CAP:10-E todo vira pelo avesso

Olhou para o bicho a sua frente,tinha duas opções,ficar e ser comido por ele,deixando seus filhos órfãos de pai antes de nascerem –nessa hora ele sentiu um frio subir a espinha- ou ele poderia ficar fugindo daquela coisa até que se lembrasse do maldito feitiço que o professor de DCAT ensinara na aula passada.

-Vamos logo,senhor Potter!Esqueceu que feitiço usar? -o professor perguntou em um tom escarnecido, apertou ainda mais os dedos ao redor da varinha e sorriu de lado.

-ESCAMITO! -proferiu o feitiço atingindo o animal bem no meio do rosto,quando esta avançou para ataca-lo.

-Muito bom...atrasado é verdade,mas muito eficiente. –o professor comentou vendo a mistura de gorila e galinha se debater para soltar os braços e pernas,que haviam se tornado um só tornando-o algo parecido com uma cobra bem feia. –Para a próxima aula eu quero um relatório de quarenta centímetros sobre o Primigo-galinheto,Potter fique. –Harry olhou para os amigos depois para o professor. –Seus amigos também podem ficar.

-Sim senhor. –o moreno disse,enquanto Rony e Hermione se aproximavam dele,estranhamente ele não sentiu a euforia que costumava sentir quando Hermione estava ao seu lado,deveria ser pelo que havia acontecido mais cedo...o modo como Virginia havia lhe garantido que apenas ele havia 'tocado' nela o fazia sentir-se diferente,provavelmente era pela certeza de que os bebês eram seus filhos...é,era somente isso... e a frase que ela disse quando ele se despediu dela,ele não sabia o que significava mas de certa forma o aquecera e diminuíra a raiva que sentia de si mesmo,se culpava pela morte do bebe...se Gina não tivesse visto ele e Mione...a monitora-chefe estava certa,uma coisa era saber e outra era ver.

-Bem,Potter,você chegou atrasado na minha aula,gostaria de saber o motivo. –o homem disse,assim que o ultimo aluno saiu,tirando-o do torpor.

-Virginia. –ele começou. –Minha esposa. –disse ao ver o rosto confuso do professor.

-Ah,sim...a professora McGonnagoll me avisou que ela não assistirá às aulas durante algum tempo... continue. –ele disse.

-Minha esposa,passou mal e eu a trouxe para a enfermaria do colégio...ela...ela está grávida. –informou, deixando o professor claramente surpreso. –Mas perdeu um dos bebês.

-Um dos? -o professor perguntou.

-Ele esperava trigêmeos. –o moreno explicou naturalmente,não percebeu o desconforto da grifinória e nem quando a porta foi aberta dando passagem a Draco.

-Sei...sinto muito,,espero que sua esposa fique melhor,pode ir e aqui estão os deveres da semana do sexto ano. –ele disse entregando um pergaminho ao moreno. –Senhor Malfoy...que bom que chegou. –o professor disse.

-O senhor quer falar comigo? -o loiro perguntou,enquanto o trio de grifinórios saia da sala.

-Ah,sim...professor Dumbledore me pediu para dispensa-lo das aulas dessa semana, me parece que o senhor vai ficar na enfermaria,ajudando Madame Pomfrey... –Harry ouviu,imediatamente o moreno sentiu como se uma avalanche de raiva o preenchesse, o loiro ficaria perto da sua esposa,trincou os dentes e seguiu os amigos até a enfermaria.

Assim que chegaram perto da cama da ruiva,que estava com as cortinas fechadas,ouviram o som de gargalhadas de um homem e de Gina,de repente a raiva que ele sentia por Malfoy foi transferida para quem quer que fosse que estivesse com a garota,pouco depois a cortina foi aberta e eles puderam ver a ruiva com o rosto corado.

-Nossa maninha,você parece bem melhor. –Rony comentou,fazendo a ruiva olhar para eles.

O moreno olhou para o rapaz que estava com ela,ele tinha os cabelos castanho-claro com alguns fios em tons de loiro-platinado,na altura dos ombros,presos em um rabo-de-cavalo, a pele levemente amorenada e os olhos tão azuis quanto os de Virginia.

-É...me sinto bem melhor,acho que logo poderei voltar para as aulas. –ela respondeu,com um sorriso.

-Nem pensar,duas semanas de cama no mínimo e nada de estripulias,quadribol só olhando da arquibancada, DCAT só na teoria,nada de pegar pesos ou ficar acordada até mais tarde,alimentação balanceada, caminhadas de cindo a dez minutos três vezes na semana,beba muita água,muito suco,cerveja amanteigada está proibida,feitiços transfigurantes no seu corpo também,poções nem pensar,se tiver dor de cabeça, durma,estiver enjoada,vomite,nada...nenhuma poção por mais simples que seja. –o rapaz disse.

-Aí acabo a diversão! -a garota comentou e o rapaz que estava com ela,a olhou de modo repreensor. –To brincando,até parece que não sabe como eu sou.

-Sei...e por isso mesmo que eu estou dizendo tudo passo a passo,Virginia. –o rapaz disse,segurando a mão dela e beijando levemente. –Lembre-se Vi,isso é pelos bebes, não só por você!

-Sim senhor,doutor! -ela disse,batendo continência,fazendo-o rir.

-Bem,que falta de educação a minha. Sou Eleázar Stone,acho que conhecem minha irmã mais nova,Camila,é artilheira do time da grifinória. –ele apresentou-se. –De agora em diante serei eu a cuidar da gestação da sua esposa,senhor Potter. –ele disse e Harry acenou afirmativamente com a cabeça. –Bom,já tenho que ir,semana que vem voltarei,para ver se posso te liberar ou não,por enquanto,cama. –ele disse. –Se me dão licença. –ele falou e saiu a passos largos e apressados em direção a porta.

-E então...como foi o dia? -ela perguntou para os três grifinório,enquanto se arrumava melhor em cima da cama.

-Chato. –Rony disse,sentando-se na cama da irmã. –O professor Grinsgo mandou os deveres dessa semana. –completou indicando a mochila do cunhado.

-Se você quiser ajuda,Gina,é só pedir. –Hermione ofereceu,enquanto Harry colocava os deveres da ruiva,de modo silencioso,na mesa de cabeceira.

-Não,obrigada,gosto de tentar sozinha,Mione. –a ruiva agradeceu.

-Chega de conversas por hoje,ela precisa descansar. –Madame Pomfrey disse,aparecendo de repente.

-Mas acabamos de chegar. –Rony reclamou.

-Nada de mas...vocês ainda têm aula! -Virginia disse em tom materno.

-Gina tem razão. –Harry disse tentando controlar a raiva que ele nem sabia de onde vinha,olhou para a garota e viu um brilho diferente nos olhos dela.

-Bom dia,Madame. –a voz arrastada de Malfoy soou atrás dele.

-Olá,senhor Malfoy,venha comigo,vou lhe dizer o que terá que fazer e quando eu voltar não quero ver mais nenhum de vocês aqui! -a velha bruxa disse para os grifinórios. –E descanse senhora Potter!

-Não vou sair daqui,Madame. –a garota respondeu,sorrindo marota.

-Vamos logo,não quero chegar atrasado na aula da McGonnagoll! -Harry disse. –Mais tarde eu volto. –ele disse enquanto os dois grifinórios saiam,deu um ultimo olhar para o lugar onde Malfoy recebia instruções da enfermeira e depois olhou para a esposa.

-Fica tranqüilo,já disse que Draco e eu somos apenas amigos. –a garota disse em tom baixo fazendo-o suspirar pesadamente e sair a passos pesados do local.

Os dias seguintes,para Harry,passaram lentamente,todos os dias o moreno ia vê-la em todos os intervalos, passara a almoçar e a jantar na enfermaria,mas sabia que o sonserino ainda passava muito mais tempo com ela,procurava não pensar naquilo mas ficava difícil ao ver a forma como o loiro a olhava e vice e versa,era como se eles se comunicassem pelos menores gestos,dobrou o corredor que dava acesso a enfermaria e sentiu o peito apertado, e sem saber exatamente o porque,avançou rapidamente e entrou no lugar.

Entrou com passos silenciosos no local e se certificou que a enfermeira não o pegaria ali.

-Eu amo muito vocês meus bebês! -ele ouviu Gina dizer,andou mais alguns passos,que não foram tão silenciosos quanto os anteriores.

-Eu também os amo. –ele disse. –Ouvi a sua voz,Gi,sei que está acordada. –o moreno disse quando a viu de olhos fechados, o rosto tinha um leve rastro de lágrimas, mas decidiu não comentar nada,talvez ela quisesse esconder que estivera chorando,ela abriu os olhos e pela fraca iluminação que a luz da lua dava ao local,ele notou que ela o olhava.

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-Quando você vai sair daqui? -ouviu a voz de Malfoy ao seu lado,mas continuou de olhos fechados. –Me responde Ingrainy,sei que não está dormindo. –completou fazendo-a abrir os olhos e vê-lo sentado em uma cadeira ao seu lado.

-Eu não sei...Eleázar disse que precisa ver os exames que ele mandou fazer. –Virginia respondeu,sentia-se cansada,as visões estavam repetidas e cada vez mais cansativas,ela estava totalmente exausta. –Estou tão cansada,Alecsander,não sei o que fazer...nada faz sentido.

-Não fica assim,Ingrainy você poderia...

-Não!Nunca,jamais abaixarei a minha cabeça para eles,foi por culpa deles que Harry e eu fomos obrigados a casar! -a ruiva interrompeu o garoto.

-Quando a anulação vai sair? -Malfoy perguntou,mudando rapidamente de assunto,não seria bom para ela, ficar alterada.

-Não sai...o contrato de anulação só é valido se não houver herdeiros. –Gina disse. –Harry e eu teremos que entrar com o processo de divórcio. –completou com a voz baixa.

-Se você quiser...eles podem interferir,você sabe que eu posso colocar o mundo mágico aos teus pés,sabe que se me pedir...esse casamento será revogado...eu assumo os bebes como se fossem meus. –o loiro disse.

-Vamos mudar de assunto,por favor? -ela pediu.

-Tudo que você quiser,sabe que eu sempre faço o que me pede.

-Nem sempre. –ela retrucou com um tom manhoso.

-Só quando é para o seu bem. –Malfoy respondeu. –Inny...você tem certeza do que viu? -o sonserino perguntou,mudando novamente o assunto.

-Tenho...ele tinha as mesmas marcas que você...você acha que ele é um de nós? -a ruiva perguntou.

-Impossível...eu tenho certeza que nós somos os únicos herdeiros.Só nós temos as marcas. –respondeu.

-Você então acha...que eu vi seu herdeiro? -ela perguntou,olhando o amigo ficar com o olhar perdido, conhecia-o bem de mais para saber que ele estava analisando todas as possibilidades.

-Não...há algo que não está encaixado...mas vou descobrir. –Gina olhou e teve a certeza de que nunca o vira tão preocupado,mas tirou aquilo da cabeça,precisava contar o que ela fizera quando se entregara a Harry pela primeira vez,só não sabia qual seria a reação dele. –O que foi,linda? -o ouviu perguntar. –Você parece que está com medo de mim. –ele completou e depois riu,mas logo se calou ao ver que ela realmente estava com medo dele,ou melhor, das palavras dele,Draco sabia magoar se realmente quisesse.

-Eu...Alec...me perdoe. –ela pediu.

-Pelo que? -ele perguntou,mas a garota ficou em silencio. –Virginia...a morte do seu filho...foi um castigo? -ele perguntou e ela continuou em silencio,apenas se limitou a acenar afirmativamente. –O que você... Virginia você não fez o feitiço,fez? -silencio e outro aceno. –Pela sagrada Deusa,Virginia! Você sabe que esse feitiço só pode ser feito com permissão do supremo conselho! -Malfoy se exasperou.

-Eu tinha que fazer isso! -retrucou. –Ou eu fazia o feitiço ou eu carregaria o peso da culpa comigo!Eu vi o futuro,Draco,eu vi o que iria acontecer sem o feitiço e com o feitiço! Se eu não fizesse,Harry...

-Harry,Harry,Harry...por Merlin,tenha juízo apenas uma vez na vida,Virginia! O Potter não te ama,ele só está com você para não perder os poderes dele,apenas por isso! -o sonserino esbravejou a interrompendo. –Isso foi egoísmo,Ingrainy,egoísmo!Você...ele não pode abrir mão dos poderes,enquanto você abriu mão de um filho!Um filho,por causa dele!Um filho para não 'perdê-lo'! -completou. -E tudo isso por que?Ham?Por que?

-Porque eu o amo! -o moreno ouviu a garota responder. –Mesmo que ele não me ame...o amor é assim Draco e você sabe disso! Eu o amo e não me arrependo de ter feito esse feitiço,não me arrependo de amá-lo,mas não abra a boca para falar que eu abri mão de um filho,isso eu nunca faria!Mesmo por ele,eu não sabia que ficaria grávida,sempre soube que podia pagar caro pela minha afronta,mas nunca imaginei que o preço seria um filho! E não foi para não perdê-lo,Draco,é impossível perder o que não se possui! -ela completou transtornada.

-Desculpe... você tem que se acalmar...mas você tem que entender,Virginia...nós somos diferentes, especiais... nascemos com direitos, e esses direitos trazem deveres. –o garoto lamentou-se em um tom cansado. –Deveres que muitas vezes nos obrigam a abrir mão das pessoas que amamos,nos obrigam abrir mão de nós mesmos...dos nossos sentimentos.

-Não sei o que é pior...não poder contar a Harry o que realmente há entre nós...o que somos...ou ama-lo com a certeza de que ele não me ama. –Virginia lamentou-se.

-Seu mundo gira em torno da felicidade do Potter...assim como o meu gira em torno da sua. –o loiro disse,passando a mão carinhosamente pelo rosto dela. –Tenho que ir...você precisa dormir e descansar... cuidar dos seus filhos,que infelizmente também são do cicatriz. –ele disse. –Boa noite,minha princesa. –ele desejou e em seguida saiu.

-Boa noite...meu amigo. –a ruiva respondeu e voltou a deitar,observou a lua através da janela e deixou o pensamento vagar,Draco estava certo,ela fora egoísta,desistira de um filho por amor a Harry,levou a mão ao ventre e deixou as lágrimas caírem,nunca soube dizer quanto tempo se passou enquanto as suas lágrimas lhe amargavam os lábios. –Nada...nada mais me fará abrir mão de vocês...nunca mais, nem mesmo por ele...eu amo muito vocês meus bebês! -ouviu passos e fechou os olhos,não queria que vissem a dor em seus olhos.

-Eu também os amo. –ela ouviu a voz de Harry. –Ouvi a sua voz,Gi,sei que está acordada. –ele disse e ela abriu os olhos e o olhou,mas sem encara-lo nos olhos.

-Deveria estar em casa. –comentou,sem olha-lo. –Você e Hermione podem ficar sozinhos lá,não correm riscos de que eu os interrompa novamente...só peço que use outro quarto,já que eu durmo naquele. –a ruiva disse,não percebeu o tom rouco da sua voz.

-Hermione acha melhor nós darmos um tempo...até que a anulação saia. –Harry disse e ela o olhou abismada. –O que foi?

-Harry...a anulação não vai sair. –ela disse em tom obvio,não era possível que tivesse assinado sem ler.

-Como assim não vai sair? -ele perguntou.

-Harry você leu o contrato de anulação? -Virginia perguntou sentando-se na cama.

-Li...mas...não me lembro dos detalhes. –confessou.

-Harry...o contrato diz,que o casamento será anulado se não houver herdeiros,caso contrário teremos que entrar com o processo de divorcio. –a ruiva falou o mais natural que conseguiu,e dava graças pelo quarto estar parcialmente iluminado ,não deixando-o ver os seus olhos que com certeza estava acinzentados,ela odiava ter que usar de uma indiferença que sabia não existir.

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Acordou suado e arfante, virou para o lado e viu Hermione,sentou-se na cama colocando as cobertas de lado enquanto tentava acalmar a respiração,não sabia com o que havia sonhado,levantou-se e caminhou até a porta,olhou uma ultima vez para a cama e sentiu o coração ázar Stone,o médico que estava cuidando da gravidez de Gina,não a havia liberado para voltar par casa e desde então dormia sozinho,mas naquela noite Mione ocupara o lugar ao seu lado na cama...o lugar onde a ruiva dormia,sentiu-se estranho em encontra-la e não a ruiva.

Saiu do quarto e entrou em um outro que ficava em frente,acendeu a lâmpada e observou, com um sorriso sereno,os dois berços,disposto um ao lado do outro,separados apenas por uma mesinha,cujo um porta retrato com a foto do primeiro dia de casamento dele e de Virgínia estava,com passos leves e lentos ele aproximou-se e pegou o objeto,não saberia dizer quanto tempo ficou observando a foto,ficou divagando enquanto olhava a figura dos dois...as suas vestes, tradicionalmente bruxas contrastavam radicalmente como vestido alvo e os cabelos rubros da garota cujo ele abraçava por trás,eles não se amavam é verdade,mas se gostavam e por isso não ouve constrangimento ao tirarem aquela foto,as mãos entrelaçadas sobre a barriga delgada da garota,as alianças de platina com detalhes em ouro amarelo brilhavam a luz do sol,olhou a mão esquerda,lá estava ela,a aliança que fora de seu pai e agora era dele, Gina usava a que fora de sua mãe.

Recolocou o porta-retrato no lugar e suspirou,não sabia que havia se acostumado tanto com a presença da ruiva,mesmo que depois do casamento o que eles mais faziam era brigar,geralmente por coisas fúteis e sem sentido,mas em geral era por causa da relação dela com Malfoy,era estranho sentir-se incomodado com a amizade deles,se bem q ele sabia que o sonserino queria muito mais q simples amizade com a grifinória,passou as mãos avidamente pelo rosto e de cabelos,há quase um mês Virginia estava na enfermaria,só saindo de lá por esporádicos passeios no jardim em um horário em que todos estavam longe do local e é claro sob o olhar atento de Malfoy.

Harry detestava a sensação de insegurança que lhe batia toda vez que flagrava um olhar,um gesto,uma palavra por menor que fosse,que era trocada entre a ruiva e o sonserino,e talvez por isso ele se sentisse tão estranho em estar em um dos quartos de hospedes com Hermione,ele se sentia estranho,como se estivesse fazendo algo terrivelmente errado,ainda se culpava pela perda do bebê,virou-se para sair do quarto e viu a ex-namorada (agora amante) escorada na soleira da porta os braços cruzados e uma expressão de quem analisa uma difícil equação.

-Doutor Stone disse que os bebês estão bem. -a garota disse,tentando saber se era esse o motivo de preocupação do moreno a sua frente,cujo corpo os músculos se definiam cada dia mais e que estava coberto apenas pela calça do pijama.

-É estranho -ele começou. -desde que 'conheci' Voldemort,nunca tinha imaginado que ... -nessa parte ele sorriu fracamente e a abraçou pela cintura,a puxando para fora do quarto. -...que eu viveria o suficiente para ser pai. -ele disse e apagou a lâmpada,fechando a porta logo em seguida.

-Mas agora você vai ser pai. -Hermione comentou,com um tom estranho na voz,mas que passou despercebido por Harry. -Aconteceu alguma coisa? -ela perguntou de repente.

-Só um pesadelo. -ele respondeu.

-Você está diferente. -ela insistiu. -Harry...o que está acontecendo?Você está distante,hoje seu corpo está comigo,mas sua cabeça está longe. -ela completou,o moreno a olhou e ponderou,não,não falaria que sentia saudades da esposa,foi quando ouviu o relógio do corredor dar sete badaladas.

-Não é nada de mais,Mione,é a guerra,o colégio,tudo. -disse em um tom cansado,não mentiu,só não disse o que realmente lhe corroia o peito naquele momento. -Já são sete da manhã em Hogwarts. -mudou o assunto.

-Não mude de assunto Harry,te conheço muito bem para saber que não é isso que te perturba agora! -ela exclamou,e o moreno se perguntou se ela sabia fazer legimência.

-Sinceramente Hermione. -ele disse vendo-a pegar o uniforme,o rapaz entrou no banheiro se colocou de baixo da ducha fria,ouviu a porta do quarto bater e soltou um suspiro cansado,talvez...é...havia chegado a hora de romper definitivamente com Hermione e se dedicar aos filhos que viriam.

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