The First Dose



Título: The Black Poison
Autor: Elindrah
Sinopse: Dois Black. Uma biblioteca. Um objetivo: o mesmo livro de Poções. O resultado: confusões (e confissões) à vista...
Gênero: Romance/Geral
Spoilers: Do 5º livro, mas pouca coisa
Observações adicionais: Época de Hogwarts, os dois estão no 6º ano. Fic escrita para o desafio da Denebola Black.

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The Black Poison


- The First Dose

a.mor: 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro, ou a uma coisa. 3. Afeição, amizade, simpatia.

Amor. Amor... Amor?! Não, não podia ser! Simplesmente, não podia ser amor o que eu sentia por aquele infeliz. Ele era tão... irritante, imaturo, insuportável! E como se não bastasse, traiu o sangue de nossa família! Ele era um idiota, isso sim era o que ele era.

Levantei os olhos daquele livro de trouxas... Dicionário, se não me engano. Como eu o encontrara ali, acho que nunca saberei. Na certa, algum Sangue-ruim deve tê-lo esquecido ali, junto aos outros livros da biblioteca. Não me entendam mal, eu sempre odiei os trouxas, e ainda os odeio, mas o que posso fazer se não conseguia encontrar o que eu queria no dicionário dos bruxos? Obviamente, nunca ninguém precisará saber que um dia tive de usar de um artefato trouxa.

De repente, senti os pelinhos da minha nuca se eriçarem. Alerta vermelho. Lentamente, virei meus olhos para lá e para cá, para finalmente fazê-los cair na odiosa figura de Sirius Black conversando com Madame Pince em sua mesa, próxima a entrada da biblioteca.

Suspirei irritada. Oh, definitivamente, o universo conspirava contra mim naquele fim de noite! Primeiro, tive que vir às pressas a biblioteca após me lembrar de um maldito trabalho de poções do Professor Slughorn para ser entregue na manhã seguinte. Segundo, descobri que posso (vejam bem, “posso” deriva da palavra “possibilidade” que, segundo o dicionário que tinha em mãos, significa algo que ainda não é certo de acontecer) estar sentindo algo mais além de asco, ódio e desprezo pelo meu querido priminho traidor. E agora ele aparecia ali, como se fosse a coisa mais natural do mundo Sirius Black perder a sua noite de quinta-feira na biblioteca!

Abaixei meus olhos para as páginas amareladas, embora estes permanecessem imóveis e eu fosse incapaz de focalizar algo nem mesmo há um palmo do meu nariz. Agucei os ouvidos tentando ouvir seus passos, mas ele continuava a conversar em voz baixa com Madame Pince.

Apoiei a cabeça em uma das minhas mãos, deixando meu rosto virado estrategicamente na direção contrária de onde ele estava. Talvez, eu tivesse chance de passar despercebida...

Quase pulei da cadeira quando comecei a ouvir a madeira ranger denunciando passos que vinham em minha direção. Eu tinha que passar despercebida, eu tinha que passar despercebida, eu tinha que passar despercebida...

– Olá, priminha! Como vai a vida? O que faz na biblioteca, cumprindo alguma detenção? Os Black não vão gostar de saber disso...

Rolei os olhos antes de fechá-los, enquanto virava meu rosto na direção da odiosa voz, que por incrível que pareça, só de se fazer ouvir, já me deixava a beira de um ataque de nervos. Contei até dez, embora a minha vontade era de contar até mil, ao mesmo tempo em que abria os olhos, captando o sorriso de lado que tanto me enervava.

– Eu estou muito bem, priminho, embora eu acredite piamente que isso não lhe diz respeito. E o que eu faço aqui, definitivamente, também não lhe diz respeito.

– Delicada como a branca neve que cai nos jardins de Hogwarts no inverno... – Rebateu em um tom sonhador, repleto de sarcasmo – Eu poderia desperdiçar horas mantendo nossa agradável conversa, mas, infelizmente, estou muito ocupado no momento, priminha. Até breve.

O observei andar em direção as prateleiras abarrotadas de livros, lembrando, subitamente, que eu também deveria estar ocupada. Fechei o livro grosso com um forte estrondo, empurrei a cadeira a qual estava sentada para trás, e me levantei em direção a seção de Estudo dos Trouxas. Olhei bem para os lados, certificando-me de que ninguém estava ali para ver o deslize de Bellatrix Black. Repus o livro em seu devido lugar e, em seguida, passei a caminhar pelas prateleiras tentando localizar a seção de Poções.

Virei a esquerda, e quase me arrependi de ter feito isso ao me deparar com costas largas e cabelos extremamente negros, caindo um pouco abaixo dos ombros. Olhei em todas as direções para ter a certeza de que não havia ninguém ali rindo da minha cara, após ter me pregado aquela maldita peça. Mas, não, não havia ninguém. Respira, Bellatrix, pensa que é pelo bem da sua nota em Poções...

Adentrei mais entre as duas prateleiras que, segundo diziam as plaquinhas embaixo dos livros, guardavam livros de poções. Passei os olhos por elas, ansiando encontrar um volume que dizia: “Guia para poções avançadas, vol. I”, o que, para ser sincera, não estava tendo muito sucesso. Levantei a cabeça e estreitei os olhos, a fim de procurar nas prateleiras mais altas, para quase em seguida, arregalá-los de satisfação ao me deparar com o livro que eu tanto precisava.

Ainda mantinha contato visual com o exemplar e estava prestes a ir buscar a escada ao final do corredor, quando duas mãos grandes e fortes tiraram o livro de onde ele estava, forçando-me a seguir seu trajeto para mantê-lo em meu campo visual. Qual não foi minha surpresa ao ver um entediado Sirius Black folhear displicentemente o livro que EU estava procurando e que EU precisava. Então, como um estalo, percebi que já havia obtido a resposta para o porquê de sua presença na biblioteca àquela hora da noite: na certa, a anta tinha se esquecido do trabalho de Poções. Ignorem o fato de eu ter feito a mesma coisa.

Fiquei imóvel por alguns instantes, a idéia de estar sendo observada por algum pregador de peças voltando a martelar com ainda mais força na minha cabeça, quando tive um pensamento tranqüilizador: uma biblioteca tão grande quanto essa, obviamente, terá mais exemplares deste livro. É só eu falar com a Madame Pince, que ela me indicará outro. Andei entre as muitas prateleiras até localizar a mesa da bibliotecária... vazia. Senti meus ombros caírem de desapontamento. Eu nunca conseguiria achar outro livro daquele sozinha, a biblioteca era enorme! E, além disso, eu não estava nem um pouco disposta a ir procurar outro naquelas prateleiras que cheiravam a mofo.

Com um suspiro derrotado, cheguei a conclusão de que, provavelmente, como Madame Pince passava os seus dias e noites na biblioteca, quando precisava sair, devia demorar muito tempo para voltar. Tempo este que eu não podia esperar. Praguejando baixinho, voltei a seção de Poções, pensando em algo rápido, indolor e eficaz para ter o livro de volta.

Encontrei Sirius na mesma posição: em pé perante a prateleira, ainda folheando o livro com ar entediado e displicente, parando aqui e ali para ler alguma informação interessante que saltava aos olhos.

Pus o meu melhor sorriso sedutor nos lábios e caminhei em sua direção de forma casual, como se fosse a coisa mais normal do mundo dois Black se encontrarem em uma biblioteca. Parei a uma distância segura e me encostei à prateleira a qual ele estava de frente. Fiquei observando-o, esperando-o virar os olhos cinzentos para mim, ou pelo menos dizer alguma coisa.

Sirius me olhou de lado, como para se certificar de que eu não estava planejando nada contra ele, voltando a fitar rapidamente as folhas estampadas com receitas e mais receitas de poções. Não demorou muito até ele se pronunciar:

– Que é que está olhando? Perdeu alguma coisa? – Perguntou num tom sarcástico (tão típico dele) ainda com o olhar fixo em uma poção que ensinava a como tirar pulgas de cachorros e animais domésticos. Só mesmo aquela anta para perder tempo com coisas tão inúteis...

Eu não esperava uma abordagem muito simpática, mas, definitivamente, aquele tom sarcástico, misturado com toda aquela arrogância e segurança inabalável estampados no sorriso de lado, me fizeram quase perder as estribeiras:

– Aham, perdi a paciência! – Respondi irritada, desfazendo a pose “sexy” e colocando as duas mãos na cintura.

– Não me diga! E você algum dia já a teve? – Ele parecia estar se divertindo muito, enquanto me enchia o saco. Maldito Black!

– Sim, priminho, ou como você acha que eu nunca lhe lancei um Avada Kedavra até hoje?

– Sei lá... Falta de competência, talvez... – Disse, finalmente desistindo de ler a poção para pulgas e folheando mais algumas páginas, parando em outra receita de poção digna de aplausos: como limpar todo o álcool do sangue. Irresponsável!

– Pois um dia, eu lhe mostrarei toda a minha competência e o farei morder nessa sua língua imunda, mas, infelizmente, hoje não é o dia para isso. A propósito, você pegou este livro para fazer o dever de poções?

– Livro? Este aqui? – Pela primeira vez durante a nossa conversa, ele se dignava a olhar pra mim. Suas sobrancelhas estavam arqueadas, demonstrando dúvida, mas eu sabia que aquelas perguntas idiotas tinham um único objetivo: me irritar.

– Não. Esse que está em cima da sua cabeça. – Dois podiam jogar esse jogo.

– Ah, sim. – Ele rolou os olhos para cima, de certo procurando por seu “livro”, para depois voltar a fitar as páginas finas - Foi sim.

– Então, acho que temos um probleminha, pois eu também preciso dele, e ao que parece não há outros exemplares disponíveis...

Ele olhou ao redor, demonstrando interesse, embora eu soubesse exatamente que aquilo tudo não passava de encenação.

– Nossa, é mesmo. – Concluiu - Que chato, né? – Alguém ainda tem dúvidas da encenação?

– É, realmente, muito chato. – Rolei os olhos, começando a achar que, se eu não tomasse a iniciativa, não iríamos sair daquela conversa improdutiva. – Por isso, eu queria lhe propor um acordo: você me deixa usar o livro agora, pois Poções é a minha primeira aula de amanhã, enquanto a sua será só à tarde, ou seja, você terá mais tempo do que eu para fazer o trabalho.

Sirius folheou mais algumas páginas, parecendo considerar a proposta. Por fim, decidiu:

– Hmm... Não.

Fechei os olhos com força, controlando-me para não lançar um feitiço não-verbal naquele infeliz. Se tinha uma coisa que me deixava mais irritada do que ter que depender dos outros, era o meu primo Black tentando me tirar do sério. E como as duas coisas aconteciam naquele momento, nem queiram saber as idéias que me passavam pela mente. Sentia que até poderia escrever um livro: “Como matar Sirius Black em 10 lições”.

– Querido priminho – Retomei o tom calmo, claramente dissimulado, acompanhado de um sorriso tão verdadeiro quanto as minhas palavras – Olha, eu sei que nós tivemos alguns desentendimentos no passado... – quase desisti da diplomacia quando eu o ouvi soltar um sonoro “humpf!”... – Mas, tente me encarar como uma aluna que precisa ter o trabalho de poções pronto para entregar na primeira aula, para a boa sobrevivência de suas boas... – mais um “humpf!” – notas. – nem sei como consegui terminar a frase sem cometer um assassinato...

– Bom, se quer tanto o livro... – Sirius o fechou com um estrondo, para continuar a falar com uma voz que emanava desafio – Por que não vem pegá-lo?

Eu quase quis ter uma catapora quando eu o vi erguer o livro para cima. Eu não era assim tão baixinha, muito pelo contrário, era uma das maiores alunas da Sonserina (bem, isso em todos os termos, embora eu esteja me referindo à altura), mas era covardia e até ridículo comparar a minha altura com a de Sirius. Fechei os olhos para tentar me acalmar pela enésima vez naquela noite, e murmurei entredentes:

– Eu. Não. Acredito. Que. Você. Está. Fazendo. Isso.

Tive a impressão de ouvi-lo se afastar e abri meus olhos para comprovar o inevitável: ostentando uma expressão repleta de sarcasmo e divertimento, Sirius Black já estava no final da seção, e, enquanto agitava o livro vivamente, disse:

– Venha me pegar, priminha! – E saiu em disparada pelas prateleiras abarrotadas de livros.

Segurando um impulso de segui-lo, tateei minhas vestes a procura da minha varinha, apenas para constatar que eu a havia esquecido no meu dormitório. É, quando eu sai de lá após o jantar, nunca imaginei que teria um encontro tão agradável com meu primo Black. Mas, tudo bem, vendo pelo lado positivo, a partir daquele dia, eu nunca mais sairia sem varinha.

Meu cérebro funcionava a todo vapor, tentando achar algum outro modo de recuperar o livro, mas era impossível. Bufando, percebi que teria de entrar no mesmo joguinho imaturo do meu primo. Sem perder mais tempo, sai da seção de Poções, seguindo os rangidos da madeira do assoalho, que agora não conseguia mais distinguir se eram produzidos pelos meus passos ou pelos dele.

Parei entre algumas prateleiras, cujos corredores formados por elas faziam uma espécie de cruzamento, onde eu me encontrava, exatamente, no centro. Fiquei em silêncio para ouvir rangidos de madeiras que não vieram. Será que ele havia saído da biblioteca? Dei mais alguns passos incertos até o final daquele corredor entre as duas fileiras de prateleiras, encontrando uma espécie de “beco sem saída” a minha frente. Agora só havia dois caminhos a seguir: esquerda ou direita. Olhei para a esquerda. Vazio. Olhei para a direita. Bingo. Lá estava o maldito Black no fim do corredor da direita, encostado naquela maldita prateleira, segurando o maldito livro que eu tanto precisava, e dando aquele maldito sorrisinho de lado.

– Buu! – Disse ele, alargando ainda mais o sorriso cínico.

Decidida a acabar com aquela história de uma vez por todas, caminhei a passos largos até ele, observando-o erguer o livro mais uma vez para o alto. Parei novamente a uma distancia razoável, cruzei os braços e murmurei com toda a paciência que ainda me restava:

– Me. Dê. O. Livro. Agora.

– Já disse para você vir pegá-lo. Que coisa! Não pensei que você tivesse problemas auditivos.

Sentindo toda a paciência e sanidade esvaindo-se de mim, avancei sobre ele como um cachorro avança sobre um ladrão que invade a casa dos donos: sabia que não tinha chance, mas tinha que manter meu orgulho. Ele deu alguns passos para trás com o impacto de nossos corpos, batendo na prateleira, e fazendo alguns livros balançarem em seus respectivos lugares.

Estava nas pontas dos pés e com o braço totalmente esticado, mas toda vez que eu estava perto de conseguir algum sucesso, ele erguia o livro ainda mais alto, fazendo-me chegar ao ponto de apoiar em seus ombros.

E então tudo aconteceu. Rápido demais e irreal demais para que eu me desse conta. Em um piscar de olhos, estava prensada entre a prateleira e o corpo grande e robusto dele. Levantei meu olhar, tentando me localizar no meio daquela bagunça, quando encontrei dois enormes olhos cinzentos fitando-me com a perfeita expressão de um caçador que consegue prender sua caça. O sorriso ainda estava lá, mas se desfazia aos poucos, talvez por ter finalmente percebido a distância (ou a falta dela) entre nós.

Enquanto isso, podia sentir o ritmo da minha respiração aumentar assim como meus batimentos cardíacos. Oh, céus! O homem que eu possivelmente (estão lembrados do significado da palavra “Possível”, não é?) estava gostando, ali, na minha frente, e nós dois em uma biblioteca deserta. Isso não ia prestar...

Um barulho de algo caindo no assoalho de madeira chamou minha atenção, embora eu soubesse, e quase pudesse ver na minha mente, o livro, causador de tanta discórdia, jazendo no chão, inerte e abandonado. Seria uma boa hora para tentar atacar e pegá-lo, se eu não estivesse tão hipnotizada por dois orbes cinzentos que me olhavam num misto de curiosidade e desejo. Baixei meus olhos para os lábios entreabertos que deixavam escapar a leve, porém, ofegante, respiração, tomada por um desejo sem igual de beijá-los. Mas, neste quesito, tinha que admitir que Black era tão rápido quanto eu...

Mais uma vez, tudo aconteceu rápido e quando eu finalmente voltei a mim, ele estava me beijando. E por um bom tempo, apenas ele, pois eu estava chocada demais com a ousadia e a quentura daqueles lábios sobre os meus para corresponder à altura. Era como se todas as minhas forças tivessem sumido dos músculos da face.

Senti suas mãos em minha cintura, puxando-me para mais perto e decidi que já estava na hora de agir, pois Bellatrix Black não é dessas menininhas que ficam com as pernas bambas, coradas e com calafrios na espinha quando é beijada. Não, definitivamente, não. Bellatrix é daquelas garotas que agem, e retribuem na mesma intensidade. Ok, ele havia me surpreendido, mas agora era a minha vez. Fazer o que se o sangue vingativo dos Black corriam (agora com uma velocidade espantosa) pelas minhas veias?

Passei a movimentar meus lábios sobre os dele, enquanto minhas mãos se cruzavam atrás de sua nunca, puxando-o para mais perto. Em um segundo, o beijo havia se aprofundado e nossas línguas tocavam-se com avidez, brigando pelo espaço em nossas bocas. Fiz uma de minhas mãos descer lentamente pela suas costas, ainda sobre a sua camisa, para depois senti-lo arrepiar-se quando essa mesma mão voltou para cima, pelo mesmo caminho. Sorri entre o beijo. Era bom estar no controle e ainda mais de alguém como ele. Sirius tinha algo de diferente, algo de viciante. O veneno Black.

Subitamente, senti Sirius largar meus lábios para depois fazê-los encontrar a pele sensível do meu pescoço. Deixei a cabeça cair para trás, reconhecendo o porquê que tantas garotas de Hogwarts viviam correndo atrás de Sirius Black... Era, simplesmente, maravilhoso. Não demorou muito tempo, e novamente, nossos lábios se encontraram.

Não sei com exatidão quanto tempo ficamos ali. Só voltei a mim quando Sirius se desviou do beijo, olhando-me com um brilho de preocupação nos olhos cinzentos. Agucei os sentidos para tentar descobrir o que o estava deixando tão apreensivo, quando ouvi passos pesados, que faziam a madeira ranger de forma ainda mais alta. E, segundo tais rangidos, os passos vinham em nossa direção...

Nos separamos e, em uma fração de segundo depois, as formas arredondadas de Madame Pince despontavam no corredor com uma expressão de pura repreensão. Tudo bem que ela passava bom tempo na biblioteca, mas achar que ela não soubesse exatamente o que dois jovens faziam em um canto escuro como aquele, ofegantes e com os lábios inchados e vermelhos era subestimar sua inteligência.

E este foi o nosso erro naquela noite...


Continua...



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