-Mudanças-



- Venha Harry, vou levá-lo ao seu quarto.

- Ok, vamos Lupin. – eles foram subindo as escadas da enorme e antiqüíssima casa dos Black, e agora de Harry. –Parabéns Remo!

- Obrigado Harry. – agradeceu Lupin num misto de felicidade e incerteza.

- Algum problema Remo?

- Estou preocupado, só isso.

- Com o que?- perguntou Harry confuso.

- Eu cometi um grave erro ao me casar com Tonks. - desabafou Lupin ao entrarem no quarto que havia sido de Sirius e agora era de Harry. - Eu fiz isso fora de juízo perfeito, e eu tenho lamentado desde então...

- Mas Remo, eu acho que foi a coisa mais certa que você fez. Nunca vi você mais feliz.

- Você não entende... Não é com a minha felicidade que estou preocupado. É com a felicidade de Tonks e da criança que vai nascer. Minha raça não costuma se reproduzir! Ele vai ser como eu, eu estou certo disso... Como eu poderia me perdoar, quando eu posso ter passado o vírus da minha doença para uma criança inocente?

- Calma Remo. Mas o bebê pode nascer sem o vírus.

- Se, por algum milagre, a criança não for como eu, então mil vezes melhor, sem um pai que a deixe sempre envergonhada!

- Não diga isso... Como poderia qualquer criança ter vergonha de você? Repara em tudo o que você ensinou a mim e aos alunos de Hogwarts e poderá ensinar ao seu filho. Remo, você é um professor brilhante, certamente será um pai fascinante e seu filho terá muito orgulho de ter um pai como você.

- Harry, meu filho seria visto com maus olhos, como eu sou. Você sabe que minha raça não é bem-vinda e excluída entre os bruxos.

- Remo, os mestiços de sangue também são excluído, assim como os que tem o mesmo vírus que você. Isso ta errado! Completamente errado! E você sabe disso, mas também sabe que isso vai mudar. Com a queda e a morte de Voldemort muita coisa vai mudar.

- Eu sei. –sussurrou Lupin.

- Não faça nada que você possa se arrepender depois. Fique ao lado da mulher que você ama, até o fim. Meu pai ficaria muito feliz com isso, assim como meu padrinho. Eles ficariam felizes de ver seu amigo feliz cuidando da sua família. Se você estiver junto deles, você poderá defendê-los de qualquer tipo de preconceito. Mas com certeza seu filho terá muito orgulho de ter um pai como você.


Estas palavras emocionaram muito Lupin, que há alguns minutos estava prestes a abandonar tudo e seguir seu caminho, deixando para trás a mulher que ele mais amou em toda sua vida, grávida de um filho seu, agora estava abraçando Harry e chorando agradecido.


- Obrigado Harry, eu precisava conversar com alguém.

- De nada Remo.

- Vou lá pra baixo espiar o que Tonks está fazendo. - disse Lupin dirigindo-se a porta.

- Ok.

- Ah! –falou Lupin voltando- ali em cima da cômoda tem algumas cartas esperando por você. E obrigado pela conversa.

- De nada. –respondeu Harry sorrindo.



Harry ainda não havia reparado, mas o quarto tinha uma vastidão considerável. Havia uma cama grande com uma cabeceira de madeira entalhada, duas janelas altas com longas cortinas de veludo, e um lustre ainda com velas. Uma bela escrivaninha de madeira que combinava com a cama e com o armário, duas poltronas claras, dois criados-mudos, um de cada lado da cama, e uma cômoda ao lado do armário. Havia retratos nas paredes – um deles era o retrato de quatro estudantes de Hogwarts que estavam abraçados, rindo para a câmera, que Harry identificou seu pai, seu cabelo preto desarrumado na parte de trás como o de Harry, e seus óculos igualmente desgastados. Ao lado dele estava Sirius, de cara ligeiramente arrogante, mas sendo o mais jovem e mais feliz deles, e tão vivo como Harry nunca o tinha visto. Do lado direito estava Pettigrew, o mais baixo de todos, gordo e de olhos aquosos ao mirar Sirius, parecendo se sentir muito bem pela sua inclusão no grupo mais legal de todos, com os tão admirados e rebeldes Tiago e Sirius. A esquerda de Tiago estava Lupin, com as vestes surradas, mas tinha o mesmo ar da surpresa deleitada em encontrar-se neste grupo, e de ser gostado e incluído.


Havia outros retratos, um ao lado de um alto do grande armário de madeira, junto com uma das várias bandeiras de Gryffindor, carmim e ouro, na foto estava três dos garotos da outra foto, Tiago, Remo e Sirius, uma linda moça, que Harry reconheceu ser sua mãe, que segurava um pequenino bebê. Ao que parecia eles estavam em uma festa de natal, e todos pareciam muito felizes. Ao lado da porta havia um retrato de uma pequena criança entrando e saindo de foco voando em sua vassoura, e no fundo seus pais, se divertindo com o pequeno menino voando de um lado a outro.


Tonks, Remo e Monstro haviam feito o melhor que puderam, para modificar um pouco o casarão. Alguma das melhorias que fizeram foi conseguir arrancar alguns velhos pôsteres do quarto de Sirius, o jovem Sirius havia colado muitos retratos de motocicletas de trouxas. Eles tiveram alguns problemas para redecorar o quarto para Harry. Ao que parecia a eles Sirius não quis dar chances a seus pais para redecorar seu quarto.


Poderia parecer uma atitude um tanto metida deles, de redecorarem a casa, deixando um ambiente mais agradável, sem serem os donos da casa, mas Harry ficou extremamente agradecido por isso. Eles também conseguiram finalmente dar um fim no horroroso e chato retrato da Sra. Black. A tapeçaria com a árvore genealógica dos Black, que ocupava uma das paredes de uma das salas da casa recebeu alguns retoques, já que eles não conseguiram retirá-la. E na parede oposta colocaram a árvore dos Potter, Harry adorou isso em particular. Está sala, onde estavam às árvores, recebeu um conjunto de sofás muito bonito e confortável, os quais foram posicionados na frente de uma lareira.


Harry adorou as mudanças feitas na casa, ele foi passeando pelos outros quartos, todos estavam decorados com muito bom gosto. Assim como o resto da casa. Harry voltou para seu quarto, para responder as cartas. Pegou-as de dentro de uma pequena cesta que estava em cima da cômoda. Foi as olhando curioso, havia cartas de seus amigos, incluindo uma de Neville, que foi escrita pela avó dele, uma vez que Neville não estava muito bem, mas melhorava a cada dia como dizia a carta. As cartas de Ron e de Mione lamentavam a morte de Sirius, demonstravam o quão saudosos eles estavam de Harry.


A carta de Ron chamou atenção, mais do que as outras, pois nela, Ron contava o que havia acontecido com sua família. O Sr. E a Sra. Wesley estavam bem, mas tristes com a perda de Percy, que de última hora foi ajudar a Ordem da Fênix, matou alguns e acabou sendo morto também. Contava também que Fred e Jorge estavam voltando com as Gemialidades Wesley, e tendo muito sucesso, que Gina continuava a namorar com Draco, que havia mudado muito. Segundo Ron, Draco perdeu seu pai durante a batalha em Hogwarts, e ele e sua mãe, Narcisa, foram morar em uma casa um pouco menor, já que aquela trazia muitas lembranças ruins a eles. Narcisa, ao que parecia havia mudado consideravelmente.


Os Lupin ficaram até após o jantar com Harry e depois foram para sua casa, Grimmauld Place 7. Eles eram praticamente vizinhos de Harry.


- Harry, qualquer coisa que você precisar, já sabe. É só atravessar a praça.

- Ok, obrigada Remo. – disse Harry se despedindo na frente da casa, que de uma hora para a outra ficou visível aos trouxas.

- Tchau, querido. Nós vamos vir te visitar sempre que pudermos. E daqui a uns dias, se você quiser é claro, nós vamos com você para comprar seus materiais. E mais tarde te levar até a estação.

- Obrigado Tonks, mas eu vou comprar meus materiais só. Mas gostaria da companhia de vocês na volta às aulas. – respondeu Harry sorrindo.




Nota:
Por favor, comentem...
comentar naum tira pedaço e eu juro q se dcr q naum gostou eu naum vou azarar...
hehehe

beijos a tds

e obrigada por lerem e comentarem...

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