James



Cap. 2 – James

Olá a todos os leitores. O meu nome é James Potter. Em toda Hogwarts não existe ser mais lindo e charmoso que eu. Todas as raparigas me adoram. Mas eu só tenho olhos para a ruivinha adorável do meu coração. Eu amo-a não por ela ter resistido ao meu charme, mas sim porque ela é especial e muito diferente das outras raparigas com quem fiquei até ao meu sexto ano. Que foi a altura em que o meu passatempo preferido era irritar a minha ruivinha de olhos verdes. Bem, mas este capitulo é dedicado a mim, por isso vou aproveitar por partilhar com vocês algumas das memórias deste rapaz de 17 anos, que esta no sétimo ano de Hogwarts, nas últimas semanas de aulas. É claro que tudo começa quando nós recebemos a carta de admissão, não é? Bem, para mim não fazia diferença, pois eu sabia que iria estudar em Hogwarts. Meus pais já tinham me contado algumas coisas sobre Hogwarts. Quando eu tinha 11 anos, o momento que mais me marcou não foi quando recebi a carta, mas sim a minha primeira viagem no Expresso de Hogwarts, onde conheci aqueles que se iriam tornar os meus melhores amigos e a mulher que ocuparia o meu coração.

Inicio do Flashback

Já andava à algum tempo à procura de uma cabine livre, mas não estava a ser muito bem sucedido, pois quase todas as cabines estavam cheias. Andava no corredor tão distraído que acabei por chocar contra outra pessoa. Acabamos os dois por cair ao chão.
- Desculpe. – exclamei, esticando a minha mão ao rapaz que tinha derrubado. – Estava distraído.
- Não faz mal. – o rapaz replicou. E eu pude vê-lo melhor: era um rapaz da minha altura, com olhos e cabelos negros e que estava acompanhado de uma rapariga alta, também com olhos e cabelos negros, mas que era mais velha que ele. – Eu também andava distraído à procura de uma cabine, com a ajuda da minha prima. Já agora o meu nome é Sirius Black e esta é a minha prima Andromeda Black. E este é o meu primeiro ano em Hogwarts. E tu?
- O meu nome é James Potter e também é o meu primeiro ano em Hogwarts. – respondi. – E eu também ando à procura de uma cabine.
- Então podes fazer-nos companhia. – Andromeda convidou. – Mas ao contrário de vocês, eu já nado no quinto ano, e sou dos Ravenclaw.
- Obrigado. – agradeci.
Andamos mais um tempo à procura, e acabamos por encontrar uma cabine ocupado por três pessoas: um rapaz e duas raparigas. Após pedirmos licença para entrarmos, acomodamos as nossas coisas e apresentámo-nos. Uma das raparigas, que se chamava Alice Meadows, era uma rapariga baixa, roliça, de cabelos e olhos castanhos e que também iria entrar em Hogwarts pela primeira vez. A segunda rapariga também se apresentou como sendo Lilian Evans, que me impressionou com os cabelos ruivos e os olhos verdes e que tinha a mesma idade que eu. O rapaz chamava-se Remus Lupin, tinha 11 anos, cabelos cor de palha e olhos castanhos-claros (naquela altura, tive apenas um relance dos olhos de Remus, mas mais tarde quando nos tornamos amigos, reparei que o tom era um castanho avelã). Depois de nós os três nos apresentarmos passamos o resto da viagem a falar das nossas famílias e do que esperávamos encontrar em Hogwarts. Fiquei a saber que Alice era filha de feiticeiros; os pais de Lily eram abortos; o pai de Remus era feiticeiro era feiticeiro e a mãe Muggle e que tanto os pais de Sirius como os de Andromeda eram feiticeiros.
Fim do Flashback

Na selecção, eu, Sirius (que ficou bastante surpreendido com a decisão do chapéu), Remus, Alice e Lily fomos seleccionados para os Gryffindor. Também nesse dia conheci Frank Longbottom, um rapaz baixo, de cabelos castanhos-claros; Giselle Mudrose, uma rapariga uma rapariga bonita de cabelos encaracolados pretos e olhos castanhos e revelou-se uma pessoa muito simpática e extrovertida; Priscila Donovan, uma rapariga não muito alta, com cabelos castanhos cacheados, que lhe batiam nos ombros e que constantemente lhe caem na face e tinha as curvas bastante definidas e era uma rapariga bastante extrovertida e que rapidamente se tornou popular; e por fim Peter Pettigrew, um rapaz baixo, gordo, com cabelos e olhos castanhos. Também eles foram seleccionados para os Gryffindor. Nesse ano, eu, Sirius e Remus formamos um trio, e começamos a auto denominarmo-nos de Marotos, e gostávamos imenso de aprontar contra outros alunos, principalmente um rapaz dos Slytherin do mesmo ano que nós, que se chamava Severus Snape. Nós apelidamos Snape de ranhoso por causa dos cabelos negros dele, que pareciam nunca terem sido lavados e também porque ele metia o nariz comprido em forma de anzol nos assuntos que não lhe pertenciam, principalmente nos meus, de Sirius e de Remus. Até ao terceiro ano Lily, Alice, Giselle e Priscila entravam nas brincadeiras. Até ao dia em Sirius estava aborrecido e para se entreter aprontou uma brincadeira contra Giselle. Eu e Peter até achamos graça à situação e entramos na brincadeira lançado feitiços de mudança de cor no cabelo de Giselle. Remus bem que nos tentou parar, mas os esforços dele foram inúteis. Mas as coisas deram para o torto, pois Lily tinha vindo para auxiliar a amiga, e acabou por tornar-se o alvo da nossa brincadeira. Mas coisas correram mal e Peter (como ele próprio confessou) usou um feitiço de encolhimento no cabelo de Lily. Resultado: eu nunca tinha visto Lily tão triste e tão zangada ao mesmo tempo na minha vida. Mas eu não a censurei, porque sabia que ela gostava do seu cabelo comprido. E por mais desculpas que nós os quatro tenhamos pedido, ela nunca nos perdoou. Bem, ao Remus ela perdoou porque ele tinha tentando ajudá-la, mas sem efeito. E eu adorava irritar Lily, mas tanto eu como os outros marotos ficamos chateados quando víamos os nossos planos furados por ela. Confesso que nós só acalmamos um pouco no segundo ano descobrimos o segredo de Remus. No início só eu e Sirius sabíamos da verdade, mas sempre apoiamos Remus e tudo. E foi em nome da nossa amizade que nos prontificamos a fazer algo arriscado: tornarmo-nos animagos.

Inicio do Flashback

Eu e Sirius há umas semanas que andávamos desconfiados dos estranhos desaparecimentos de Remus, decidimos investigar um pouco as coisas e após fazermos alguns apontamentos e algumas constatações, chegámos a um consenso: Remus era um lobisomem, pois os seus desaparecimentos davam-se na semana de lua cheia; cada vez que Remus regressava vinha sempre com um ar abatido e cansado, além de que vinha sempre cheio de arranhões. Logo após a semana de lua cheia terminar, eu e Sirius fomos falar com ele. Por acaso, na altura, nem Frank nem Peter estavam no quarto. E seria melhor assim pois os dois poderiam espalhar pela escola o que tínhamos descoberto acerca de Remus. Algum tempo após Remus ter subido para os dormitórios, eu e Sirius subimos também e trancado a porta atrás de nós, intimidamos Remus.
- Remus, precisamos de falar. – comecei.
- Porquê? – ele perguntou, curioso.
- Acerca do segredo que escondes. – Sirius afirmou e vi que Remus empalideceu.
- Nós sabemos a verdade toda. – afirmei.
- Sim. – Sirius confirmou. – És um lobisomem, não és? E não vale a pena negar porque nós andamos a vigiar-te já algum tempo e juntamos todas as peças do puzzle.
- Sim, é verdade. – Remus afirmou, derrotado. – E eu entendo se vocês não quiserem ser mais meus amigos.
- Mas do que raio estás a falar. – Sirius perguntou, confuso.
- Achas que alguma fez te deixávamos só pelo facto de seres um lobisomem? – perguntei, rindo.
- Muita gente já fez isso quando descobriram. – Remus afirmou, triste.
- Mas não acontecerá o mesmo connosco, Remus. – Sirius afirmou. – Somos teus amigos e assim continuaremos.
- Obrigado pelo vosso apoio. – agradeceu Remus.
- É para isso que os amigos servem. – afirmei. – Para se apoiarem uns ao outros.
- E é por isso que nós te iremos ajudar. – falou Sirius.
- Como? – perguntou Remus receoso com a resposta do amigo.
- Tornando-nos em animagos. – respondeu ele, com um sorriso.
- O quê? – exclamou Remus. – Vocês estão doidos? Isso é demasiado perigoso, sem ter a ajuda de alguém.
- E é por isso mesmo, que nos vais ajudar. – acrescentou Sirius.

Fim do Flashback

No início, Remus ainda ficou um pouco relutante em nos ajudar, mas depois concordou e começamos a pesquisar nos livros tudo sobre animagia, e acabamos por deixar a bibliotecária desconfiada, mas rapidamente demos uma desculpa qualquer e ela nunca mais nos incomodou. Após muita pesquisa conseguimos encontrar algo que nos fosse útil em nos ajudar a saber como se transformarmos em animagos. Remus alugou o livro, e nós tiramos vários pontos importantes que nos poderiam ajudar.

Inicio do Flashback

Após meses de pesquisa eu, Remus e Sirius (Peter ainda não sabia do segredo de Remus e por enquanto seria melhor assim, porque Peter falava demais) conseguimos descobrir algumas coisas do processo de transformação em animagos (a maior parte com a ajuda de Madame Pince). Mas quando andávamos no terceiro ano, sem querer descobrimos uma sala localizada no sétimo andar, que apareceu por acaso quando nós os três lá passávamos e estávamos mesmo a precisar de um sítio onde pudéssemos por em prática o que tínhamos descoberto. Para nossa surpresa, quando entramos na sala, encontramos muitas coisas que andávamos à procura, incluindo livros que só haviam na secção restrita da biblioteca. Começamos a seguir os passos de um livro que achamos e que começava em fazer uma poção para que a pessoa que se quisesse transformar soubesse que animal iria ser. Foi nessa altura que Peter soube do que andávamos a fazer e prometeu que guardaria segredo. Uma semana mais tarde, as poções ficaram prontas e nós os três finalmente soubemos o que iríamos ser.
Eu iria ser um cervo, mas Sirius gozou imenso comigo dizendo que eu era um veado e começou-me a chamar de Prongs. A seguir foi Sirius que ficou a saber que iria ser um cão e eu gozando com ele chamei-o de Padfoot. Quanto a Peter, descobriu que iria ser um rato e tanto eu como Sirius desatamos a rir e chamamo-lo de Wormtail.

Fim do Flashback

Foi nessas brincadeiras que surgiram as nossas alcunhas. Eu era o Prongs, Sirius era o Padfoot, Remus era o Moony e Peter era o Wormtail. Muitas pessoas começaram a estranhar quando nós começamos a tratarmo-nos pelas alcunhas, mas nós não ligávamos. Depois de termos a poção pronta e sabermos o que iríamos ser, foram precisos mais dois anos antes que conseguíssemos nos transformar em animais. Passamos o quarto ano inteiro a tentar, mas foram tentativas frustradas e eram muitas as vezes que eu, Sirius e Peter íamos parar à Ala Hospitalar com pêlo, orelhas ou mesmo com hastes (como no meu caso o que fez com que Remus, Sirius e Peter rissem às minhas custas por quase uma semana). Mas quando andávamos no quinto, conseguimos finalmente transformar-nos em animais sem nenhum erro. E também conseguíamos voltar à nossa forma humana sem problema. Isso aconteceu logo nas primeiras semanas do quinto ano e nós pudemos finalmente seguir Remus nas noites de lua cheia. A primeira noite não foi muito fácil, porque nos assustámos um pouco com a transformação de Remus, mas com o passar do tempo, acabamos por nos habituar e passados alguns meses começamos a sair com Remus para corrermos livremente nos campos de Hogwarts. Como já conhecíamos Hogwarts como a palma das nossas mãos decidimos fazer um mapa de Hogwarts. Após muita pesquisa por Remus na biblioteca, conseguimos durante o sexto ano, fabricar um mapa de Hogwarts, que mostrava todos os corredores e passagens de Hogwarts e Remus com uma poção e um feitiço conseguiu fazer com que todas as pessoas que estivessem em Hogwarts fossem localizadas. Baptizamos o mapa como o Mapa dos Marotos e eram muitas as vezes que o usávamos para nos escapulimos à cozinha ou até a uma visita a Hogsmeade. Mas a partir do sexto ano, nós voltamos às nossas marotices e um dos meus alvos preferidos era a monitora Lily Evans, a ruivinha do meu coração. Comecei a atormentá-la em paga de todos os planos que foram estragados por causa dela. E eu sabia perfeitamente como a atormentar: convidava-a para sair comigo. Adorava vê-la ficar vermelha de raiva, e gritando que nem morta sairia comigo. Rapaz que prezasse a vida desistiria ao segundo convite, mas como sou um maroto, sou bastante persistente. Mas acabou-se por tornar para mim uma obsessão convidar Lily para sair. Sirius gozava com a minha cara, dizendo que eu estava apaixonado, mas eu apenas me ria e dizia que para mim Lily era apenas um passatempo. Mas a verdade é que Lily tornou-se mais do que um passatempo, no sétimo ano. Quando ela, imprudentemente se meteu no caminho de Remus, numa noite de lua cheia.

Inicio do Flashback

Era noite de Halloween e o director tinha organizado um baile. Melhor para nós que poderíamos agir sem termos medo de sermos apanhados. Era mais uma noite de lua cheia e eu, Sirius e Peter estávamos perto da passagem do salgueiro e estávamos à espera que a enfermeira trouxesse Remus. Cerca de quinze minutos depois, vimos os vultos dos dois a aproximarem-se e após algum tempo depois da enfermeira ter partido, saímos debaixo do Manto e transformámo-nos em animagos. Wormtail avançou e tocando no do salgueiro, fê-lo sossegar, permitindo a minha passagem e a de Sirius. Ficamos um pouco na companhia de Remus, enquanto esperávamos que ele se transformasse. Com o passar do tempo, as transformações de Remus foram se tornado menos dolorosas e ele agradecia muito a nossa companhia. Cerca de dez minutos depois da transformação de Remus, saímos todos para os campos de Hogwarts, onde esperávamos mais uma noite de diversão nos campos de Hogwarts. Mas não estávamos à espera que Lily nos tivesse seguido. Remus foi o primeiro a notá-la. Estranhei o afastamento dele e olhando na direcção em que ele ia, reparei numa pessoa completamente aterrorizada, encostada a um dos pilares do corredor. Rapidamente eu e Sirius intervimos, impendido Remus de se aproximar da pessoa. Só quando me aproximei notei que a pessoa em questão era Lily. Com muita dificuldade, eu e Sirius afastamos Remus e enquanto Wormtail e Padfoot levavam Moony de volta à passagem do salgueiro, eu voltei à forma humana e acalmei Lily. Pegando nela ao colo, levei-a para a enfermaria.
- Madame Pomfrey. – chamei, assim que chegamos.
- O que aconteceu? – perguntou a enfermeira, saindo do escritório e olhando para Lily.
- Aqui a Evans descobriu o segredo de Remus. E quase que foi atacada por ele. – expliquei à enfermeira. – Será melhor informar o director.
- Mas como ela conseguiu escapar sem nenhum arranhão? – a enfermeira perguntou, desconfiada.
- Porque eu a ajudei a fugir. – expliquei. – Eu usei o meu Manto de Invisibilidade para a pôr fora de perigo.
- É verdade, senhorita Evans. – a enfermeira perguntou a Lily, ainda desconfiada.
Ficamos os dois a olhar para Lily, esperando por uma resposta. Eu sabia que se ela contasse o que visse eu, Sirius e Peter estaríamos em sarilhos. Mas eu surpreendi-me com a resposta dela.
- Sim, Madam Pomfrey. – ela confirmou. – O Potter salvou a minha vida arriscando a vida dele.
Eu fiquei incrédulo. Lily, a monitora que nos gostava de atormentar tinha mentindo só para não ficarmos em sarilhos? Mas por um lado fiquei feliz por ela não nos ter denunciado.
- Bem, se é assim, senhor Potter. – a enfermeira afirmou, finalmente convencida. – Traga a senhorita Evans para esta cama aqui.
Poisei Lily numa das camas e afastei-me para que a enfermeira pudesse tratar Lily. Após ter dando uma poção de sono e Lily, sentei-me na cadeira ao lado da cama e surpreendi-me quando ela agarrou a minha mão.
- Obrigado. – ela agradeceu e fechando os olhos, adormeceu antes de ouvir a minha resposta: de nada, Lily.
Passei a noite deitado na cadeira, velando o sono e tendo pensamentos horríveis acerca da noite passada e do que poderia ter acontecido se Remus não tivesse sido detido a tempo. E foi com esses pensamentos que finalmente me dei conta de que Sirius estava certo: eu estava apaixonado! E foi com pensamentos confusos que eu acabei por adormecer. Na manhã seguinte, acordei sentido que alguém puxava a minha mão. Quando abri os olhos, notei que Lily tinha soltado a sua mão da minha.
- Bom dia! – cumprimentei, ainda numa voz sonolenta. – Estás melhor?
Irritei-me um pouco com o facto de ela não me ter respondido e passei alguns minutos a tentar chamar-lhe a atenção.
- Hei! Evans! – chamei, já bastante irritado por ela não me ter dado atenção.
- Sim? – Lily finalmente respondeu, olhando para os meus olhos.
- Perguntei-te se estavas bem? – perguntei novamente, visivelmente preocupado.
- Desculpa, estava distraída. – ela desculpou-se. – Sim, estou bem. Só estava a pensar no que aconteceu ontem à noite.
- Falando de ontem à noite. – falei, chateado. – Que ideia foi a tua de seguires o Remus?
- Apenas fiquei curiosa em saber a razão porque ele sumia misteriosamente. – ela respondeu, encolhendo-se um pouco.
- Garota irresponsável. – explodiu uma voz atrás de mim.
- Padfoot, por favor! – refilei, impendido Sirius ralhar mais com Lily. – Acalma-te.
- Prongs! POR MERLIN! – ele gritou. – Como queres que eu me acalme, quando foi ela que nos viu. Justamente ela!
- Mas que gritaria vem a ser esta. – reclamou a enfermeira, saindo do escritório dela. – Por favor, senhor Black. Se não se acalmar terei de pedir-lhe que se retire.
Sirius finalmente se acalmou e sentando-se num cadeira do outro lado da cama de Lily, não disse mais nada, visivelmente zangado. Atrás dele, as cortinas estavam corridas e eu sabia que Remus deveria estar por trás delas.
- Sirius! Ela não vai dizer nada. – implorei, tentando fazer Sirius ficar menos zangado. – Certo, Evans?
Olhei para ela, implorando que ela não contasse nada do que tinha visto. Foram minutos de silêncio horríveis, mas finalmente ela deu a sua resposta.
- Eu prometo que não digo nenhuma palavra daquilo que eu vi ontem à noite. – ela exclamou, surpreendo-me a mim e a Sirius. – Mas com uma condição: vocês terão de me responder a algumas perguntas. Mas não aqui. Está bem?
- Sim, Evans. – Sirius concordou, aliviado. – E obrigado.
- De nada, Black. – Lily agradeceu. – Se eu dissesse aquilo que sei, não vos prejudicaria só a vocês os três. Eu não quero magoar Remus, nem quebrar a confiança que ele tem em mim.
- Obrigado, Lily. – agradeceu a voz de Remus e vi que ele tinha afastado a cortina. – Obrigado por não dizer nada. Peço desculpa por quase ter te atacado.
- Não te culpes, Remus. – ela exclamou. – Eu é que não deveria ter-te seguido.

Fim do Flashback

E Lily realmente não contou a ninguém, nem mesmo às suas melhores amigas, Alice, Giselle e Priscila. Bem, isso foi até Giselle começar a namorar com Remus e ele lhe ter contado toda a verdade. E Remus também deu autorização a Sirius para contar a Priscila quando os dois começaram a namorar. Embora as duas tenham ficado um pouco assustadas com o que Remus escondia, as duas acabaram por compreender se Remus tinha confessado, isso apenas significava que ele realmente confiava nelas. E foi por isso, que tal como Lily prometeram nunca contar a ninguém o que elas sabiam. Isso incluía não só o segredo de Remus, mas também o facto de que nós nos transformávamos em animagos. Quanto a mim e a Lily, depois daquele episódio na noite de Halloween, ela finalmente aceitou sair comigo e acabamos por namorar.
Mas ainda antes do ano terminar, Sirius fez uma coisa que não pôs só o segredo de Remus em causa, como também a nossa própria estadia em Hogwarts. Sirius pensando que seria giro aprontar uma última vez contra Snape, revelou onde Remus ia nas noites de lua cheia. Resultado: eu felizmente cheguei a tempo de evitar que Snape fosse morto, mas não de ver Remus como lobisomem. Snape ficou em divida comigo, coisa que me desagradou bastante, pois não queria nenhuma ligação ao Snivelly, mas Dumbledore explicou-me que isso poderia ser útil. Não liguei, mas pelo menos agradeci-lhe por ter proibido Snape de contar a todos o que tinha visto. E foi por causa desse episódio que nós acabamos por perder o Mapa do Maroto para o Filch, quando Snape nos denunciou dizendo que nós os quatro tínhamos um mapa de Hogwarts. Não tivemos outro remédio senão ter de entregar o mapa, mas pelo menos esperávamos que alguém no futuro o resgatasse de volta.

E agora aqui estou eu, acompanhado pela minha namorada e pelos meus amigos a caminho de casa. Sinto-me um pouco triste por deixar Hogwarts, mas foram sete anos maravilhosos passados com os Marotos, onde aprendemos muitas coisas e onde encontramos o amor.



N/A: O segundo cap. De A Vida dos Marotos. Espero que gostem e que comentem.

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