Visita a Hogsmeade Atribulada

Visita a Hogsmeade Atribulada



Cap. 12 – Visita a Hogsmeade Atribulada

No dia seguinte, quando acordei ainda me era muito difícil de aceitar que os meus pais tinham morrido. Não sei qual era o objectivo de Voldemort a assassinar os meus pais, pois era conhecido em todo o mundo mágico que eles não eram muggles, mas apenas cepatortos, mas mesmo assim sem nenhuma influência no mundo mágico. A única explicação que posso ter para isso é o facto de eu ser neta de Eleonor e a namorada de Harry, e que ele atacou os meus pais apenas como forma de fazer Harry odiá-lo ainda mais e sair da segurança que Hogwarts fornece, para entrar no duelo final entre Harry e Voldemort. Essa é a explicação mais plausível que eu arranjei e provavelmente a verdadeira que poderá explicar o porque do ataque aos meus pais.
Mas deixei os meus pensamentos de lado, quando vi a cabeça ruiva da Ginny aparecer numa fresta da porta.
- Ah, Mione! – exclamou ela. – Estávamos preocupados com você, porque já está atrasada para o café da manhã.
Só nessa altura é que eu olhei para o meu relógio e notei o quanto eu estava atrasada. Correndo de um lado para o outro juntei os meus materiais e segui Ginny até ao Salão Principal onde já estavam Harry, Neville, Ron e Luna. Dizendo bom-dia a todos, sentei-me ao lado de Harry e peguei numas torradas e comecei a comer. Tinha acabado de comer quando o sinal para a primeira aula tocou. Pegamos nas nossas mochilas e eu, Harry, Ron e Neville dirigimo-nos para o segundo andar para uma aula de DCMN, enquanto que a Ginny e a Luna saíram para os jardins para uma aula dupla de Herbologia com as turmas do quinto ano dos Gryffindor e dos Ravenclaw. E assim decorreu o resto do dia e à noite já estávamos cansados, porque as aulas do dia tinham sido puxadas, além de termos muitos deveres para fazermos. Mas após o jantar ter terminado a professora McGonagall chamou a atenção dos alunos, de modo a que Dumbledore fizesse um discurso.
- Caros alunos, é meu dever informar que a data para a segunda tarefa do Torneio de Hogwarts já foi determinada. – começou Dumbledore. – A segunda tarefa decorrerá no dia 2 de Novembro. Será afixada nas salas comuns de cada equipa o regulamento da tarefa. Obrigado a todos pela atenção. Podem se dirigir para as vossas respectivas salas comuns.
De imediato, o salão encheu-se do som de alunos a conversarem entre si e todos se dirigiram para as respectivas salas. Eu estava bastante curiosa em saber como seria feita a segunda tarefa, mas ainda mais em saber se no próximo fim-de-semana iria haver ida até Hogsmeade, já que o baile de Halloween se estava a aproximar e tanto eu, como Ginny e Luna queríamos ir até à vila para comprarmos os nossos vestidos para os próximos bailes (Halloween, de Inverno e o da Primavera). Sabíamos que teríamos mais visitas a Hogsmeade, mas nós as três queríamos aproveitar a primeira para fazer todas as compras necessárias, para nas outras visitas termos tempo para passearmos pelo vilarejo. Mas vi que a primeira visita a Hogsmeade só se daria em duas semanas e reparando no papel dos jogos de Quidditch soube o porque de não haver visita no próximo fim-de-semana: iria haver o primeiro jogo da temporada de Quidditch e eram os Slytherin contra os Ravenclaw. Estavam também afixadas as outras datas dos jogos de Quidditch, assim como os dias dos treinos da equipa dos Gryffindor.
A semana passou rapidamente e eu, graças aos meus amigos e também por estar ocupada com os deveres, não pensava tanto nos meus pais e não sofria muito. Agora eu sei o que Harry sofre por ter perdido o padrinho dele e também os pais, embora as únicas coisas que sabe deles foram Sirius e Lupin que lhe iam dizendo. Mas mesmo assim é bastante difícil perder alguém muito querido para nós. Bem, mas continuando, o fim-de-semana tinha chegado e com ele o primeiro jogo de Quidditch do ano lectivo. Os Ravenclaw este ano estavam imbatíveis e embora os Slytherin se tivessem esforçado ao máximo (mesmo quebrando as regras), a equipa da Luna acabou por vencer com 300 pontos contra os 100 dos Slytherin. Quando o jogo terminou (que durou cerca de quase duas horas), nós os seis ficamos pelos jardins a fazer os trabalhos de casa, já que iríamos ter a tarde e o dia seguinte ocupados com aulas com o Dumbledore e a McGonagall. Ainda tínhamos muito que fazer, já que Neville ainda não dominava muito bem a arte de Oclumência, enquanto que os restantes teriam de se esforçar imenso para conseguirmos transformar em animagos (que estava a ser mais difícil do que pensávamos). Ainda não tinha chegado a hora de almoço e já tínhamos todos os deveres prontos. Como ainda falta algum tempo, antes que a refeição fosse servida no salão principal, ficamos no mesmo sentados no sítio onde tínhamos estado a estudar, aproveitando os raios de sol, já que estava um dia bonito para se estar nos jardins. Mas que se notava que não iria durar muito mais tempo, porque grandes nuvens pretas começaram a juntar-se por cima de Hogwarts e em cerca de quinze minutos, começou a chover intensamente obrigando os alunos a procurarem refugio dentro do castelo. Todos menos eu e Harry, que ficamos abraçados, em pé no meio da chuva olhando nos olhos um do outro. A chuva estava bastante agradável e ficamos ali parados por um tempo, pelo menos até termos sido interrompidos pela McGonagall que nos pregou um sermão, pois poderíamos pegar um resfriado. Só mesmo nessa altura é que voltamos para o castelo, onde estavam à nossa espera Ron, Luna, Ginny e Neville ainda rindo do que eu e Harry fizemos. Tirei a minha varinha e proferindo um feitiço sequei as minhas roupas e as de Harry, para seguirmos para o salão principal para comermos. Quando terminamos de comer, passamos pela sala comum dos Gryffindor para deixarmos as nossas coisas, antes de irmos até à sala das necessidades para termos a nossa aula.
Como sempre, as coisas correram bem e ao fim de várias horas de treino, nós os seis começávamos a demonstrar alguns avanços nas transformações: em mim já apareceram as orelhas e o rabo de gato (quase como no segundo ano, quando eu tomei a poção polisuco); o Harry já quase que fez a transformação completa, tirando que em vez das penas ficou o cabelo dele; Ron ao contrário de Harry, não conseguiu se transformar, mas ficou com o corpo coberto com pêlo ruivo; Luna, tal como eu, ganhou as orelhas e o rabo de raposa e ficou com o cabelo arruivado em vez do habitual loiro; o Neville pouco conseguiu transformar-se, pois só lhe apareceram algumas penas nos braços e à Ginny também aconteceu a mesmas coisa. Mas foi divertido todas as nossas tentativas para nos transformarmos e aprendemos que não é nada fácil ser animago.
No dia seguinte foi quase a mesma coisa, tirando que Harry conseguiu finalmente uma transformação completa. Nós os cinco não conseguimos o mesmo que ele, então ele ficou o resto da aula, sentando numa das mesas a pesquisar em livros coisas sobre aparecimento (que seria a nossa próxima matéria de acordo com Dumbledore). Novamente o fim-de-semana passou e a rotina da semana voltou, com as aulas e as horas passadas fazendo deveres ou estudando para algum exame. Até mesmo eu fiquei aliviada quando o fim-de-semana começou, pois a rotina dá cabo de toda a gente, até mesmo eu não escapo. No sábado acordei bem cedo e após me arranjar, desci para o salão principal para tomar o pequeno-almoço, onde já estavam Ginny e Luna sentada uma ao lado da outra a falarem. Sentei-me ao lado delas e perguntei:
- Onde estão os garotos? – perguntei, quando não os vi.
- Dormindo, como sempre. – respondeu Ginny. – Não fazem mais nada. Vão chegar atrasados, como sempre.
E assim foi, quando estávamos para ir embora, foi quando Harry, Ron e Neville apareceram para comerem. Mas como já estávamos despachadas dissemos aos meninos que iríamos andando sem eles (já que o que queríamos fazer iria aborrece-los, então decidimos que quanto mais cedo fossemos, mais depressa nos despachávamos e poderíamos aproveitar o resto do dia para estar com eles). Entregamos as nossas autorizações ao Filch e seguido pelo carreiro atrás de alguns grupos de garotas, dirigimo-nos para Hogsmeade. A primeira coisa que fizemos quando lá chegamos foi dirigimo-nos para a loja de vestuário que ali havia, e que já começava a ficar cheia com garotas desejosas de comprarem os seus vestidos para os bailes. Como aquilo estava uma grande confusão de garotas a entrar e a sair das cabines (onde experimentavam os vestidos) decidimos que era melhor escolhermos alguns vestidos e ocuparmos uma só cabine (que por causa dos feitiços que tinham era maiores do que pareciam). Demos uma volta pela loja e após cada uma de nós termos pegado em alguns vestidos, dirigimo-nos para as cabines, onde tivemos de esperar que uma ficasse livre, porque a loja estava cada vez mais cheia de garotas. Quando finalmente conseguimos arranjar uma cabine, começamos a provar os nossos vestidos. O facto de termos pegado em alguns vestidos fez com que acabássemos por nos despachar mais rapidamente, porque no caso de não termos gostado de um vestido que tivéssemos pegado, sempre poderíamos experimentar um daqueles que outra de nós tivesse trazido. No fim, eu decidi-me por um vestido prateado (para o Baile de Natal), um vestido verde (para o baile da Primavera) e acabei por escolher um disfarce de fada para o Baile de Halloween (que como sempre era um baile de máscaras). Ginny decidiu-se por um vestido vermelho e dourado para o baile de Natal, por um vestido azul para o Baile da Primavera e um disfarce de princesa para o Baile de Halloween. Luna levou um vestido em tons dourados e prateados para o Baile de Natal, um vestido rosa para o Baile de Primavera e um disfarce de boneca para o Baile de Halloween. Pagamos e após termos pegado nos sacos com os vestidos saímos da loja e fomos para uma loja ali perto, mas desta vez, uma sapataria. Novamente, a loja estava cheia de garotas procurando por sapatos para fazerem par com os vestidos que escolheram. Dando a volta pela loja, decidi-me por umas sandálias prateadas, com uns cinco centímetros de salto, para combinarem com o vestido que ia levar no baile de Natal, uns sapatos brancos que combinavam com o disfarce de fada que eu adquirira e outro par de sandálias, azuis-escuras e também com 5 centímetros de salto. Ginny levou umas botas de meio cano, castanhas e sem salto, para usar pelo Natal; umas sandálias rosas com uns cinco centímetros de altura para combinar com o disfarce de princesa e umas sandálias amarelas, também sem salto para usar com o vestido no baile da Primavera. Luna demorou um pouco mais a decidir-se, mas por fim escolheu umas sapatilhas cor-de-rosa para levar com o disfarce de boneca, um par de botas de couro e com um meio-cano para usar no baile de Natal e outro par de botas pretas de meio-cano para no baile da Primavera. Pagamos tudo e voltamos a sair para a rua, mas desta vez fomos para o Bar Três Vassouras, onde iríamos encontrar os garotos. Mas antes de lá podermos chegar, no meio da rua instalou-se uma enorme confusão e nós as três ficamos aterrorizadas quando percebemos que Hogsmeade tinha sido invadida por Devoradores de Morte. Ao tentarmos fugir da confusão, eu, Ginny e Luna acabamos por nos separarmos, já que eu fui empurrada pela multidão em pânico para uma rua secundária. Quando me consegui livrar do grupo e voltar para a rua principal, vi que havia alguns alunos e donos de lojas a tentarem derrotar os Devoradores de Morte. Olhando em volta, descobri que tanto Ginny como Luna estavam encurraladas no meio do grupo de Devoradores de Morte e vi também Harry e Ron lado a lado com mais alguns alunos a combaterem os devoradores. Usando um feitiço de encolhimento nos meus sacos e colocando-os num dos bolsos das minhas calças, juntei-me a eles, que ficaram bastante aliviados por me verem bem.
- Onde estão Ginny e Luna? – perguntou Ron, ao que eu apontei entre dois devoradores para as duas garotas.
- O que aconteceu para tu estares aqui e não ali com elas? – perguntou Harry.
- Uma multidão em pânico praticamente me arrastou para longe delas. – expliquei. – Felizmente consegui me livrar do grupo antes de ser levada para mais longe.
Voltamos a ficar em silêncio, concentrados em derrotar os Devoradores. As coisas ficaram mais facilitadas com o aparecimento dos aurors, porque na altura em que eles chegaram, os devoradores começaram a desaparatar. Quando a confusão acalmou, ficamos mais aliviados quando soubemos que ninguém tinha morrido e apenas havia alunos feridos ou desmaiados, mas nada de muito grave, o que deu a entender que o alvo dos Devoradores não eram os alunos de Hogwarts, ou talvez só uns cinco ou seis, porque Ginny e Luna nos contaram que elas eram praticamente as mais atacadas pelo grupo de devoradores, o que leva a crer que as ordens dos devoradores eram nos matar, coisa que não conseguirão conseguir, porque nós estamos cada vez mais fortes e preparados para a batalha final. Hogsmeade ficou bastante vigiado por aurors, o que permitiu a que os alunos que não tinham sofrido nada pudessem aproveitar o resto do tempo que tinham na vila. Como já estávamos juntos, fomos até à Dedos de Mel, onde comprámos vários doces, e a seguir fomos até à Zonko’s onde Harry e Ron compraram várias brincadeiras. Enquanto os garotos estavam a pagar as coisas que pegaram, nós as três ficamos na conversa.
- Hei, Ginny. – chamou Luna. – Desculpa-me a curiosidade, mas onde arranjaste dinheiro para comprares tanta coisa?
- Ah, isso. – respondeu Ginny. – A loja de Fred e de George tem bastante sucesso e eles ganham muito dinheiro. E como sabem que mesmo nós termos crescido sem dar muita importância ao dinheiro, ele sempre é preciso para certas coisas. Eles dão metade do dinheiro que ganham na loja aos meus pais, o que faz com que já não precisamos de estar sempre a economizar e a comprar coisas em segunda mão. Eu pedi algum dinheiro à minha mãe para poder fazer estas compras. Como eu não comprei vestidos e sapatos muito caros, ainda fiquei com algum dinheiro. Mas como não há mais nada que eu hoje queira comprar, vou guarda-lo para a prenda do dia dos namorados que eu comprar para o Neville. (N/A: Esta conversa eu coloquei só mesmo para depois não me perguntarem aonde a Ginny arranjou o dinheiro).
Quando voltamos para Hogwarts, antes de irmos jantar (já que tínhamos comido qualquer coisa em Hogsmeade), eu, Ginny e Luna fomos arrumar as nossas respectivas coisas nos nossos dormitórios, enquanto que os garotos foram logo para o salão principal. Quando fomos para o salão principal, chegamos lá na altura em que o jantar começou a ser servido. Quando terminamos, a McGonagall chamou a nossa atenção e Dumbledore fez um discurso:
- Caros alunos. – começou Dumbledore. – É meu dever avisar que por ordem do novo Ministro da Magia, as visitas a Hogsmeade estão canceladas.
Houve bastantes lamentos de decepção no salão principal, mas houve outra coisa que me chamou a atenção.
- Novo Ministro da Magia? – perguntei. – Quem é ele?
- Amanhã vais saber, Hermione. – respondeu Ron. – De certeza que saíra no O Profeta Diário.
- Mas é alguém que conhecemos, Ron? – insistiu Harry.
- Sim, é. – respondeu o ruivo. – A minha mãe disse-mo esta manhã, na carta que me mandou.
Vendo que mais nada conseguiam arrancar de Ron, teríamos de esperar pela manhã seguinte para sabermos que era o novo ministro.
Levantamo-nos e fomos para os nossos respectivos dormitórios e rapidamente adormecemos. Na manhã seguinte, foi Ginny que me acordou dizendo que eu já tinha perdido o café da manhã e a entrega do correio. Lamentando-me pelo meu atraso, nem ouvi a Ginny a dizer que tinha aceitado o meu correio. Só quando ela mo entregou é que eu me apercebi disso. Agradeci-lhe e comecei por ler o jornal, ficando bastante espantada em saber que o novo ministro da magia era Percy Weasley, um dos irmãos da garota à minha frente. Vendo a minha cara de confusão, Ginny começou a explicar o que sabia.
- Bem, pelo que o Ron me disse, Percy pediu desculpa à nossa família, dizendo que tinha sido um imbecil e que estava arrependido de tudo o que tinha dito aos nossos pais. Bem, eles perdoaram-no, mas concordaram em que ele continuasse a morar sozinho. Percy também se juntou à Ordem da Fénix, o que faz com que ele esteja mais preparado para lutar contra Voldemort. – explicou Ginny. – A minha mãe também em contou que ele e Penélope ainda namoram, estão a morar juntos e acho que estão a planear casar neste Verão. E eles vão ter um trabalho bastante duro este Verão, porque não é só Percy que vai casar. Bill, Charlie, e os gémeos também estão a preparar os seus respectivos casamentos. Eu acho que eles vão combinar e casar no mesmo dia, para ser mais fácil para os meus pais, já que iria ficar complicado fazer tanta festa para quatro casamentos, então eles decidiram que casariam no mesmo dia. Não sei quando, mas a mamãe desvendou que poderia ser em Julho. (N/A: Mais para a frente todos vão entender a razão de quase todos os irmãos Weasley casarem no mesmo dia).
- Bill, Charlie e os gémeos vão casar com quem? – perguntei, ainda a assimilar aquilo que a Ginny me tinha dito.
- Bill vai casar com a Fleur. Charlie conheceu uma garota lá na Roménia chamada Mary Brown. – respondeu Ginny. – Fred vai casar com Angelina e o George com a Alicia.
- Brown?! – exclamei. – Tem algum relacionamento com a Lavander?
- Acho que elas as duas são primas. – respondeu a ruiva, que estava sentada numa cadeira. – Acho que os pais das duas são irmãos.
- Ah, ok. – exclamei.
- Temos de descer, Mione. – falou Ginny. – O almoço vai ser servido daqui a pouco e nós ainda temos os deveres para fazer.
- É verdade. – exclamei. – Tinha me esquecido que hoje não tínhamos aula com o Dumbledore.
Depois de almoçarmos, passamos uma boa parte da tarde na biblioteca a fazer os trabalhos de casa e também a fazer pesquisas, de modo a nós prepararmos para a segunda tarefa. Só saímos da biblioteca quando era hora de jantar e depois de termos comido, fomos directamente para os nossos dormitórios, porque no dia seguinte teríamos de acordar cedo para as aulas.
E a semana passou-se entre aulas, deveres, estudos, pesquisas e treinos de Quidditch. E mais um sábado chegou e com ele o primeiro jogo dos Gryffindor contra os Hufflepuff. Não foi um jogo bastante fácil, porque a equipa dos Hufflepuff estava bem mais forte e organizada e com bons jogadores. Mas no fim foi a nossa equipa que ganhou, com Harry a pegar o pomo de ouro dando à equipa um total de 400 pontos contra os 150 dos Hufflepuff. Obviamente houve festa, mas desta vez ela ocorreu nos jardins, já que estava um dia de sol. A festa só terminou quando chegou a hora de almoço e todos se dirigiram para o salão principal. Quando nós os seis acabamos de comer, fomos para a biblioteca para fazermos os deveres, mas ao contrário do domingo passado, quando tínhamos tudo pronto fomos fazer uma vista ao Hagrid, que já não visitávamos desde o dia em que lá estivemos para falar dos nossos namoros, já que as aulas que tínhamos com ele não contavam. Passamos um resto de tarde muito divertido na companhia do meio-gigante, embora tivéssemos o cuidado de recusar lanchar com ele. Regressamos à noite para o castelo, na companhia de Hagrid, para jantarmos. Quando terminamos, fomos para a sala comum dos Gryffindor onde ficamos quase até de madrugada a conversar e a namorarmos um pouco, porque as ultimas semanas tinham sido totalmente preenchidas com os estudos. Ainda ficamos o suficiente para vermos Dobby, que se mostrou muito satisfeito por nos ter apanhado acordados. Ajudamos Dobby na limpeza e quando tudo tinha ficado limpo e Dobby foi-se embora é que nós dirigimos para os dormitórios (Luna tinha ficado connosco, cerca de uma hora, sendo que às nove horas Ron a levou para a sala comum dos Ravenclaw).
Na manhã seguinte, acordei bastante cedo e como Lavender e Parvati ainda estavam a dormir aproveitei para tomar um banho e me vestir. Quando estava pronta, desci para a sala e sentando-me numa das poltronas, esperei por Ginny e pelos garotos. Harry foi o primeiro a aparecer ainda um pouco ensonado e depois de me dar um beijo de bons-dias, queixou-se:
- O Ron e o Neville roncam muito. – ele falou. – Tive de me levantar, pois já não conseguia dormir com o barulhos que eles os dois fazem.
Ri-me da expressão de Harry, já que ele estava com umas olheiras um pouco profundas e tinha uma expressão de cachorro com dono. Ficamos mais um pouco ali a conversar, até que Ginny finalmente desceu.
- Onde estão Ron e Neville? – perguntou ela, assim que se aproximou de nós.
- A dormir. – respondeu Harry. – Como sempre.
Caímos os três na gargalhada e foram os alvos dos risos que nós interromperam.
- Do que vocês tanto riem. – pergunta Ron, descendo as escadas, seguido por Neville.
- De vocês. – respondi. – Harry disse que não consegue dormir com os vossos roncos.
Adoptando uma expressão emburrada, Ron a contra gosto desceu connosco até ao salão para comermos. Quando terminamos, subimos até ao sétimo andar, onde iríamos ter mais uma aula com Dumbledore. Harry, ficou lá no canto dele a pesquisar mais coisas sobre aparecimento, enquanto eu, Ron, Luna, Neville e Ginny ficamos noutro canto a praticar animagia. Numa questão de uma hora e meia, tanto eu como Ginny e Luna conseguimos nós transformar completamente. Dumbledore deu-nos os parabéns e mandou-nos ir para junto de Harry, ajudando-o nas pesquisas. Passado uma hora, já tínhamos recolhido bastantes informações como aparecimento e nem nós tínhamos apercebido que uma terceira pessoa (além de Dumbledore e McGonagall) tinha entrado na sala. Dumbledore chamou por nós e explicou-nos que aquele senhor era um oficial do Ministério, encarregue de monitorizar as aulas de aparecimento. Decidimos que nas aulas de aparatação usaríamos outra sala ali perto, e foi para lá que fomos juntamente com o oficial e com Dumbledore. Quanto a Ron, Neville e McGonagall continuaram na sala das necessidades treinando. Entretanto, nós estávamos ouvindo algumas explicações do oficial em relação aos procedimentos que deveríamos de ter quando aparecêssemos e também ouvimos alguns casos de pessoas que usaram o aparecimento incorrectamente. Só ficamos com umas noções básicas sobre aparecimento, já que Dumbledore nos disse que iríamos esperar que Ron e Neville fossem bem-sucedidos em se tornar animagos antes de passarmos para as aulas de aparecimento. E com isso, fomos dispensados das aulas daquele dia. Como não tínhamos mais nada que fazer e como Ron e Neville ficariam até à hora de jantar com McGonagall fomos para os jardins, onde ficamos a conversar até por altura do jantar ser servido. Foi no salão principal que voltamos a encontrar Ron e Neville, que demonstravam estar bem cansados. Os dois quase que adormeceram em cima da mesa e mal acabaram de comer, subiram logo para a torre dos Gryffindor para irem dormir. Nós seguimos-lhe o exemplo uns minutos mais tarde, porque também nós estávamos cansados e no dia seguinte, teríamos aulas.
O resto da semana foi igual às outras todas, mas na quinta-feira começamos a ficar um pouco nervosos, pois naquela noite teríamos o baile de Halloween e em dois dias ocorria a segunda tarefa do torneio.

N/A: Aqui esta mais um capitulo de Almas Gémeas, e sei que voltei a demorar muito tempo para postar, mas nem sempre eu tenho imaginação para continuar a fic… Espero que gostem e que deixem comentários. E o próximo capitulo é todo só sobre o baile de Halloween.

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