Trouble (Boucheron)



N/A: (AVISOO!!) Beeem gente... espero q vcs tenham paciencia pra ler isso aqui... ... eu vou alternar um pouco entre o presente e o futuro... okay? Tp, colocar umas situações do futuro (qr dizer, nem tão futuro assim, de um ano depois que eles se formaram em Hogwarts) e do presente... doq está acontecendo agora... espero q vcs gostem e q nauh fique mto confuso... valeuzão pela paciência e por lerem essa fic!!



Agora, agradecimentos...



Kell, Vani, Thatha: amores da minha vidaa!! To com mtas saudades de vcs!! Mtas msm, sem noção!! Não sei se a kell ficou magoada cmg por nauh te-la incluído nessa fic, ms coloquei agora!! Escrever essa fic é um modo de eu estar sempre lembrando de vcs... das nossas pérolas, doq a gente aprontava na melhor época da minha vida!! É um modo de sempre ter vcs nos meus pensamentos, pq no meu coração vcs sabem q estão guardadas pra sempre né! Bjão pra todas vcs! Amo vcs demais!

Thaty: minina, continue escrevendo! Adorei sua fic!! Hahahah soh nauh vou mto com a cara da Belatriz, ms td bem... a qualidade da sua fic supera!! Hahahah obrigada por sempre comentar!

Nashhh: queridíssima sobrinha.... hahahhaha AMEI vc botando meu nome no meio da sua fic e o Fred e o Jorge interrompendo e falando que iam vir pra minha casa!! Hauhauahuahuahah morri de rir aki na frente do pc! Meu pai axou q eu tava ficando tan tan! Hahahahahaha quase chamou o sanatório... ! valeu por sempre comentar Sobrinhaaa!!!

Bia: brigadão pelo comentário!!! Vamos ver oq as gêmeas vão aprontar neah?? Hhauhauhaua!! C conseguiu colocar a capaa?? Sabe oq é... tava pensando outro dia... tem alguns bloggers q nauh permitem..!! daí é outra história... o__O huahauha tomara q c consiga! Um bjoo!

Tati: brigadão pelos elogiooss!! Heheheh fiquei mto feliz com seu comentário (huahuahah pra vcs verem, eu fico feliz com tudo, mas fazer oq se minhas leitoras são as melhores do mundoooo???) brigadão mesmooo!!


N/A: quando tiver entre “aspas” é o futuro oka? Obrigada d nv!



______________ Capítulo Nove: “Uma olhada no futuro” ______________




- Olívio, não gostei nadinha dessas suas primas! – exclamou Mia emburrada, enquanto subia para a Sala Comunal da Corvinal, com Olívio em seu encalce.

- Ora, se você não se lembra, Srta Chang – retrucou ele irritado, parando em frente ao quadro da Princesa bonita de cabelos castanho-alourados – Foi você mesma quem concordou em deixá-las passar o natal com a gente!

Mia virou-se para encará-lo com uma careta de indignação.

- Senha? – disse a Princesa do quadro com uma voz irritantemente doce.

- Eu nem conhecia elas! – replicou Mia batendo o pé no chão, o rosto adquirindo um estranho tom rosa.

- Senha? – repetiu a Princesa com um leve tom ofendido pelo casal tê-la ignorado.

- Por isso mesmo! Devia ter ficado de matraca fechada! – retorquiu Olívio nervoso.

Mia prendeu a respiração, fuzilando o rapaz com os olhos.

- VOCÊ QUE DEVIA TER FALADO ALGUMA COISA AO INVÉS DE FICAR BABANDO PELAS LOIRAS AGUADAS! – berrou ela a plenos pulmões, enciumada; manchas rosas de um tom mais intensificado apareciam em suas bochechas.

- Senha?

Olívio apenas continuou a encará-la com os olhos apertados de raiva. Sua boca abria e fechava a procura de uma resposta. “Eu não fiquei babando por ninguém!”, pensava ele emburrado, enquanto Mia gritava “PELO AMOR DE MERLIM, BOSTA DE DRAGÃO!” e o quadro girava abrindo para o corredor da sala Comunal da Corvinal.

Mia entrou, enfurecida, ainda bufando e praguejando enquanto Olívio permanecia parado em frente ao buraco do quadro.

“Entro ou não entro?”, pensava aflito. Estava bom demais pra ser verdade. Parecia que a noite maravilhosa que havia tido com Mia não fora o suficiente pra superar a personalidade no mínimo, esquisita das primas.

- Vai entrar, ou ficar aí parado com essa cara de bobo? – reclamou o quadro.

Olívio bufou, sem saída, revirou os olhos e entrou, encontrando Mia deitada de qualquer jeito em um sofá próximo à lareira. Olívio franziu o cenho levemente. Como ela podia estar confortável naquela posição? Seu tronco estava em posição normal, de barriga pra cima, mas sua cabeça estava inclinada para o lado e suas pernas estavam entrelaçadas e ela apoiava os pés no encosto do mesmo sofá que deitava. Parecia um show de contorcionismo.

Olívio sorriu, um pouco contrariado, sentou-se em uma poltrona ao lado do sofá, e pôs-se a observá-la, enquanto ela evitava encará-lo, fingindo estar profundamente interessada no crepitar da fogueira. Ele permaneceu calado; conhecia Mia bem o suficiente pra saber que logo se irritaria com seu olhar insistente e um tanto cobiçoso.

Olívio percorreu os olhos por todo o corpo de Mia... desde as pernas nuas e o short branco mínimo que ela usava, até o suéter vermelho em gola v, e as mechas de cabelo que caia de um modo descontraído e uma tanto desleixado em um dos olhos.

Ele soltou um longo e alto suspiro, propositadamente para fazê-la encará-lo; simplesmente não queria continuar discutindo com ela, não queria brigar com ela... Será que ela não entendia? Será que era tão burra?; ele logo tratou de corrigir o último pensamento, se algum dia Mia sequer desconfiasse que ele a chamou de burra, mesmo que fosse em pensamento, aí sim, eles iam ter uma briga de verdade.

- Está com dor de barriga, por acaso? – ela perguntou azeda, sem sequer desviar os olhos do fogo.

Olívio franziu o cenho, irritado com o comentário sem nexo e totalmente grosseiro da namorada, mas logo tratou de inventar uma desculpa, que ele achou que seria, no mínimo, convincente.

- Não – por incrível que pareça, sua voz saiu naturalmente – Só estava pensando na noite que tivemos.

Ele sorriu satisfeito, ao ver que o tom rosa voltava ao rosto de Mia, mas agora não era pela raiva, e sim de vergonha. Para provocá-la ainda mais, ele continuou a percorrer seus olhos pelo corpo da garota com um sorriso, no mínimo, pervertido nos lábios, como se a despisse com os olhos.

- Pára. – resmungou ela em um tom que ela pretendia sair irritado, mas para sua raiva, ela deixou escapar um sorriso depois.

- Você quer mesmo que eu pare? – ele perguntou com uma voz incrivelmente sedutora, o que fez um arrepio percorrer o corpo de Mia.

Apesar de sua grande força de vontade, Mia não resistiu a uma olhada de soslaio para o namorado largado na poltrona. Grande erro. “Por Merlim, Olívio! Por que todas as suas camisetas têm que ser tão apertadas? Como ele fica lindo com essas mechas de cabelo castanho caindo nesses olhos amendoados... ah, quero mergulhar nesse mel todo que são os olhos dele... ainda mais quando brilham desse jeito...Não Mia, você não pode deixar ele pensar que pode acabar com todas as brigas te seduzindo! Não é assim que as coisas funcionam!”, ela pensava desesperada, enquanto os olhos de Olívio faiscavam perigosamente. Ela desviou seu olhar, com muito custo, mas as chamas vindas da lareira não estavam nem de longe, mais interessantes quanto o rapaz que Mia observou pelo canto do olho se levantar vagarosamente, ainda fitando cada parte de seu corpo de uma maneira muito indiscreta.

Olívio foi andando de um modo muito elegante, como um felino, até o sofá onde Mia estava deitada, e parou na frente de seu campo de visão, agachando-se para encará-la nos olhos.

- Você está com ciúmes? – perguntou ele seriamente para a garota, que abriu uma careta em seguida.

- É lógico que estou. – respondeu ela emburrada; Olívio ergueu as sobrancelhas, obviamente não esperava uma resposta tão sincera, achava que Mia ia berrar com ele, no mínimo negar.

- Posso saber por que? – ele perguntou novamente, enquanto aqueles olhos negros cintilaram para ele.

- Ora, não é óbvio? – replicou ela erguendo uma sobrancelha – Elas são suas primas, GÊMEAS, lindas – a cada palavra dita a raiva de Mia aumentava, junto com sua voz, que já era naturalmente alta – Pervertidas, oferecidas, têm a maior cara-de-pau do mundo, vêm te abraçando com a maior intimidade, você, parece que fica hipnotizado com elas, nem ao menos se dá o trabalho de disfarçar, e ainda tem a cara-de-p...

Mas qual era a cara de Olívio, ele não chegaria a saber, mesmo porquê, estava ocupado demais calando a namorada com um beijo fervoroso. Ele sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo quando sua mão tocou as costas de Mia, e ela segurou seus cabelos de uma forma um tanto brusca, mas cheia de paixão. Mia tremeu de leve enquanto Olívio acariciava suas costas, sentia a respiração ofegante do namorado que agora se erguia, sem contudo, romper o beijo, e deitava-se cuidadosamente no sofá junto a ela.

Mia sentia seu peito arfar pela falta de ar, o cheiro de chuva e grama molhada que ela tanto amava emanava de todo o corpo de Olívio, entorpecendo-a por completa... “Por que era mesmo que a gente tava discutindo? Ai, Olívio assim não... olha onde você vai com essa mão! O que era...?! Ah, Merlim, isso ta tão bom...ah, era por causa...- GÊMEAS!” – Mia berrou a última palavra que veio automaticamente à sua cabeça, enquanto ela empurrava Olívio de cima dela com esforço, e o rapaz caia com um estrépito no chão duro de madeira.

- Ai – ele gemeu, levando à mão à nuca e a massageando, enquanto olhava para Mia com um sorriso estranho no rosto – Você não esquece mesmo hein?

- É claro que não. – respondeu ela emburrada, sentando-se no sofá. Continuava a encarar o garoto, que agora se levantava e sentava-se ao seu lado – Olívio, por acaso você já teve algum caso com alguma dessas suas primas? – ela perguntou, tentando reprimir uma careta em vão. Emma havia lhe dito que seus próprios pais eram primos de primeiro grau e que haviam se casado e dado vida à ela e ao “estrupício do Olívio” (palavras de Emma), portanto Mia pensava que na família Wood primo casar com primo não era uma idéia muito incomum.

Olívio encarou-a com as sobrancelhas erguidas, uma careta inconfundível de nojo passou pelo seu rosto.

- O que?!

- Você ouviu...

- Mia, por Merlim, elas são minhas primas! – exclamou ele indignado.

- E daí? – retrucou ela indiferente, mas suas narinas inflaram levemente de raiva que ela tentava não transparecer – Que eu saiba, seus pais também são primos e isso não os impediu de casarem e procriarem!

Olívio franziu o cenho, obviamente se perguntando onde Mia podia ter descoberto tal fato, quando se lembrou de sua pequena irmã com sua grande matraca.

- Bom eles são. – assentiu ele com um ligeiro tom irritado na voz – Mas o caso deles é totalmente diferente!

- Não sei porquê. – replicou ela em um tom indiferente.

- Porque meus pais se amavam! E eu não amo a Nash, nem a Tati! – respondeu ele com certa urgência – Você é tão b...

- Olha lá o que você vai falar. – advertiu ela, tremendo levemente de raiva.

- ...Boba! – continuou ele, como se não tivesse sido interrompido – Não vê que eu só amo você?

Mia encarou os olhos brilhantes do rapaz... Como amava quando ele fazia essa cara de coitado... Não que ele fizesse muitas vezes, pelo contrário, ele era tão orgulhoso que ver o Snape dançar a conga era mais fácil que ver Olívio suplicar por alguma coisa.

- É, pode ser. – disse ela deixando escapar um sorriso novamente, enquanto Olívio se aproximava de seu pescoço perigosamente – Mas ainda vou ficar de olho naquelas duas!

- Sim, senhora! – brincou Olívio batendo continência, e logo começou a devorar o pescoço de Mia, que com a surpresa misturada com a empolgação exagerada de Olívio se desequilibrou do sofá e caiu no chão, sem antes se agarrar na camiseta do rapaz e puxá-lo junto, caindo os dois embolados no chão.

Mia começou a rir, sendo seguida por Olívio, que a abraçou pelo pescoço e beijou sua testa, ainda gargalhando sem parar.

- Só acontecem essas coisas comigo mesmo! – exclamou ela ofegante, enquanto tentava se desvencilhar dos braços do namorado, mas era impedida pelo mesmo – Vamos Olívio, me solta, esse chão ta muito desconfortável!

Mas Olívio não estava muito disposto a se afastar de Mia. Ele a sentia se debater em seus braços, mas seus instintos o obrigavam a apertá-la ainda mais contra seu corpo. Ele sentia a pele macia de Mia tocar rosto, e o perfume doce que emanava da garota o hipnotizava. Ele só conseguia pensar em beijá-la.

- Olívio, você me assusta quando me olha desse jeito, sabia? – ela ia dizendo descontraída, mas Olívio não escutava uma só palavra. Só queria senti-la perto dele, abraçá-la... “Merlin, o que essa garota tem que me deixa desse jeito...?”.

Ele foi se aproximando devagar dos lábios de Mia, enquanto a garota continuava tagarelando alguma coisa sobre “não pense que vai ser todos os dias...” quando Olívio a beijou. Ele tocou seus lábios nos dela de leve, enquanto ela, ainda surpresa, permanecia estática, preocupada demais em sentir o calafrio que percorria toda a espinha.

- Mia, você tem que abrir a boca. – sussurrou Olívio sorrindo marotamente com os lábios ainda encostados nos dela.

Ela pareceu despertar do transe, e sorriu de volta para o rapaz, mantendo seus lábios perfeitamente colados.

- Não me diga. – respondeu ela ironicamente, abrindo a boca o mínimo que conseguia, mas foi em vão; na sílaba “ga” Olívio aproveitou a brecha para aprofundar o beijo. Sabia que Mia não resistiria. Sorriu ao constatar que a garota agora correspondia seu beijo com fervor, e fazia carinho em sua nuca. Olívio sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo enquanto a garota desviava seus beijos para o pescoço.

“Mia... golpe sujo...”

Mia sorriu triunfante ao ver as pálpebras de Olívio tremerem de leve enquanto ela beijava seu ponto fraco.

- Mia – ele chamou numa voz estranhamente rouca, no que a garota parou de beijar seu pescoço e ergueu os olhos para encará-lo – A menos que você queira fazer de novo, acho melhor parar de beijar meu pescoço... você sabe que... bem, esse é um lugar perigoso. – disse ele sorrindo marotamente.

Mia encarou-o por um segundo, deu de ombros e empertigou-se se encostando ao sofá.

- Tudo bem – disse ela sorrindo maldosamente, enquanto via Olívio abrir uma careta.

- Não era um pedido pra você parar! – exclamou ele indignado, sentando-se ao lado de Mia.

- Ora, você me deu duas opções, achei melhor seguir a segunda! – respondeu ela abrindo um sorriso malicioso.

- Você gosta de me torturar não é mesmo? – perguntou ele com os olhos semi cerrados e um fraco sorriso no rosto.

Mia deu de ombros e riu.

- É engraçado! Você tem que ver sua cara! – replicou ela risonha.

- Ah é? – começou ele se aproximando perigosamente com um sorriso no rosto – Pois cuidado, Srta. Mia Chang, pois eu também sei provocar! – e ele aproximou seus lábios do rosto de Mia novamente, ela sentiu a respiração lenta e descompassada de Olívio em seu pescoço e um arrepio percorreu seu corpo, enquanto ele percorria seus lábios pela face enrubescida de Mia, e roçava seus lábios macios no dela de um modo provocante... Mia tremeu de leve quando ele fez movimentos circulares com os lábios em cima dos seus... eram tantas posições para ela beijá-lo... “Não, Mia! Não se mostre fraca, senão ele vai pensar que pode te dominar com essas provocações! Merlim, VOCÊ NÃO VAI ME BEIJAR NUNCA?”. Olívio sorriu maliciosamente, parecia que podia escutar os pensamentos de Mia. Encostou finalmente seus lábios nos dela e ia começar a aprofundar o beijo...

- Han, Han! Está bom aí, priminho? – ouviu-se uma voz enojada.

Mia arregalou os olhos, assustada, e instintivamente empurrou Olívio para longe de seu corpo, no que ele se desequilibrou e caiu – de novo – com um baque surdo no chão duro.

- Ai, isso está começando a virar mania. – resmungou ele esfregando a costela esquerda, enquanto se sentava.

- Oh, atrapalhei? – era Tati, com sua voz irritantemente sensual e cínica e sua pose de “colegial-vadia”.

- Não, imagina. – resmungou Olívio mau humorado; quando não era a própria Mia quem cortava seu barato, tinha sua “querida” prima.

- Tatiana, como você entrou aqui? – perguntou Mia com uma voz estranhamente calma, mas carregada de cinismo; Se era esse o jogo das gêmeas Wood, Mia não ia ficar pra trás, sabia muito bem ser cínica e irônica quando era preciso, se bem que irônica ela já era por natureza.

- Ora, “priminha” – começou Tati sorrindo maliciosamente – Tive uma certa ajudinha...

- É? – replicou Mia erguendo uma sobrancelha – Posso saber de quem, e o que diabos você quer aqui?

Tati riu, colocando a mão na frente da boca, como uma garota fingidamente tímida ou descaradamente perversa. Mia escolheu a segunda opção.

- Ora, Mia... – começou ela com os olhos faiscando ao observar Olívio abraçar Mia pela cintura e beijar seu ombro – Eu consigo TUDO o que quero. – ela disse cada palavra lenta e sensualmente, dando ênfase no “tudo”.

- Ora, pelo amor de Merlim, eu disse a senha! – disse uma Emma impaciente que entrava pelo buraco do retrato com Cedrico em seus calcanhares – Pára de ficar tentando inventar que você tem algum dom especial, sua... sua... – e ela parou, obviamente pensando em algum xingamento apropriado para a prima – sua COISA, que todos sabem que você não tem!

Tati pareceu não escutar uma palavra sequer que saia da boca de Emma; parecia hipnotizada pela presença de Cedrico. Ela o olhava como um lobo faminto olha um cordeiro antes de um ataque, e Cedrico puxou Emma pela mão, fazendo-a sentar em seu colo, tentando se afastar ao máximo da prima maluca; como se não bastasse Nash que ficara no Salão Principal quase se atirando pra cima dele, e agora obviamente ´atacando´ o coitado (mas nem tão coitado assim) do Davies, ainda tinha que aturar outra doida que parecia uma xerox ambulante da primeira.

- Cedrico – começou ela, andando perigosamente na direção dele e de Emma, cuja presença ela preferiu ignorar – Você já pensou em ser modelo...? – perguntou ela mordendo o lábio inferior.

- Ahn.. eu não... – respondeu ele afundando o rosto no emaranhado de cabelos de Emma, que bufou de raiva da prima.

- Pois devia pensar. – respondeu ela maliciosamente, naquela voz cínica – Sabe, o meu PAI é o DONO de uma revista, a “Bruxalinda”, e eu sou a encarregada de contratar modelos! Você se daria muito bem nessa profissão! – completou, frisando bem as palavras ´pai´ e ´dono´.

- Você ainda se orgulha em dizer que seu pai é dono daquele monte de titica de coruja que eles chamam de revista? – disse Mia não conseguindo se conter.

Olívio riu; Emma gargalhou exageradamente e Cedrico segurou o riso, tentando ser discreto, mas o barulho (que lembrou muito o de alguém cuspindo alguma coisa) acabou saindo mais alto que a gargalhada de Emma.

Tati virou-se para encarar Mia, visivelmente afetada, mas conseguiu manter o sorriso cínico no rosto.

- Antes ser o DONO da “titica” querida... – respondeu ela forçando ainda mais o sorriso – do que quem a recolhe. Aliás... o que o seu pai faz mesmo? – desafiou ela franzindo o cenho de uma maneira provocativa – Não seria ele o John Chang, que escreve na coluna de esportes...?

- Não. – respondeu Mia tranqüilamente – Meu pai não se chama John Chang, muito menos escreve pra aquele “fim-do-poço-do-jornalismo-bruxo” que é a revista do SEU pai.

Tati ergueu as sobrancelhas e exibiu um sorriso triunfante.

- Ah não? – desdenhou ela, enquanto Olívio revirava os olhos e Emma fitava Mia com um olhar esperançoso “Esmague-a! Destrua-a! Massacre-a! Fale de uma vez!” – Então... o que o seu pai faz pra viver..?

Mia encarou-a com um olhar arrogante, quase de pena, digamos assim.

- Bom, ele é empresário – começou Mia franzindo o cenho, fingido estar pensando seriamente no assunto – E, bem, dono de um time de quadribol alemão... e um búlgaro! – completou ela, fazendo uma careta de quem pensa se não esqueceu de nada.

Olívio revirou os olhos novamente. Francamente, aquilo parecia discussão de duas crianças de sete anos. Ficar contando vantagem através dos pais... De Tati até vai, era normal a prima fazer isso, adorava espalhar aos sete ventos como sua família era importante, mas Mia raramente fazia isso, e pra ter que recorrer ao prestígio do pai pra ganhar uma discussão era porque Tati realmente a estava irritando.

Tati abriu uma careta, visivelmente desgostosa, e limitou-se a resmungar “Grande coisa, o que ele ganha com isso?”, enquanto murchava um pouco seu ego e se sentava no sofá, cruzando as pernas e tamborilando os dedos no encosto do sofá, irritada.

Mia sorriu, vitoriosa, e trocou um olhar satisfeito com uma Emma feliz, enquanto Cedrico e Olívio se entreolhavam e reviravam os olhos em sincronia e murmuravam um inaudível: “Mulheres...”.

Mia acariciava o braço de Olívio, que a abraçava por trás e beijava seu ombro amorosamente, enquanto Cedrico fungava o pescoço de Emma, parecendo um Pelúcio à procura de algum objeto reluzente.

Vendo obviamente que estava sobrando, Tati levantou-se, bufando irritada e saiu da Sala Comunal pelo buraco do retrato.

- Pra onde ela foi? – perguntou Mia tentando escapar de um beijo de Olívio.

- Sei lá. – respondeu Emma dando de ombros e acertando sem querer o nariz de Cedrico, que soltou um gemido – Ai, desculpa amor!

- Você não acha melhor nós irmos ajudar a Kahlen? – perguntou Mia preocupada. Talvez com uma das gêmeas Kahlen desse conta, mas... e com as duas se atirando – literalmente – em cima do Rogério?

- Não sei... – respondeu Emma em tom duvidoso – Acho que quando ela quer, a Kahlen consegue ser bem.. ahn... assustadora.

- Mesmo assim. – insistiu Mia, enquanto Olívio soltava um suspiro indignado.

- Você quer é fugir de mim! – exclamou ele de repente, enquanto Mia revirava os olhos entediada.

- Não seja bobo, Olívio. – retrucou Mia dando um selinho no namorado – Só acho que, se fosse eu no lugar da Kahlen, ia aceitar a ajuda das minhas amigas de bom grado.

- É... é, você tem razão! – disse Emma energicamente, pondo-se de pé – Vamos, Mia. – e ela puxou Mia dos braços fortes de Olívio, e saiu com passos duros pelo retrato.

- Você acha que a Tati foi mesmo atrás do Rogério? – perguntou Emma, enquanto elas caminhavam pelo corredor do quarto andar.

- Ora, as primas são suas e você não consegue prever uma jogada dessas? – replicou Mia enquanto elas dobravam um corredor aparentemente deserto.

- Que diabos...?! – exclamou Emma abismada.

Mia prendeu a respiração com a cena. Emma arregalou os olhos, e vendo que a amiga ia tomar fôlego para gritar, tampou a boca de Mia com uma mão e empurrou-a de volta ao corredor em que haviam saído.

Encostado-se a uma porta de mogno grossa, fugindo da pouca claridade vinda de uma janela, estava Rogério Davies, aos beijos apressados e urgentes e carícias nada discretas com Tati... ou seria a Nash...?




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Nova York, Junho, Um ano depois da Formatura de Mia, Olívio, Emma e Kahlen.



Mia espreguiçou-se na cama e abriu um dos olhos, visivelmente contrariada, enquanto os raios de sol iluminavam sua suíte e insistiam em bater em seus olhos. Virou-se para o outro lado da cama, tentando enxergar o relógio em cima do criado-mudo; pulou da cama com um salto e um costumeiro grito desesperado de “Ah, não! Estou atrasada!”. Correu para o banheiro, tomou um banho rápido e se trocou; vestia uma saia branca de um tecido leve, na altura do joelho, e um tomara-que-caia verde-esmeralda, que acentuava sua pele.

- Droga, estou atrasada de novo! – resmungava ela enquanto procurava o outro par do sapato dentro do armário, fazendo uma bagunça geral – Onde foi parar o outro?

- Procurando por isso aqui? – perguntou uma mulher que aparentava um pouco mais velha que Mia, de cabelos louro escuro e volumosos que batiam na cintura, pele branca e olhos excepcionalmente verdes; recostada no vão da porta com um sapato verde de salto de agulha entre os dedos.

- Ah, isso mesmo! – exclamou Mia aliviada indo ao encontro do sapato – Onde estava? – perguntou, enquanto o calçava desajeitada.

- Debaixo do sofá da sala. – respondeu a mulher com um tom um tanto severo – Mia, seria bom se você não largasse seus sapatos pelo apartamento. Sabe, só no banheiro tem três sapatos diferentes seus, todos sem par!

- Ah, desculpe, Rach! – desculpou-se ela apressada, enquanto pegava sua varinha em cima do criado-mudo – Prometo que amanhã eu arrumo minhas coisas!

Rachel meneou a cabeça, risonha, e murmurou um “Toda sexta-feira ela fala isso”, enquanto Mia desaparatava.

Mia apareceu dentro de uma cafeteria bruxa muito movimentada devido ao horário; todo nova iorquino que se preze toma pelo menos um grande copo de café antes de ir trabalhar, e como Mia não conseguia funcionar sem cafeína desde os seus tempos de Hogwarts, lá estava ela, na fila para comprar seu habitual expresso sem açúcar.

- Bom dia Dean. – desejou ela para o atendente.

- Ah, olá Mia! – respondeu ele abrindo um sorriso de orelha a orelha – O de sempre, suponho?

- Em dobro! – respondeu ela bufando baixinho de cansaço.

- Atrasada novamente? – perguntou Dean sorrindo e meneando a cabeça, enquanto apareciam dois copos gigantes de café em sua frente.

- Como sempre! – respondeu Mia sorrindo, e deixando quatro sicles no caixa – Bom, tenho que ir! Bom dia pra você Dean!

- Pra... – começou ele, mas Mia já havia desaparecido – Você também. – completou ele, sorrindo abobado.


Mia desaparatou em um grande salão muito movimentado; bruxos e bruxas corriam para e pra cá; memorandos em forma de aviões de papel circulavam de um modo urgente e um tanto perigoso um pouco acima das cabeças das pessoas; penas e pergaminhos flutuavam atrás de bruxos apressados, que ditavam às penas manchetes de capa de jornal, enquanto outros pareciam “melhorar” as fotos fazendo as pessoas nelas ficarem mais bonitas ou mais assustadoras, conforme a reportagem: estavam na redação do “Nova York Bruxa”, o jornal mais lido e conceituado do mundo.

- Atrasada de novo? – berrou uma mulher negra de cabelos muito espessos, enquanto Mia corria apressada pelo corredor, que de um lado tinha várias portas, a maioria delas fechadas, e de outro tinha vários cubículos, todos eles baixos o suficiente para que a pessoa mais afastada do corredor pudesse espiar tudo o que ocorresse à sua volta.

- Como toda sexta, Karen! – gritou Mia enquanto se abaixava para que um memorando em forma de aviãozinho de papel, extremamente apressado, não atingisse em cheio sua testa. Mia começou a diminuir o ritmo quando foi chegando ao final do corredor, onde se encontrava uma imponente porta de mogno, com um pequeno letreiro dourado escrito “Editor-chefe”. Abriu a porta com cuidado, espiando a enorme sala pelo canto do olho.

- Chefe? – ela chamou com a voz cautelosa, colocando sua cabeça para dentro da sala – Chefinho, queria me ver?

Não obteve resposta. Mia se arriscou a abrir um pouco mais a porta, sempre espiando com muito cuidado.

- Frank...? – chamou ela, entrando na sala com passos receosos – Senhor Harris?

- Atrasada de novo? – ela escutou uma voz vinda de trás dela e empertigou-se com o susto.

- Chefe, não faça mais isso! – ela exclamou um pouco irritada, enquanto um homem de meia-idade, com algumas falhas nos cabelos extremamente brancos, um pouco mais baixo que ela e com uma barriguinha provida provavelmente de muita cerveja amanteigada ao longo de anos de “happy hours”, passava por Mia e sentava-se em sua cadeira de couro de dragão preta, que emanava respeito e fazia Mia se sentir levemente intimidada.

A sala de Frank Harris, editor-chefe do “Nova York Bruxa”, emanava importância. Havia dois sofás logo que se entrava na sala, com um tapete de pele de Pelúcio no meio; sua mesa ficava no canto direito da sala, com uma cadeira alta e um quadro de uma fênix logo atrás.

- Seu café. – disse Mia colocando o copo alto de papel em cima da mesa de vidro do chefe, e endireitando-se na cadeira à sua frente., enquanto o mesmo a fitava com um misto de curiosidade e severidade.

- Sempre consegue me convencer com café. – suspirou ele derrotado, tomando um grande gole do líquido negro à sua frente – Essa bebidinha que me faz ficar com um buraco no estômago e dentes amarelos... Você quer acabar comigo não é Chang?

- É claro chefe. – respondeu ela descontraída, dando de ombros – Assim EU viro a editora-chefe daqui não é mesmo? – e sorriu divertida ao observar Frank erguer as sobrancelhas.

- Para isso você precisaria virar editora primeiro. – replicou Frank voltando-se para um pergaminho à sua mesa, e começando a percorrer os olhos por ele.

- E então? – fez Mia, desta vez erguendo as sobrancelhas, um pouco irritada pela falta de atenção – O que você tinha de tão importante pra falar comigo, chefe?

- Você tem uma visita que vai te explicar tudo. – respondeu ele simplesmente, sem nem ao menos tirar os olhos do pergaminho que estava lendo – Vá para a sua sala agora, Chang.

Mia franziu o cenho, confusa. Odiava ficar confusa. Odiava não saber dos fatos, ou pior ainda: ficar sabendo por último. Por isso se tornara jornalista investigativa, por isso se mudara para Nova York um ano atrás. E por isso, com apenas um ano no jornal, estava prestes a se tornar a mais jovem editora do jornal.

- Como é? – fez ela em um tom inconscientemente acusador.

- Como é o quê? – replicou Frank erguendo os olhos para fitá-la de um jeito extremamente intimidador para qualquer outra pessoa; mas não para Mia.

- Não entendi direito... – respondeu ela se controlando, corando levemente – O que o senhor quis dizer...

- Vá logo para a sua sala que você vai entender. – respondeu ele voltando sua atenção para o pergaminho.

Mia bufou discretamente, e aparatou logo em seguida, antes que o chefe se virasse para intimidá-la ainda mais.

Apareceu de repente em uma sala pelo menos três vezes menor que a de Frank Harris, e pelo menos dez vezes menos elegante. Havia uma mesa de madeira, dois arquivos altos de ferro e uma poltrona muito velha, mas de aparência confortável, além da cadeira de couro desgastada atrás de sua mesa. Do lado dos arquivos havia um mural que ocupava quase toda a parede, cheia de fotos diversas, inclusive algumas de Emma e Kahlen, de Mia jogando quadribol, algumas reportagens de edições mais antigas do “Nova York...”, além de pôsteres do Pudd.

Mia tomou um demorado gole de seu café, depositando o copo em cima da escrivaninha bagunçada, lotada de pergaminhos, penas, alguns porta-retratos e uma câmera fotográfica. Pegou um punhado de cartas que deixara acumular durante a semana, e começou a folheá-las, de um modo tedioso.

- Conta, conta... – ela resmungava – Ah! – ela deixou exclamar uma exclamação, mal contendo sua felicidade – Uma carta de Emma!

- Certas coisas nunca mudam. – ela escutou uma voz risonha vindo de sua cadeira, que estava virada de costas para ela.

Mia deixou seu copo cair da mesa, tal foi o susto que levou.

- Quem é? – ela indagou desconfiada para a poltrona, se aproximando vagarosamente, a varinha em mãos.

- Ora, um ano foi o suficiente para você não reconhecer mais as amigas? – a poltrona virou-se lentamente, deixando visível uma mulher magra e baixa, de cabelo castanho claros reluzente, levemente ondulado na ponta, e de olhos cor de mel tão familiares para Mia.

- Emma. – ela sussurrou, abrindo um largo sorriso, enquanto duas lágrimas de felicidade brotavam em seus olhos.

- Mia. – respondeu a amiga em um sussurro rouco, os olhos igualmente marejados – Há quanto tempo! – e com um pulo, saiu da cadeira e contornou a mesa para um forte abraço, cheio de saudades.







N/A: beem, sinceramente? Achei esse capitulo muito xoxo... em outras palavras, uma bosta... ms msm assim, gostaria MTO q vcs comentassem, dessem sugestões... eu agradeceria mtoo!! Obrigada àquieles que conseguiram ler esse capitulo chato, mas era necessário para a fic! Prometo q o próximo vai vir com emoção em triplo pra compensar! Hehehe UMA BJÃO A TODAAAS

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