A Casa dos Gritos



- Ser seu par? – Sarah sorriu. – Mas, é claro, é uma honra!
- Sério? – Ele sorriu. – Ah, Sarah, seria capaz de beija-la!
A garota corou violentamente.
- Bom, vamos, daqui a pouco começa o baile! É melhor nos arrumarmos!
Sarah concordou com a cabeça. Então, os dois combinaram as horas e aonde se encontrariam e foram se arrumar. Sarah foi correndo para o dormitório das garotas.
- Vejamos, um vestido bem lindo. Que caia bem em meu corpo. Que combine com o tom de meus cabelos e meus olhos. Que fique bem com minha pele alva. E... Que seja do meu estilo! – Ela acenou com a varinha, e rapidamente um vestido azul-marinho, com detalhes dourados, justo até os joelhos, apareceu. – Ótimo!
Deixando o vestido em cima da cama, Sarah tirou a roupa, pegou uma toalha e foi tomar banho. No banho, ela não parava de pensar em Sirius... E com ele, não era diferente! Do banho, até a hora em que estava se trocando, não parava de imaginar Sarah do seu lado. Não estava acreditando, ia com a garota mais linda do baile!
- Oooo... Oooo, galã de cinema! – Tiago o cutucou, já trocado. – Acorda! Você vai com quem?
- Que? – Sirius o olhou. – Ah ta, vou com a Sarah.
- Sorte sua! – Tiago riu. – Adivinha com quem eu vou?
- Ah é, quem? A Evans? – Ele a olhou.
- Ah, não... Ela não aceitou ir comigo. Vai ir com o capitão do time de Quadribol da Corvinal. Mas, a pessoa que eu vou dá pra quebrar o galho.
- Fala quem é, Tiago! – Disse Sirius, acabando de arrumar seus cabelos, que sempre lhe caíam sobre os olhos, de uma maneira displicente, e muito atraente.
- A sua linda priminha, Andrômeda!
Sirius o olhou.
- Você vai com a Andrômeda?
- Eu vou! – Tiago riu. – Dá pra ser, não é? Ela é bonitinha... Eu sei que a Evans ganha dela, mas, ela é legal.
- Escuta aqui, Tiago! – Sirius o olhou sério. – Se fizer minha prima sofrer, você vai ter que se ver comigo.
- Está bem, calma! – Tiago o olhou, assustado. – Vamos que já estamos atrasados!
Sirius olhou no relógio. Faltavam 10 minutos para 0:00. Ele e Tiago desceram correndo as escadas do dormitório e encontraram Remo e Pedro, esperando-os.
- Vamos logo, as meninas já estão á séculos esperando a gente! – Remo exclamou, puxando os amigos. Ao chegar no salão principal, viram que as garotas estavam encostadas á escada, esperando-os. Sarah viu Sirius e acenou, sorrindo. Ele deu outro sorriso, e foi até ela.
- Desculpa por ter de deixado esperando...
- Não faz mal! Eu cheguei quase agora!
- Desculpa mesmo. – Ele olhou no fundo dos olhos dela, fazendo-a corar. Sarah apenas deu um sorriso, sem graça.
Então, desceram pro centro do salão. Estava cheio. As mesas estavam encostadas á parede, para dar mais espaço. Havia centenas de mesinhas, e havia muita gente sentada nelas. Andrômeda, Tiago, Remo, Jennifer, Pedro e Christie foram reto, enquanto Sirius, de repente, puxou Sarah para o jardim.
- Vem comigo, quero te mostrar uma coisa!

Ele levou-a até um salgueiro lutador que se debatia furiosamente.
- Que diabos é isso? – Sarah perguntou, olhando Sirius.
- É o salgueiro. Mas não é tão importante. – Disse ele, pegando um galho de árvore e apertando um nó no canto do salgueiro, cujo parou de se debater no mesmo instante. Então, Sirius puxou Sarah pelas mãos e seguiram num túnel reto.
- Sirius, aonde isso vai dar? – Ela perguntava, insegura.
- Confie em mim, Sarah. Eu sei o que estou fazendo.
Após passarem pelo longo túnel, chegaram a um quarto. Suas janelas estavam quebradas, as cortinas, meio que empoeiradas, e havia uma grande cama de colunas á frente dos dois.
- Isso é... Um quarto! – Disse Sarah, tossindo.
- Basicamente, meu esconderijo e de meus amigos! – Sirius olhou para ela.
- Ah, por que vocês vêem aqui?
- Isso não tem importância. – Ele olhou para os olhos azuis vivos da garota, e, sem pensar, colocou suas mãos na cintura de Sarah. Ela corou.
- O que vai fazer... – Mas nunca Sarah pode completar a frase, pois Sirius a beijou. Ela não desviou, embora se sentisse muito envergonhada. Sarah colocou os braços em volta do pescoço de Sirius, e os dois foram meio que tombando, ainda se beijando, até a parede. Ele a encostou a parede.
- Não... Não devíamos... – Ela falava, olhando-o.
- Eu sei... – Ele sorriu marotamente. – Mas gosto de desobedecer a regras.
A beijou novamente. Sarah, no começo, não estava se sentindo á vontade, mas, ao decorrer do beijo, foi se soltando, e o aprimorando ainda mais. Ficaram se beijando por vários minutos, enquanto se acariciavam.
- Te amo, Sarah. – Sirius disse, quando, finalmente, acabaram de se beijar.
- Como... Como pode me amar, se... Se acabamos de nos conhecer?
- Não sei. Só sei que amo. Senti isso desde que você encontrou naquela bendita cabine.
- Eu... Eu também te amo... – Ela sorriu, abraçando-o bem forte. Então, os dois foram meio que tombando novamente, até se tacarem na cama. Ele apenas sorriu para ela.
- Eu sempre esperei esse dia... O dia em que acharia quem eu sempre procurei... – Ele disse, acrescentando. – Você, Sarah.
- Ah, Sirius, você é tão meigo... – Ela sorriu, emocionada.
- Diga-me, Sarah... – Ele a olhava, acariciando seus cabelos. – Por que não apareceu na minha vida antes?
- Ah, Sirius! – Ela o beijou novamente, o abraçando forte. Ficaram se acariciando e trocando juras de amor, até que adormeceram, Sirius e Sarah deitados de lado, ele, com a mão na cintura dela, e ela segurando sua mão sobre sua cintura. Ambos adormeceram sorrindo. Parece que tinham encontrado seu primeiro amor.

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