No trem




1.º de setembro chegou para a alegria de Harry, ele não via a hora de voltar a Hogwarts, sabia que no mundo bruxo estaria mais propício a Voldemort, mas já que esse era seu destino a única coisa que ele tinha a fazer era enfrenta-lo. Ainda não tinha contado sobre a profecia pra ninguém, nem Rony e Hermione.


Chegou a estação King Cross e logo encontrou vários colegas da grifinória, Hermione chegou logo após ele, veio comprimentá-lo e logo depois entrou no trem a procura de uma cabine, apesar de ser monitora, ela e Rony ficavam a maior parte da viagem com ele. Rony não demorou a chegar, ele e toda a família, Harry foi cumprimenta-los e depois subiu no trem seguido por Rony.


Rony e Hermione foram para o vagão dos monitores, Harry e Gina foram para a cabine que eles escolheram. Os dois conversaram muito até Rony e Hermione chegarem, Rony foi jogar xadrez de bruxo com Gina, que logo começou a dar uma “lavada” em Rony. Harry e Hermione ficaram quietos, sentados um de frente pro outro, Hermione (pra variar), começou a ler um livro, Harry ficou ali encarando-a, pensando nos acontecimentos dos últimos meses.

_Que foi? Perguntou ela baixando o livro.

_Nada, só estava pensando... ele não terminou a frase, não conseguiu, não conseguiria contar pra ela no que estava pensando.

_Pensando no que? Você parece preocupado Harry. Quer conversar? Perguntou ela fechando o livro.

_Tudo bem, melhor falar sobre isso depois, não sei se estou preparado. Disse ele olhando para os sapatos.

_Certo, mas saiba que sempre estarei pronta pra te ouvir Harry, amigos são para isso, pode contar comigo pra qualquer coisa, sei o quanto você deve estar precisando desabafar. Quando precisar de alguém pra conversar, sobre qualquer coisa... menos quadribol, sou horrível em quadribol – riu ela- me procura tá, não guarde essas coisas só pra você, conte pra alguém de sua confiança, desabafe, é bom. Disse ela com um olhar muito compreensivo e maternal.

_Brigada Mione, é bom saber que temos amigos pra todas as horas, até pras difíceis, mas acho que devo pensar mais um pouco sobre isso... sussurrou ele. Sabia que um dia teria de contar a alguém a respeito da profecia e teria de falar com alguém sobre Sirius, ou iria ficar louco com aquele sentimento de culpa.


O carrinho de doces chegou, Harry comprou várias coisas e partilhou com os amigos, comeram, riram e conversaram muito, até Rony e Hermione saírem para vigiarem os corredores. Harry e Gina ficaram conversando e jogando xadrez até Luna e Neville chegarem, eles conversaram sobre as férias, e quadribol.


Estavam todos conversando, Rony e Hermione já tinham voltado quando Cho passou pela cabine e cumprimentou Harry.

_Oi Harry. Falou ela.

_Oi Cho, e as férias? Perguntou ele.

_Legal. Preciso ir, a gente se vê. Disse ela saindo da cabine. Harry olhou para Hermione e saiu atrás de Cho.

_Cho! Cho! Preciso falar com você! Gritou ele, ela virou-se e encarou –o.

_Espero que não esteja com raiva de mim. Falou ele.

_Não seja bobo Harry, acho que a gente nunca daria certo, não é você – apressou em dizer – é que me sinto meio sem graça por causa do Cedricco... mas a gente pode ser amigo né! Falou ela.

_Tudo bem, você parece melhor, que houve?

_Acho que o Cedricco não gostaria de me ver daquele jeito, chorando pra todo lado.

_Com certeza que não. Respondeu Harry, era engraçado como ele não se sentia como antes quando falava com Cho, parece que agora ela era só uma garota normal, uma amiga talvez. Ela se despediu e saiu, Harry voltou para a cabine, agora mais vazia, só estava Hermione, Gina saiu com Luna e Neville, Rony saiu sem dar explicações. Harry se sentou ao lado de Mione, sentiu seu estômago dando uma cambalhota. “Mal sinal” pensou ele.
_Mione, pensei muito a respeito daquela conversa. Disse ele baixinho.

_Então...quer falar agora? Perguntou ela curiosa.

_Mione, saiba que é muito difícil pra mim falar sobre isso, sabe...Sirius, sinto muita falta dele, me sinto culpado, afinal foi por mim que ele foi pra lá... Hermione interrompeu-o

_Harry, você sabe que não é sua culpa, compreendo a falta, afinal vocês se davam muito bem, sei que é difícil, mas você tem que superar. Falou ela encarando-o nos olhos com o olhar compreensivo e maternal de novo.

_Mione, porque todas as pessoas que eu amo têm que...que...que morrer, meu pai, minha mãe, agora Sirius, tenho medo que você... ele parou bruscamente, falara demais. Hermione continuava a encarar Harry.

_Harry você sabe que isso não é verdade, não é sua culpa, e as pessoas que você ama não vão morrer só porque estão com você, você mesmo disse que quando Voldemort quer matar alguém ela não tem como escapar, isso...a morte, ninguém pode prever, é uma etapa de nossa vida, todos vamos passar por ela, a vida é assim e a única coisa que podemos fazer é aproveita-la, e te garanto que Sirius fez isso. Ela ainda olhava nos olhos de Harry.

_Eu sei Mione, eu entendo, mas porque agora? Justo agora que a gente estava se dando tão bem. Sussurrou Harry.

_Porque tinha que ser assim Harry, ninguém poderia mudar isso. Agora uma solitária lágrima escorria pelo rosto de Harry, Hermione passou o dedo pelo rosto dele e secou-a, Harry agora olhava para os lábios de Hermione que estava procurando um lenço no bolso. Harry chegou mais perto dela, o estômago deu outra cambalhota, nunca se sentira assim perto de Mione, sempre olhou pra ela como uma amiga, uma irmã talvez, mas agora sentia algo mais que isso, gostava de Mione, e só agora descobrira isso, só percebeu quando viu a amiga desacordada no Ministério da Magia no ultimo ano, só aí percebeu o quanto gostava dela.


Hermione levantou os olhos, com o lenço na mão e se assustou com Harry tão perto cela.

_Que foi? Perguntou ela sem graça olhando nos olhos dele. _Tá se sentindo bem? Perguntou ela. Harry encarava Hermione nos olhos, e num impulso, beijou-a de leve nos lábios.


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