela filha. E a Sara é um amor de menina.

- Verdade. Estou com saudades dela... – ela disse, fazendo o ruivo sorrir.

- Já deu para perceber que você tem um carinho muito grande por ela. – Rony comentou e, nesse momento, a porta foi aberta.

- Consegui! – Harry tinha um sorriso travesso nos lábios. Usava constantemente poções polissuco em suas missões, mas sempre tinha permissão para usá-las. Naquele momento, como apenas o trio sabia da “missão”, sentiu-se como se estivesse em Hogwarts mais uma vez e estivessem em uma de suas aventuras às escondidas.

- E os fios de cabelo? – ela perguntou.

- Também.

- Beleza. Só nos resta esperar agora. – Rony falou.

- Nós vamos conseguir! – Hermione sorriu para os amigos.

***********************

Respirou fundo e finalmente começou a andar. A tarde já estava terminando e aos poucos o céu ia mudando seu tom de azul. Mantinha os passos firmes e, apesar de seu coração querer sair pela boca, ninguém conseguiria notar seu nervosismo. Estava fingindo muito bem. A presença de seus amigos ajudava a aliviar o nervosismo e dar-lhe a segurança necessária para arriscar-se daquela forma.

Quando se aproximou do local combinado, reduziu a velocidade. Estava perto de um beco, o qual naquele momento estava completamente vazio. “Perfeito!”, ela disse mentalmente e parou. Fingiu, então, procurar algo na bolsa, enquanto as pessoas passavam por ela. Era um alvo fácil. E o alvo não demorou a ser atingido. Tudo aconteceu tão rápido que Hermione nem soube bem o que aconteceu primeiro. Só percebeu que estava caída e havia um peso sobre ela.

Ouviu a voz de Harry gritar o nome de Rony e logo em seguida sentiu o alívio de não ter nada sobre si. Contudo, seu braço esquerdo doía bastante, pelo visto estava fraturado. O moreno a ajudou a levantar-se, enquanto Rony tratava de amarrar o homem com algumas cordas invisíveis.

- Você está bem? – Harry perguntou preocupado.

- Machuquei o braço, mas não é nada grave. O que aconteceu?

- Descobrimos quem estava te seguindo e quando percebemos que ele estava se aproximando para pegá-la, nós fomos mais rápidos e o atingimos com feitiços não verbais. – ele explicou. A morena deu uma olhada na figura que jazia imóvel e desacordada.

- Precisamos tirá-lo daqui e interrogá-lo imediatamente. – Rony falou ao se aproximar dos amigos.

- Sim, mas é melhor a Mione cuidar desse braço logo. – Harry aconselhou.

- Eu estou bem, Har... AI! – ela exclamou quando o moreno cutucou o braço dela.

- Isto prova que você não está bem! – ele disse e deu o assunto por encerrado – Vou levá-la até o St. Mungus. Rony leva o prisioneiro para o local combinado. Não vamos demorar.

- Eu odeio esse seu jeito autoritário! – Hermione resmungou, fazendo os amigos sorrirem.

- Não se preocupe, Mione. Eu espero vocês para começar o interrogatório! – o ruivo disse.

- OK. – ela concordou, sabendo que não adiantaria discutir.

************************

- Você é tão teimosa! – Harry sussurrou para Hermione quando saiam do ST. Mungus – Nem doeu.

- Mas perdemos tempo.

- Mione, você não poderia ficar com o braço fraturado.

- Isso poderia esperar! – a moça caminhava mais a frente, demonstrando toda sua raiva. Iam à direção de um beco, para desaparatar.

- Eu realmente sinto-me feliz por saber que se preocupa tanto com a Sara, mas em momento nenhum quero ver sofrendo as pessoas que me ajudam. – ele a puxou pelo braço.

- Desculpa. Eu estou sendo uma chata, não é?

- Não, você está sendo adorável. Só que precisa entender que não quero que se machuque. – ele falou, acariciando a face dela.

- É que finalmente temos uma pista e isso significa que poderemos encontrar Sara logo. – Hermione sentia seu coração disparado.

- Sim, e nós vamos encontrá-la. – Harry a abraçou – Às vezes, eu me sinto tão confuso.

- Por quê?

- Porque eu jamais imaginaria que você seria a primeira pessoa a quem eu pediria ajuda, e que aceitaria me ajudar.

- Oh, Harry... Eu faria qualquer coisa por você, sempre foi assim, não lembra?

- Você era assim, mas depois... – ele baixou a vista.

- O quê? Por favor, continue.

- Esqueça. Eu prometi que não ficaria remoendo o passado. Quero esquecer tudo de ruim que houve entre nós.

- Tudo bem, mas um dia será que podemos conversar sobre isso? Sobre o passado? Eu quero entender o que fizemos de errado para terminarmos como “inimigos”. – ela pediu.

- Claro. Só que não somos mais inimigos. – ele encostou sua testa à dela.

- Não, não somos. – Hermione sorriu, antes de sentir os lábios dele tocarem os seus levemente – Melhor nos apressarmos.

- Certo.

Eles desaparataram. O local combinado era uma casa abandonada que havia perto do parque de Londres. Harry e Hermione surgiram na entrada da casa, e sem mais demora, adentraram nesta. Com a ajuda da varinha, iluminavam o caminho até o quarto onde Rony estaria com o prisioneiro. Ao alcançarem o cômodo, encontraram o amigo de pé, andando de um lado para o outro, e o prisioneiro amarrado em uma cadeira.

- Chegamos. – Harry falou assustando Rony, que deu um pulo. Tanto ele quanto Hermione sorriram.

- Quer me matar do coração? – ele reclamou chateado.

- Desculpa, Rony. – ele não parecia muito arrependido – Ainda inconsciente?

- Sim. Precisamos de um feitiço. – Hermione aproximou-se do homem e, após apontar a varinha para a face dele, murmurou um feitiço. Ele despertou assustado.

- Hora de acordar. – o moreno disse com um olhar nada amigável para o homem, que o fez tremer de leve – Seremos bem objetivos aqui... Queremos informações, as quais você responderá de boa vontade.

- Podem me matar, mas nada sairá de minha boca! – o homem gaguejou, mas tentou manter-se calmo.

- Matá-lo? Não, não... Matar é algo tão rápido! Por que o mataríamos, se podemos torturá-lo? – Rony disse com um sorriso malicioso nos lábios.

- Calma. Vamos dar uma chance a ele. – foi a vez de Hermione se pronunciar – Se ele não colaborar por bem... Diffindo! - ela falou, apontando a varinha para a perna esquerda do homem, provocando um enorme corte, do qual começou a jorrar sangue. Ele soltou um grito abafado e cerrou os dentes.

- Isso é só o começo. – Harry murmurou perto do ouvido do homem – E então, vai colaborar por bem, ou precisaremos usar algumas técnicas para arrancar as informações?

- V-vocês não vão sobreviver dessa vez! – ele balbuciou, tentando esconder o medo – Não vão escapar.

Harry olhou para Rony e depois para Hermione. Então, puxou o braço do homem e após rasgar com força a manga de sua camisa, viu a marca negra no braço dele. Largou o braço do homem e deu alguns passos para trás, ao mesmo tempo em que passou as mãos pelos cabelos.

- Calma, Harry, é apenas a marca negra. – Rony murmurou perto do amigo.

- Quem é? Quem é o novo Voldemort? – ele segurou a gola da camisa do homem – RESPONDA! Quem é o maldito que está por trás disso!?

Não houve resposta. Aquilo só aumentou a raiva do moreno, que não conseguiu se controlar e deu um murro na face do homem. Hermione arregalou os olhos e Rony puxou o amigo, que ia dar outro golpe. O antigo comensal sorria, mesmo com seu lábio inferior sangrando.

- Flagrate - Hermione apontou a varinha para a barriga do homem e marcou com fogo as letras HP. Ele gritou de dor e, involuntariamente, lágrimas saíram de seus olhos – É bom começar a falar, ou irá se arrepender!

- NUNCA! – ele disse entre dentes, com um sorriso quase insano nos lábios.

- Hermione, vire-se, por favor! – Harry pediu.

- C-como?

- Vire-se. – ela o olhou confusa, mas fez o que ele pediu – Agora, Rony... Faço-o ficar de pé.

O ruivo lançou um feitiço e as cordas que prendiam o homem à cadeira sumiram, mas ele estava agora preso pelos pés. Com outro feitiço, Harry abaixou as calças do homem, deixando-o completamente despido na parte inferior. O antigo comensal arregalou os olhos. Tentou cobrir seu órgão genital, mas suas mãos não o obedeciam.

- Eu só vou falar mais uma vez... Ou diz agora mesmo quem é esse seguidor de Voldemort e onde está minha filha... Ou sairá daqui castrado!

Hermione não conseguiu controlar um sorriso. Rony e Harry, contudo, permaneciam sérios e, pela primeira vez, o homem realmente desejou poder escapar dali. O moreno começou uma contagem regressiva, para desespero do outro. Quando o tempo terminou, ele apontou a varinha para o homem e já ia executar o feitiço, mas o antigo comensal o impediu.

- Eu conto, eu conto, mas pelo amor de Mérlim, não faça isso! – ele implorou. Um sorriso satisfeito se esboçou nos lábios de Harry. Com um feitiço, as calças subiram e Hermione pôde virar-se para participar do interrogatório – O nome dele é Venon.

- Venon? Aquele traidor? – Rony perguntou. O homem confirmou com a cabeça. Quando Voldemort ainda estava vivo, um integrante da Ordem traiu a confiança dos demais e aliou-se ao inimigo.

- Diferente do que muitos haviam pensado, Venon não morreu na batalha final. Ficou gravemente ferido, mas sobreviveu. Após alguns anos, ele começou a reunir aqueles comensais que não foram presos, além de recrutar novos adeptos para sua causa.

- E qual a causa dele? – Hermione quis saber.

- Continuar os planos de nosso mestre. Fazer um reinado de Trevas, e exterminar todos os imundos!

- Malditos! – foi a vez da morena dar um tapa no homem – Até quando essa idéia ridícula permanecerá no mundo bruxo?

- Até o dia em que todos os trouxas e sangues-ruim forem mortos!

- Cruccio! - Harry gritou, com raiva. O homem se contorceu e gritou. Quando cessou a maldição, ele perguntou - Onde está minha filha?

- Não conseguirá salvá-la, Potter! Se eu não voltar, o novo mestre descobrirá que estão indo atrás dele.

- Eu perguntei, onde está minha filha! – Harry insistiu.

- A menina está na floresta Tees.

- Como a encontramos? – Hermione perguntou.

- Devem seguir pela grande floresta, sempre em direção ao norte. Encontrarão uma montanha, mas ela é apenas uma ilusão. Podem atravessá-la e assim chegarão ao esconderijo dela. – ele explicou – Terão de percorrer isso a pé, pois o mestre lançou um feitiço contra aparatação em torno da floresta.

- Sabe que se estiver mentindo, eu não terei piedade, não sabe? – o moreno questionou.

- Não estou mentindo.

- Ótimo. Agora, onde é o esconderijo de seu mestre? – Hermione perguntou.

- Eu não sei. Ninguém sabe. Nossos encontros são no mesmo local onde a menina está presa, mas Venon só aparece lá quando há reunião.

- Está dizendo que seu mestre não confia em seus próprios seguidores? – Rony olhou para os amigos.

- Antes, eu também não gostava disso, mas agora percebo que foi necessário. O mestre é muito inteligente, por isso digo que não escaparão dessa vez. – o homem sorriu.

- É o que veremos. – o moreno apontou a varinha para o comensal - Dormio!

- O que faremos? – a mulher questionou aos amigos.

- Eu irei atrás da Sara.

- Nós vamos com você! – ela disse.

- Não, além de perigoso, não podemos sumir de Londres por uns dias.

- Eu quero ir, Harry. Você não pode ir sozinho. – Hermione insistiu.

- Também quero ajudar, amigo. – o moreno olhou para os dois e suspirou.

- Rony, você sabe que não conseguiríamos convencê-la a não ir, então, se importa em ficar? Precisamos de alguém aqui, caso Venon faça contato.

- Tudo bem.

- Você dirá ao Ministério que Harry e eu partimos para uma missão de emergência, pois descobrimos pistas sobre Venon, mas sem entrar em detalhes. – ela sugeriu – Nós partimos ainda hoje, não podemos perder tempo.

- Certo. Ele estará, você sabe disso, não sabe? – Harry encarou Hermione.

- Sim, é bem provável que ele já esteja lá quando chegarmos, mas eu tenho certeza que manterá Sara viva, pois pensará em usá-la como escudo.

- Tomem cuidado, amigos. Eu deixarei uma equipe em alerta, façam contato se precisarem de ajuda.

- Rony, você deverá manter o prisioneiro aqui, pois se a informação estiver errada, precisaremos dele. – ela alertou.

- OK.

- Precisamos passar em nossas casas para pegar algumas roupas e suprimentos. – Hermione lembrou.

- Gina está em casa? – o moreno quis saber.

- Acredito que não, acho que ainda está com a mamãe. Falarei com ela que saiu em uma missão.

- Ótimo. Vamos! – ele disse, então desaparataram.

N/A: Bom... O meu tradicional pedido de desculpas pela demora, mas eu realmente não pude terminar o capítulo antes... Contudo, ele ficou bem grandinho... =D Digamos que não é daqueles capítulos cheios de “ação”, mas é um capítulo importante, para o próximo, o qual espero para escrever desde que pensei na fic... =D Tentarei fazê-lo bem legal e interessante... Por enquanto, espero que tenham curtido esse!! Desculpa se tiver ficado meio chatinho, mas como disse, é um capítulo necessário. Agora, eu gostaria de agradecer a Náyra, pois ela me ajudou nessa última cena... Esses feitiços, e essas idéias perversas foram dela, ehieuheuihieuhe... Vocês sabem que Pink é um anjo de autora, e jamais tortura seus personagens!! =D E também gostaria de dizer que esse cap é um presente de niver para duas pessoas... Para a Nay (é um presente atrasado, mas você sabe que estou trabalhando naquela outra fic =D), e para a Angeli (que faz aniversário hoje – 15/04)... Eu disse que ia postar, não foi? Demorou mais chegou, heuiehuihuieh!! =D Bom... Melhor eu ir agora... Espero que tenham gostado!! Agradeço a todos que leram, comentaram e votaram!! Beijoss!! Pink_Potter : )

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