As presas



Capítulo 16

As presas

Começaram a subir uma escada de madeira antiga, do alto se via o bosque, havia uma escada do outro lado, Gabriel e Mione observavam a bela vista, Vivi tirava fotos do namorado, e volta e meia fotografava Mione e Gabriel.

- Mione, vamos descer, seguindo a estrada do bosque lá em baixo, há uma historia. – Disse Gabriel animado e pegando a mão de Mione e a puxando pelas escadas, Vivi aproveitou o momento e tirou uma foto. Harry começou a rir.

- A Mione vai te matar...

- Eu sei... – Disse ela caindo na gargalhada e tirando mais fotos de Harry.

- Deixa eu tirar fotos suas agora, afinal você é muito mais bonita!

- Modesto! – Disse ela fazendo pose para a foto, entrelaçando as mãos e as colocando no queixo. – Vamos descer. – Puxou Harry pela mão também e começaram a descer a escada.

Via-se então um caminho fechado, com uma estrada de pedras e a frente uma ‘casinha’ parecida com um templo, nela havia algo desenhado sobre a pedra e algumas escrituras.

- É a historia de ‘João e Maria’, eu e meu irmão sempre vínhamos aqui quando crianças... Você conhece a história?

- Não, amor. Me conta?

- Claro. – Disse sorrindo e abraçando ele. – ¹Era uma vez, dois irmãos que resolveram passear em uma floresta perto de casa, e para não se perderem foram jogando migalhas de pão pelo caminho, mas dois passarinhos foram comendo as migalhas, encontraram então uma casa feita de chocolate, não resistiram e começaram a devorar a casa, uma velhinha saiu de dentro dela, as crianças ficaram com medo, mas a velha disse que lá dentro teria muito mais, inocentes e ingênuas entraram a senhora prendeu Maria dentro de um quarto e João dentro de uma gaiola, fazendo ele comer tudo que tivesse direito e muito mais, Maria então descobriu que a ‘bruxa’ queria engordá-lo para depois assá-lo e come-lo. A menina fez uma armadilha para a ‘bruxa’ e conseguiu escapar, fugiu sem o irmão, voltou para a casa e contou tudo aos pais, os pais dela e mais o povo do vilarejo encontraram a casa da ‘bruxa’, resgataram Joãozinho e queimaram a ‘bruxa’ na fogueira. Fim.

- Você acredita mesmo nisso? – Disse ele rindo.

- Claro que não... essa ‘bruxa’ devia era ser uma canibal... ou algo do tipo... – disse ela rindo. Começaram a caminhar, Harry se abaixou e pegou uma flor para ela, Vivi parou de andar. – Eu quero te ensinar uma coisa. – Ela pegou a flor e colocou entre a mão dela e a dele. – Vê esse jardim? – Disse apontando para as varias flores do pequeno campo. Ele fez que sim. – Você sabe por que as pessoas dão flores umas para as outras? Porque nelas esta o verdadeiro sentido do amor... Quem tentar possuir uma flor, verá a sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ele... Porque ela combina com a tarde, com o pôr-do-sol, com o cheiro de terra molhada, com as nuvens no horizonte, com o vento que toca a sua face... – Dizia ela, tocando a face do namorado e o fazendo fechar os olhos por um momento. - O amor poderá ficar em você, para sempre. – Ele sorria para ela. Vivi colocou a flor de volta na terra.

- Obrigado.

- Pelo que?

- Por você existir, por estar ao meu lado. Vivi, eu amo você.

- Oh, Harry, eu também o amo. – Ele a puxou pela cintura e a beijou, um beijo calmo expressando todo o amor, sereno, que estava dentro deles.

- Ham... Ham... – Fez Mione de braços cruzados, fazendo os dois apaixonados pararem de se beijar, quando olharam Gabriel estava de costas para eles.

- Pode virar... – Disse Vivi rindo, e deixando um Harry corado.

- É melhor irmos... Não é muito seguro ficar fora durante tanto tempo... – Disse ele sendo seguido por Mione.

- Vamos. – Disse Vivi pegando na mão de Harry e alcançando o irmão e Mione.

Chegaram em casa e viram um Sirius preocupadíssimo e a mãe de Vivi estressada.

- Até que enfim vocês chegaram! Queriam nos matar de susto! Faz mais de uma hora que vocês saíram! – Disse a mãe de Vivi. – Vão tomar banho e se arrumar, logo o Sr. e a Sra. Weasley chegarão. – Os quatro assentiram e subiram as escadas.

O jantar foi organizado por Sirius com a ajuda de Vivi. Todos jantaram, e então o Sr. Weasley, Quim e Tonks voltaram para o Ministério. Os outros continuaram conversando. Kris disse para as ‘crianças’ irem se deitar cedo, pois pretendia levá-los ao Beco Diagonal na manhã seguinte. Harry foi para o quarto e se jogou na cama, foi adormecendo, estava olhando para o céu nublado lá fora... Rony ainda não tinha ido se deitar... pensava em todas as coisas boas...
Começou a sonhar que estava no bosque... mas estava escuro e chovendo... viu Vivi ao longe acenando...

O sonho mudou...

Seu corpo estava mais suave, poderoso e flexível. Estava planando entre as brilhantes barras de metal, cruzando o escuro frio... Estava se achatando contra o chão, movendo-se ao longo de seu corpo... Estava escuro, mas podia ver os objetos em volta brilhando estranhamente, cores vibrantes... Estava movendo sua cabeça... A primeira vista o corredor estava vazio... Mas não... Um homem estava sentado no chão logo à frente, seu queixo caído em seu peito, sua sombra brilhando no escuro...
Harry colocou sua língua pra fora... Sentiu o aroma do homem no ar... Estava vivo, porém inerte... Sentado em frente a uma porta no final do corredor...
Harry demorou a pegar no homem... Mas precisava dominar a fundo o impulso... Tinha coisas mais importantes a fazer...
Mas o homem estava agitado... Uma capa prateada caiu de suas pernas enquanto pulava seus pés; Harry viu sua vibrante e embaçada sombra sob ele, viu uma varinha saindo de um cinto... Ele não tinha escolha... Ele se levantou do chão e golpeou uma, duas, três vezes, mergulhando suas presas profundamente no corpo do homem, sentindo suas costelas se estilhaçando sob sua mandíbula, sentindo o quente jato se sangue...
O homem estava gritando de dor... Então ele se calou... Afundou para trás contra a parede... O sangue espalhado do chão...

Sua testa doeu terrivelmente... Estava ardendo, quase queimando...

- Harry! HARRY! - Ele abriu os olhos. Cada parte de seu corpo estava coberto com um suor frio; seus lençóis estavam misturados em volta de si como uma camisa de força; sentiu como se uma brasa estivesse sendo aplicado em sua testa. – Amor... você ta bem? Harry! – Vivi estava desesperada. – Eu... eu vou chamar alguém... é o que vou fazer... é...

- Cadê o Rony?

- Ta no banheiro... eu acho... ESPERAI! Eu preocupada com você e em vez de você me responder o que eu perguntei... você pergunta onde esta o Rony?

- É... importante... O pai dele... foi atacado...

- Ham?

- É sério... o pai dele foi atacado.. havia sangue em todos os lugares!

- Cara... erh... você estava sonhando...

- Não! - disse Harry furiosamente, era crucial que Rony entendesse. - Não foi um sonho... Não um sonho qualquer... Eu estava lá, eu vi aquilo, eu fiz aquilo... – Harry tentou levantar, uma vontade de vomitar apareceu, ele saiu correndo do quarto e se fechou no banheiro.

- Harry... ABRE! Você ta bem? – Insistia Vivi na porta do banheiro. Ouviram passos na escada.

- O que esta acontecendo aqui? – Perguntou a Sra. Weasley e mais atrás estava Kris.

- O Harry... ele não ta bem... ele teve um sonho e... – Não pode terminar, nesse momento Harry abriu a porta.

- NÃO FOI UM SONHO... Foi o pai do Rony! Ele foi atacado por uma cobra e é serio, eu vi tudo acontecer.

- Como assim você viu acontecer? – Disse a mãe de Vivi, contraindo seus olhos.

- Eu não sei... Eu estava adormecendo e então eu estava lá...

- Quer dizer que você sonhou com isso?

- Não! - disse Harry aborrecido, nenhum deles entendia? - Eu estava sonhando com algo completamente diferente... E então fui interrompido por isso. Era real, eu não imaginei. O Sr. Weasley estava desacordado no chão e tinha sido atacado por uma cobra gigantesca, tinha muito sangue, estava desmaiado, alguém tem que descobrir onde ele está... – Todos olhavam-no espantados, Vivi o abraçou. – Eu não estou mentindo...

- Eu acredito em você, Harry... Vista-se... Nós vamos ver Dumbledore.

Em instantes Harry havia se trocado e estava no Hall da casa.

- Deixa eu ir? – Insistia Vivi para a mãe.

- Eu já disse não, e ponto. Vamos? – Disse olhando para a Sra. Weasley e Rony. Gina apareceu sonolenta em cima da escada. – Querida... é melhor você ficar. Nos mandamos noticias... Agora vamos. – Harry deu um beijo rápido em Vivi que fazia bico e saiu atrás da mãe dela e dos dois Weasley’s.

- Como nós vamos? – Perguntou Harry, já fora da casa.

- Chave de portal. – Dizendo isso, abriu a bolsa preta que tinha pendurada no ombro e retirou um sapato preto de dentro. – No três. Um, dois e três.

Tudo começou a rodar, um misto de cores em frações de segundos, quando Harry viu já estavam no chão, no portão de Hogwarts. Viu Kris mandando um patrono e logo um homem grande, Hagrid, vinha recebê-los. Adentraram o Castelo. Harry ia seguindo a Sra. Lockhart e a Sra. Weasley, com Rony ao seu lado. Harry estava sentindo que o pânico dentro de si transbordaria a qualquer momento; queria correr pra chamar Dumbledore; o Sr. Weasley estava sangrando enquanto andavam tão tranqüilamente, e se as presas (Harry tentou arduamente não pensar "minhas presas") fossem venenosas? Eles passaram por Madame Nor-r-ra, que mirou seus olhos luminosos em sua direção e miou fracamente, mas a Sra. Lockhart a espantou. Madame Nor-r-ra se retirou dali e foi para a escuridão, em alguns minutos chegaram à gárgula de pedra que guardava o escritório de Dumbledore.

- Abelha Mágica Assobiando. - Disse ela. A gárgula emergiu com vida e se moveu para o lado; a parede atrás dela se dividiu em duas para revelar uma escadaria de pedra que se movia continuamente para cima, como uma escada rolante em espiral. Os quatro se aproximaram da escadaria, a parede se fechou atrás deles com uma batida ensurdecedora eles foram subindo em círculos fechados até chegarem ao topo, onde havia uma porta de carvalho polido com o batedor de metal em forma de um grifo. Aparentemente que já havia passado da meia-noite e havia vozes vindo de dentro da sala, um murmúrio positivo deles. Parecia que Dumbledore estava entretendo pelo menos umas doze pessoas. A Sra. Lockhart bateu três vezes com o batedor de grifo e as vozes cessaram abruptamente, como se alguém os tivesse desligado. A porta se abriu de sua própria harmonia e ela os guiou para dentro.

- A Sra. Lockhart... é você... - Dumbledore estava sentado em uma cadeira com um grande encosto atrás de sua mesa; ele se inclinou para frente, no conjunto de luz de velas que iluminavam papéis vergês antes dele. Estava vestindo um magnífico vestido longo, bordado púrpura e dourado sobre uma camisola coberta de neve, mas parecia bem acordado, seus penetrantes olhos azuis atentos à mãe de Vivi.

- Professor Dumbledore, Harry teve um... Bem, um pesadelo. - disse ela. - Ele disse...

- Não era um pesadelo... - Disse Harry rapidamente.

- Muito bem, então, Harry, conte ao diretor sobre isso.

- Eu... Bem, eu estava dormindo... - Disse Harry e, até pelo seu desespero para que Dumbledore entendesse, sentiu-se levemente irritado porque o diretor não estava olhando para ele, mas examinando seus dedos entrelaçados. - Mas isso não era um sonho comum... Isso foi real... Eu vi isso acontecer... - Ele respirou profundamente. - O pai de Rony, Sr. Weasley, foi atacado por uma cobra gigante. – Parecia que as palavras ecoavam no ar depois que as disse, soando levemente ridículas, até engraçadas. Houve então uma pausa em que Dumbledore inclinou sua cadeira de volta e olhou fixamente para o teto. Rony olhou de Harry a Dumbledore, com o rosto pálido e chocado.

- Como você viu isso? - Dumbledore perguntou tranqüilamente, ainda não olhando para Harry.

- Bem... Eu não sei... - Disse Harry um pouco furioso. - O que isso importa? Dentro da minha cabeça, eu suponho.

- Você me interpretou mal... - Disse Dumbledore, ainda com um tom calmo -, quero dizer... Você pode se lembrar... Er... Onde você estava quando viu o ataque acontecer? Por acaso você estava ao lado da vítima ou olhando tudo de cima? – Essa era uma pergunta curiosa, que fez Harry ficar boquiaberto; era quase como se ele soubesse...

- Eu era a cobra. Eu assisti a tudo do ponto de vista da cobra. - Ninguém falou nada por um momento, então Dumbledore, agora olhando para Rony, que ainda estava pálido, perguntou numa nova e mais ríspida voz.

- Arthur estava seriamente ferido?

- Sim. - Disse Harry enfático, por que a compreensão foi tão lenta, não imaginam o quanto uma pessoa sangra quando longas presas o perfuram? E por que Dumbledore não podia olhar cordialmente para ele? Mas Dumbledore se levantou tão rapidamente que fez Harry pular e se dirigiu a um dos velhos retratos pendurados próximos ao teto.

- Everard? - Ele disse rispidamente. - E você também, Dilys! - Um bruxo pálido com uma curta e escura franja e uma bruxa mais velha com longos e prateados cachos na moldura ao lado, ambos parecendo ter estado no mais profundo dos sonos, abriram seus olhos imediatamente. - Vocês estavam ouvindo? – O bruxo acenou com a cabeça, a bruxa disse.

- Naturalmente.

- O homem tem cabelos vermelhos e usa óculos... - Disse Dumbledore. - Everard, você precisará aumentar o alarme, tenha certeza de que ele será encontrado pelas pessoas certas. – Ambos acenaram com a cabeça e se moveram para fora de suas molduras, mas em vez de emergirem em figuras habituais (como usualmente acontece em Hogwarts) nenhum dos dois reapareceu.

Uma das molduras agora não continha nada além de um cenário com cortinas escuras, e na outra uma bonita poltrona de couro. Harry percebeu que muitos dos diretores e diretoras na parede aparentavam estar roncando e babando mais convincentemente, mantinham-se espiando ocultamente a ele por sobre suas pálpebras, de repente percebeu quem esteve falando quando bateram à porta.

- Everard e Dilys foram dois dos mais famosos diretores de Hogwarts... - Disse Dumbledore, agora andando ao redor de Harry, Rony, Sra. Lockhart e Sra. Weasley para chegar ao magnífico pássaro em seu poleiro ao lado da porta. - A fama deles é tanta que ambos possuem retratos pendurados em outras instituições bruxas. Como eles são livres para se moverem entre seus próprios retratos podem nos contar o que está acontecendo em qualquer um dos locais...

- Mas o Sr. Weasley podia estar em qualquer lugar! - Disse Harry.

- Por favor sentem-se, os quatro... – Disse Dumbledore e, como previu Harry não havia dito nada. - Everard e Dilys talvez não estejam de volta por muito tempo. A Sra. Lockhart, se pudesse arranjar cadeiras extras. - Ela pegou a varinha do bolso de seu vestido e a brandiu; quatro cadeiras apareceram do ar rarefeito, tinha encostos estreitos e eram de madeira, não muito confortável. Ele se sentou, observando Dumbledore sobre seus ombros. O diretor estava agora dando tapinhas na emplumada e dourada cabeça de Fawkes com um dedo. A fênix acordou imediatamente. Fawkes esticou sua bonita cabeça e observou Dumbledore através de olhos brilhantes e escuros. - Nós precisaremos... - Disse Dumbledore muito calmamente ao pássaro. - De um aviso.

Houve um clarão de fogo e então a fênix já tinha ido. Dumbledore então se abaixou sobre os frágeis instrumentos prateados cuja função ainda era desconhecida para Harry, carregou-os pela escrivaninha, sentou-se, encarando-os novamente, e deu um leve toque com a ponta de sua varinha.
O instrumento tiniu para a vida de uma vez só, com tinidos e barulhos rítmicos. Pequenas baforadas de uma fumaça verdes e pálidas foram emitidas de um minúsculo tubo prateado no topo. Dumbledore observou a fumaça de perto, sua testa se enrugou. Alguns segundos depois as pequenas baforadas se tornaram correntes fixas que ficaram espessas e serpentearam no ar... Uma cabeça de serpente surgiu do fim, abrindo totalmente sua boca. Harry pensou consigo mesmo se o instrumento estava confirmando a sua história: olhou ansiosamente para Dumbledore, esperando um sinal de que estava certo, mas ele não olhou de volta.

- Naturalmente, naturalmente... - Dumbledore murmurou aparentemente para si mesmo, ainda observando a corrente de fumaça sem o menor sinal de surpresa. - Mas em essência dividido?

Harry achou essa pergunta sem pé nem cabeça. A serpente de fumaça, entretanto, dividiu-se instantaneamente em duas cobras, ambas serpenteando e flutuando na escuridão. Com um olhar severo de satisfação, Dumbledore deu ao instrumento outro leve toque com sua varinha: o barulho diminuiu e cessou e a serpente de fumaça se dispersou, tornou-se uma neblina sem forma definida e desapareceu. Dumbledore recolocou o instrumento sobre sua fina e pequena mesa. Houve um grito no topo da parede do lado direito deles; o bruxo chamado Everard havia reaparecido em seu retrato, um pouco ofegante.

- Dumbledore!

- Tem notícias? - Disse Dumbledore de uma vez.

- Eu gritei até alguém vir correndo até a mim... - Disse o bruxo, que estava secando sua testa com a cortina atrás dele. - Disse que ouvi alguma coisa descendo as escadas, eles não estavam certos se acreditariam em mim, mas veja, você sabe que não existem retratos abaixo desse para observar. De qualquer forma, eles o carregaram alguns minutos depois. Ele não parece bem, está coberto de sangue, eu corri até o retrato de Elfrida Cragg para ter uma boa visão conforme eles saíam.

- Bom... - Disse Dumbledore conforme Rony fez um movimento convulsivo. - Eu aceito isso, Dilys deve tê-lo visto chegando, então... - Momentos depois os prateados cachos que haviam reaparecido no retrato, também; ela caiu, tossindo, em sua poltrona.

- Sim, eles o levaram para St. Mungus, Dumbledore... Eles o carregaram passando pelo meu retrato... Ele parece estar mal...

- Obrigado. - Disse Dumbledore. Ele olhou de volta para a Sra. Lockhart, a Sra. Weasley estava em prantos. - Kristianne, eu preciso que você leve-os até sua casa e de lá irão ao hospital.

- Claro, professor... Aqui... – Disse ela olhando para os outros... Molly... se acalme sim? Certo... – Ela colocou o sapato em cima da mesa do diretor... Harry ficou muito, muito, perto de Dumbledore. - No três. Um... Dois... - Pouco tempo antes a cicatriz de Harry estava queimando violentamente e agora queimava de novo... E espontaneamente, indesejadamente, mas horripilantemente forte, cresceu dentro de Harry um ódio tão grande que sentiu naquele instante que não queria nada mais que golpear, morder, perfurar com suas presas o homem atrás dele... - ...Três. - Harry sentiu uma poderosa contração atrás de seu umbigo, o chão desapareceu sob seus pés, sua mão estava grudada ao caldeirão, estava se debatendo conforme todos aceleravam para frente num redemoinho de cores e uma agitação de ventos, o caldeirão os puxando para frente... Até seus pés atingirem o chão tão pesadamente que seus joelhos dobraram, o sapato caiu fazendo um grande barulho.

- Vocês demoraram!

- Alguém me diz o que esta acontecen... Mãe? Por que você está chorando?

- Molly... É melhor irmos para o hospital... De manhã eu venho buscá-los... Tentem dormir. – Ouve um murmúrio negativo dos jovens. – Agora parem de reclamar e vão se deitar. – Vivi fez menção de abrir a boca. – Mocinha, vá já se deitar se não quiser problemas. Os outros também. – Os garotos subiram em silêncio, não demorou muito e a Sra. Lockhart subiu fiscalizando todos os quartos. E não deu outra, ela desceu as escadas e saiu de casa com a Sra. Weasley e Vivi foi para o quarto de Harry. Ela entrou sorrateira no quarto.

- Nós não estamos dormindo. – Disse Rony se sentando na cama e acendendo o abajur.

- Eu já sabia. – Disse se sentando ao lado de Harry na cama e o abraçando. O garoto estava estático.

- Eu vou ver a Gina... Você já contou para ela?

- Não... Ela esta no quarto de Fred e Jorge... – O garoto saiu arrastando os pés e fechou a porta delicadamente. Vivi ficou de pé e começou a andar de um lado para o outro.

- O que eu disse sobre as aulas de Oclumência? – Interrogou e levantou uma das sobrancelhas para Harry.

- Você sabe o que aconteceu... E o que isso tem haver com essas malditas aulas?

- Você realmente não sabe? Mas que droga, Harry! – Dizendo isso o garoto ficou de pé e começou a chorar. Nesse momento Sirius abriu a porta do quarto.

- Como eu imaginei... A Srta. Já para a cama! Não quero problemas com a sua mãe.

- Como se algum dia fosse diferente... – Murmurou.

- Ham? – Perguntou ele. Harry estava virado para a janela.

- Nada, nada... Eu já to indo. – Dizendo isso saiu do quarto batendo os pés.

- Posso dar uma palavrinha com você? – Perguntou Harry ainda de costas. O quarto estava mal iluminado, Harry se virou para Sirius. Sem delongas, contou ao seu padrinho todos os detalhes da visão que tivera, incluindo o fato de que ele próprio era a cobra que havia atacado o Sr. Weasley. Quando parou para respirar, Sirius disse.

- Você contou isso a Dumbledore?

- Sim... - Disse Harry impacientemente. - Mas ele não me contou o que isso queria dizer. Bem, ele na verdade não me conta mais nada.

- Estou certo de que ele teria contado se fosse algo com o que você tivesse que se preocupar. - Disse Sirius com firmeza.

- Mas isso não é tudo... - Disse Harry numa voz somente um pouco acima de um sussurro. - Sirius, eu... Eu acho que estou ficando louco. Ainda no escritório de Dumbledore, logo antes de usarmos a chave do portal... Por alguns segundos eu achei que eu era uma cobra, eu me senti como uma, minha cicatriz doeu muito quando eu estava olhando para Dumbledore... Sirius, eu queria atacá-lo! - Ele só podia ver um pedaço do rosto de Sirius; o restante estava na escuridão.

- Deve ter sido em conseqüência da visão, só isso. Você ainda estava pensando no sonho, ou seja lá o que foi aquilo e...

- Não foi isso... - Disse Harry balançando a cabeça. - Era como algo crescendo dentro de mim, como se houvesse uma cobra dentro de mim.

- Você precisa dormir... - Disse Sirius firmemente. – Vá para a cama, amanha cedo ira tomar café e depois ir para o hospital com os outros. – Sirius suspirou. - Você está assustado, Harry. Você está se culpando por algo que você apenas testemunhou e tivemos sorte de você ter testemunhado, ou Arthur talvez tivesse morrido. Simplesmente pare de se preocupar. - Ele deu uma palmadinha no ombro de Harry e saiu, deixando Harry sozinho. – Eu ainda tenho que ir atrás do Rony... – Resmungou.

Rony entrou no quarto logo depois. Enquanto Rony rastejava em sua cama e estava dormindo em minutos, Harry se sentou completamente vestido, mantendo-se deliberadamente inconfortável, determinado a não cair num leve sono, com medo de que poderia vir a ser serpente de novo em seu sono e acordar percebendo que tenha atacado Rony, ou pior, se arrastado através de casas uma após a outra.

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N.B.: o que dizer? Gente, não garanto um bom serviço. Pois é, betei a maior parte do capítulo na reta final do período da facul. Então, qualquer erro gramatical, que tenha passado despercebido, mil perdões. beijos

N/A: Qualquer semelhança com o 5 livro NÃO é mera COINCIDENCIA. Para o desenrolar, do resto, da historia, que ta mais enrolada do que não sei o que... precisa de algumas ou talvez... varias partes do livro... Eu sei que demorei meses... mas enfim essa coisa de Bloqueio Mental passou (será?). Graças a Merlin consegui escrever isso ¬¬... Se tiver uma porcaria, é claro que vai ta, podem criticar... ou seja EU exijo comentários ¬¬ sem comentários... sem cap. NOVO... Que fique bem claro.

Esclarecendo o número ¹: Eu dei uma adaptada na historia pra ficar de acordo com a fic.

Agradecimentos:

Mari Gallagher que me lembrou que existia chave de portal (x... gente ela é demais. ^^

Annette Fowl: minha tia linda e perfeita que betou para mim (:

Aos Comentários:

Tiago James Potter:
To atualizandoo... xD... bem.. no que vai dar eu ainda não sei... eu já disse... olha pro nome e você vai fazer (CONFUSÕES, Totaly) ahoiUAHOIuahoiu.. É bom comentar mesmo... ¬¬... iuasiuAOIUhaoiu... Pelo Amor de Merlin eu atualizei =D... Brigadaum pelo comentario... BeijOOs...

Luana Rodrigues Santos: Que bom que você esta gostando! ^^... Atualizada. E continua comentando ;D

Tah Malfoy: Olááá, Fofa... Que bom que você esta gostando :). Hehe... atualizeiii.. uiaiuiuAIUHAOIUAHIHA... Pode dexa que passo sim! =D... claro que não vo esquece de comentar... vou quando aparecer uma brecha aque... :// to cheia de fics pra atualizar... mas vou dar um jeito de passar na sua ^^... BeijOOs querida.

Marcela Antunes: Amadaaa xD... ai FroO... será que ta boa mesmo? :// IUHAIuahaoiuhAIU... Você ta cheia de coisa pra ler (minhas fics ¬¬)... pra atualizar (blog ¬¬²) e pra votar (oscar ¬¬³)... ahusiaushoiAUSHOIahus.. Meio chata? É... só meio... =XXX... é bom terminar de ler logo ¬¬~~~... te amoooooooo primaaa ^^. Beijoss...

Thiago Correa: Tava muito ocupada... Um negocio chamado Bloqueio de Idéias estava me impedindo de escrever ://... atualizadoo e continua comentando!! ;**

* * *

Pedindo... Ou melhor, INTIMANDO que todos COMENTEM... Por favor... eu tenho que saber como que ta essa fic... Se não vou acabar tirando isso do ar...
OBRIGADO a todos que Lêem, Votam e por ultimo e não menos importante: Comentam!
:D
Um Bom Final de Semana a todos.

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