Eu sei que vou te amar...



Bem, antes de mais nada:

Belzinha, super obrigada pela propaganda! Eu fico até mais animada pra escrever...

Sally Owens: nossa, 'brigadão pelos elogios!! Quanto à essa fic, acho que esse tem que ser o último capítulo, mesmo. É o final do período deles em Hogwarts. E, como você já viu, vou escrever uma continuação dos acontecimentos, em outra fic.
Quem ainda não viu, vá lá:
"O Mistério da Profecia de Sibila Trelawney"
(http://www.floreioseborroes.com.br/menufic.php?id=9053)

E agora... o fim!


CAPÍTULO 7

O verão veio e passou, e, com ele, terminaram as férias. Dia primeiro de setembro, como nos outros anos, todos tomaram o expresso para Hogwarts, rumo ao novo ano letivo. Severo achou que as férias de verão tinham passado mais rápido naquele ano, e por isso ele não tivera tempo de esquecer.
De qualquer maneira, com a volta às aulas, ele tomou a iniciativa de fazer várias mudanças na vida. Passou a andar com um grupo de colegas conhecido como a “gangue da Sonserina”: os irmãos Lestrange, Belatriz, Avery, Evan Rosier, Wilkes, e o irmão caçula de Sirius, Régulo Black. Eram tempos de mudança no mundo bruxo, havia guerra, e o lado das Trevas estava tomando o poder. O grupo que ele agora fazia parte era composto de simpatizantes das Trevas. Alguns, como Avery e Rosier, eram filhos de Comensais da Morte. Mas o que ele queria era ser poderoso, não era? Estava no grupo certo. Com eles, Severo começou a compartilhar o muito que já tinha aprendido, com sua mãe, ou por conta própria, de Arte das Trevas. Tudo o que representasse a busca do poder, do controle, o interessava. Com o passar do tempo, ele percebeu que não era mais subestimado pelos colegas. Agora, ele era respeitado, muitas vezes temido.
Desde aquela tarde de primavera, ele nunca mais tinha procurado Lílian. Agora, embora a classe de N.I.E.M. de Poções fosse menor, ele sentava longe dela. No começo, ele sentiu vergonha e remorsos. Depois, raiva: de Thiago, de Sirius, de Lílian, dele mesmo. Até que, depois de algum tempo, achou que não sentia mais nada. Mas não esquecia.
A aversão ao grupo da Grifinória – Thiago, Sirius, Remo e Pedro - só aumentava. Ele tinha passado boa parte do seu tempo livre decidido a descobrir alguma coisa contra eles. Seguia-os, espionava, escutava conversas. Tinha certeza de que eles compartilhavam algum segredo. Uma noite, observando da janela do seu dormitório, ele viu: Remo estava sendo levado pela Madame Ponfrey para fora do castelo, por alguma passagem secreta que começava debaixo do Salgueiro Lutador. O que podia ser aquilo? Tentou segui-los, mas não conseguia passar. Passou a rondar a árvore, observando, pensando em alternativas. Uma tarde, Sirius se aproximou dele, e, como quem não quer nada, lhe disse que havia uma maneira de paralisar o Salgueiro: com uma vara, apertar um lugar determinado do tronco fazia com que ele ficasse parado. Passou noite após noite espionando pelos janelões, esperando uma oportunidade, até ver, de novo, Remo seguindo com a Madame Ponfrey através do gramado à luz da lua. Não teve dúvidas, foi atrás e fez como Sirius lhe dissera. Era uma armadilha! Ele seguiu pela passagem, percebendo que ia dar na Casa dos Gritos. Só tivera tempo de avistar um lobisomem, ao longe, tempo suficiente para perceber que era uma armadilha, quando Thiago Potter, provavelmente desistindo do crime no último momento, aparecera para resgatá-lo.
Como ele pudera ser tão idiota? Como pudera confiar na palavra de uma pessoa como Sirius? Sem dúvida, não havia pior castigo do que ter sua vida salva por Thiago Potter. Dever a vida justo a quem ele mais detestava. Tinha descoberto o segredo: Remo era um lobisomem. Mas a que preço? E, o que é pior: não podia contar a ninguém. Dumbledore em pessoa o fizera prometer nunca revelar o segredo do colega. O que só aumentou o seu ódio e desprezo pelos quatro.
Outro verão chegou e foi embora, outro expresso para Hogwarts, outro ano letivo começou: o sétimo e último na escola. Um dia, ficou sabendo pelos colegas que Lílian Evans e Thiago Potter estavam saindo, namorando firme. Racionalizou: era de se esperar. Eles combinam. Nem doeu.
Numa tarde ensolarada de outono, Severo vinha caminhando, solitário e distraído, depois de uma das últimas provas de N.I.E.M., quando, de repente, num esbarrão, deu de cara com Lílian, e os dois derrubaram os livros, mochilas e pergaminhos que carregavam. Ele sentiu que sumia o ar. Fazia tanto tempo desde a última vez que estivera tão perto dela...
- Perdão.
- Ora... Não foi nada, Severo! E ela sorriu, encarando-o com aqueles mesmos olhos de esmeralda que ele achou que tivesse esquecido.
- Eu ajudo.- Ele respondeu, meio desajeitado.
Quando acabaram de recolher o material derrubado, ele achou que devia falar alguma coisa antes que ela fosse embora de novo.
- Soube que você e o Potter estão namorando firme... comentou, antes que pudesse se conter.
Ela pareceu surpresa, mas voltou a sorrir, os olhos brilhando ainda mais.
- É verdade! Quem diria, não é? O que eu posso dizer? Aquele crianção... finalmente cresceu. Estamos até pensando em casar logo depois da formatura...
- Não posso dizer que aprecio a sua escolha... Mas eu lhe desejo felicidades. De verdade.
- Obrigada!
Ela encarou-o com uma expressão indefinida e disse:
- Engraçado, teve uma época no quinto ano em que eu achei que você me odiasse... fiquei meio chateada até.
- Eu? Odiar você? Severo agora estava perplexo.
- Sei lá... Fiquei realmente brava quando você me chamou de Sangue-Ruim.
Ela franziu o rosto numa expressão engraçada quando percebeu o quanto ele estava embaraçado e completou, sorrindo:
- Mas passou, nem esquenta. A gente fala tanta besteira quando tem 15 anos, não é? Veja só o meu caso: se eu e o Thiago fossemos levar a sério tudo o que dissemos um pro outro aos 15 anos, nunca estaríamos juntos, por exemplo...
Ele não conseguia encontrar nada para responder, então ela continuou, depois de alguns minutos de silêncio:
- Minha opinião a seu respeito nunca mudou, Severo.
- A de que eu sou um pobre coitado digno de pena... – ele deixou escapar sem pensar, com um sorriso amargo.
Mas Lílian ficou realmente surpresa com o comentário. Com ar muito sério, ela continuou:
- Pena? Nunca, Severo! Sempre achei você um bruxo brilhante. Hoje em dia, embora de uma maneira que eu não imaginava, muita gente também vê isso. O Severo que eu guardo na lembrança é aquele que discutia as tarefas comigo, que usava com orgulho os livros da mãe...
Depois de uma pausa muito rápida, ela segurou a mão dele, encarou-o e disse:
- Não desperdice seu talento com essa gente com quem você anda, Severo. Você é muito melhor do que eles. Eu sei.
E, de uma maneira completamente inesperada, bem típica dela, sapecou um beijo em sua bochecha e disse, afobada:
- Bem, preciso correr, o Thiago está me esperando... Boa sorte, Severo! Seja feliz...
E, nesse mesmo instante, vendo-a se afastar correndo, sem olhar para trás, a verdade o atingiu feito um raio, obrigando-o a dizer baixinho o que não tinha coragem de declarar:
- Eu te amo, Lílian Evans.
Severo percebeu que odiava Thiago agora mais do que nunca. Porque, mais do que qualquer outra qualidade que ele pudesse invejar, Thiago tinha o que Severo mais desejava na vida, e que sabia que jamais teria: o amor de Lílian Evans. E, tinha certeza disso, ele nunca amaria outra pessoa na vida.

"Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar

E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou


Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda minha vida..."

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Comentários (1)

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